(Do blog "Amigos do Presidente Lula".)
Lobby na Casa Civil fracassou, ao encontrar pela frente uma muralha instransponível
Fabio Baracat não é dono de empresa, não trabalha nas empresas que disse atuar, e aparentemente tentou azeitar negócios entre empresas e governo fora dos caminhos regulares. Então é lobista.
Seu lobby para a empresa Via Net Express, cujo contrato foi exibido na revista Veja, é uma fraude, segundo a empresa, que o está processando.
Outra empresa acusada de ser beneficiada, a MTA (Master Top), em vez de ganhar um contrato no Correio, perdeu para a segunda colocada na licitação, por desclassificação técnica. Briga na justiça contra os Correios para manter sua vitória na licitação. Então se houve tentativa lobby, o efeito foi o contrário: em vez de ganhar contratos, perdeu.
O ex-presidiário Rubnei Quícoli, também não é sócio da empresa EDRB e só tem vínculos nebulosos com a empresa, então é lobista.
Seu lobby era conquistar um mirabolante empréstimo de R$ 9 bilhões no BNDES para um projeto de geração de energia solar. Foi vetado, logo o lobby fracassou.
É preciso observar que empréstimo de R$ 9 bilhões do BNDES é coisa para empresas do porte da Vale, ou consórcio de empresas. Portanto é inverossímil que a EDRB tivesse acesso à um volume de empréstimos destes. A hidrelétrica de Jirau está orçada em menos do que isso. Se o projeto de energia solar gerasse um volume de Mega-watts semelhante e a tarifas competitivas, faria sentido a CHESF receber o empréstimo do BNDES e comprar produtos e serviços da empresa EDRB e de outras empreiteiras.
A coisa começa a ficar clara, quando junta-se o que ele disse em uma entrevista na "Folha" e as trocas de emails (descritas no jornal demo-tucano O Globo) onde o ex-presidiário faz ameaças e chantagens ao ex-assessor demitido da casa civil Vinícius de Oliveira Castro.
O ex-presidiário diz que:
- se aproximou de Marco Antonio Oliveira (ex-diretor dos Correios), que o apresentou ao sobrinho, Vinícius de Oliveira Castro, que trabalhava na Casa Civil.
- Vinicius teria blefado, se apresentando aos lobistas como se tivesse influência para aprovar projetos, desde que o interessado assinasse contratos com a empresa Capital Assessoria (segundo disse o ex-presidiário).
- o ex-presidiário pediu o contrato insinuando que estaria interessado em fechar;
- com o contrato em mãos, o ex-presidiário passou a ameaçar Vinícius com escândalo, caso o tal empréstimo do BNDES não fosse aprovado (a nota abaixo dá os detalhes);
- Após ameaçar e estabelecer um prazo limite até 1 de fevereiro, senão denunciaria o contrato à imprensa e ao Serra.
Desde 2 de fevereiro que o ex-presidiário não cumpriu a ameaça, e seu lobby e chantagens não surtiram qualquer efeito. O projeto da empresa EDRB não foi aprovado pelo governo, por critérios técnicos.
Isso só vem a comprovar que Dilma nada tinha a ver com essa gente, e que se houve tentativa de lobby querendo infiltrar na Casa Civil, bateu de frente com Dilma, como uma muralha intransponível.
Ficou o forte cheiro de que o ex-presidiário lobista, se achando esperto demais, esteja querendo eleger Serra, para conseguir liberar a mirabolante quantia de R$ 9 bilhões para ele, num hipotético governo do Zé Baixaria.
O jornal não mostra respostas de Vinicius (se houveram) e dos demais envolvidos, por isso a reportagem fica comprometida e não dá para tirarmos conclusões definitivas, se haveria também um "conto do vigário" aplicado sobre lobistas.
Mas, se estes email forem como diz o jornal, já tem o suficiente para o ex-presidiário voltar a ser presidiário, por chantagem.
É este ex-presidiário que gravou e atuou no programa do Zé Baixaria, e que o Jornal Nacional em vez de chamá-lo de lobista (o que nem deprecia), o reverencia ora como empresário, ora como consultor.
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