Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Bem-vindo ao blog do PT de Mosqueiro, aqui nós discutimos a organização e atuação do Partido dos Trabalhadores nas relações sociopolíticas e econômicas do Brasil e do Pará. Também debatemos temas gerais sobre política, economia, sociedade, cultura, meio ambiente, bem como temas irreverentes que ocorrem no Mundo, no Brasil, no Pará, mas em especial na "Moca". Obrigado por sua visita e volte sempre!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dilma no Progama Roda Viva da TV Cultura

Assista e Comprove o quanto Dilma está preparada para as eleições e para ocupar pela primeira vez na história desse País, como diz nosso companheiro Lula, o cargo de PRESIDENTe. É pessoal, pela premeira vez uma mulher no cargo de presidente. Não tem pra ninguém este ano é Dilma Presidente!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Dona Diva e juvenil em 2010 ,porém...



adivinha quem é?

Lá vem o pato,pataqui, patacolá!


Paulo Cezar Saldanha, também conhecido na comunidade mosqueirense como Pato é candidato a deputado federal pelo PSDB e faz dobradinha com o atual deputado estadual Bira Barbosa que vem à reeleição em 2010.
Pato afirma que tem um lindo trabalho com a juventude da bucólica ,principalmente nas áreas do esporte e folclore e espera ter o apoio massivo de todos os ilhéus ,pois afirma que o problema de abandono do distrito esta ligado a falta de um representante comprometido com as causas mosqueirenses e foi esta carência de lideranças que lhe fez colocar o seu nome e sua história a disposição nestas eleições.
Mesmo sabendo das dificuldades para se eleger Paulo cezar se mostra muito otimista ,pois,sua estratégia política é ganhar o máximo votos para o desconhecido Bira Barbosa para deputado estadual, Simão Jatene governador e Flexa Ribeiro senador.
Uma outra meta é massificar seu nome para concorrer a conselheiro tutelar em dezembro deste ano, o mesmo afirma que tem onde buscar 10.000 votos só em Mosqueiro como candidato a deputado federal, afirmando também que , infra estrutura e esperança não faltarão nestas eleições.
Por essas e outras eu afirmo : “. Lá vem o pato,pataqui, patacolá. Lá vem o pato para ver o que,que há ...!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Só pra descontrair

 

ELE, EM CLIMA DE COPA

Via Blog do Bacana!!!

Só para relaxar em tempos de zero a zero…

Postado por Rato do PT!!!

TSE determina que TRE julgue o caso Duciomar

A dor de barriga voltou, e o blog já havia antecipado que isso iria acontecer.
Ontem o TSE - que já havia votado por unanimidade o recurso de Priante sobre a cassação de diplomação de Dudu e Anivaldo - entendeu que o embargo não faz sentido.
Ou seja, o TSE determina que o TRE julgue o caso, ou seja, o mérito.
E o relator é o juiz federal Daniel Sobral.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Movimento dos atingidos pela ficha limpa

Ps: deêm uma boa olhada na ficha do Barbalhão…

Por que esses políticos estão enrolados

No Congresso em Foco, sob o título acima, em matéria assinada por Thomaz Pires:
Antony Garotinho (PR-RJ)
Pré-candidato ao governo do estado, foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral do por abuso de poder econômico nas eleições de 2008.
Arnaldo Vianna (PDT-RJ)
Teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas de União (TCU) referentes ao período em que esteve à frente da prefeitura municipal de Campos de Goytacazes (RJ). Em discurso no plenário ontem (23), o deputado reclamou que a lista está desatualizada e informou que estava pedindo ao TCU que retirasse seu nome da lista, na qual foi incluído, segundo ele, indevidamente.
Bispo Rodrigues
Saiu da vida política depois que renunciou ao mandato de deputado federal, em 2005, por suposto envolvimento no mensalão. Poderia ter disputado os pleitos de 2006 ou 2008, mas tem se dedicado apenas à Igreja Universal. Pelas regras do ficha limpa, fica inelegível até 2015.
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Ex-governador da Paraíba, foi cassado no início de 2009 por abuso de poder econômico e político sob a acusação de ter distribuído 35 mil cheques a cidadãos carentes durante a campanha de 2006. A cassação o tornou inelegível por três anos, a partir de 2006. Com a interpretação do TSE sobre o ficha limpa, o tucano ficaria inelegível até 2014. Ele pretende disputar uma vaga no Senado.
Cássio Taniguichi (DEM-PR)
Foi considerado culpado por crime de responsabilidade pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Charles Cozzolino
Ex-prefeito do município de Magé (RJ), teve as constas públicas rejeitadas pelo Tribunal de Contas de União (TCU) quando estava à frente da prefeitura. Chegou a ser preso em investigações da polícia civil sobre lavagem de dinheiro.
Coriolano Sales (PSDB-BA)
Suspeito de envolvimento com o escândalo das Sanguessugas, que envolveu fraudes na compra de ambulâncias, Coriolano, que na época era do PFL, atual DEM, renunciou em 2006 ao mandato de deputado federal. Pode ficar inelegível até 2015.
Cristiano Araújo (PTB-DF)
Teve uma representação julgada pela Justiça eleitoral em processo de abuso do poder econômico. O parlamentar foi condenado há dois anos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) e tornou-se inelegível por três anos. Com a lei do ficha limpa, em tese, Cristiano Araújo perde o direito de concorrer até 2018.
Dagoberto Nogueira (PDT-MS)
Pré-candidato ao Senado, o líder do PDT na Câmara foi condenado por improbidade administrativa. A decisão foi mantida pela 5ª Turma Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS). Leia ainda: Ameaçado pelo ficha limpa, Dagoberto busca recurso.
Expedito Júnior (PSDB-RO)
O ex-senador foi cassado ano passado por compra de votos, sob a acusação de ter conquistado eleitores pagando R$ 100. Ele pretende concorrer ao governo de Rondônia, mas sua inelegibilidade, que seria de três anos pela lei antiga, pode subir para oito anos. Se a decisão do TSE for seguida, ele só poderá ser candidato em 2014.
Eurides Brito (PMDB-DF)
Teve o mandato parlamentar cassado pelo plenário da Câmara Legislativa por quebra de decoro parlamentar. Por 16 votos sim, três votos contrários e três abstenções na urna, a parlamentar deixou de exercer o mandato acusada de participar do mensalão do DEM no Distrito Federal.
Flaviano Melo (PMDB-AC)
Teve a prestação de contas rejeitada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) referente ao período em que esteve à frente da prefeitura de Rio Branco (AC).
Geovani Borges (PMDB-AP)
Suplente do senador Gilvan Borges, seu irmão, teve as prestações de contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no período em que esteve à frente da prefeitura municipal de Santana (AP).
Geraldo Pudim (PMDB-RJ)
Em 2007, denúncias por compras de votos fizeram com que o Ministério Público abrisse processo contra Geraldo Pudim, Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho (o casal, ambos ex-governadores do Rio de Janeiro). Ambos foram tornados inelegíveis e Pudim teve seu mandato cassado, porém entrou com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e por enquanto continua exercendo seu mandato na Câmara.
Jackson Lago (PDT-MA)
O ex-governador do Maranhão teve o mandato cassado em 2009 por abuso de poder econômico. Segundo a denúncia, o grupo político ao qual ele pertencia teria desviado R$ 806 milhões de convênios para a “compra de eleitores”.
Jader Barbalho (PMDB-PA)
Renunciou ao mandato de senador, em 2001, para escapar de processo por quebra de decoro. Seu mandato terminaria em fevereiro de 2003 e, a partir daí, ele ficaria, de acordo com o ficha limpa, inelegível por mais oito anos. Portanto, até fevereiro de 2015. Na época em que renunciou, Jader, que então exercia as funções de presidente do Senado, era alvo de um bombardeio de denúncias de envolvimento em supostas irregularidades na concessão de financiamentos pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). A interpretação do dispositivo da Lei da Ficha Limpa que torna inelegível quem renunciou tem duas correntes.Uma delas considera que Jader e outros que renunciaram nas mesmas condições dele não podem ser impedidos de se candidatar porque, na época da renúncia, a lei os amparava, ou seja, permitia que renunciassem para evitar que seus mandatos eventualmente fossem cassados pelo próprio Legislativo. Outra corrente considera, reforçada pela recente decisão do Tribunal Superior Eleitoral, sustenta que inelegibilidade não é pena (a não ser no caso de condenação por compra de votos e abuso de poder, nas opiniões dos ministros Ricardo Lewandowski e Marcelo Ribeiro), mas critério. E que, nesse caso, a lei ficha limpa mudou o critério, a condição de inelegibilidade, atingindo, assim, aqueles que renunciaram antes da sua sanção.
Janete Capiberibe (PSB-AP)
Acabou tendo o mandato cassado em 2006, sob a acusação de compra de votos nas eleições de 2002. Seu marido, o ex-governador João Capiberibe, também teve o mandato, na condição de senador, cassado por decorrência da mesma decisão do TSE. A principal prova contra o casal foram os depoimentos de duas mulheres que disseram que haviam recebido a quantia de vinte e seis reais para votar no casal, além da apreensão de R$ 15.495,00 na casa de uma militante do PSB com os nomes de eleitores.
Joaquim Roriz (PSC-DF)
Governador do DF por quatro vezes, renunciou ao mandato de senador em 2007. Ele corria risco de ser cassado. À época, uma representação do PSol acusava Roriz de negociar uma partilha de R$ 2,2 milhões com o presidente do BRB. O dinheiro teria saído dos cofres públicos. Roriz poderá ficar inelegível até fevereiro de 2023, oito anos depois do prazo que seu mandato de senador terminaria. Ele pretende disputar o governo do DF.
João Capiberibe (PSB-AP)
Em 2004, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou seu mandato de senador sob acusação de compra de votos na eleição de 2002. Em sua defesa, Capiberibe acusou o senador José Sarney (PMDB-AP) de estar por trás da denúncia que acarretou sua punição.
Jorge Maluly (DEM-SP)
Ex-prefeito de Mirandópolis, o deputado é candidato à reeleição e foi condenado por improbidade administrativa por três desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O parlamentar foi denunciando por atos de improbidade administrativa praticados na eleição municipal realizada em 2.004, em representação dirigida ao Procurador Regional Eleitoral logo após a realização do pleito.
José Borba (PP-PR)
Atual prefeito de Jandaia do Sul, no Paraná, renunciou em 2005 ao mandato de deputado federal para evitar a cassação. Foi eleito prefeito em 2008, mas pode ficar impedido de disputar eleições até 2015.
José Roberto Arruda
Teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal por 4 votos a 3. Havia sido denunciado pelo Procurador Regional Eleitoral, Renato Brill de Góes, por desfiliação partidária após deixar o Democratas. A decisão teve como base a regra estipulada pelo Tribunal Superior Eleitoral, que determinou, em 2007, que o mandato eletivo pertence ao partido e não a quem foi eleito.
Joseph Bandeira (PT-BA)
Teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) referente ao período em que esteve à frente da prefeitura de Juazeiro (BA).
Júnior Brunelli (PSC)
Ex-deputado distrital, foi um dos acusados no escândalo do Democratas em Brasília, que ficou conhecido como o caso Panetonegate. O parlamentar foi flagrado recebendo propina. Renunciou para evitar um processo que poderia levar à cassação de seu mandato na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Pelas regras do ficha limpa, Brunelli pode ficar inelegível até 2018.
Leonardo Prudente
O ex-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal renunciou ao mandato para fugir de um processo de cassação. Ficou conhecido como o deputado da meia, tendo sido flagrado recebendo propina. Guardou o dinheiro nas meias e bolsos do paletó.
Marcelo Miranda (PMDB-TO)
Em 2009, o ex-governador do Tocantins foi cassado por abuso de poder político. Miranda foi acusado de criar cargos públicos de maneira irregular e de doar 14 mil cheques-moradia durante a campanha de 2006. O caso é igual ao de Cunha Lima. Ele almeja concorrer ao Senado, mas, pela nova interpretação, ficaria inelegível até 2014.
Marcelino Fraga (PMDB-ES)
Citado no relatório da CPI dos Sanguessugas por suposto envolvimento no esquema de fraudes na compra de ambulâncias por prefeituras, o então deputado federal renunciou ao mandato para escapar de uma provável cassação. Pela nova regra, ficaria inelegível até 2015.
Melkisedek Donadon (PMDB-RR)
Irmão do deputado Natan Donadon, é ex-presidente da Assembleia Legislativa de Roraima e foi candidato ao Senado em 2006. Teve a prestação de contas rejeitada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Neudo Campos (PP-RR)
Teve a prestação de contas rejeitada pelo Tribunal de Contas de União. É candidato ao governo de Roraima. Nas pesquisas, o parlamentar aparece com a preferência do eleitorado para a disputa nas urnas. O deputado é o congressista com maior número de processos no STF, com 21 investigações em andamento.
Orleir Cameli
Ex-governador do Acre, teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) quando era prefeito municipal de Cruzeiro do Sul (AC).
Paulo Rocha (PT-PA)
O deputado federal foi citado no mensalão e renunciou em 2005 para escapar da cassação. No ano seguinte, foi eleito deputado, função que exerce até hoje. Quer se candidatar ao Senado, mas pode ficar inelegível até 2015.
Paulo Maluf (PP-SP)
O deputado foi condenado em abril de 2010 pela Justiça de São Paulo por improbidade administrativa. A Justiça acatou os argumentos do Ministério Público Estadual, que acusou Maluf de superfaturar uma compra de frangos para a prefeitura paulistana, em 1996, quando era prefeito. Pela interpretação da lei, Maluf, que busca disputar a reeleição, ficaria inelegível.
Paulo Octávio
Devido às denúncias apontadas pela Operação Caixa de Pandora, o então vice-governador renunciou ao cargo para também fugir da perda dos direitos políticos. Pelas regras do ficha limpa, Paulo Octávio poderá ficar inelegível até 2018.
Pinheiro Landim (PMDB-CE)
Então deputado federal pelo PMDB cearense, Landim renunciou ao mandato em 2003 para escapar de uma possível cassação por suposto envolvimento com um esquema de tráfico de influência junto ao Poder Judiciário para beneficiar traficantes. Pode ficar impedido de disputar eleições até 2015.
Rosinha Garotinho (PR-RJ)
A plenária do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) cassou, por quatro votos a três, a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PR), e a tornou inelegíveis por três anos, a contar de 2008.
Ronaldo Lessa (PDT-AL)
Forte concorrente do senador Fernando Collor (PTB-AL) ao governo de Alagoas, foi condenado pela Justiça Eleitoral porque, na campanha de 2004, quando era governador, fez uma série de promessas a funcionários públicos em troca da eleição de seu candidato a prefeito.
Severino Cavalcanti (PP-PE)
Renunciou ao mandato de deputado em setembro de 2005 para evitar a cassação, depois que foi acusado de pagar propina para o dono de um restaurante da Casa, esquema que ficou conhecido como mensalinho. Em 2006, não foi eleito deputado e, em 2008, se elegeu prefeito de João Alfredo (PE). Pelo entendimento do TSE, estaria inelegível até 2015.
Valdemar Costa Neto (PR-SP)
Citado no escândalo do mensalão, renunciou ao mandato de deputado federal em 2005 para evitar a cassação. Foi eleito no ano seguinte e tem mandato na Câmara até o início de 2011. Pela interpretação dada ao Ficha Limpa, pode ficar inelegível até 2015. Ele quer tentar a reeleição.
Zé Gerardo (PMDB-CE)
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o parlamentar com uma pena de dois anos e dois meses de detenção, que foi substituída pelo pagamento de 50 salários mínimos e prestação de serviços comunitários durante o período em que ficaria preso. Ele foi condenado pelo crime de responsabilidade, por não respeitar um convênio firmado com o Ministério do Meio Ambiente em 1997, quando era prefeito de Caucaia (CE). Zé Gerardo recebeu R$ 500 mil do órgão federal para a construção de um açude na cidade, mas utilizou os recursos em 16 passagens molhadas, uma espécie de ponte que, na época de cheia do rio, fica submersa pela água.
Wigberto Tartuce (PMDB-DF)
Teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) referente ao período em que esteve à frente da Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda do Distrito Federal.
Zilnê da Silva Maia
Irmã do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia, teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) quando estava à frente da Coordenação Regional da Fundação Nacional de Saúde no Estado do Rio Grande do Norte (Funasa). Leia ainda: Interlegis empregou parentes de Agaciel em censo.

Aqui por Mosqueiro, podemos citar os coveiros da Saúde: Antonio Vinagre, Maria Costa (esposa do D. Costa), Fernando Dourado entre outros….

Pesquisa CNI/Ibope: Dilma tem 40%, contra 35% de Serra

 

Pesquisa CNI/Ibope: Dilma tem 40%, contra 35% de Serra

Camila Campanerut

Do UOL Eleições
Em Brasília

Pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) para a eleição presidencial, divulgada nesta quarta-feira (23) em Brasília, mostra a candidata Dilma Rousseff (PT) com 40% das intenções de voto, contra 35% do candidato José Serra (PSDB) e 9% da candidata Marina Silva (PV). Votos brancos e nulos somam 6%. Não responderam 10% dos entrevistados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Blog do Fernando Rodrigues

Esta é a primeira vez em que a candidata petista aparece à frente do tucano em uma pesquisa com uma diferença que ultrapassa a margem de erro. Na última pesquisa CNI/Ibope, divulgada em 17 de março, Serra aparecia com 38%, contra 33% de Dilma e 8% de Marina. Brancos e nulos somavam 12%; 8% não responderam.
Dilma aparece na frente também na simulação de 2º turno. A petista tem 45%, contra 38% de Serra. Brancos e nulos somam 8%, enquanto 9% não sabem ou não responderam.

Na simulação de 2º turno da pesquisa anterior, o tucano aparecia com 44%, contra 39% da petista. Brancos e nulos somavam 10%, e 7% não responderam.

Leia também

Quando a simulação é feita entre Dilma e Marina, a petista aparece com 53%, contra 19% da presidenciável do PV. Brancos ou nulos representam 15%; 13% não sabem ou não responderam. Em 17 de março, a simulação de 2º turno entre Dilma e Marina dava 48% para a petista, 11% para a ex-ministra do Meio Ambiente, 22% de brancos e nulos e 12% que não responderam.
Já entre Serra e Marina, o tucano fica com 49%, contra 22% da candidata verde. Brancos ou nulos somam 16% e não sabem ou não responderam, 13%. A pesquisa anterior dava 55% para o candidato do PSDB, contra 17% da candidata do PV, 18% entre brancos e nulos e 9% que não responderam.
Na espontânea, Dilma tem 22%, Serra tem 16%, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece com 9%, Marina tem 3% e o ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB) tem 1%. Brancos e nulos somam 7%, e 40% não sabem.

A última pesquisa que mediu a intenção de votos para os presidenciáveis, contratada pela Rede Globo e pelo jornal 'O Estado de São Paulo' e divulgada em 5 de junho, apontava Serra e Dilma empatados com 37%.

Conhecimento de Dilma
O levantamento CNI/Ibope identificou um aumento no conhecimento da candidata petista pelo eleitorado. Hoje, 73% sabem que Dilma Rousseff é apoiada pelo presidente Lula. Em março, o índice era de 58%.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas entre os dias 19 e 21 de junho, em 140 municípios do país. O número de registro da pesquisa no TSE é 16292/2010.
Indecisos
O diretor de operações da CNI, Rafael Lucchesi, afirma que o elevado grau de indecisos demonstra que a disputa pelo eleitorado “ainda está em suas etapas iniciais, se aquecendo”, uma vez que, em março, 42 % dos entrevistados não sabiam em quem votar. No último levantamento, o índice teve uma leve redução e está em 40%.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

MPE poderá tirar Jader Barbalho e Paulo Rocha do páreo

(Via blog do espaço aberto)

Os deputados federais Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT), ambos candidatos ao Senado na eleição de outubro, poderão ser considerados inelegíveis e, nessa condição, não poderão concorrer ao pleito deste ano.
O entendimento do Ministério Público Eleitoral do Pará é o de que a Lei Complementar nº 135, conhecida como Lei da Ficha Limpa, torna inelegíveis todos os que, como os dois deputados federais paraenses, renunciaram a seus mandatos para não responder a processo por quebra de decoro.
Ontem à tarde, o blog consultou o procurador regional eleitoral Daniel Avelino. A consulta foi objetiva: parlamentares que renunciaram ao mandato, casos de Jader Barbalho e Paulo Rocha (na foto), são considerados inelegíveis, à luz da Lei da Ficha Limpa?
A resposta do procurador, enviada por meio da Assessoria de Imprensa do Ministério Público, foi a seguinte, textualmente, sem tirar nem pôr:
“O Procurador Regional Eleitoral, Daniel César Azeredo Avelino, informa que em sua interpretação da alínea k do artigo 2º da lei complementar 135, conhecida como Lei da Ficha Limpa, os agentes públicos que renunciaram a seus mandatos nos últimos oito anos - prazo contado da data do final do mandato ao qual renunciaram - estão inelegíveis. Essas e outras condições de inelegibilidade deverão ser verificadas pelo Ministério Público Federal no momento da formalização das candidaturas, o que deve ocorrer até 5 de julho.”
A resposta foi essa.
Como viram, o procurador não menciona nomes. Mas externa – e mais do que isso, antecipa - claramente o seu entendimento de que “os agentes públicos que renunciaram a seus mandatos nos últimos oito anos - prazo contado da data do final do mandato ao qual renunciaram - estão inelegíveis”.
A alínea k do artigo 2º, mencionada pelo procurador regional, diz o seguinte:
"k) o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término da legislatura."
Jader Barbalho e Paulo Rocha renunciaram para escapar a processos por quebra de decoro, instaurados nas Casas do Congresso a que pertenciam.
Jader abriu mão, em 2001, de seu mandato de senador que expiraria em fevereiro de 2003. Estaria em tese inelegível, portanto, até o início do próximo ano.
Na época em que renunciou, o deputado, que então exercia as funções de presidente do Senado, era alvo de um bombardeio de denúncias de envolvimento em supostas irregularidades na concessão de financiamentos pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Além disso, era alvo de acusações de que teria desviado recursos depositados no Banpará, na época em que o governou o Estado pela primeira vez.
Paulo Rocha, por sua vez, renunciou o mandato de deputado federal em outubro de 2005, no auge do escândalo do mensalão, um esquema de arrecadação irregular de recursos que pôs no mesmo baú empresas privadas – na maioria ligadas ao carequinha Marcos Valério -, órgãos públicos e caixa dois de partidos. Paulo Rocha, mesmo tendo renunciado, foi posteriormente denunciado pela Procuradoria-Geral da República e figura como um dos réus em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
A interpretação do dispositivo da Lei da Ficha Limpa que torna inelegível quem renunciou tem duas correntes.
Uma delas considera que Jader, Paulo Rocha e outros que renunciaram nas mesmas condições deles não podem ser impedidos de se candidatar porque, na época da renúncia, a lei os amparava, ou seja, permitia que renunciassem para evitar que seus mandatos eventualmente fossem cassados pelo próprio Legislativo.
Outra corrente considera que a essência da Lei da Ficha Limpa é barrar aqueles que a própria lei considera inelegíveis, inclusive os que renunciaram e independentemente da renúncia, à época, ter o amparo legal.
É nessa segunda corrente que se inclui o procurador regional eleitoral, Daniel Avelino, que poderá arguir no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a inelegibilidade de candidatos como Jader, Paulo Rocha e outros.
No mínimo, essa questão vai render debates que chegarão, inevitavelmente, ao Tribunal Superior Eleitoral.
E não duvidem se chegar ao próprio Supremo.

PTB entra na aliança em apoio à reeleição de Ana Júlia

Cruz credo (segundo o blog do espaço aberto)

Confirmado.

Martelo batido.

Parada resolvida.

Decidida.

O PTB do prefeito Duciomar Costa entra na aliança de apoio à reeleição da governadora Ana Júlia.

O acordo foi selado hoje de manhã, num encontro a que estiveram presentes, entre outros, o prefeito e a governadora.

As benesses para o PTB, decorrentes da composição, ainda não foram decididas.

Mas sê-lo-ão (toma-te!) em breve.

Postagem de um anônimo.

Que apelido bem dado , nunca vi tanto papo furado como desse Ivan ,porém vocês conseguiram desmoralizar este safado demagogo com as varias atividades de protesto.
Ele tem muita raiva do professor Leirson e do Aldo e ficou feliz com a atitude da Rotam na última manifestação, sua acessória fez festa neste dia . Não me identifico por que sou contratado da prefeitura e este Ivan é revanchista viu o que aconteceu com o presidente comunitário do furo das marinhas ? pode ter certeza que a situação daquele senhor vai piorar , o objetivo desse fascista é desempregar este pai de família ! Mandem o Naca ter cuidado que o próximo é ele , vão fechar uma grande perseguição com o objetivo de prejudicar o mesmo já que ele é concursado !
Tem muita irregularidade nesta prefeitura começando com a corrupção e terminando com um grande assédio moral aos funcionários ( fomos obrigados a ir para Belém gritar contra a cassação do Duciomar duas vezes, caso contrario seriamos perseguidos )minha esperança é manter meu emprego porque tenho filhos pra criar,todavia ,me sinto mal em estar neste meio desses porcos que tem raiva do povo.
Não conheço pessoalmente nem o professor Aldo e nem o Leirson ,mas tenho grande admiração pela sua coragem e luta são mosqueirenses de verdade.
Espero um dia lutar ao lado de vocês! braços de um mosqueirense revoltado e sonhador !

CARTA DE REPÚDIO

 

Há quase seis anos Duciomar Costa assumiu a Prefeitura Municipal de Belém. Desde 2005 até hoje, desferiu vários golpes contra conquistas da gestão petista (1997-2004): eliminou a bolsa escola de um salário mínimo paga pelo município a alunos oriundos de famílias de baixa renda; extinguiu o banco do povo; desmantelou o programa “Família Saudável”; esfacelou o combate à dengue. Além disso, por várias vezes já tentou privatizar o SAAEB (Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto de Belém); sucateou os serviços de saúde, tanto que pessoas já morreram na fila esperando por atendimento nos prontos socorros de Belém; privatizou vagas de estacionamento nas ruas da cidade; privatizou o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência); atuou de forma repressiva contra trabalhadores da economia informal, utilizando a força da Guarda Municipal; desviou recursos da saúde para equipar a Guarda Municipal; arrochou os salários dos servidores municipais; nunca cumpriu e nem irá cumprir a promessa de pagamento das perdas salariais (argumento que o ajudou sobremaneira na sua reeleição). Muitas outras “proezas” foram cometidas pelo Prefeito Duciomar Costa, desrespeitando a população belenense.

Em Mosqueiro, os ataques foram duros contra a população local. Durante a sua campanha, em 2004, Duciomar muito utilizou o argumento de que a ilha estava abandonada, citando como prova desse abandono as placas de venda das casas. Passados os anos da sua administração, os anúncios de venda de casas aumentaram. O que constatamos: se havia esquecimento por parte do poder público municipal antes, isso se tornou uma realidade muito mais humilhante a partir da gestão Duciomar Costa, por vários motivos: abandonou o projeto de esgotamento sanitário, deixado pela prefeitura petista; desativou postos de saúde como o do Sucurijuquara e do Aeroporto, construídos durante a administração do PT; não garantiu transporte externo e nem interno, deixando kombis que não respeitam as leis, como a da meia passagem e gratuidades, tomarem conta do serviço; destruiu quadras de esporte; abandonou o trapiche da Vila; não investiu em turismo (aliás, não investiu em nada); retirou todas as vantagens do salário dos servidores da Agência Distrital.

Tentando resumir, a bucólica virou um caos. Para se somar a esta situação, nas últimas semanas o prefeito decidiu, na marra, extinguir os serviços de urgência e emergência dos postos de saúde do Maracajá e Baía do Sol. Sendo que, no caso da Baía do Sol o posto está prestes a ser fechado totalmente – os funcionários já começaram a ser transferidos para outras unidades de saúde. Sobre a unidade do Maracajá: o secretário de saúde (engenheiro) Sérgio Pimentel, de forma mentirosa afirma que nunca houve urgência e emergência no Maracajá (funcionava desde 1993), mas mesmo assim colocou a placa do serviço (urgência e emergência) logo na entrada do posto, como se esse serviço ainda fosse oferecido. Diga-se de passagem: pregou a placa, propagandeando aquilo que deixou de ser prestado à população (urgência e emergência), um dia antes de uma visita às escondidas do Prefeito Duciomar Costa a Mosqueiro.

A comunidade da Baía do Sol se manifestou fechando o “Portal” – única obra do Prefeito em Mosqueiro –, em meados do mês de abril, e num primeiro momento conseguiu o retorno do serviço. No entanto, hoje não funciona mais e a unidade como um todo, o que já foi dito, está na iminência de ser fechada.

Os cidadãos do Maracajá por várias vezes se manifestaram reivindicando a volta da urgência e emergência 24h: no final do mês de abril (30/04/2010) realizou-se a ocupação na unidade e se fechou a Travessa Siqueira Mendes em frente ao “postinho”, como é chamado. Por volta das 12h apareceu o Agente Distrital de Mosqueiro, Ivan Santos (“Ivanselina”), dizendo que não poderia resolver o problema uma vez que não é secretário de saúde. Uma comissão foi formada e levada para conversar com o secretário de saúde municipal (Sérgio Pimentel, o engenheiro). O grupo composto por moradores do bairro, representantes do SINDSAÚDE e funcionários da unidade foi destratado pelo secretário que foi taxativo ao dizer que o serviço não seria reposto e que qualquer “Zé mané” lá do Maracajá poderia fazer uma massagem cardíaca, se fosse o caso.

O SINDSAÚDE, que tinha organizado a primeira manifestação praticamente se retirou do movimento. Porém, os moradores do bairro além de terem perdido um serviço essencial que era prestado desde 1993 sentiram-se ultrajados pelo Sérgio Pimentel.

Neste ínterim, nós petistas que já encampamos batalhas contra os (des)serviços da Prefeitura de Belém no que tange ao transporte, à Biblioteca Pública e em relação ao impedimento da privatização do SAAEB, organizamos uma segunda manifestação de cobrança pelo retorno do serviço de urgência e emergência na unidade do Maracajá, que ocorreu no início do mês de maio (10/05/2010): a população trancou o prédio da unidade, fechou a rua novamente e montou barricada que inclusive chegou a ser queimada por alguns manifestantes. Fizeram-se presentes a guarda municipal, a polícia militar e o corpo de bombeiros. Entretanto, nenhum representante do poder público municipal apareceu para dar uma resposta.

Após isso, o Agente Distrital de Mosqueiro contatou a promotoria do Fórum que funciona na ilha para ir até o centro comunitário do Maracajá. O promotor adentrou o bairro para intimidar a população a não mais fazer nenhum outro ato público e sim procurar as “vias legais”.

Recolhemos 1037 assinaturas na forma de um abaixo assinado explicitando os vários problemas da população mosqueirense, em especial da comunidade do Maracajá, enfatizando as questões de saúde pública.

Para entregar o documento ao promotor realizamos uma caminhada, em meados do mês de maio (14/05/2010), que saiu do “postinho” até o Fórum de Mosqueiro, localizado bem em frente à Agência Distrital. Houve uma conversa com o promotor que por sua vez se comprometeu a marcar uma nova audiência com o secretário de saúde. Não houve audiência.

No dia 24 de maio aconteceu a inauguração da rádio do Vladimir Costa, em Mosqueiro. Estava prevista a vinda do próprio deputado federal, de Duciomar Costa e de Ana Júlia. Levamos faixas, cartazes, um caixão representado a morte da saúde pública da ilha, narizes de palhaço, apitos e o mesmo abaixo assinado que fora levado ao promotor, para ser entregue ao Prefeito. Este não apareceu. O documento então foi entregue nas mãos da governadora pelo Presidente do Diretório Distrital do PT de Mosqueiro, Leirson Azevedo.

Em meio ao alvoroço, Vladimir Costa encenou uma peça de teatro se colocando do lado do povo do Maracajá e prometeu uma audiência com Duciomar Costa que novamente não ocorreu.

Avaliamos o seguinte: o engenheiro responsável pela pasta da saúde não resolveu o problema, o próprio agente distrital diz que não pode resolver nada, através da justiça (via promotor público) também não alcançamos nosso objetivo e nem através da encenação do deputado Vladimir Costa obtivemos sucesso. Precisávamos radicalizar o movimento para que o nosso direito constitucional de ter acesso a serviço de saúde fosse garantido.

Dessa forma, enquanto o poder público municipal pensava que iríamos deixar de lado nossa luta e esquecer que um dia tivemos serviço de urgência e emergência 24h tão necessário, realizamos um novo manifesto próximo à Ponte Sebastião Oliveira (Belém-Mosqueiro), no dia 08 de junho. Para tanto reunimos a comunidade do Maracajá, do Furo das Marinhas, do Doroty Stang, do Mártires de Abril e do Paulo Fonteles. Fizemos um grande ato reivindicando não apenas saúde pública, mas também transporte, construção de creches, iluminação pública, limpeza e manutenção de vias etc. Mazelas que afligem os moradores de Mosqueiro. Fechamos a pista e iríamos liberá-la quando da chegada de uma autoridade do município para conversar conosco e resolver nossas angústias. Em vez disso, apareceram a guarda municipal, a polícia militar e uma guarnição da ROTAM (Ronda “Tática” Metropolitana, ou antiga PATAM, que todos sabem por que foi desfeita).

A ROTAM chegou com o único propósito de desobstruir a rua, a qualquer custo. Inclusive lembramos daquele fatídico 19/04/1996 quando os policiais tinham ordens para desobstrução da pista e assassinaram vários trabalhadores.

Ocorreu uma conversa entre o Capitão Éricles da ROTAM e alguns manifestantes. Foi acordado o seguinte: às 14:15 seria liberada meia pista e quando o representante da CTBel (que estava a caminho) chegasse seria liberada totalmente a via pública.

No horário previsto a população começou a retirar a metade da barricada, mas os policiais da ROTAM tomaram a frente e descumpriram o acordo firmado pelo seu capitão. Houve uma espécie de queda de braços entre a polícia e o movimento: o Capitão Éricles puxava os paus da barricada para um lado e os manifestantes tentavam impedir. O capitão citado puxou a arma e passou a atirar na barricada e contra as pessoas do manifesto. Os outros policiais da ROTAM também passaram a atirar e lançar bombas contra os comunitários. De 10 a 15 pessoas foram atingidas pela truculência da tropa da ROTAM. Dois filiados ao Partido dos Trabalhadores que também lutavam pela garantia de seus direitos levaram tiros à queima roupa e tiveram que passar por cirurgia. Um é funcionário público da Prefeitura de Belém e o outro é caseiro na Praia Grande, de Mosqueiro. Ou seja, dois trabalhadores honestos, dignos e conhecedores de seus direitos, por isso protestavam contra os desmandos de Duciomar Costa para com a bucólica. O que é pior: os truculentos acusaram os dois de formação de quadrilha, lesão corporal, desacato à autoridade, perturbação da ordem pública, e os prenderam em flagrante. Temos a noção exata de que os policiais efetuaram a prisão para se proteger, pois os próprios sabem a bobagem que cometeram.

Ademais, uma das lideranças do movimento em Mosqueiro, o professor Aldo Rodrigues, também foi acusado de desacato à autoridade, perturbação da ordem e formação de quadrilha pelo Capitão Éricles. o referido professor, filiado ao PT desde a década de 80, além de ser dirigente da CUT é coordenador do SINTEPP. Lembremos que atualmente o sindicato que tanto critica o governo é, praticamente, dirigido pelo PSOL. Aldo é uma das poucas lideranças petistas dentro do SINTEPP que faz a disputa política contra o PSOL. O PT tem problemas de renovação de quadros, justamente porque passou a disputar a juventude diretamente contra partidos como o Socialismo e Liberdade, PSTU, PCdoB e outros. Para piorar, a polícia do governo do Estado do PT ainda ataca os dirigentes petistas.

É inaceitável um governo que é do Partido dos Trabalhadores permitir que sua polícia massacre trabalhador que luta por seu direito. O próprio PT ensinou seus militantes a conhecer e fazer valer seus direitos.

A governadora tem por obrigação de impedir a criminalização dos movimentos sociais. Vamos lembrar o que foi convencionado pelos foros do PT: é um partido de massas, socialista, militante e inserido nos movimentos sociais. É dever de cada um petista colocar em prática essas teses, nem o governo pode se eximir dessa responsabilidade. Como iremos esquecer o triste episódio da violência cometida pela polícia militar contra os professores na greve de 2008 se a repressão policial continua atirando contra trabalhadores, agindo com truculência, abuso de poder, covardia e falta de vergonha na cara?

A representação do Partido dos Trabalhadores no Distrito de Mosqueiro exige uma atitude enérgica do governo do PT e do próprio partido, da direção municipal e estadual do PT, em relação aos policiais (ou seriam criminosos?) da ROTAM, em especial o CAPITÃO ÉRICLES, que reprimiram o movimento social mosqueirense o qual reivindicava nada além do que garante a Constituição Federal de 1988 – saúde, transporte, educação.

Exigimos também a retirada de todas as ações policial-judiciais contra os dois companheiros feridos, em relação ao Aldo Rodrigues e aos outros membros do PT de Mosqueiro.

Precisamos extirpar da nossa sociedade os resquícios da falta de liberdades do período da Ditadura Militar.

Há uma necessidade urgente de barrar com a criminalização dos movimentos sociais, e isso só ocorrerá a partir do momento em que os culpados forem punidos. A obrigação da polícia militar é garantir a segurança pública e não massacrar trabalhador quando luta por seus direitos.

Aguardamos ansiosos por atitudes dignas e respeitosas por parte do PT, de todas as suas lideranças e do governo do Estado contra os policiais da ROTAM, agressores de trabalhadores, principalmente contra o CAPITÃO ÉRICLES.

O PARTIDO, O PARTIDO É DOS TRABALHADORES, SEM PATRÃO E SEM REPRESSÃO POLICIAL.

Saudações Petistas.

Ass.: Diretorio PT/DAMOS

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Lula e Ana Júlia.

PDT é o nono a apoiar a reeleição de Ana Júlia

O PDT é o nono partido a aderir à reeleição da governadora Ana Júlia Carepa e pode abocanhar como participação no governo os cargos deixados pelo PMDB, como a presidência das Companhias de Saneamento (Cosanpa) e Habitação do Estado (Cohab), mais o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PA).

O secretário executivo da campanha do PT no Pará, André Farias, declarou que os 340 cargos que estarão disponíveis com a saída do PMDB da base aliada serão preenchidos não apenas pelo PDT, como também pelas legendas que já definiram apoio à candidatura da governadora, que são PR, PP, PV, PSB, PC do B, PRB, PSC e PHS.

André Farias disse que o apoio do PDT foi antes de tudo "um reconhecimento" ao trabalho do governo do PT para o agronegócio no Estado. Citou como exemplo a regularização fundiária, a gestão ambiental, o zoneamento ecológico e econômico, o esforço pela reserva legal, a emissão de títulos de terra, a redefinição do Valor de Terra Nua (VTN) e a intermediação no episódio do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) junto a frigoríficos e pecuaristas, que resolveu o impasse no bloqueio imposto pelo Ministério Público Federal à produção de carne do Estado.

Além da participação no governo, o secretário da campanha informou que o Partido dos Trabalhadores também se comprometeu em apoiar a candidatura do pedetista Giovanni Queiroz à Câmara Federal. Por outro lado, a entrada oficial do PDT no governo não deve acontecer imediatamente, ainda nesta semana, porque André Farias garante que o PT não tem pressa em substituir os peemedebistas. Ele realçou que a governadora reconhece nos gestores que permanecem nos cargos uma contribuição de eficiência à gestão.

A aliança entre PDT e PT estava sendo costurada há dois meses, mas foi fechada depois de um dia inteiro de encontros que se estenderam até à noite de ontem entre os presidentes estaduais das legendas, Giovanni Queiroz e João Batista Barbosa da Silva, respectivamente.

"Afagos" incluem visita da governadora ao PP

A semana será de "afagos" para todos os nove partidos políticos que compõem a aliança para a reeleição da governadora Ana Júlia Carepa (PT). Ela própria declarou ontem, durante visita histórica à sede do Partido Progressista (PP), que vai pessoalmente às reuniões das executivas estaduais de cada legenda receber de viva voz a adesão, antes das convenções partidárias programadas, em sua maioria, para o prazo fatal, que será no dia 30 deste mês.

Ainda nesta semana, a governadora participará de uma reunião na sede do Partido da República (PR) com o mesmo objetivo e, dependendo da agenda que será fechada até às 13 horas de hoje, poderá também receber a formalização de apoio do PDT ou PV. "Falta organizar essa sequência de visitas, mas até amanhã (hoje) finalizaremos a agenda desses encontros", garantiu João Batista Barbosa da Silva, presidente estadual do PT.

À noite de ontem, ele, a governadora, o deputado federal Paulo Rocha e André Farias, secretário executivo da campanha de reeleição de Ana Júlia Carepa compareceram à sede do PP e receberam a adesão de todos os membros da executiva estadual progressista.

Mesmo convalescendo, o presidente do PP no Pará, deputado federal Gerson Peres, presidiu o encontro e relatou que o partido está "bastante certo da decisão" de apoio ao segundo mandato. "Não vamos deixar para o fim aquilo que podemos decidir com antecedência", justificou em seu discurso. Ele também realçou que o PP possui reivindicações que vai postular futuramente. Mas não perdeu a chance de informar, logo, que o partido vai se candidatar à vaga de suplência na candidatura ao Senado do deputado federal Paulo Rocha.

Os nomes disponibilizados pelo PP para avaliação e decisão da governadora são os de João Olinto Tourinho de Melo e Silva e Deodato Marques. Sem nenhum constrangimento pela aliança de partidos com histórias políticas bem divergentes até a junção em janeiro deste ano, o presidente petista no Estado relatou que há 25 anos, se fosse visto entregando convite ao presidente do PP para as comemorações do aniversário do PT em 2010, teria sido expulso da legenda. "Mas a democracia em que vivemos é que nos faz conviver com os diferentes", observou.

A governadora aproveitou a palavra para fazer o tradicional balanço de sua gestão e agradecer o apoio. Hoje o PP está na Casa Civil do governo do Estado e na Secretaria de Administração (Sead).

A Executiva Estadual do PP já possui uma lista com 20 candidatos à Assembleia Legislativa e deve fechar coligação com outras legendas. As mais prováveis são PSC, PV, PSB, PRB, PMN e PC do B. O deputado federal Gerson Peres será candidato à Câmara e pleteia o 14º mandato.

Marisa Letícia chega e deve aderir à campanha

A primeira-dama do País, Marisa Letícia Lula da Silva, estará em Belém na próxima quinta-feira, 17, para a formatura de uma turma do Projeto Vira Vida, programa de inserção social de jovens entre 15 e 22 anos do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), mas participará de reuniões com a Executiva Estadual do PT para definir sua participação na campanha de reeleição da governadora do Estado, Ana Júlia Carepa.

O secretário executivo da campanha, André Farias, informou que na impossibilidade de a candidata à presidência da República, Dilma Rousseff, pedir votos à governadora, em razão da formação de dois palanques no Estado, a primeira-dama terá lugar cativo na campanha. "Ainda não sabemos se haverá dois palanques no Pará, mas em havendo, ela (Marisa Letícia) será uma boa alternativa, juntamente com ministros do governo Lula", declarou.

André Farias garantiu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não terá qualquer impedimento de prestar apoio e pedir votos para a governadora Ana Júlia. E na convenção nacional do PT realizada no último final de semana em Brasília, ele próprio declarou à governadora que estará ao seu lado. "O Lula me chamou para conversar no domingo (13) e me disse que essa trefa exigirá muito trabalho. Mas quem me conhece sabe que eu saio aos finais de semana não é para pescar, não. É para levar maquinários aos municípios, para levar desenvolvimento", disse a governadora, alfinetando o adversário, ex-governador Simão Jatene (PSDB).

Ana Júlia Carepa informou que acredita numa resposta breve do PTB e vai aguardar até o dia 30 de junho a resposta do PMDB sobre uma possível renovação da aliança. "Vou tentar até a 35ª hora", sublinhou. Já o presidente estadual do PT, João Batista Barbosa da Silva, revelou que a legenda no Pará negociar com DEM e, dependendo da evolução da negociação, terá de pedir permissão à Executiva Nacional do PT para formalizar aliança.

Lula vem ao Pará para ver a Transamazônica

A governadora Ana Júlia Carepa (PT) anunciou ontem, em reunião com a Executiva Estadual do Partido Progressista (PP), a visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao Pará na terça-feira da próxima semana. Ele vem para a retomada da pavimentação asfáltica da rodovia federal BR-230, a Transamazônica, e verificar as obras de asfaltamento da rodovia federal BR-163, conhecida como Santarém-Cuiabá.

A agenda do presidente Lula ao Estado também deve incluir sua participação em um ato político em Altamira, a favor da construção da hidrelétrica de Belo Monte. Esta será a segunda viagem do presidente da República ao Pará em menos de dois meses. Ele esteve no município de Tomé-Açú no início de maio para o lançamento do Programa Nacional de Estímulo à Produção do Óleo de Palma.

Também há a previsão de o presidente esticar a sua estada no Pará até Marabá, município do sudeste paraense. Ele deve participar de uma nova cerimônia de lançamento da pedra fundamental e início das obras da Aços Laminados do Pará (Alpa), projeto da Vale orçado em US$ 3,7 milhões que vai promover a verticalização mineral do ferro, cuja licença ambiental prévia foi entregue em março deste ano

Heloísa Helena diz que foi usada pelo PSOL e que não fará o "sacrifício" de apoiar Plínio

Carlos Madeiro
Especial para o UOL Eleições
Em Maceió
A presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena, oficializou nesta sexta-feira (18), em Maceió, sua candidatura ao Senado por Alagoas. Apesar do clima festivo da convenção, a vereadora da capital alagoana não poupou críticas a integrantes da direção nacional do partido que comanda, e afirmou que foi “usada pelo PSOL” quando foi candidata à presidência da República em 2006.

“Objetivamente, a cota de sacrifício que poderia dar ao partido nacionalmente eu já dei, quando abri mão de um mandato, fui candidata à presidência e fui usada pelo PSOL. Agora é a vez de me dedicar ao povo de Alagoas”, disse, ao ser questionada se iria dar apoio a candidatura de Plínio de Arruda Sampaio à Presidência, como decidiu o seu partido.
Questionada se estaria arrependida de ter aberto mão da disputa ao Senado em 2006, Heloísa criticou integrantes do partido. “Para mim foi uma honra ser a primeira mulher na política brasileira a disputar uma eleição presidencial. Ainda mais sendo filha de família pobre do sertão de Alagoas. Mas foi um sacrifício eleitoral. Objetivamente, e para não ser cínica, afirmo que alguns da direção nacional não mereciam esse sacrifício”, afirmou, sem citar nomes.
Marina, "candidata do coração"
Durante a conveção partidária, Heloísa voltou a elogiar a candidata do PV à presidência, Marina Silva, e disse que “ela é a candidata do meu coração”. “Todos sabem, porque não sou hipócrita nem dissimulada, que o meu partido tem um candidato. Mas eu não vou negar a importância que Marina tem, não apenas pessoalmente, no meu coração, mas por ser a grande chance que o Brasil tem de promover um debate sério sobre o desenvolvimento econômico sustentável com responsabilidade social”, afirmou.
Na última sexta-feira (11), Heloísa acompanhou Marina Silva durante visita a Maceió e chegou a tirar fotos ao lado da candidata do PV, o que gerou críticas da direção do PSOL. Na ocasião, Heloísa chegou deixou claro o racha do partido ao dizer que não iria a convenção nacional do PSOL, marcada para o dia 30 de junho, em São Paulo, que deve ratificar a candidatura de Plínio de Arruda Sampaio à presidência.

Apesar de ser a presidente nacional e maior estrela do partido, nesta sexta-feira o site oficial do PSOL não traz nenhum referência à convenção partidária de Alagoas que lançou a candidatura de Heloísa Helena ao Senado.
Repetindo o mesmo discurso da candidata do PV, Heloísa ainda disse nesta sexta-feira que é preciso fugir da polarização do debate entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). "São duas faces de uma mesma moeda, de um projeto de desestruturação dos parques produtivos e ausência de políticas públicas sociais. Esperamos que não haja a farsa vulgar de polarizar esse debate entre PT e PSDB, já que são candidaturas que representam um mesmo projeto neoliberal no país”, analisou.
"Máquina de moer gente"
Heloísa Helena projetou o cenário que espera encontrar na campanha eleitoral que terá pela frente em Alagoas. “Eu vou enfrentar uma maquina de moer gente, sonho e dignidade. Vamos enfrentar candidatos poderosíssimos, riquíssimos, criminosíssimos e ladroníssimos. Precisamos contar com os anjos para nos dar a força necessária para driblar todos os obstáculos e adversidades que vamos enfrentar em Alagoas”, afirmou.
A convenção do PSOL no Estado ratificou também o nome o presidente do diretório estadual, Mário Agra, como candidato ao governo do Estado, além de mais 47 nomes que vão concorrer aos cargos de deputados federal e estadual nas próximas eleições pelo partido.

Historiador: Brasil é mais conformista do que outros países

Historiador: Brasil é mais conformista do que outros países

Dentro do projeto "De Tijuana à Terra do Fogo", que tematiza o bicentenário de independência dos países latino-americanos, o historiador João Pinto Furtado fala à Deutsche Welle a respeito dos mitos que envolvem a Inconfidência Mineira e dos preâmbulos da Independência do Brasil, que aconteceu em 1822.

Leia abaixo a íntegra da entrevista, em que Furtado ressalta a diversidade de perfis dos inconfidentes, compara o movimento às rebeliões ocorridas na Bahia e em Pernambuco e analisa como "nossa cidadania sempre foi muito mais trabalhada sob o signo da omissão que da participação".

Deutsche Welle: Você poderia situar a Inconfidência Mineira e o processo de independência do Brasil no contexto latino-americano?

João Pinto Furtado: A economia passava no final do século 18 por um período de reestruturação. As grandes nações europeias tinham construído toda uma máquina de arrecadação, um império colonial, uma série de relações que em certo sentido cotizaram o controle do mundo conhecido. Todas as áreas da América eram permeáveis de alguma forma à interferência de alguma dessas nações.

Mas ao longo do século 18, o próprio universo europeu começou a se transformar. Algumas ideias foram surgindo e reformatando a relação entre as antigas metrópoles e suas colônias. Dentro desse processo de reformatação, surge uma crítica muito veemente à ideia da colonização como um todo.

Alguns teóricos iluministas tentaram rever as relações entre as metrópoles e suas colônias. A ideia fundamental era a de que todos os povos teriam algum direito à própria autodeterminação e ao direito de dispor sobre seus próprios percursos. Essas ideias começaram a chegar às elites tanto norte quanto latino-americanas.

Na América Latina, essas ideias começaram a questionar inicialmente o estatuto colonial. No caso do Brasil, perguntava-se por que um país rico como este teria que remeter parte de suas riquezas a Portugal. Perguntava-se com frequência qual era a legitimidade disso. Pois esse Estado do século 18 era uma esponja – a metáfora é da época – que tentava sugar toda a energia vital das colônias e, de fato, não dava nada em troca. O Estado arrecadava porque julgava que era direito do rei e pronto.

No Brasil, isso foi criando uma situação de muita insatisfação, porque você tinha um sistema de aferição de riquezas de mão única e nunca voltava nada do Estado. Isso foi criando um descontentamento muito grande. Com o advento do Iluminismo e das ideias liberais ganhando campo, parte das elites começou a reproduzir parte dessa ideologia e com isso criou-se um sistema de insurgência. E o questionamento da ordem metropolitana, mercantilista.

Esses insurgentes pertenciam às elites locais?

Sim. Os libertadores de outros trechos da América Latina, como do vice-reino do Prata ou do vice-reino do Peru, todos eles tinham uma origem elitista. Muito frequentemente tinham descendência ou até eram estrangeiros, tinham uma origem branca e nunca usavam o ideário ou a identidade indígena como argumento.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Atendimento em saúde vai mudar, certamente para pior

Mais uma presepada do desprefeito Óciomar Gosta e seu de-secratário de Saúde Sérgio Pimentão (publicado no Amazônia Jornal)

(publicado no Amazônia Jornal) Edição de 18/06/2010

PSM da 14 centralizará registro dos casos de urgência e emergência

A partir de agora, todas as crianças que precisam de atendimento médico de urgência e emergência, em Belém, terão de passar, obrigatoriamente, pelo Pronto-Socorro Municipal (PSM), na travessa 14 de Março. A mudança é uma exigência feita pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), desde o dia 1º de junho, numa tentativa de controlar o repasse de recursos às clínicas pediátricas particulares conveniadas com o Sistema Único de Saúde (SUS) na capital. "O que acontecia era que esses atendimentos eram feitos diretamente nas clínicas, sem passar pela nossa regulação. Estávamos pagando as contas sem ter um controle dos serviços", alegou o secretário municipal de saúde, Sérgio Pimentel.

Com a mudança, que não se estende aos procedimentos ambulatoriais, as famílias devem buscar atendimento primeiramente no PSM, onde, segundo a Sesma, 22 leitos estão disponíveis para uso exclusivo do setor de pediatria. "No Pronto-Socorro esse paciente vai ser avaliado e, dependendo do caso, pode ser encaminhado ou não para uma das clínicas conveniadas", explicou.

Em alguns hospitais, a portaria, assinada pelas médicas Maria das Graças Cordeiro, chefe de Divisão Hospitalar da Sesma, e Ana Cláudia Albuquerque, diretora do departamento de regulação, foi anexada na porta, em outros, os pacientes estão sendo comunicados quando buscam atendimento. "Somos clientes da Sesma, se ela baixou essa portaria, nós temos que obedecer", explicou o médico Fernando Guimarães, diretor da Clínica Pediátrica Infantil, um dos hospitais conveniados. A dona de casa Rosângela Gusmão, que mora no bairro do Bengui, conseguiu internar o filho, de 2 anos, na ala pediátrica do Hospital Pio XII apenas com o encaminhamento da Unidade de Saúde do Tapanã, mas isso também deve mudar.

A intenção da Sesma é que todos os encaminhamentos sejam feitos exclusivamente pelo PSM. Segundo o secretário Sérgio Pimentel, não existe o risco do novo atendimento congestionar ainda mais o sistema do PSM. "O setor pediátrico do Pronto-Socorro estava ocioso justamente porque as pessoas estavam procurando diretamente as clínicas e hospitais do convênio. Agora, os atendimentos de urgência e emergência passam a ser feitos diretamente por nós", justificou.

Adeus, Saramago

 

 

Saramago em Madri, novembro de 2009, por ocasião do lançamento de seu último (e polêmico) romance: "Caim"

Um dos Maiores escritores mundiais da lingua Portuguesa se foi na manhã de hoje, 18 de junho, em sua casa na ilha de Lanzarote (Ilhas Canárias, Espanha), aos 87 anos (nasceu em 16.11.1922, em Azinhaga, norte de Lisboa, Portugal).
José Saramago morreu ateu e comunista, com uma enorme fama de turrão (algo desfeita em lágrimas por ocasião da versão cinematográfica de "Ensaio sobre a cegueira"), após uma profícua carreira literária e política, defendendo seus ideais e a Península Ibérica e disparando contra seus objetos de aversão, notadamente a religião, que retribuiu a gentileza: foi perseguido por católicos após o lançamento de "O evangelho segundo Jesus Cristo" (1991), o que contribuiu para trocar Portugal pela Espanha, e mais recentemente por causa de "Caim" (2009), que contém uma passagem na qual se refere a Deus como "filho da puta".
Foi mais do que um dos maiores nomes da literatura mundial. Foi um bom homem, também. Doi-me pensar que não teremos mais seus livros. Mas esse é o ciclo natural. Chegou a morte, assim mesmo, com letra minúscula. Porque da Morte verdadeira ninguém vai querer saber.

O mundo certamente não será mais o mesmo com uma mente brilhante como essa não mais entre nós, que sua obra seja eterna…

terça-feira, 15 de junho de 2010

O Rei Odiado (transcrito do blog da Franssinete Florenzano

 

TJE-PA & TRE-PA

Tenho muita vergonha do Judiciário do Pará: extingue processo de Duciomar Costa e Anivaldo Vale, liberta Luiz Afonso Sefer e Regivaldo Galvão, o Taradão.

Postado por Franssinete Florenzano às 19:54 2 comentários

No pasarán

Convido todos a andar pela cidade e verificar a quantidade de obras que estão sendo feitas. É muito fácil ficar em casa e criticar."

(Duciomar Costa, o prefeito CO2 de Belém, hoje, festejando sua previsível - e discutível - vitória no TRE-PA.)

Digo-lhe, prefeito ausente e omisso: ande o senhor por Belém, que, aliás, não é a sua cidade, e onde o Sr. jamais é visto. Conheça o município que tem a obrigação de administrar e abandona.


Aponte-nos uma só obra que esteja em execução.


Mostre-nos um só benefício aos que habitam Belém, em sua gestão.


Pergunto-lhe: por que o Sr. foi se tratar em São Paulo, enquanto a população de Belém morre sem atendimento nos hospitais do PSM?!


Por que o Sr. não dá uma passadinha ali na Av. Bernardo Sayão, ao lado do paralisado projeto da Orla, e olha as famílias morando em palafitas e as crianças brincando de mergulhar na lama?


Por que o Sr. não aplica o dinheiro da Saúde como deveria, se as pessoas - e principalmente a população infantil - morre por doenças gastrointestinais e infecto-contagiosas, já que não existe tratamento de esgoto e saneamento básico é um sonho longínquo dos belemenses?


Por que o Sr. é o único que não vê que o trânsito de Belém é o mais caótico do País?


Por que o Sr. insiste em entregar a empresas privadas o cuidado com a população de Belém que um dia jurou, sobre a Constituição, cumprir?


Por que o Sr. privilegia os donos de ônibus - que contribuíram para sua campanha - e deixa as pessoas pobres sem condução, fazendo com que percam seus empregos por não conseguirem chegar aos seus locais de trabalho?


Por que o Sr. simplesmente ignora os ribeirinhos das 39 ilhas da Região Metropolitana de Belém, que não têm sanitários, quanto mais escolas e uma vida digna?


O Sr. realmente pensa que conseguirá, com advogado$, permanecer impune diante do sofrimento que inflige aos belemenses?


O Sr. é o rei odiado. Não pode andar na rua, só vê Belém do alto dos aviões que toma todas as semanas. O Sr. odeia Belém, e o povo percebe isso em todos os seus atos.

Postado por Franssinete Florenzano

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Duciomar, a noiva. A noiva oferecida.

Do Blog Espaço Aberto

Mas isso é que é.
Vejam só como são as coisas da política.
As coisas da política do Pará.
Quem haveria de imaginar que Duciomar Costa seria a noiva destas eleições?
Pois é.
Sua Excelência virou uma noiva pronta, preparada para entrar num vestidinho como esse aí da foto.
De início, quem ocupou o posto por mais tempo foi Jader Barbalho.
Até que o encanto se quebrou, quando o próprio Jader anunciou que concorreria ao Senado e que se partido teria candidato próprio ao governo do Estado, o deputado Domingos Juvenil.
Depois, a condição de noiva teve novo titular.
Anivaldo Vale, do PR.
Anivaldo passou poucas semanas – em verdade umas duas – nessa condição.
Foi a noiva até se anunciar-se, na semana passada, que ele será o vice na chapa de Ana Júlia.
Imaginava-se, então, que todas as noivas, devidamente seduzidas, fossem gozar a lua de mel (agora sem hífen, vocês sabem, mas se quiserem com o hífen, tanto faz como tanto fez).
Que nada!
Duciomar - o prefeito com uma rejeição tão alta como nunca, jamais, em tempo algum se viu na História desta cidade - foi pirangar uma vaguinha na chapa de Ana Júlia.
A governadora prometeu a ele – e por extensão ao PTB - ceder no máximo uma vaga de suplente de Paulo Rocha, o candidato petista ao Senado.
Duciomar se exasperou.
Levantou-se da reunião com Sua Excelência e foi embora.
Agora, dizque, vai conversar com o tucano Simão Jatene e com o peemedebista Jader Barbalho.
Se não der certo o casamento com nenhum dos dois – dos dois partidos, é claro -, Duciomar, ao que se diz, lançará um candidato próprio para disputar a eleição pelo PTB.
Sabe-se lá se isso é verdade.
Uma coisa é certa.
Duciomar está com cara de que é uma noiva oferecida.
E quem muito se oferece, vocês sabe...
Mas deixem pra lá!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Considerações Políticas (Por Ana Célia Pinheiro do Blog Perereca da Vizinha)

 

Na postagem anterior, de 28 de maio, logo após o anúncio da candidatura do deputado Domingos Juvenil (PMDB) ao Governo do Estado, este blog fez algumas previsões, cujo acerto vem se robustecendo nos últimos dias.
Uma delas é a possibilidade de reeleição da governadora Ana Júlia Carepa ainda no primeiro turno, ao capitanear um amplo leque de alianças com alguns dos maiores partidos paraenses, ao mesmo tempo em que mantém a porta entreaberta a uma fatia considerável do PMDB.
Anteontem, onze dias após o anúncio da opção do PMDB por um candidato “laranja”, o PR anunciou a decisão de integrar a chapa de reeleição da governadora – o que confirma a previsão de que a não-participação do PMDB na chapa de Ana Júlia Carepa poderia facilitar as negociações com o PR, que acabou levando a Vice, que caberia ao PMDB.
E a informação que se tem é a de que também o PDT já estaria fechado com a governadora, faltando, talvez, uns poucos milímetros para que também o PTB siga o mesmo caminho.
Outro peso-pesado, o PP, está de há muito com Ana Júlia Carepa.
E, se tudo isso se configurar, o quadro que surgirá à frente dos tucanos paraenses será, simplesmente, assustador: além de deter a máquina estadual e o apoio da máquina federal, a governadora contará com quase 100 prefeituras para essa disputa – se não forem mais, já que boa parte dos prefeitos do PMDB deverá, sim, apoiar a reeleição.
Bem vistas as coisas, Ana reedita a poderosa União pelo Pará, que fez de Almir Gabriel duas vezes governador e conseguiu até eleger a mala pesadíssima, que era, então, o economista Simão Jatene.
Mas ao que parece, essa poderosa coligação não enfrentará, agora, grandes barreiras para que possa chegar à vitória, talvez, ainda no primeiro turno.
Em 1998, Almir teve como adversário a liderança sagaz e carismática de Jader Barbalho.
Em 2002, mesmo sendo Jatene uma grande mala, seu maior adversário foi, de fato, a “onda vermelha” que varreu o país.
Em 2006, a União pelo Pará perdeu para si mesma, por um erro na escolha do cabeça de chapa.
Naquela ocasião, se fosse o outrora mala Simão Jatene a comandar a poderosa máquina de votos da União pelo Pará, e ainda com o apoio formal ou informal do PMDB, os tucanos teriam vencido a eleição no primeiro turno.
Hoje, no entanto, inexistem, no horizonte de Ana Júlia Carepa e dessa “neo” União pelo Pará, pelo menos até o momento, barreiras como uma liderança do quilate de Jader Barbalho ou uma eventual “onda amarela” – muito pelo contrário.
E o caminho está aberto para que essa poderosa máquina de votos denominada “União pelo Pará” realize a proeza que poderia ter realizado, afinal, em 2006.
II
As recentes mexidas no tabuleiro, por raposas como Jader Barbalho e Anivaldo Vale, o morubixaba do PR paraense, desmentem categoricamente o rosário de bobagens que tem sido desfiado pelos tucanos, nos jornais e na internet.
Os tucanos tocaram a espalhar por todo canto que Ana Júlia estava “morta politicamente”; que não tinha a mínima chance de se reeleger e até – vejam só! – que ela nem sequer estaria no segundo turno.
Hoje, no entanto, é o caso de se perguntar: desde quando raposas políticas como Jader, Anivaldo e Gérson Peres se aliam a “defunto”?
Por acaso o Barbalhão, o Anivaldo e o Gérson Peres pretendem realizar um “suicídio coletivo”?
O pior é que os tucanos, contra todas as evidências, insistem nessa bobagem do “já ganhou”; insistem em criar factóides, para “vender” a imagem de uma Ana Júlia “semimorta”.
É como se estivessem acometidos de esquizofrenia política e ou de mania de grandeza: ou, de tanto mentir, passaram a acreditar nas próprias fantasias marqueteiras; ou imaginam que somos todos burros.
Na verdade, a situação dramática dos tucanos paraenses exigiria uma virada de 180 graus na estratégia de campanha. Mas isso só seria possível se conseguissem, de fato, encarar a realidade. O que, aparentemente, é uma possibilidade pra lá de remota.
III
É à luz dos fatos, da dinâmica política, que deve ser lida a recente pesquisa encomendada pelo DEM, no Pará.
É sintomático, por exemplo, que, na mesma semana da divulgação dela, o DEM paraense tenha sentado para conversar com o PT.
É certo que o DEM se encontra numa situação complicadíssima: devido ao comportamento tresloucado, absolutamente inconfiável, do deputado federal Vic Pires Franco, a maioria das lideranças políticas quer é distância do DEM paraense, apesar de seus preciosos minutos de televisão.
Tanto que a corte que lhe faz o PT parece ter um quê de malinagem – e até de autoritarismo - em relação a Simão Jatene, que, sem o DEM, terá um tempo de televisão ainda mais escasso, para levar à população as suas propostas administrativas.
Mas, apesar dessa situação aflitiva do DEM, não deixa de soar esquisito que Vic, além de negociar com o PT, tenha considerado tanto a possibilidade de aderir à reeleição de Ana - ao ponto de até obter um passe-livre da direção nacional partidária, que havia proibido alianças com os petistas.
Ora, a pesquisa encomendada por Vic mostra Jatene como vencedor em qualquer hipótese, em qualquer cenário, em qualquer circunstância – quer dizer, só falta, mesmo, é vestir a faixa...
E, no entanto, lá se foi o Vic conseguir até um passe-livre para, se for o caso, apoiar a “semimorta” Ana Júlia Carepa.
A acreditar no lári-lári tucano, também os Pires Franco foram atingidos pela mesmíssima compulsão de Jader, Anivaldo e Gerson Peres: viraram necrófagos...
IV
O fato mesmo, caríssimo e fiel leitor da Perereca da Vizinha, é que os tucanos erraram todos os prognósticos destas eleições e ainda induziram ao erro todos aqueles que acreditaram neles.
Erraram em dar como certa a vitória de José Serra, a ignorar tanto o caráter mítico da liderança do presidente Luís Inácio Lula da Silva, quanto a perseverança e disciplina de Dilma Rousseff.
Erraram, no Pará, ao imaginar que os petistas seriam incapazes de aprender com os erros e que Ana Júlia Carepa assistiria impassível ao próprio fim.
Em suma: erraram ao imaginar que jogam sozinhos e que inexiste, na Política, a lei da ação e reação.
Tal se deve à arrogância; a essa Ilha da Fantasia em que sempre viveram os tucanos, a imaginar que o distinto público, encantado por truques de mágica barata, estará sempre disposto a estender-lhes o tapete vermelho.
Por isso, em vez de investirem na construção partidária e em um discurso massivo, preferem apostar em fofocas e factóides – um tipo de marketing e de estratégia política que o avanço da sociedade brasileira vai deixando para trás.
Exemplo claríssimo dessa fantasia tucana – e creio que até já escrevi sobre isso neste blog – foi a campanha anti-Lula, dos últimos oito anos.
Em vez de traduzir programa de governo em linguagem popular; buscar o fortalecimento partidário; mostrar à sociedade a diferença entre cidadão e pedinte; mostrar à sociedade os perigos de um Estado gigantesco, os tucanos se puseram, apenas, a futricar sobre a vida pessoal do operário-presidente.
Lula foi tachado de tudo: ignorante, burro, bêbado, nessa coisa tucana de imaginar a sociedade brasileira como um espelho do próprio umbigo, pedante e preconceituoso.
O resultado foi a empatia, cada vez mais profunda, entre a população e o operário- presidente. E a criação do mito Luís Inácio, do qual o PSDB é, sim, um dos pais, ainda que involuntário.
Porque a maioria esmagadora da sociedade brasileira é a cara do cidadão Luís Inácio Lula da Silva: tem parca instrução, fala errado à beça, luta heroicamente para sobreviver, tem moral lassa e adora uma cervejinha...
Daí que esse tipo de oposição, à base de simples ofensas pessoais, tenha até acabado por vitimizá-lo, transformando-o em “herói” do imaginário popular. Afinal, ele é “o pobre que chegou lá” e que foi atacado exclusivamente por isso...
No Pará, a oposição tucana seguiu pelo mesmo caminho: perdeu-se na futricagem de manicures e esteticistas e até na sordidez do patrulhamento da vida sexual da governadora.
E é bem possível que se a comunicação do governo tivesse funcionado, desde o começo, com a mesma eficácia que hoje funciona, Ana Júlia Carepa estivesse tão vitimizada quando Luís Inácio...
Porque ao cidadão, ao eleitor, tanto se lhe dá os erros de português de Lula ou os muitos namorados de Ana Júlia Carepa (e a Perereca registra a enorme inveja em relação à xará...)
O que o cidadão quer saber é se a vida dele melhorou: se tem água, luz, saúde, casa, educação e, sobretudo, dinheiro no bolso.
E é essa situação bem objetiva, bem concreta, que o PSDB nunca soube explorar, já que toda a sua energia foi canalizada para a produção de fuxicos e factóides.
Quer dizer: o PSDB classifica o governo de Ana Júlia como “DSalão”.
Mas é o PSDB que, afinal, se transformou num grande salão de beleza. Ou, pior ainda, numa reles revistinha de fuxicada.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O 8 de junho de 2010

Nada como uma mobilização de populares que sem outra alternativa senão partir para os extremos na reivindicação que bloqueou a rodovia no Furo das Marinhas, para despertar comentários acirrados nas postagens eletrônicas de jornais, como o Diário do Pará, em que muitos, partindo direto para ataques em uma linha temática preconceituosa mesmo, demonstrando uma imbecilidade rara, fruto de mentes obtusas refugiadas em eras recuadas no tempo e incapazes, até, de entender o primeiro artigo da Constituição Brasileira, ou a simples locução ‘pluralidade cultural’. Não dá para sentir aborrecimento em relação a essas ‘pessoas’, tão-somente pena, pois precisarão viver uma experiência de décadas de vida futura, ou uma experiência científica de rejuvenecimento talvez, para que percebam o mundo tornando-se mais igualitário. A essa postura se dá o nome de reacionarismo. Um dia, espero, perceberão que tipo de criaturas se tornaram.
Algumas pessoas, no entanto, e não foram tão poucas, postaram comentários muito pertinentes e conscientes a respeito da situação de precariedade por que passa a Ilha de Mosqueiro. E posso afirmar que em todos os setores o ilhéu, e os visitantes da Bucólica, sofrem com a falta de tudo. É difícil listar. Mas tentarei: o turismo, que para muitos deveria ser o ponto crucial a ser desenvolvido no balneário, pelo bem da geração de emprego e renda, na prática, não mais existe; ou melhor, é coisa minguada e rara, apesar de muito alardeado pelos órgãos municipais e pela agência distrital, mas é tratado como coisa de amadores. Onde está o turismo receptivo? Não há curso para guias turísticos, as trilhas ecológicas (se é que ainda existem!) não são mais utilizadas, só o velho e surrado turismo praieiro. A rede hoteleira, é daquele jeito... Pratica preços de 1ª e serviços de terceira. As praias estão sujas; as águas, poluídas; as ruas, mal iluminadas; as praças, maltratadas, sem programação cultural, sem esporte, sem lazer. O desemprego, aliado ao subemprego, impera nestas plagas.
É, Mosqueiro, linda, bucólica, exótica... e caótica também. Péssima rima. Caótico o transporte, caótico o atendimento de saúde, insuficiente o serviço de coleta de lixo domiciliar e limpeza urbana de logradouros; por isso, o mau cheiro é coisa cotidiana para o ilhéu e para o visitante. Escolas? Para construir uma sala de aula, anos a fio de espera. As reformas são verdadeiros remendos, isso quando o prédio já ameaça ruir, como aconteceu com a Escola Municipal Remígio Fernandez, que teve as atividades de aulas paralisadas por dois meses, para os fazerem os ditos remendos.
Na segurança pública (que é da alçada do executivo estadual), o mesmo caos já referido. É comum dizerem, por aqui, que Mosqueiro, além de ser "Terra do Já-Teve", também é "Terra Sem-Lei": os bandidos andam soltos, presos estão os cidadãos de bem, já que a inépcia preside este tipo de serviço por aqui. O rei de todos nesse item é o agente distrital, este da alçada municipal, muito labioso e pouquíssimo operoso, nada faz que justifique seu cargo, já que é apenas o testa-de-ferro que leva a culpa pelo descaso em relação à Ilha da parte do prefeito Duciomar Costa, que o nomeou.
No dia de hoje (08/06/2010) constatou-se que as forças truculentas da administração pública municipal e estadual se consorciaram para uma espécie de prestação de desserviço à população. Porém, há matizes de diferenciação nessa truculência. A primeira, praticada pelo assecla de Duciomar, Pimentel, sendo capaz de agir como coveiro da saúde no distrito de Mosqueiro, suprimiu há semanas atrás os serviços de urgência e emergência de duas unidades de saúde, desrespeitando direitos essenciais da população, isto sem receber nenhum tipo de punição por parte da Justiça ― esta mais uma força contrária aos interesses da população. Toda essa humilhação obtida por meio do poder, como rolo compressor, associado a interesses escusos, claro.
A outra truculência veio da alçada estadual via PATAM, digo, ROTAM. Por que será que as confundi? Será por que a primeira foi extinta por causa das arbitrariedades e violência praticadas contra os inocentes? Pois é, sem a habilidade necessária a cidadãos civilizados que ocupam cargos públicos, o capitão responsável pela operação de desobstrução da PA-391 (Rodovia Belém-Mosqueiro, ou Augusto Meira Filho), agiu de forma precipitada, talvez devido a certa inexperiência, percebida pelo fato de ele não encarar as pessoas nos olhos, talvez devido a uma educação tipicamente militar que manda falar as armas, não as palavras e acordos. Uma educação “tipo assim” espartana, sabe? São muitas as possíveis hipóteses, porém o que os olhos dos manifestantes perceberam apenas os creditam a interpretar que é costume, que é de praxe a esses soldadinhos de chumbo meterem o chumbo e sapecarem a porrada mesmo, por terem sido amestrados para tal ‘solução final’, como chamaram os nazistas ao holocausto judeu nas câmaras de gás.
A decisão de fazer a desobstrução na marra levou-os aos excessos do uso de bombas de efeito moral e de atirar com balas de borracha, ditas não letais, mas que em várias ocasiões ocasionaram óbitos, ao atingirem áreas do corpo humano sensíveis, como olhos, genitália, cabeça e peito. O traumatismo craniano e a parada cardíaca, na verdade, são a maior preocupação. Mas nada disso preocupou o pessoal da PATAM/ROTAM: atiraram à queima-roupa em manifestantes, causa das graves incisões nas vítimas, entre elas, o Rubens (o Rubito), meu irmão, e o Nazareno (o Naca). Levados ao Hospital Geral de Mosqueiro, lá, em vez de tratados como vítimas, “tornaram-se” agressores e bandidos pegos em flagrante, formadores de quadrilha, em uma visível tentativa de a PATAM/ROTAM inverter sua situação de agressora a vítima, pelo fato de um dos policiais ter sofrido cortes no braço, causados por garrafas arremessadas por pessoas de dentro de um bar, depois de estas terem recebidos tiros dos pit-policiais. O pior de tudo é que os dois (Rubens e Nazareno), se não fosse a cirurgia a que foram submetidos, seriam levados presos, como chegaram a tentar fazer com o Nazareno, mas a hemorragia da bala ainda não extraída fez que o trouxessem da seccional de polícia, lá do Chapéu-Virado, de volta ao hospital da Praia Grande. Uma vez extraída a bala, ficaria algemado à cama. Isso era o que queriam os pit-policiais. Ainda bem que isso não foi feito.
Como sempre acontece entre aqueles que se voltam para interesses coletivos, o companheirismo fala mais alto. Acionados profissionais do jurídico do PT, esse quadro nefasto está se revertendo. Os mocinhos da história não são os agressores, os rotanenses, portanto, pelo contrário. E pagarão caro, na justiça, por sua arbitrariedade e ferocidade (Rima perfeita!). Como lição, fica a antiga máxima de Lúcio Flávio Vilar Lírio, famigerado bandido dos anos de 1970, de que “polícia é polícia, bandido é bandido”, infelizmente hoje obsoleta. “Que país é este! Que país é este!”
A luta, companheiros, sempre continua! Parafraseando Brecht, peço que pensem em mim com indulgência, porque não estive lá, ao lado de vocês. É imperdoável! Escrever este texto não pode me redimir, jamais...

Selvageria em protesto no Furo das Marinha

 

Em mais uma manifestação pública pedindo melhorias para a Ilha de Mosqueiro, com enorme participação popular, fomos surpreendidos pela selvageria protagonizada pelos “trogloditas” travestidos de Policiais da ROTAM, que após descumprirem um acordo feito com as lideranças Comunitárias presentes, disparam balas nos presentes à manifestação, um movimento popular legítimo, pedindo básicamente o retorno do atendimento de Urgência/Emergência na UMS Maracajá, e várias melhorias para a comunidade do Furo das Marinhas, como transporte público, creche, iluminação Pública e também melhor atendimento para o posto de Saúde do local, terminou com várias pessoas feridas, causadas pelo descontrole do Lider da tropa, Capitão Ericles, que iniciou a série de disparos contra o povo após descumprir um acordo fechado com as lideranças em que seria aberto um dos lados da rodovia, sendo que a citada “autoridade” imtempestivamente resolveu que a rodovia teria que ser desobstruída totalmente e só de uma vez, o que gerou descontentamento dos manifestantes que esperavam a chegada já confirmada de alguma autoridade municipal digna de negociar com os presentes que já não veem no ausente Distrital “Ivanselina” (Ivan Santos agente Distrital presente no local) representatividade alguma para negociação, isto tudo ( a violência policial) não chegou a ser filmada pelos orgão de imprensa que faziam a cobertura no local, pois os mesmo já tinham ido embora, mais uma vez a opressão tentando dominar a livre manifestação popular e mais uma vez usando da violência…Até quando?

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Duciomar odiado pelo povo diz IBOPE.

José Luís Fiori: Um acordo (com o Irã) e seis verdades

Um acordo e seis verdades
José Luís Fiori, no Valor Econômico
“A mediação bem sucedida de Lula com o Irã alçaria o Brasil no cenário mundial.” O Globo, 16 de maio de 2010, p. 38.
Na terça feira, 18 de maio de 2010, foi assinado o Acordo Nuclear entre o Brasil, a Turquia e o Irã, que dispensa maiores apresentações. E como é sabido, quarenta e oito horas depois da assinatura do Acordo, os Estados Unidos propuseram ao Conselho de Segurança da ONU, uma nova rodada de sanções ao Irã, junto com a Inglaterra, França e Alemanha, e com o apoio discreto da China e da Rússia.
Apesar da rapidez dos acontecimentos, já é possível decantar algumas verdades no meio da confusão:
1) A iniciativa diplomática do Brasil e da Turquia não foi uma “rebelião da periferia”, nem foi um desafio aberto ao poder americano. Neste momento, os dois países são membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU, e desde o início contaram com o apoio e o estímulo de todos os cinco membros permanentes. Além disso, as diplomacias brasileira e turca estiveram em contato permanente com os governos desses países durante a negociação. A Turquia pertence à OTAN, e abriga em seu território armas atômicas norte-americanas. E o presidente Lula recebeu carta de estímulo do presidente Barack Obama, duas semanas antes da assinatura da visita de Lula, e a secretária de Estado norte-americana declarou – na véspera do Acordo – que se tratava da “última esperança” de solucionar de forma diplomática a “questão nuclear iraniana”.
2) O que provocou surpresa e irritação em alguns setores, portanto, não foram as negociações, nem os termos do acordo final, que já eram conhecidos. Foi o sucesso do presidente brasileiro que todos consideravam impossível ou muito improvável. Sua mediação viabilizou o acordo, e ao mesmo tempo descalçou a proposta de sanções articulada pela secretária de Estado americana depois de sucessivas concessões à Rússia e à China. E, além disso, criou uma nova realidade que já escapou ao controle dos Estados Unidos e seus aliados, e do Brasil e Turquia.
3) A reação americana contra o Acordo foi rápida e ágil, mas o preço que os Estados Unidos pagarão pela sua posição contra esta iniciativa pacifista será muito alto. Perdem autoridade moral dentro das Nações Unidas e perdem credibilidade entre seus aliados do Oriente Médio, com a exceção de Israel, por razões óbvias. E já agora, passe o que passe, o Brasil e a Turquia serão uma referência ética e pacifista, em todos os desdobramentos futuros deste contencioso.
4) Existe consenso que a estrutura de governança mundial estabelecida depois da II Guerra Mundial, e reformulada depois do fim da Guerra Fria, já não corresponde à configuração do poder mundial. Está em curso uma mudança na distribuição dos recursos do poder global, mas não se trata de um processo automático, e dependerá muito da capacidade estratégica e da ousadia dos governos envolvidos nesse processo de transformação. O Oriente Médio faz parte da zona de segurança e interesse imediato da Turquia, mas no caso do Brasil, foi a primeira vez que interveio numa negociação longe de sua zona imediata de interesse regional, envolvendo uma agenda nuclear, e todas as grandes potências do mundo. A mensagem foi clara: o Brasil quer ser uma potência global e usará sua influência para ajudar a moldar o mundo, além de suas fronteiras. E o sucesso do Acordo já consagrou uma nova posição de autonomia do Brasil, com relação aos Estados Unidos, Inglaterra e França e, também, com relação aos países do Bric.
5) O acordo seguirá sendo a melhor chance para prevenir um conflito militar em todo o Oriente Médio. As sanções em discussão são fracas, já foram diluídas, não são totalmente obrigatórias, e não atingirão a capacidade de resistência iraniana. Pelo contrário, se foram aprovadas e aplicadas, liberarão automaticamente o governo do Irã de qualquer controle ou restrição, diminuirão o controle norte-americano e da AIEA, acelerarão o programa nuclear iraniano e aumentarão a probabilidade de um ataque israelense. Porque os Estados Unidos já estão envolvidos em duas guerras, e não é provável que a OTAN assuma diretamente esta nova frente de batalha, a despeito do anti-islamismo militante, dos atuais governos de direita, da Alemanha, França e Itália.
6) Por fim, o jornal “O Globo” foi quem acertou em cheio, ao prever – com perfeita lucidez – na véspera do Acordo, que o sucesso da mediação do presidente Lula com o Irã projetaria o Brasil, definitivamente, no cenário mundial. O que de fato aconteceu, estabelecendo uma descontinuidade definitiva com relação à política externa do governo FHC, que foi, ao mesmo tempo, provinciana e deslumbrada, e submissa aos juízos e decisões estratégicas das grandes potências.
José Luís Fiori é professor titular de economia política internacional do Núcleo de Estudos Internacionais da UFRJ, e co-autor do livro “O Mito do Colapso do Poder Americano”, da Editora Record, 2008. Escreve mensalmente às quartas-feiras.