Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Bem-vindo ao blog do PT de Mosqueiro, aqui nós discutimos a organização e atuação do Partido dos Trabalhadores nas relações sociopolíticas e econômicas do Brasil e do Pará. Também debatemos temas gerais sobre política, economia, sociedade, cultura, meio ambiente, bem como temas irreverentes que ocorrem no Mundo, no Brasil, no Pará, mas em especial na "Moca". Obrigado por sua visita e volte sempre!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Por enquanto no ibope...

Dilma tem 39%, e Serra, 34%, diz Ibope

Marina (PV) aparece com 7%. Margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos.

porrada neles DILMA !

Mastro de São Car[V]alho*

Hoje, 31/07/2010 (sábado), o Santo Sacana do Bispo será homenageado com o ritual da derrubada do Glorioso Mastro de São Car[v]alho. Participe.

GEDC0690

O Mastro já derrubado e cortado para a Fogueira Sagrada!

Incontáveis e de natureza vária são os santos do catolicismo, talvez nestes termos até ultrapassem os deuses da mitologia greco-romana. No entanto, na quadra junina, apenas quatro são homenageados: Antônio, o casamenteiro; João, o profeta, primo e precursor de Jesus; Pedro, o pescador e “primeiro papa”; e Marçal, “primeiro bispo de Limoges” e evangelizador da Aquitânia.

Importa esclarecer que o mês de junho, ou melhor, o mês de Juno – a poderosa deusa grega, esposa de Zeus, o “pai dos deuses” – coincidiu em determinados países da Europa com o apogeu de certas festas religiosas pré-cristãs e até mesmo pré-pagãs, se é que se pode assim nomeá-las, em homenagem à fecundidade da Mãe-Terra.

O superstrato cultural e religioso latino, imposto a todos os territórios conquistados por Roma, não pôde ser capaz de suprimir as antigas manifestações religiosas do mês junino, mês que mais tarde a igreja católica apostólica romana quis chamar de joanino, em homenagem ao santo profeta, primo de Jesus. É daí que surge a expressão quadra joanina.

Não foi pouco o que a igreja católica fez para transformar os antigos costumes, adaptando-os às festas em homenagem aos santos do catolicismo. É óbvio que não se obteve total êxito nessa empreitada, pois o que até hoje ainda subsiste são amálgamas de costumes religiosos se superpondo uns aos outros. O sincretismo, portanto, preside as festas juninas e, para a grande maioria de seus devotos, é quase impossível distinguir nos rituais de agora o que é herança cristã e o que ficou como resquícios de religiosidade pré-cristã.

Sem dúvida, os mastros dos santos compõem parte significativa desses resquícios, e isso não ocorre diferentemente na ilha de Mosqueiro, espaço com grande riqueza dessas manifestações sincréticas, divididas entre romaria, missa, preces, imagem e bandeira do santo, de um lado (o lado considerado “religioso”). E de outro: o mastro, a festa dançante com música estridente e o alto consumo de bebidas alcoólicas (o lado considerado “profano”), tudo isso embalado pelas explosões dos fogos.

Nesse contexto, o Mastro de São Caralho, já com uma tradição que remonta há pelo menos 20 anos, apresenta-se como marco diferencial, por não existir como parte constituinte de festividade nenhuma, mas sim por ser ele mesmo a própria festividade. Some-se a isso o fato de propor uma recusa à tradição sincrética, por ‘inventar uma tradição’ própria de profanidade, remontando ao mitológico deus grego Príapos, o São Caralho daquela época.

O São Caralho é milagroso e phoderoso; sua índole, contestatória e anti-hipócrita; sua longa e dura luta sempre será contra qualquer forma de discriminação, não aceitando interferência alguma de qualquer tipo de “otoridades”, quaisquer que sejam. Sua festividade não tem fins lucrativos. E como o mastro é reciclado, é também, enfim, um “santo” ecológico. Por isso, seu número de ‘devotos’ vem se expandindo numa proporção geométrica. Trata-se de uma divindade do povo, não das elites.

Então, quem quiser participar da derrubada do mastro, esteja convidado desde já. Que venha, divirta-se à vontade. Todos sempre serão muito bem-vindos, contanto que demonstrem o devido e circunspecto respeito pelo SANTO. Do contrário, a dimensão da heresia poderá ser proporcional ao TAMANHO do castigo ao qual o incrédulo será submetido (ou será... submetido?).

PRIAPUS

Uma representação de Nosso Santo: PRIAPUS, o deus grego protetor de pomares´. Adivinhe o que ele usava para bater naqueles que ele deveria castigar? Uma dica: olhe para baixo do queixo dele. Entendeu?

 

*O pejo impede-nos de usar a palavra sem o "v", destacado. Corresponde ao Deus grego Príapos, o deus de imenso falo, protetor de pomares, que usa o falo para castigar ladrões de frutas, por exemplo.

 

PS: não esqueçamos que o documentário média-metragem O Mastro, de Márcio Barradas, foi considerado pela Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC) como um dos dez melhores filmes de 2009. Aqui em Mosqueiro sua estreia foi no Praia-Bar, em 04/12/2009, em uma sessão histórica.

MASTRO & COBRA

Cartaz de O Mastro e A festa da cobra

Alcir postou

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Dez falsos motivos para não votar na Dilma

Dez falsos motivos para não votar na Dilma

Re-Postado a Partir do Blog do Fábio Fonseca de Castro, professor da UFPA.(http://hupomnemata.blogspot.com/)

Por Jorge Furtado

1. “Alternância no poder é bom”.

Falso. O sentido da democracia não é a alternância no poder e sim a escolha, pela maioria, da melhor proposta de governo, levando-se em conta o conhecimento que o eleitor tem dos candidatos e seus grupo políticos, o que dizem pretender fazer e, principalmente, o que fizeram quando exerceram o poder. Ninguém pode defender seriamente a idéia de que seria boa a alternância entre a recessão e o desenvolvimento, entre o desemprego e a geração de empregos, entre o arrocho salarial e o aumento do poder aquisitivo da população, entre a distribuição e a concentração da riqueza. Se a alternância no poder fosse um valor em si não precisaria haver eleição e muito menos deveria haver a possibilidade de reeleição.

2. “Não há mais diferença entre direita e esquerda”.

Falso. Esquerda e direita são posições relativas, não absolutas. A esquerda é, desde a sua origem, a posição política que tem por objetivo a diminuição das desigualdades sociais, a distribuição da riqueza, a inserção social dos desfavorecidos. As conquistas necessárias para se atingir estes objetivos mudam com o tempo. Hoje, ser de esquerda significa defender o fortalecimento do estado como garantidor do bem-estar social, regulador do mercado, promotor do desenvolvimento e da distribuição de riqueza, tudo isso numa sociedade democrática com plena liberdade de expressão e ampla defesa das minorias. O complexo (e confuso) sistema político brasileiro exige que os vários partidos se reúnam em coligações que lhes garantam maioria parlamentar, sem a qual o país se torna ingovernável. A candidatura de Dilma tem o apoio de políticos que jamais poderiam ser chamados de “esquerdistas”, como Sarney, Collor ou Renan Calheiros, lideranças regionais que se abrigam principalmente no PMDB, partido de espectro ideológico muito amplo. José Serra tem o apoio majoritário da direita e da extrema-direita reunida no DEM (2), da “direita” do PMDB, além do PTB, PPS e outros pequenos partidos de direita: Roberto Jefferson, Jorge Borhausen, ACM Netto, Orestes Quércia, Heráclito Fortes, Roberto Freire, Demóstenes Torres, Álvaro Dias, Arthur Virgílio, Agripino Maia, Joaquim Roriz, Marconi Pirilo, Ronaldo Caiado, Katia Abreu, André Pucinelli, são todos de direita e todos serristas, isso para não falar no folclórico Índio da Costa, vice de Serra. Comparado com Agripino Maia ou Jorge Borhausen, José Sarney é Che Guevara.

3. “Dilma não é simpática”.

Argumento precário e totalmente subjetivo. Precário porque a simpatia não é, ou não deveria ser, um atributo fundamental para o bom governante. Subjetivo, porque o quesito “simpatia” depende totalmente do gosto do freguês. Na minha opinião, por exemplo, é difícil encontrar alguém na vida pública que seja mais antipático que José Serra, embora ele talvez tenha sido um bom governante de seu estado. Sua arrogância com quem lhe faz críticas, seu destempero e prepotência com jornalistas, especialmente com as mulheres, chega a ser revoltante.

4. “Dilma não tem experiência”.

Argumento inconsistente. Dilma foi secretária de estado, foi ministra de Minas e Energia e da Casa Civil, fez parte do conselho da Petrobras, gerenciou com eficiência os gigantescos investimentos do PAC, dos programas de habitação popular e eletrificação rural. Dilma tem muito mais experiência administrativa, por exemplo, do que tinha o Lula, que só tinha sido parlamentar, nunca tinha administrado um orçamento, e está fazendo um bom governo.

5. “Dilma foi terrorista”.

Argumento em parte falso, em parte distorcido. Falso, porque não há qualquer prova de que Dilma tenha tomado parte de ações “terroristas”. Distorcido, porque é fato que Dilma fez parte de grupos de resistência à ditadura militar, do que deve se orgulhar, e que este grupo praticou ações armadas, o que pode (ou não) ser condenável. José Serra também fez parte de um grupo de resistência à ditadura, a AP (Ação Popular), que também praticou ações armadas, das quais Serra não tomou parte. Muitos jovens que participaram de grupos de resistência à ditadura hoje participam da vida democrática como candidatos. Alguns, como Fernando Gabeira, participaram ativamente de seqüestros, assaltos a banco e ações armadas. A luta daqueles jovens, mesmo que por meios discutíveis, ajudou a restabelecer a democracia no país e deveria ser motivo de orgulho, não de vergonha.

6. “As coisas boas do governo petista começaram no governo tucano”.

Falso. Todo governo herda políticas e programas do governo anterior, políticas que pode manter, transformar, ampliar, reduzir ou encerrar. O governo FHC herdou do governo Itamar o real, o programa dos genéricos, o FAT, o programa de combate a AIDS. Teve o mérito de manter e aperfeiçoá-los, desenvolvê-los, ampliá-los. O governo Lula herdou do governo FHC, por exemplo, vários programas de assistência social. Teve o mérito de unificá-los e ampliá-los, criando o Bolsa Família. De qualquer maneira, os resultados do governo Lula são tão superiores aos do governo FHC que o debate “quem começou o quê” torna-se irrelevante.

7. “Serra vai moralizar a política”.

Argumento inconsistente. Nos oito anos de governo tucano-pefelista – no qual José Serra ocupou papel de destaque, sendo escolhido para suceder FHC – foram inúmeros os casos de corrupção, um deles no próprio Ministério da Saúde, comandado por Serra, o superfaturamento de ambulâncias investigado pela “Operação Sanguessuga”. Se considerarmos o volume de dinheiro público desviado para destinos nebulosos e paraísos fiscais nas privatizações e o auxílio luxuoso aos banqueiros falidos, o governo tucano talvez tenha sido o mais corrupto da história do país. Ao contrário do que aconteceu no governo Lula, a corrupção no governo FHC não foi investigada por nenhuma CPI, todas sepultadas pela maioria parlamentar da coligação PSDB-PFL. O procurador da república ficou conhecido com “engavetador da república”, tal a quantidade de investigações criminais que morreram em suas mãos. O esquema de financiamento eleitoral batizado de “mensalão” foi criado pelo presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo, hoje réu em processo criminal. O governador José Roberto Arruda, do DEM, era o principal candidato ao posto de vice-presidente na chapa de Serra, até ser preso por corrupção no “mensalão do DEM”. Roberto Jefferson, réu confesso do mensalão petista, hoje apóia José Serra. Todos estes fatos, incontestáveis, não indicam que um eventual governo Serra poderia ser mais eficiente no combate à corrupção do que seria um governo Dilma, ao contrário.

8. “O PT apóia as FARC”.

Argumento falso. É fato que, no passado, as FARC ensaiaram uma tentativa de institucionalização e buscaram aproximação com o PT, então na oposição, e também com o governo brasileiro, através de contatos com o líder do governo tucano, Arthur Virgílio. Estes contatos foram rompidos com a radicalização da guerrilha na Colômbia e nunca foram retomados, a não ser nos delírios da imprensa de extrema-direita. A relação entre o governo brasileiro e os governos estabelecidos de vários países deve estar acima de divergências ideológicas, num princípio básico da diplomacia, o da auto-determinação dos povos. Não há notícias, por exemplo, de capitalistas brasileiros que defendam o rompimento das relações com a China, um dos nossos maiores parceiros comerciais, por se tratar de uma ditadura. Ou alguém acha que a China é um país democrático?

9. “O PT censura a imprensa”.

Argumento falso. Em seus oito anos de governo o presidente Lula enfrentou a oposição feroz e constante dos principais veículos da antiga imprensa. Esta oposição foi explicitada pela presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) que declarou que seus filiados assumiram “a posição oposicionista (sic) deste país”. Não há registro de um único caso de censura à imprensa por parte do governo Lula. O que há, frequentemente, é a queixa dos órgãos de imprensa sobre tentativas da sociedade e do governo, a exemplo do que acontece em todos os países democráticos do mundo, de regulamentar a atividade da mídia.

10. “Os jornais, a televisão e as revistas falam muito mal da Dilma e muito bem do Serra”.

Isso é verdade. E mais um bom motivo para votar nela e não nele

Vamos a luta companheiros !

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A rotina dos caçadores de votos

Para quem pensa que vida de candidato é um mar de rosas, sugiro o post do excelente blog CJK. Resumo perfeito da rotina de muitos caçadores de votos .
CANDIDATO SOFRE
Nestes dias o que mais se escuta é o folclore de campanha.É um tal de candidato "suando" para ganhar uns votos.Político paraense não beija só criancinha.Tem que "mexer o rodo" no tacho do forno de casa de farinha, dançar carimbó, comer peixe ou galinha preparada no fogaréu de óleo diesel ou no carvão, raspar uxi nos dentes, deliciar-se com turú (temperado com umas gotinhas de limão), engolir a poeira das estradas temperada com água da bica, comparecer (e fazer discurso) em enterro de anão, pagar o enterro do mencionado deficiente em altura, recitar versículos da Bíblia (sacrilégio...), conhecer e aplaudir a vida e obra do vereador Zé Ruela do Caixa-Prego, dançar a valsa de honra na festa de 15 anos da filha do insigne legislador-mirim, e ainda achar graça quando lhe baterem a carteira naquele furdunço que se forma na subida do palanque.Sim, tudo isso, e fingir que não ouve os apartes do bêbado que fica gritando palavrões na hora em que está fazendo seu discurso de "prestação de contas", receber aquele prefeito ingrato que lhe deve tudo, e ouvir que ele "vai votar no senhor, mas o grupo dele, sabe, já fez compromisso com outro (sic)". Ao chegar num município distante, encontrar o muro da casa do seu "cabo eleitoral" pintado com o nome de outro candidato, e ter que rir quando ele explicar que "foram uns meninos que pintaram isto aí", e elogiar o cafézinho que a mulher dele lhe servir, enquanto ela enverga uma camiseta justamente daquele adversário...E outras e outras histórias, estamos só no começo da campanha.Boa sorte a todos os candidatos, o poster tem por vocês uma sincera simpatia e profunda compaixão.

Rato postou!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Para seguir mudando (Valter Pomar).

PARA SEGUIR MUDANDO... Por Valter Pomar No dia 21 de julho, quarta-feira, a nossa companheira Dilma Roussef concedeu uma interessante entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil.
No dia 22 de julho, a grande imprensa repercutiu a entrevista, destacando entre outras coisas as posições de Dilma sobre comunicação, impostos e jornada de trabalho.
Alguns jornais afirmaram que as posições de Dilma estavam em contradição com as diretrizes de programa de governo do PT, aprovadas pelo IV Congresso do Partido.
Dilma é filiada ao PT, mas também é candidata de uma coligação que inclui vários partidos. Por isto, falando em tese, ela pode defender diretrizes distintas daquelas provadas pelo Partido dos Trabalhadores. Sem falar que, como cidadã e petista, ela não é obrigada a concordar com aquilo que aprovamos em nossos encontros democráticos.
Por outro lado, como o PT é um dos partidos da coligação, espera-se que nossa candidata não critique publicamente as posições do Partido. Assim como o programa da coligação não deve confrontar o programa do PT.
Até o dia 23 de julho, o site da TV Brasil (http://www.tvbrasil.org.br/3a1) disponibilizou apenas a primeira parte da entrevista.
A entrevista inicia com Dilma dizendo querer a presidência para “seguir mudando” e que a mudança principal é a “erradicação da pobreza”.
O jornalista Valdo Cruz (Folha de S. Paulo) perguntou, então, sobre três propostas que constariam das diretrizes de programa do PT: a “taxação sobre grandes fortunas”, o “controle social sobre os meios de comunicação” e a “redução da jornada de trabalho”.
Digo constariam, porque as frases “controle social sobre os meios de comunicação” e “taxação sobre grandes fortunas” não constam do texto das diretrizes aprovadas no IV Congresso.
Respondendo a Valdo Cruz, Dilma afirma sobre o primeiro ponto que o termo “controle social” é “impreciso”; distinguiu entre “marcos regulatórios” e “controle sobre conteúdo”; firmou uma forte posição contra a censura; e criticou (sem citar o nome de Serra) a prática de ligar para redações, pedindo demissão de jornalistas.
Sobre o segundo ponto, Dilma diz ter ficado “provado” que “de uma certa forma” a taxação sobre grandes fortunas é “inócua”, não resultando “necessariamente” em ganhos para a sociedade. Repetiu esta idéia, dizendo que “não há nenhum indicador” de que a taxação sobre grandes fortunas “resulte em grandes benefícios”.
Sobre o terceiro ponto, Dilma disse que há setores da economia que podem suportar esta redução, que deve ser negociada entre trabalhadores e empregados; enquanto há outros que não tem condições; e que por isso a sociedade deve “amadurecer” e “caminhar para isso”, não havendo como o “governo chegar e definir propostas que tem que emergir na sociedade”.
A íntegra da entrevista, pelo menos até o dia 23 de julho, não estava disponível no site da TV Brasil. Mas, tomando como base a primeira parte, a conclusão é que nossa companheira Dilma Roussef, ao responder as três questões de Valdo Cruz, adotou uma postura desnecessariamente defensiva.
Afinal, o que dizem as diretrizes de programa de governo aprovadas no IV Congresso do PT sobre os três assuntos?
O item 45 do capítulo “Acesso à comunicação, socialização dos bens culturais, valorização da produção cultural e estímulo ao debate de idéias”, defende medidas que promovam a “democratização da comunicação social no país, em particular aquelas voltadas para combater o monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento. Para isso, deve-se levar em conta as resoluções aprovadas pela 1ª. Confecom, promovida por iniciativa do governo federal, e que prevêem, entre outras medidas, o estabelecimento de um novo parâmetro legal para as telecomunicações no país; a reativação do Conselho Nacional de Comunicação Social; o fim da propriedade cruzada; exigência de uma porcentagem de produção regional, de acordo com a Constituição Federal; proibição da sublocação de emissoras e horários; e direito de resposta coletivo”.
Para fugir da acusação de “censura”, sugerida pelo termo “controle social”, a companheira Dilma optou por defender os marcos regulatórios, rejeitando qualquer tipo de controle de conteúdo. Esta abordagem impediu que ela falasse da principal ameaça à democracia, bem como da maior ameaça à pluralidade de conteúdos no Brasil: o monopólio privado dos meios de comunicação.
Por qual motivo, aliás, tais monopólios podem decidir os conteúdos? Por qual motivo a sociedade não poderia, por exemplo, regulamentar a porcentagem de produção regional?
Vejamos agora o que as diretrizes de programa dizem sobre o tema dos tributos, no item 19, ponto i, do capítulo “O crescimento acelerado e o combate às desigualdades raciais, sociais e regionais e a promoção da sustentabilidade ambiental serão o eixo que vai estruturar o desenvolvimento econômico”.
Lá se defende uma “reforma tributária que reduza os impostos indiretos, desonere os alimentos básicos e os bens e serviços ambientais, dê continuidade aos avanços obtidos na progressividade, valorizando a tributação direta, especialmente sobre as grandes fortunas. Deve também estimular a produção e racionalizar o sistema de impostos, favoreça a produção e racionalize o sistema de impostos”.
Como se pode ler, a proposta do PT é ampla e o tema das grandes fortunas é uma entre muitas medidas, necessárias para tratar de um assunto que o Partido sabe ser muito complexo.
De toda forma, responder a uma pergunta acerca do imposto sobre grandes fortunas seria um ótimo “gancho” para abordar o principal problema da estrutura tributária brasileira: a desigualdade, pois em nosso país, quem tem mais riqueza, paga menos imposto.
Ao não falarmos da reduzida progressividade (ou da regressividade) de nossa estrutura tributária, ao limitarmos nossa abordagem ao bom-uso dos recursos e ao peso da carga tributária, deixamos o flanco aberto para a demagogia do grande capital, que fala em reduzir a carga tributária, omitindo que é sobre os trabalhadores e setores médios que recai o maior peso dos impostos.
Além disso, cabe perguntar: foi mesmo “provado” que taxar grandes fortunas seria algo “inócuo”?
Ouvindo com atenção o que disse nossa companheira, registrei que seu raciocínio é cheio de senões: teria sido “provado”, mas apenas “de certa forma”, não havendo “indicador” de que a taxação resultaria “necessariamente” em “grandes benefícios”.
Considerando estes senões e invertendo o raciocínio, a verdade é que Dilma também disse o seguinte: a taxação de grandes fortunas pode resultar em benefícios para a sociedade. Mas se é assim, não teria sido melhor defender com ênfase que nosso governo é a favor da progressividade tributária e que o imposto sobre grandes fortunas é uma decorrência lógica disto?
Finalmente, vejamos o que foi aprovado pelo IV Congresso do PT acerca da jornada de trabalho, tema abordado no item 19, ponto p, do capítulo: “O crescimento acelerado e o combate às desigualdades raciais, sociais e regionais e a promoção da sustentabilidade ambiental serão o eixo que vai estruturar o desenvolvimento econômico”.
Lá está dito o seguinte: “compromisso com a defesa da jornada de trabalho de 40 horas semanais, sem redução de salários”.
Como se pode ler, o PT não defende que a futura presidenta Dilma Roussef edite uma Medida Provisória instituindo a jornada de 40 horas, sem redução de salários.
O que as diretrizes de programa afirmam é nosso compromisso, enquanto Partido, com esta medida civilizatória. Noutras palavras, que nossa candidata e seu futuro governo devem, igualmente, ter compromisso com esta proposta, cuja implementação passa pela mobilização da sociedade e pela aprovação de uma lei no Congresso Nacional. Luta que, em vários momentos, deve contar com o apoio decidido de nosso governo.
Ao abordar o tema de forma defensiva, Dilma perdeu a oportunidade de lembrar que o Brasil não apenas pode combinar aumento da produtividade sistêmica, com melhoria das condições de vida na sociedade, mas que esta combinação exige e supõe jornadas menores e mais tempo para usufruir dos frutos do trabalho.
Ao concluir este exercício de análise da entrevista da companheira Dilma Roussef, vis a vis o que dizem as diretrizes de programa de governo do PT, registro apenas que os três temas questionados foram aclamados no IV Congresso do Partido. Ou seja, ninguém nem ao menos pediu a palavra para fazer qualquer questionamento.
Claro que o PT faz parte de uma coligação; claro que o programa do Partido não será o programa da coligação; claro que o PT é fiador da aliança de governo; mas também é um partido com posições próprias, que merecem ser conhecidas, defendidas e respeitadas, antes de mais nada porque estão em sintonia com as aspirações de uma parcela majoritária da sociedade brasileira que, como disse Dilma no início da entrevista, quer “seguir mudando”.
E seguir mudando exige democratizar a comunicação, fazer os ricos pagarem impostos e reduzir a jornada de trabalho.
Valter Pomar, membro do Diretório Nacional do PT

O fim de uma era de infâmia

Enviado por luisnassif, dom, 25/07/2010 - 11:59

Diogo Mainardi está saindo do país. Na sua crônica, brinca com o medo de ser preso. É medo real. Condenado a três meses de prisão pelas calúnias contra Paulo Henrique Amorim, perdeu a condição de réu primário. Há uma lista de ações contra ele. As cíveis, a Abril paga - como parte do trato. As criminais são intransferíveis. E há muitas pelo caminho.

Há meses e meses meus advogados tentam citá-lo, em vão. Foge para todo lado. A intimação foi entregue na portaria do seu prédio, mas os advogados da Abril querem impugnar, alegando que não foi entregue em mãos. Tudo isso na era da Internet, quando todo mundo sabe que ele está sendo procurado para ser intimado.

A outra ação, contra Reinaldo Azevedo, esbarra em manobras protelatórias dos advogados da Abril. A ação prosperou porque colocada no Fórum da Freguesia do Ó - região da sede da Abril. Os advogados da Abril insistem em transferi-la para a Vara de Pinheiros.

Minha ação de Direito de Resposta contra a Veja vaga há quase dois anos, devido à ação da juíza de Pinheiros. Primeiro, considerou a inicial inepta. Atrasou por mais de ano a ação. Em Segunda Instância, por unanimidade o Tribunal considerou a ação válida e devolveu para a juíza julgar. Ela se recusou, alegando que a revogação da Lei de Imprensa a impedia - o direito de resposta está inscrito na Constituição Federal.

No caso da ação Mainardi-Paulo Henrique Amorim, ela absolveu Mainardi, alegando que as ofensas não passavam de mero estilo de linguagem que não deveriam ser levadas a sério. O disparate da sentença foi revelado pelo próprio TJ-SP ao considerar que o autor merecia uma condenação de três meses de prisão.

O problema não é Mainardi. É apenas uma figura menor que, em uma ação orquestrada, ganhou visibilidade nacional para poder efetuar os ataques encomendados por Roberto Civita e José Serra.

Quando passar o fragor da batalha, ainda será contado o que foram esses anos de infâmia no jornalismo brasileiro.

Mentira tem perna curta?

terça-feira, 27 de julho de 2010

Mentira tem perna curta?

Este cidadão, que muitos ainda chegaram a citar em seus complicados arrazoados para sustentar uma mal disfarçada disposição preconceituosa anti-Lula, está saindo do país. Nada contra o exercício salutar da crítica a um presidente, imperador ou qualquer coisa que o valha. Mas utilizar os escritos de um elemento que fez história e fama construindo factóides, associado a uma máquina azeitada nesta empreitada, (que PHA batizou de PIG), está muito além do aceitável.

Diogo Mainardi, apesar de tudo, deu sim sua contribuição ao país. Ao menos assim espero. E qual seria a potencial contribuição deste indivíduo? Ensinar a quem se apressa em rechear seus argumentos contra ou a favor de quem quer que seja, citando qualquer "informação", mesmo que reles, que sirva aos seus propósitos e predisposições inconfessáveis, sem aplicar-lhe o salutar filtro do desconfiômetro.

Postado por Carlos Barretto (Blog Flanar)

Nota do Blog: Este imbecil que por anos foi/é articulista da famigerada revista Veja, penultima página de cada edição, sempre serviu lacaiamente por emprestar suas canetas (escrever artigos), onde sempre criava/cria (não sei se ainda escreve para esta porcaria de revista que faz anos não leio mais) factóides onde predomina o preconceito contra o Presidente Lula e fatalmente contra todos os nordestinos, só podemos dizer já vai mais do que tarde, agora só resta a Veja arranjar alguém que certamente será pior que seat criatura

Rato postou!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

CAMINHADA VERMELHA EM MOSQUEIRO COM A ANA






No dia 25 de julho, mais uma vez Mosqueiro avermelhou. Contanto com a presença da companheira Ana Júlia Carepa, candidata a reeleição pela coligação Acelera Pará, e de muitos militantes do PT, a caminhada vermelha contagiou a população da ilha. Foi uma grande festa em apoio ao projeto de reeleição do governo popular que vai continuar a reverter prioridades, de modo a fortalecer a transformação social em nosso estado.
A população, em grande parte, recebeu com acenos e abraços nossa companheira Ana Júlia. A militância petista de Mosqueiro deu mais uma prova da sua força de mobilização e organização, não apenas durante a preparação da caminhada como, acima de tudo, na inauguração do comitê de campanha na ilha, iniciando um processo que deverá se consolidar no dia 03 de outubro, através de uma expressiva votação em Mosqueiro.

Chapéu-Virado, 21 de janeiro de 1836

 


O caramanchão do Chapéu-Virado


Piso este solo sagrado,
onde sou apenas remanescente
dos que tombaram, heróis sidos,
mortos que caminham hoje
nas sendas da memória
de quem os reverencia.


É dia 21 de janeiro de 1836:
balas chispando o espaço
do que seria o futuro Chapéu-Virado,
alvejando as tropas em conflito
e chacoalhando meus neurônios,
excitando-os em sinapses imaginárias...

... e legalistas tombando,
cabanos tombando
e se levantando agora,
no momento em que reescrevo
suas trágicas histórias,
libertando-as do apagamento
a que o ostracismo condenou.


Os canhões trovoam, mesclados
ao som do arrebentar dos vagalhões
ali na beira da praia...


Uma praça, uma igreja, um caramanchão...
Um prédio de um antigo hotel...
O edifício Lílian Lúcia...
O chalé Porto Franco...
A orla, as farmácias, as barracas...
Banhistas, passantes, carros,
motos e bicicletas habitam este solo
em fronteira com a praia do Farol.
Os heróis tombam no combate,
clamam, num ganido candente:


-- Quem se lembra de nós, que lutamos desigualmente
por um punhado de menos desigualdades?!...
Um grito inaudível ecoa em minha mente...


Mário de Andrade, Chapéu-Virado, 1927. Alcir postou.

domingo, 25 de julho de 2010

Evolução do ensino de matemática

Segundo o blog Biométrio, foi mais ou menos assim a evolução do ensino da matemática desde 1950 - evolução mostrada por meio do mesmo problema ao longo dos anos:

Ensino de matemática em 1950:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?


Ensino de matemática em 1970:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$80,00. Qual é o lucro?


Ensino de matemática em 1980:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de  produção é R$80,00. Qual é o lucro?


Ensino de matemática em 1990:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:

( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00


Ensino de matemática em 2000:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$80,00. O lucro é de R$20,00.

Está certo?

( )SIM ( ) NÃO


Ensino de matemática em 2009:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produçãoé R$80,00. Se você souber ler coloque um X no R$20,00.

( )R$20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

sexta-feira, 23 de julho de 2010

PSM da 14 fará triagem por gravidade do paciente

Sexta-feira, 23/07/2010, 08h27

As mudanças também chegarão ao HPSM do Guamá, de forma gradual

O Hospital Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti (HPSM 14 de Março), em Belém, espera, a partir de agora, agilizar o atendimento conforme a classificação de risco. Isto é, ao invés de ser atendido por ordem de chegada, o paciente com caso mais urgente terá prioridade sobre os demais. Esta é a novidade com a implantação do novo espaço de acolhimento, inaugurado ontem pela manhã pelo prefeito Duciomar Costa, com a presença de autoridades. A mudança atende aos critérios
estabelecidos pelo Protocolo de Manchester, firmado em 1997, e já está funcionando.
O espaço reaproveita uma área antes ociosa no hospital, onde agora funcionam as áreas de identificação, classificação de risco e acolhimento dos pacientes, que antes ficavam em pé junto com os acompanhantes. No local, trabalharão 27 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e assistentes sociais, em caráter de plantão. “Recebemos um treinamento de dois meses por profissionais que atuam nos hospitais de Belo Horizonte (MG), onde já funciona o sistema, e depois que o projeto vingar, seremos multiplicadores”, adianta uma das enfermeiras da equipe, Jandira Dantas.
Quanto à implantação da mudança no HPSM Dr. Humberto Maradei (Guamá), o titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), Sérgio Pimentel, diz que ocorrerá de forma gradual. “Todo paciente que chegar no HPSM da 14 de Março vai entrar, o que talvez aumente a demanda. Mas com o novo sistema, a tendência será a descentralização do atendimento, pois com a triagem prévia o paciente será encaminhado para o local apropriado no tempo hábil”, garante.
PROTOCOLO DE MANCHESTER
O Protocolo de Manchester é uma metodologia de trabalho aplicada em países como Portugal, Suécia, Holanda, Espanha e agora o Brasil. Belém é a segunda cidade do país a adotar os critérios, cuja implantação visa organizar a rede de assistência e atendimento nas entradas de hospitais, reduzindo o tempo de espera e melhorando o Sistema Único de Saúde (SUS).
ENTENDA O SISTEMA DE PULSEIRAS
Quando o paciente chegar ao pronto-socorro, será identificado e conduzido para a sala de classificação de risco, onde será avaliado e receberá uma pulseira cuja cor designa sua condição. Em seguida, o paciente fica na sala de acolhimento por um determinado período,
com exceção do paciente muito grave, que entra no hospital imediatamente, e depois é encaminhado para o médico especialista ou outro hospital, unidade saúde ou casa de apoio.
- Vermelha: paciente muito grave (atendimento imediato)
- Laranja: paciente muito urgente (atendimento em até 10 minutos)
- Amarela: paciente urgente (atendimento em até 60 minutos)
- Verde: paciente pouco urgente (atendimento em até 120 minutos)
- Azul: paciente não urgente (atendimento em até 240 minutos) .
(Diário do Pará)

Nota do Blog: repetimos mais uma vez que um sujeito que é engenheiro por profissão e vai caidar da Saúde Pública por opção política e que é ainda pior em uma administração onde o prefeito foi cassado e ainda sobevive politicamente por uma decisão judicial, onde este mesmo engenheiro/secretário de saúde, fecha postos de saúde como foi o caso da UMS Maracajá e Baía do Sol, CASA Família Sucurijuquara, Aeroporto e Furo das Marinhas, e ainda manda policiais da ROTAM atirar em manifestantes, não merece confiança.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Paisagens (re) memoráveis: livros para "viajar" durante as férias

 

Ampla maioria dos mosqueirenses desconhece o fato de que já foram publicados dois romances ambientados aqui em nossa pacata ilha de Mosqueiro. Pessoas, lugares, fatos e situações referentes à nossa terra, que já foi nomeada de Bucólica, foram ficcionalizados pela pena de dois ilustres paraenses, escritores que viveram parte de suas vidas nesta terra e a tornaram locus de ação de seus personagens; contudo, em que pese o fato de ambientarem suas histórias no espaço mosqueirense, fato que aproxima as duas obras, estas, no entanto, se distanciam no que tange ao clima sugerido pelo enredo de cada uma. É disso que passaremos a discorrer nas linhas que se seguem.
O locus amoenus (um lugar ameno e agradável para se viver), verdadeiro paraíso perdido e irrecuperável, docemente aquarelado por Cândido Marinho Rocha (1907-1985), nas páginas de seu romance Ilha, capital Vila, publicado em 1973, contrasta notoriamente com o locus horrendus (um lugar assustador para se viver), painel violentíssimo traçado por Edyr Augusto em seu Moscow, romance este publicado quase duas décadas depois, em 2001.
Esse contraste torna-se gritante, ao fazer-se comparação entre as duas obras. A de Marinho Rocha, Ilha, capital Vila, envereda pela trilha do ufanismo e do bucolismo em relação ao tratamento dado à ambientação, também possivelmente porque sua produção data da era do Milagre Brasileiro, do general-presidente Médici, em plena ditadura militar. Esse fato torna-se patente ainda mais, quando se leva em consideração o fato de seu subtítulo ser “Histórias e estórias de uma ilha cercada de amor por todos os lados”.
O painel ultraviolento desenhado em Moscow expõe a Ilha em cores fauvistas, isto é, fortes e vivas, em sintonia com todo um quadro de acontecimentos que impressiona por uma verossimilhança surreal (como numa tela de Salvador Dalí). Como foi publicado em 2001, escrevi, algum tempo atrás, que tudo no romance soa como notas reais de uma música ainda não tocada apenas pela falta dos instrumentistas, que logo, logo subirão ao palco para compor uma cruel orquestra, a tocar aterradora sinfonia para um público boquiaberto, atônito, só percebedor recente da degenerada mutação social que já se abatera sobre a “Ilha Perfumada pelo Amor”, nas palavras de Marinho Rocha.
Ilha, capital Vila, com sua atmosfera de bucolismo, onde pairavam no ar os amores livres de Dona Rosamor, e do personagem central Zozó, dentre outros personagens que vivenciaram os acontecimentos pitorescos na Ilha, de 1931 a 1943, dá mostras de uma mítica e doce recordação que praticamente só vive na memória dos mosqueirenses mais antigos. Já Moscow, por toda crueza da violência que povoa suas páginas, com o personagem central e seus amigos praticando atos de agressão gratuita de toda natureza, além de assaltos, estupro e assassinato, tudo homologado pelos fatos reais e cotidianos da contemporaneidade, é profético e atual, e aterrorizante. No geral, os dois romances têm qualidade e apresentam um panorama humano e social com o qual o mosqueirense, sem sombra de dúvida, se identifica. O leitor deve lê-los, fazer comparação e ponderar: “O que teria uma pessoa a ganhar, se não os ler?”


Autor: Cândido Marinho Rocha
Título: Ilha, capital Vila
Cidade: Belém
Editora: Falangola
Ano: 1973
Páginas: 206

Autor: Edyr Augusto
Título: Moscow
Cidade: São Paulo
Editora: Boitempo
Ano: 2001
Páginas: 68


O livro de Marinho Rocha está esgotado. Há apenas um exemplar na estantevirtual (http://www.estantevirtual.com.br), no valor de R$43,00; já o de Edyr Augusto, parece-me que ainda pode ser comprado por sua editora (Boitempo), mas também se encontra na estante virtual, bem em conta, a partir de R$5,00.
Em tempo, o livro Mosqueiro: ilhas e vilas, de Augusro Meira Filho, está à disposição na estante virtual (apenas um solitário exemplar)por R$105,00.Como se vê, é difícil fazer pesquisa sobre nossa ilha. Alcir postou.

Pesquisa do Vox Populi sai amanhã

A Band divulgará amanhã a pesquisa de intenção de voto que encomendou ao instituto Vox Populi. Nela, Dilma aparece com 43% das intenções de voto, contra 37% de José Serra e 8% de Marina. No último levantamento feito pelo instituto, divulgado em 29 de junho, Dilma tinha seis pontos de vantagem, dependendo do cenário. No levantamento anterior, em maio, a diferença era de três pontos.

A pesquisa ouviu 3 mil pessoas de 17 a 20 de julho. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual, para mais ou para menos. O instituto registrou ainda pesquisas para nove estados – Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.

No sábado será a vez do instituto Datafolha divulgar sua nova pesquisa. Será a enquete com maior amostra do período eleitoral, 10,6 mil entrevistados.

Postado por Fabio Fonseca de Castro

De um Anônimo

Anônimo Anônimo disse...

Meus amigos (as),
Convidamos a todos os moradores do bairro do Aeroporto a se fazerem presente na inauguração do INFOCENTRO MAC.
O Infocentro permite ao cidadão acesso gratuito a internet, utilizando a infra-estrutura do programa NAVEGAPARÁ para melhorar a nossa condição de vida, é a inclusão social através da inclusão digital.
O Governo do Estado do Pará, por meio da Governadora ANA JÚLIA CAREPA, nos contemplou com esse projeto que é de muita importância para toda a nossa comunidade.
A partir de agora teremos acesso gratuito a internet e a todas as tecnologias de informação, computador, impressora, quadro magnético, central de ar condicionado, pagamento de energia durante dois anos, monitor, mesas e cadeiras. Gostaríamos de contar com a presença de toda a nossa comunidade para mostrarmos todo o nosso agradecimento, afinal o bairro do Aeroporto SEMPRE FOI ESQUECIDO pela maioria dos governos.
Podemos citar que apenas no governo do PT foi que conseguimos o asfalto da Rua da Pedreira, posto de saúde do bairro e a construção da Praça que é anexo ao MAC (Praça Raimundo Ramalho).
Essa é a política do Governo do Estado, é a política de levar benefícios para o povo das ilhas e do interior do Pará, é o fazer o que agente sempre sonhou para as nossas famílias. COMPAREÇAM A INAUGURAÇÃO DO INFOCENTRO, TEREMOS A PARTICIPAÇÃO DE DIVERSAS AUTORIDADES!
Agora estou fora do MAC, mas continuo trabalhando, junto com outras parcerias, em projetos que possam ajudar a resolver os problemas de Mosqueiro e do nosso querido Bairro do Aeroporto.
Ricardo Brito
LOCAL: INFOCENTRO MAC (AO LADO DA QUADRA DE ESPORTES DO MAC)
ENDEREÇO: RUA CAMILO SALGADO S/N (EM FRENTE AO CANECÃO)
HORA: 17:00
DIA: 24 DE JULHO DE 2010

Os ecos do ENEM

Postado a partir do Blog do Yúdice http://www.yudicerandol.blogspot.com/

Nos últimos dias, a diuturna cobertura sobre o "caso Bruno" sofreu um abalo: a mídia começou a dar atenção ao resultado do ENEM. Como era de se esperar, quem tem de que se orgulhar, orgulha-se. Quem muito pelo contrário, ou se explica ou faz cara de paisagem. No Pará, cujos indicadores de desempenho, mais uma vez, foram tétricos, optou-se por fazer cara de paisagem de manguezal degradado.

Nosso Estado não possui nenhuma escola bem cotada no ranking do ENEM. Nenhuma. De novo. E não adianta usar o velho argumento de perseguição, de que somente instituições do Centro-Sul são bem avaliadas, porque a segunda melhor escola do país, segundo o último ENEM, é do Piauí. Sim, do Piauí, o Estado mais pobre da federação. Entre as 20 melhores aparece o Maranhão, também - outro Estado paupérrimo e dominado por politiqueiros pós-graduados em malinagens com a coisa pública. Mas não o Pará.

Para aqueles que não se conformam em ficar de fora de uma lista, lá vai: a pior escola privada do país é do Pará, especificamente de Altamira. Se eles já se explicaram, não sei. Mas pensando bem, por que se explicariam, se o governo do Estado nada tem a dizer senão que a culpa pelo mau desempenho é dos estudantes?

Meu Deus, quanta vergonha para nós!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

LUTA SOCIAL EM MOSQUEIRO. RELATOS DE UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA.

 

Quem consegue esquecer? No dia 08 de junho de 2010, centenas de ativistas dos movimentos sociais em Mosqueiro, distrito de Belém, protagonizaram mais um momento da luta de classes na ilha. Reivindicando o retorno do serviço de Urgência e Emergência no posto de saúde do bairro do Maracajá, um dos mais populosos de Mosqueiro, os moradores do bairro organizaram uma grande manifestação em protesto contra a decisão do prefeito Duciomar Costa (PTB) em abandonar a saúde pública municipal na ilha e na cidade como um todo.

Aos moradores do Maracajá juntaram-se lutadores de outros bairros, além de trabalhadores dos Assentamentos Doroty Stang, do Mártires de Abril e do Paulo Fonteles. Também participaram lideranças do SINTEPP em Mosqueiro, da CUT (Central Única dos Trabalhadores) do MST e do Partido dos Trabalhadores, além de grêmios estudantis . Após meses de espera e de inúmeras tentativas de diálogo com as autoridades municipais, sem nenhum resultado prático, os lutadores resolveram radicalizar. Realizou-se uma manifestação próximo à Ponte Sebastião Oliveira (Belém-Mosqueiro), resultando no fechamento do acesso à ilha.

Dessa vez, além da grande quantidade de ativistas, houve a ampliação da demanda social apresentada pela população, indignada com anos de abandono. Reivindicava-se não apenas saúde pública, mas também transporte, construção de creches, iluminação pública, limpeza e manutenção de vias, direitos garantidos constitucionalmente. A pista foi fechada e seria desobstruída quando da chegada de uma autoridade do município para conversar com a população e resolver as angústias. Mas na Belém de DUDU, questão social é caso de polícia. Ao invés vez disso, apareceram a guarda municipal, a polícia militar e uma guarnição da ROTAM (Ronda “Tática” Metropolitana)

A ROTAM chegou com o único propósito de desobstruir a rua, a qualquer custo, o que nos remete ao fatídico 17 de abril de 1996, quando os policiais tinham ordens para desobstrução da “curva do S” resultando no assassinato de 19 trabalhadores rurais sem-terra. Dizem que “a história se repete, por assim dizer duas vezes”. A eleição de DUDU foi a farsa. Sua política, a tragédia!

Os manifestantes se comprometeram a desobstruir a via quando da chegada da autoridade da saúde municipal, já contactada e a caminho. Às 14:00 horas, os ativistas começaram a desobstruir parte da pista, mas a polícia não queria diálogo. Mais uma vez a nossa história foi manchada com o sangue desarmado da pobreza. Tiros de borracha foram disparados à queima roupa em trabalhadores. Dois deles, um funcionário municipal, outro caseiro, foram submetidos a cirurgia tamanho a gravidade dos ferimentos. Bombas de “efeito (i)moral” foram lançadas. Não satisfeitos, os policiais, comandados pelo capitão Éricles, levaram os dois trabalhadores gravemente feridos para transformá-los de vítimas em bandidos. Ambos, além do professor Aldo Rodrigues, dirigente do SINTEPP, foram autuados como formadores de quadrilha, entre outros crimes.

Para nós esse é mais um exemplo da criminalização dos movimentos sociais em nossa cidade e no estado. A direita conservadora avança na tentativa de criminalizar os movimentos, transformando lutas sociais como crime hediondo. Para nós, hediondo é a violência praticada a cada ano contra os trabalhadores. Mas se pensam que a luta acabou estão muito enganados. Ela está mais forte do que nunca porque a luta não pára!

 

Por:Fábio Pessoa

PSM muda Atendimento

Amazônia Jornal
Edição de 21/07/2010

Pronto-socorro da 14 adota modelo inglês de serviços, com triagem de pacientes

O sufoco que a população de Belém enfrenta em busca de atendimento de urgência e emergência no Pronto-Socorro Mário Pinotti (PSM da 14), no bairro do Umarizal, parece estar com os dias contados. Pelo menos é o que prevê a prefeitura de Belém ao inaugurar amanhã um novo modelo de serviço. Trata-se de um espaço criado para atender à demanda, uma das maiores do Estado, por meio do "Protocolo de Manchester", já utilizado na Inglaterra, para desafogar o fluxo de pacientes que procuram todos os dias o PSM, alvo constante de reclamações e críticas.

Com a implantação do protocolo, os pacientes que procurarem o PSM receberão outro tipo de atendimento. Ou seja, além de encontrarem um novo espaço físico, as pessoas passarão por uma triagem especial, que vai priorizar cada caso de forma isolada, onde os médicos levarão em consideração a situação dos pacientes, o que significa que terão prioridade os mais urgentes.

Em obras desde fevereiro deste ano, o novo espaço vai oferecer aos usuários uma recepção ampliada, sala de espera e entrada de acesso ao PSM exclusiva para as ambulâncias. Além de uma área de encaminhamento dos pacientes, que serão identificados por cores, de acordo com o grau de urgência ou classificação de risco, conforme estabelece o Protocolo de Manchester.

Pelo protocolo, é estabelecido um tempo de espera pela atenção médica, o que não prioriza um diagnóstico, mas o atendimento. Assim, ao chegar ao PSM, o paciente passa pela triagem, onde os médicos identificam o problema e a partir dele fazem o encaminhamento de acordo com o quadro clínico que apresenta.

Os médicos que atuarão no novo serviço já passaram por uma capacitação, realizada em abril pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR), de Belo Horizonte, que é o único certificado no Brasil pela empresa Manchester Triage Group, pioneira no protocolo.

Sérgio Pimentel, titular da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesma), diz que o Protocolo de Manchester marca o início de uma nova fase na saúde pública do município. O secretário ressalta que Belém é a primeira capital do Norte do País a oferecer a novidade aos usuários do serviço de saúde.

Ps: O blog aposta que é mais uma enrolação do Secretário Sérgio Pimentão, o que é ainda pior agora o atendimento só para Inglês ver…. UUUUUIIIIIII!!!

Postado Por Rato do PT.

Compilada do Blog Falo Por Que Tenho Boca

Eleições sem pulso sujo

Já que o Ficha Limpa parece mais uma grande anedota com a sociedade brasileira, eu apóio o movimento iniciado no twitter pelo jornalista e grande piadista Anderson Araújo:
@Andersonjor Já conseguimos o Ficha Limpa. Agora vamos pedir o projeto Pulso Limpo: levou algema? Está fora da eleição.
http://twitter.com/Andersonjor

terça-feira, 20 de julho de 2010

rock 13 no empatas.







Mesmo atrasado postamos algumas fotos do Rock 13 na Barraca Empata's Phoda's Bar
um dia para não esquecer.

Benedito Nunes acaba de receber o Prêmio Machado de Assis

Somente dois paraenses já receberam o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (APL): o primeiro foi o escritor e jornalista Dalcídio Jurandir (1909-1979), em 1971; o segundo, o filósofo, crítico literário e professor emérito da UFPA, Benedito Nunes, autor de obras de grande relevância, com reconhecimento inclusive no exterior. É um orgulho imenso para todos nós paraenses. O professor Benedito já recusou diversos convites para lecionar em instituições por todo o Brasil, mas sempre recusou, quer ficar em sua terra. Entre outros motivos, disse uma vez que não saberia como levar seus livros. Mil vivas para ele!


Imagem:fonte ufpa.br


magem: fonte dariopedrosa.com
Alcir postou

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Desabafo de anônimo aos "Novos petistas."

O partido dos trabalhadores nasceu em 1980 com intuito de representar a vontade de mudança do povo brasileiro após terríveis anos de chumbo protagonizados por uma ditadura que arrancou a voz e a liberdade de nosso povo, por isso, consideramos o PT um partido de frente popular, de massa, socialista e militante.
Trinta anos se passaram e conseguimos muitas vitorias (depois de muitas derrotas), temos o governo federal com o companheiro Lula, governos de estados estratégicos, prefeitos, deputados e senadores, mostramos com políticas publicas o modo petista de governar, onde, os movimentos sociais, saúde, educação, combate a miséria e a soberania nacional foi e são nossas bandeiras de lutas e assim construímos nossa história.
Aqui no Pará temos o governo do estado com a companheira Ana Julia, tivemos muitos problemas a o longo da gestão, muito por culpa dos 12 anos de governo tucano que com privatizações sucatearam nosso estado, mas também tivemos muitos avanços como, por exemplo, os concursos públicos e o projeto de democratização da informática (navega Pará) e ainda temos muito a fazer, por isso, lutaremos para reeleição da governadora Ana Julia em outubro.
Domingo passado começamos nossa campanha em mos queiro, uma linda caminhada pela orla com intervenções e discursos eloqüentes por parte do professor Aldo,Leirson e Nairo que tentavam conscientizar os banhistas da necessidade de não deixar o governo tucano voltar e que o projeto petista de governar é o melhor para o nosso estado. Ganhamos vaias e aplausos, contudo começamos.
O ponto negativo da atividade foram os chamados “novos petistas” que não quiseram se misturar com os demais companheiros na caminhada e continuaram a balançar apenas as bandeiras de seus candidatos proporcionais. Os “ novos petistas” são indivíduos sem formação política e que hoje militam no PT por interesses próprios(DAS) ou de seus candidatos proporcionais , esquecendo desta forma que nem o presidente lula é maior que o PT e que a luta é coletiva.
Não caminhar junto mostra um projeto pautado no individualismo,na soberba e na hipocrisia política, as disputadas internas ficam para o PED, a luta agora é contra a direita representada por Simão Jatene e sua corja de latifundiários e empresários.Vamos fortalecer nosso partido e eleger DILMA PRESIDENTE , PAULO ROCHA SENADOR e ANA JÚLIA GOVERNADORA.
Essa luta não é BARATA, é de todos ! saudações petista e revolucionarias !
PS: posta no blog leirson sou um militante de base revoltado , é um desabafo.

"Acelera Pará" caminhada na orla de mosqueiro.





Nossa primeira caminhada foi muito boa , cerca de 60 militantes do PT e PCdo B enfrentaram um sol fortíssimo na orla da praia do chapéu virado para avisar á mosqueirenses e veranistas que o PARÁ NÃO QUER PARAR DE CRESCE , por isso, ANA JÚLIA GOVERNADORA, PAULO ROCHA SENADOR E DILMA PRESIDENTE !

sábado, 17 de julho de 2010

Caminhada na orla rumo a vitória petista !


Companheiros e companheiras, Amanhã 18 de Julho de 2010, ás 10:00 horas na praia do chapéu virado(em frente a pista de skat ), teremos a primeira caminhada da campanha majoritária "acelera Pará" ,arrancada da vitória de Dilma , Ana Júlia e Paulo Rocha.

Contamos com a luta de todos , até a vitória !
Leirson Azevedo , presidente do PT mosqueiro.
contato :8711-3832

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A velha mídia está derretendo.

COMO UM iceberg a navegar em águas quentes e turbulentas, a velha mídia está derretendo. O mundo está mudando, o Brasil é outro e os brasileiros desenvolvem, aceleradamente, novos hábitos de informação.

Um retrato desse processo pode ser visto na recente pesquisa encomendada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom-P.R.), destinada a descobrir o que o brasileiro lê, ouve, vê e como analisa os fatos e forma sua opinião.

A pesquisa revelou as dimensões que o iceberg ainda preserva. A televisão e o radio permanecem como os meios de comunicação mais comuns aos brasileiros. A TV é assistida por 96,6% da população brasileira, e o rádio, por expressivos 80,3%. Os jornais e revistas ficam bem atrás. Cerca de 46% costumam ler jornais, e menos de 35%, revistas. Perto de apenas 11,5% são leitores diários dos jornais tradicionais.

Quanto à internet, os resultados, da forma como estão apresentados, preferiram escolher o lado cheio do copo. Avalia-se que a internet no Brasil segue a tendência de crescimento mundial e já é utilizada por 46,1% da população brasileira. No entanto, é preciso uma avaliação sobre o lado vazio do copo, ou seja, a constatação de que os 53,9% de pessoas que não têm qualquer acesso à internet ainda revelam um quadro de exclusão digital que precisa ser superado. Ponto para o Programa Nacional da Banda Larga, que representa a chance de uma mudança estrutural e definitiva na forma como os brasileiros se informam e comunicam-se.

A internet tem devorado a TV e o rádio com grande apetite. Os conectados já gastam, em média, mais tempo navegando do que em frente à TV ou ao rádio. Esse avanço relaciona-se não apenas a um novo hábito, mas ao crescimento da renda nacional e à incorporação de contingentes populacionais pobres à classe média, que passaram a ter condições de adquirir um computador conectado.

O processo em curso não levará ao desaparecimento da TV, do rádio e da mídia impressa. O que está havendo é que as velhas mídias estão sendo canibalizadas pela internet, que tornou-se a mídia das mídias, uma plataforma capaz de integrar os mais diversos meios e oferecer ao público alternativas flexíveis e novas opções de entretenimento, comunicação pessoal e “autocomunicação de massa”, como diz o espanhol Manuel Castells.

Ainda usando a analogia do iceberg, a internet tem o poder de diluir, para engolir, a velha mídia.

A pesquisa da Secom-P.R. dá uma boa pista sobre o grande sucesso das plataformas eletrônicas das redes sociais. A formação de opinião entre os brasileiros se dá, em grande medida, na interlocução com amigos (70,9%), família (57,7%), colegas de trabalho (27,3%) e de escola (6,9%), o namorado ou namorada (2,5%), a igreja (1,9%), os movimentos sociais (1,8%) e os sindicatos (0,8%). Alerta para movimentos sociais, sindicatos e igrejas: seu “sex appeal” anda mais baixo que o das (os) namoradas (os).

Estes números confirmam estudos de longa data que afirmam que as redes sociais influem mais na formação da opinião do que os meios de comunicação. Por isso, uma informação muitas vezes bombardeada pela mídia demora a cair nas graças ou desgraças da opinião pública: ela depende do filtro exercido pela rede de relações sociais que envolve a vida de qualquer pessoa. Explica também por que algo que a imprensa bombardeia como negativo pode ser visto pela maioria como positivo. A alta popularidade do governo Lula, diante do longo e pesado cerco midiático, talvez seja o exemplo mais retumbante.

Em suma, o povo não engole tudo o que se despeja sobre ele: mastiga, deglute, digere e muitas vezes cospe conteúdos que não se encaixam em seus valores, sua percepção da realidade e diante de informações que ele consegue por meios próprios e muito mais confiáveis.

É aqui que mora o perigo para a velha mídia. Sua credibilidade está descendo ladeira abaixo. Segundo a citada pesquisa, quase 60% das pessoas acham que as notícias veiculadas pela imprensa são tendenciosas.

Um dado ainda mais grave: 8 em cada 10 brasileiros acreditam muito pouco ou não acreditam no que a imprensa veicula. Quanto maior o nível de renda e de escolaridade do brasileiro (que é o rumo da atual trajetória do país), maior o senso crítico em relação ao que a mídia veicula – ou “inocula”.

A velha mídia está se tornando cada vez mais salgada para o povo. Em dois sentidos: ela pode estar exagerando em conteúdos cada vez mais difíceis de engolir, e as pessoas estão cada vez menos dispostas a comprar conteúdos que podem conseguir de graça, de forma mais simples, e por canais diretos, mais interativos, confi áveis, simpáticos e prazerosos. Num momento em que tudo o que parece sólido se desmancha… na água, quem quiser sobreviver vai ter que trocar as lições de moral pelas explicações didáticas; vai ter que demitir os pitbulls e contratar mais explicadores, humoristas e chargistas. Terá que abandonar o cargo, em que se autoempossou, de superego da República.

Do contrário, obstinados na defesa de seus próprios interesses e na descarga ideológica coletiva de suas raivas particulares, alguns dos mais tradicionais veículos de comunicação serão vítimas de seu próprio veneno. Ao exagerarem no sal, apenas contribuirão para acelerar o processo de derretimento do impávido colosso iceberg que já não está em terra firme. (Carta Maior:www.cartamaior.com.br)

Antonio Lassance é pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada .

Polícia Federal desmascara máfia do defeso.

Polícia Federal flagrou 500 falsos pescadores que recebiam o Seguro Defeso dentro do esquema

A Polícia Federal começou a desmontar um esquema criminoso que atuava no interior do Pará em municípios que foram inseridos no programa “Seguro Defeso”, do Governo Federal, para beneficiar pescadores durante o período de proibição da pesca no Pará.

Pelas denúncias apresentadas ao Ministério Público Federal, o esquema criminoso vinha atuando no Estado desde 2003, quando estavam registrados em todo Pará cerca de 40 mil pescadores. A partir de então começou o que foi denominado de “pororoca do defeso” e das licenças de pesca provisórias, atingindo hoje a cifra de 130 mil pescadores em todo o Pará.

Os municípios alvos da quadrilha são Ponta de Pedras, Moju, Limoeiro do Ajuru, Breu Branco, Tucuruí, Abaetetuba, Igarapé-Miri, Chaves, Muaná, Cametá e Mocajuba, sendo que o município de Muaná, na Ilha do Marajó, tem o maior número de irregularidades já descoberto.

Ontem, um delegado e seis agentes da Polícia Federal montaram campana na agência da Caixa Econômica Federal no bairro do Entroncamento, em Belém, flagrando cerca de 500 pseudo pescadores que chegaram em barco alugado do município de Muaná para receber quatro parcelas do “seguro defeso” que estavam em atraso.

O que chamou atenção dos federais foi o “modus operandi” dos supostos pescadores, que ao receber o montante imediatamente pediam para que o “caixa” fizesse um depósito de R$ 661 em nome da Associação de Pescadores da Ilha Arioquinha e Circunvizinhança.

Disfarçados de funcionários da Caixa, os federais identificaram o homem responsável pela associação, conhecido como Durval Barbosa, e todos acabaram sendo levados para a Superintendência da Polícia Federal, onde o esquema será investigado, segundo informou o porta-voz da PF, Fernando Sérgio Castro.

Investigações em andamento detalham como funcionava o esquema criminoso. O presidente das associações e colônia de pescadores pegava documentos de pescadores e de pessoas que não têm nenhum vínculo com a pesca, com o objetivo de tirar a carteira de pescador ou a certidão provisória, para ter direito a receber o “Seguro Defeso”.

Mas os presidentes ou responsáveis condicionavam que a metade do dinheiro era para providenciar a carteira. No entanto, esse valor era para pagar a fraude. Quando isso não acontecia, a carteira era cancelada no ano seguinte.

No município de Breu Branco, a Colônia de Pescadores Z-53 possui cerca de 8 mil pescadores cadastrados na Superintendência de Pesca. Desses, segundo a denúncia encaminhada ao Ministério Público e políticos, 70% são falsos pescadores. Na verdade, seriam mototaxistas, donas de casa, estudantes, comerciantes e pessoas de outros municípios, como Tucuruí, Cametá e Baião, também sem vínculo com a pesca.

A fraude é tão grosseira que existem municípios sem nenhuma tendência para pesca e que apresentam números extraordinários de pescadores, muitos deles morando na periferia de Belém e que foram cooptados a fornecer documentos com a promessa de um salário gratuito.

Desde outubro do ano passado o DIÁRIO já vinha denunciando fraudes no Seguro Defeso, a partir de denúncias encaminhadas ao jornal e ao Ministério Público Federal, que indicavam que mais de 20 mil pessoas estariam recebendo o benefício sem serem pescadores.

ENTENDA O CASO

- Em 2008, o Pará cadastrou oficialmente 57,7 mil pessoas para pagamento do seguro. Esse, que foi o maior contingente no País, teve seu número dobrado em apenas dois anos.

- Em 2003, o Pará tinha 40 mil pescadores cadastrados. Em sete anos, esse número mais que triplicou. O Estado teria hoje 130 mil pessoas cadastradas como pescadores recebendo o seguro defeso, segundo novas denúncias encaminhadas ao DIÁRIO.

- As quadrilhas, de acordo com denúncias investigadas pelo MPF e PF, estariam agindo em municípios como Ponta de Pedras, Mocajuba, Limoeiro do Ajuru, Breu Branco, Tucuruí, Abaetetuba, Chaves, Muaná, Cametá e Moju.

- O esquema funcionaria assim: o presidente de uma colônia recolhe os documentos de pessoas que são pescadores e também de pessoas que não têm nenhum vínculo com a pesca. O objetivo é tirar a carteira de pescador ou a certidão provisória para que o interessado tenha o direito de receber o pagamento do seguro, no valor de um salário mínimo.

- A informação passada aos interessados é de que eles devem entregar certa quantia em dinheiro, sendo que a metade do valor seria para providenciar a carteira de pescador e a outra metade para remunerar quem faz o serviço. Se o dinheiro não é entregue, a emissão da carteira é cancelada. Fica apenas a promessa de que o documento sairá no ano seguinte - dependendo, é claro, do acerto. (Diário do Pará)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O medo de dona Lily .

CARTA CAPITAL 13/07/2010

Mauricio Dias

Dilma encontra as socialites, mas elas insistem em enxergar fantasmas

Durante o almoço, na terça-feira 6, em Brasília, do deputado Michel Temer (PMDB) com deputados federais do PTB, partido que oficialmente apoia Serra, o candidato a vice na chapa da petista Dilma Rousseff afirmou que, se eleito, fará o contraponto a qualquer tentativa do PT de “pender muito” para a esquerda.

Simultaneamente, o PMDB fez pressão para que o PT mudasse pontos do programa de Dilma que, para os peemedebistas, pendiam muito para a esquerda. Foi suprimida, por exemplo, a proposta de imposto sobre as grandes fortunas. Uma ideia adotada em vários países do mundo que, ao cruzar a linha do Equador, é vista com suspeição por aqueles que dão as costas para a desigualdade social apavorante.

Temer é o porta-voz dos medos privados da elite brasileira. Medos frequentemente manipulados e transformados em terrorismo político, que é propagado com a rapidez de fogo morro acima. É o que se presencia no início oficial da campanha para a eleição de outubro.

Dilma já respondeu, mais uma vez, como lidará com os chamados radicais do PT e, naturalmente, com propostas que julgar radicais. Uma das convidadas à casa do empresário Abilio Diniz, onde Dilma almoçou, desabafou à Folha de S. Paulo: “Lula conseguiu segurá-los. E ela? É o nosso medo”.

Depois da reunião com as senhoras da sociedade paulista, a candidata petista aceitou convite para encontro semelhante, no Rio de Janeiro, organizado por Lily Marinho, viúva do empresário Roberto Marinho.

O almoço, realizado no dia 9 se não tiver ocorrido contratempo, foi na mansão da família Marinho, no bairro do Cosme Velho, na zona sul da cidade.

É um lugar inesquecível, dizem, onde se pode ver, às margens de um lago interno, o movimento de majestosos flamingos rosados, doados por Fidel Castro.
Dona Lily e amigas não conhecem e, talvez, nem tenham ouvido falar em Valter Pomar, do Diretório Nacional do PT, integrante da facção Articulação de Esquerda.

Rosa dos Ventos apresenta a essas senhoras alguns lampejos do pensamento de Pomar. Sobre ele pesa a suspeição de radicalismo. A ele, pois:
- Dona Lily tem todo o direito de ter medo. Se fosse ela, eu também teria.
- O governo Dilma será como foi o governo Lula. Um governo de aliança de partidos (incluindo a direita) e de aliança social (incluindo setores do grande capital).

- O PT lidera uma coalizão de partidos e movimentos sociais que busca implementar o que chamo de desenvolvimentismo democrático popular articulado com o socialismo.
- A maioria do PT foi atraída, no curso de um imenso debate, para posições moderadas. Embora tenha havido procedimentos internos condenáveis, não foram esses procedimentos que deram a vitória às posições moderadas.
- Em 2006, Lula venceu as eleições no segundo turno com uma política que era vários graus à esquerda da política adotada entre 2003 e 2004. O governo está mais próximo do que eu defendo do que daquilo que Palocci defende.
- A candidatura de Dilma expressa isso. A relação do partido com ela, em caso de vitória, vai depender de muitos fatores e, especialmente, da luta política na sociedade.
Ele distingue: uma coisa é o governo, outra coisa é o PT.

A facção de Valter Pomar disputou a eleição interna do partido com o nome de Esquerda Socialista. Obteve 13% dos votos. Muito pouco para tirar o PT do trilho em que Lula o botou. Pomar sabe disso, mas não mostra desânimo. Cuidado, senhoras!

Nestas eleições pelo visto tudo pode acontecer !

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Todos convidados para Rock 13.

O dia 13 de julho de 1985 marca a realização do “Live Aid”, simultaneamente na Filadélfia (EUA) e em Londres (Inglaterra) – Festival de Rock que arrecadou, aproximadamente, a cifra de 60 milhões de dólares que foram doados em prol dos que passam fome na África. Participaram do festival bandas e cantores de Rock, como: Black Sabbath (com Ozzy), Status Quo, INXS, Loudness, Mick Jagger, David Bowie, Dire Straits, Queen, Judas Priest, Bob Dylan, Duran Duran, Santana, The Who, Phil Collins, entre outros .
O 13 de julho passou a ser comemorado como o “Dia Internacional do Rock”, que traz no seu bojo preocupação social, tal como o gênero Rock, desde o seu surgimento, apresentou: ruptura com o statuos-quo, revolução cultural e crítica social .
Em Mosqueiro, distrito de Belém (capital paraense) a data é comemorada desde o ano 2000 (exatamente no dia 13 de julho), quando houve uma passeata em prol da confirmação da quebra do monopólio da empresa Beira-dão acerca do transporte coletivo Belém-Mosqueiro: lutávamos pela manutenção do preço da tarifa urbana da região metropolitana de Belém, barrando o preço abusivo que sempre foi praticado pela referida empresa que cobrava taxas de transporte intermunicipais. Após a passeata alguns manifestantes (os trabalhadores e freqüentadores da barraca Empata’s Phoda’s Bar) tomaram conhecimento da data comemorativa do rock (o 13 de julho) e rumaram à Praia do Bispo com a idéia fixa de que a partir de então o Rock enquanto bandeira de luta social passaria a ser festejado na barraca. E, há onze anos, celebramos o dia com muito Rock and Roll tocado por bandas da ilha (que o diga a “Paranóia”, uma das bandas de rock de Mosqueiro) e de outros lugares, sempre resgatando o espírito crítico, preocupado com a realidade social, mas também nos divertindo pela confraternização de amigos e idéias que visam uma vida melhor, menos desigual, mais justa, com trabalho, educação, saúde, e também lazer e diversão ao som do bom, velho e novo Rock and Roll.

PROGRAMAÇÃO (13/07/2010)

“ROQUEIROS DO CARANANDUBA” 14:30h
“SIMETRIA” 16:00h
“VIA C3” 17:30h
“ALQUIMIA” 19:00h
“CAPITÃO FISSURA” 20:30h
“SDR” 21:30h
“ATO 2” 22:30h

domingo, 11 de julho de 2010

Morubiras ― o início do fim

Na camboa,
em meio à névoa
da manhãzinha preguiçosa,
o índio morubira
recolhe o peixe, o camarão,
o siri...
Os curumins-filhos o ajudam
nesse labutar cotidiano, sem muriçocas
para atazanar a paciência.

Cunhã-esposa, no estirão da areia
recolhe sementes
na companhia das cunhãs-filhas.
Também juntam tabatinga vermelha
para pintar o corpo
pra festa que aí vem.

O mar-baía, cinza...
O céu, cinza...
A névoa, branquidão
que oculta o bege
da areia praieira,
onde a lenha já está
distribuída enfileirada
em montes a espaços
pela extensão da enseada.

O verde renasce por trás
da brancura a se dissipar, aos poucos.
O guerreiro-pescador morubira
já sente antecipadamente
o cheiro do peixe no moqueio,
o sabor do beiju,
do peixe apimentado,
do cauim inspirador.
Seus sentidos todos despertos,
já antevê ali
seu povo em festa, cantando
e dançando feliz,
na realização de seus rituais.

Um trovão, dois, três e mais,
― com um ribombar repetido e assustador ―,
despertam de sua reflexão o índio.
Em um átimo, a paisagem
ganha espessas pinceladas de vermelho.
O mundo explode em sangue
diante do guerreiro: a tribo
covardemente atacada
― velhos, crianças, mulheres,
algumas grávidas,
atravessadas a espada, ou
já atingidas pelos tiros.

Sua família, sua tribo,
todos
vítimas de algozes gananciosos,
sedentos por terras,
e pelas riquezas que delas
se pode extrair.
Veloz, o guerreiro tupinambá
corre destemido rumo aos seus
e ouve um trovão ― não, não é de Tupã!
Dor, insuportável dor!...
Diante de seus olhos, a última visão:
o chão e a escuridão.

O nada destruidor passou a imperar
na Enseada dos Morubiras...

De minha autoria (Alcir). Desculpem-me pela inatividade. Só consigo enviar material pela conexão discada,graças à Claro!


Imagem disponível em: luizmalvino.blogspot.com/2007/09/pnad.html

Agradecimento

Sempre combativo contra
toda forma de desigualdade,
ele não silenciará jamais,
porque sua voz ecoa
―em metáforas desconcertantes ―
pelas páginas por nós lidas,
suas obras dialogam
com o mundo e denunciam
com sarcasmo peculiar
as contradições
que tanto ainda nos atormentarão
nas trilhas abertas por suas linhas,
e ainda mais por suas entrelinhas,
a levar a luz ao fundo da caverna,
permitindo a mim,
entre muitas coisas,
fugir,
sutilmente como um elefante
viajante,
da ilha desconhecida
onde
―sem nenhuma intermitência―,
pode me aguardar,
com a lucidez de uma cegueira branca,
a minha própria morte,
como a de um Cristo Sem Evangelho!
―sem sequer direito de pensar em ressurreição―
Como um Ricardo Reis no ano de sua morte,
sempre sabendo o que fazer
com estes seus livros,
estes muito mais que quase objectos,
possíveis mapas,
para em Lisboa fugir
do histórico cerco junto com Fernando Pessoa
e chegar a visitar memoravelmente,
e rápido escapulir,
do convento,
anônimo, ou por todos os nomes
possíveis chamado,
inclusive o de Caim,
irônico rebelde
e gritar
―Saramago, Saramago!
por tudo o que fizeste,
disseste
e
escreveste,
obrigado, muito obrigado,

José Saramago!



Uma homenagem quase anacrônica, mas só pude postá-la hoje, graças a eficiência da Claro! Alcir postou.

sábado, 10 de julho de 2010

Para o Leirson

 

Pensando bem...

...sabem a diferença de Bruno, do Flamengo, para Ronaldo, do Corinthians? O que não mata, engorda.

Por rato do PT.

Para refletir …

 

"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei.

No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei.

No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..."

Martin Niemöller, 1933

 

PS: Aqui em Mosqueiro, já não temos mais U/E nos Postos de Saúde de Maracajá, Baía do Sol, Furo das Marinha e Sucurijuquara, e como reagiremos quando esta cambada de patifes que governam Belém resolverem por Exemplo, fechar escolas, ou o Hospital de Mosqueiro….

Rato do PT.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

PT Para Tudo

 

O Portal do PT disponibilizou a marca e  fotos oficiais da campanha de Dilma Roussef, além de outros materiais. Quem quiser, é só baixar:

Postado por rato do PT

Um debate sobre segurança pública

( extraída do Blog Flanar)

Por motivos óbvios, o debate sobre violência e segurança pública nunca deixou de estar na ordem do dia, no Brasil. Mais ainda no Pará, cuja capital é uma das cidades mais violentas do país.
Em tempo de eleições, é mais ainda previsível que a discussão grasse e, muitas vezes, em um nível baixíssimo. Por isso, quando o debate é republicano, como se costuma dizer, é necessário difundi-lo, para que todos dele participem e nele expressem sua opinião.
O professor Fábio Castro, ex-secretário de Comunicação do Estado, fez uma interessante provocação sobre o tema em seu Hupomnemata. Um anônimo gostou do repto e puxou o fio. Tomara que o debate vá longe, e no mesmo nível em que começou.
Entenda como tucanos e democratas aumentaram em 195,8% a taxa de homicídio de crianças e jovens no Pará
Resumindo algumas informações do Mapa da Violência, citado no post anterior.
Os dados mais recentes são referentes ao ano de 2007. Observando a linha histórica que vai de 1997 até esse ano, temos o resultado da política demo-tucana de segurança pública. Uma década perdida para o Pará. Nesse tempo, o estado passou da condição de 20º estado mais violento do país para a de 7º mais violento.
As taxas de homicídio para cada grupo de 100 mil habitantes subiram 130,3% na década demo-tucana. Em Belém, exclusivamente, elas subiram 74,6%. Considerando a região metropolitana de Belém, o crescimento do número de homicídios na década tucana foi de 121,8%, o segundo maior do Brasil.
O maior sinal de falta de compromisso e de incompetência dos tucanos, no entanto, se dá quando se lê os dados referentes aos homicídios de crianças e adolescentes. Na faixa da população que tem entre 0 e 19 anos, o número de homicídios cresceu, durante a década demo-tucana, 195,8%. Em 2006, por exemplo, 352 crianças e adolescentes foram assassinados no Pará. Foi o quinto maior crescimento desses índices, dentre os estados brasileiros. Em Belém, essa variação foi de 60,4% e na região metropolitana foi de 122,5%. Para se ter um elemento de comparação, poide-se observar que, em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, houve quedas expressivas nas taxas de homicídio de crianças em jovens no mesmo período: - 31,6% e – 65,5%, respectivamente.
Como o Pará chegou a essa tragédia? Olhem para os governos do PSDB e do DEM que eles dão a receita perfeita para matar crianças e jovens: sucatear as escolas, desgastar a carreira docente, ausência de políticas para a juventude, esporte e lazer, política cultural que perde de vista seu compromisso social, política de comunicação que se pretende como marketing, e não como política social, esquecer das políticas de saneamento e moradia. Sim, e além disso passar dez anos, dez anos inteiros, sem aumentar o efetivo policial, sem comprar equipamentos e sem treinar as polícias.

Nota do Blog: O que temos a comemorar é que a bonequinha de luxo Ex-Vicegovernadora Valéria Pires Franco e seu Marido o Lulú que fala, quase ex Deputado Federal Vic Pires Franco não concorrerão nesta próxima eleição, esperamos que o público eleitor sinta que estes legítimos representantes de tudo o que de mais retrógrado temos neste país representados pelo DEM (Ex-ARENA, Ex-PDS, e outros mais), não deixarão saudades… e já vão tarde.

Rato do PT

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Dilma 13, rumo a vitória !

Propostas: Dilma Presidente 13
Durante o 4º Congresso Nacional do PT, realizado em fevereiro, assumi compromissos vitais com o Brasil e os brasileiros. Eis aqui os principais:

Programas Sociais
•Manter e aprofundar a principal marca do governo Lula - seu olhar social -, ampliando programas como o Bolsa Família e implantando novos programas com o propósito de erradicar a miséria na década que se inicia.

O Sistema de Educação
•Priorizar a qualidade da educação, contemplando medidas como o treinamento e a remuneração de professores; bolsas de estudo e apoio para que os alunos não sejam obrigados a abandonar a escola; e salas de aula informatizadas e com acesso à banda larga.
•Proteger as crianças e os mais jovens da violência, do assédio das drogas e da imposição do trabalho em detrimento da formação escolar e acadêmica. E, simultaneamente, oferecer aos jovens a oportunidade de começar a vida com segurança, liberdade, trabalho e a perspectiva de realização pessoal.
•Ampliar e disseminar pelo Brasil a rede de creches, pré-escolas e escolas infantis.

O Sistema de Saúde
•Aprimorar a eficácia do sistema de saúde, garantindo mais recursos para o SUS, reforçando as redes de atenção à saúde e unificando as ações entre os diferentes níveis de governo; dedicando uma atenção ainda maior aos hospitais públicos e conveniados, as novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), ao SAMU e a programas como o Saúde da Família, o Brasil Sorridente e a Farmácia Popular.

Reforma Urbana
•Colocar todo o empenho do Governo Federal, junto com estados e municípios, para promover uma profunda reforma urbana, que beneficie prioritariamente as camadas mais desprotegidas da população.
•Melhorar a habitação e universalizar o saneamento. Implantar transporte seguro, barato e eficiente. E reforçar os programas de segurança pública.

O Meio Ambiente
•Fortalecer a proteção ao meio ambiente, reduzindo o desmatamento e impulsionando a matriz energética mais limpa do mundo; mantendo a vanguarda nacional na produção de biocombustíveis e desenvolvendo nosso potencial hidrelétrico; e cumprindo as metas voluntárias assumidas na Conferência do Clima, haja ou não acordo internacional.

Indústria, Agricultura e Inovação
•Aprofundar os avanços da política industrial e agrícola, enfatizando a inovação, o aperfeiçoamento dos mecanismos de crédito e o aumento da produtividade.
•Agregar valor a nossas riquezas naturais e produzir tudo o que pode ser produzido no Brasil.
•Continuar mostrando ao mundo que é possível compatibilizar o desenvolvimento da agricultura familiar e do agronegócio. Assegurar crédito, assistência técnica e mercado aos pequenos produtores e, ao mesmo tempo, apoiar os grandes produtores, que contribuem decisivamente para o superávit comercial brasileiro.

Transparência e Reforma
•Manter a transparência dos gastos públicos e aperfeiçoar seus mecanismos de controle. Combater a corrupção, utilizando todos os mecanismos institucionais.
•Concretizar, junto com o Congresso, as reformas institucionais que não puderam ser completadas ou foram apenas parcialmente implantadas, como a reforma política e a tributária.
•Aprofundar a postura soberana do Brasil no mundo, defendendo intransigentemente a paz mundial e uma ordem econômica e política mais justa.
•Manter o equilíbrio fiscal, o controle da inflação e a política de câmbio flutuante.