Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Bem-vindo ao blog do PT de Mosqueiro, aqui nós discutimos a organização e atuação do Partido dos Trabalhadores nas relações sociopolíticas e econômicas do Brasil e do Pará. Também debatemos temas gerais sobre política, economia, sociedade, cultura, meio ambiente, bem como temas irreverentes que ocorrem no Mundo, no Brasil, no Pará, mas em especial na "Moca". Obrigado por sua visita e volte sempre!

sábado, 27 de outubro de 2012

Edmilson e Zenaldo aparecem tecnicamente empatados

Notícias

Eleições 2012 - Pesquisas

Eleições 2012 - Pesquisas

Edmilson e Zenaldo aparecem tecnicamente empatados

Sábado, 27/10/2012, 16:17:46 - Atualizado em 27/10/2012, 16:46:10

O candidato à Prefeitura de Belém Edmilson Rodrigues (Psol) aparece com 51% dos votos válidos (excluídos bancos, nulos e indecisos) e Zenaldo Coutinho (PSDB) com 49% na pesquisa eleitoral do Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas (Ipespe), que será destaque deste domingo (28), no Diário do Pará. Os dados mostram que a disputa para o segundo turno na capital está tecnicamente empatada.

Com a margem de erro, de três pontos e meio para mais ou para menos, Edmilson oscila entre 54,5% e 47,5% e Zenaldo entre 52,5% e 45,5% nos votos válidos. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob protocolo PA 00342/2012 e ouviu 800 eleitores entre os dias 24 e 26 de outubro.

Edmilson Rodrigues aparece na frente também na pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos eleitores pelos pesquisadores, e não descartando os votos brancos, nulos e os que estão indecisos. Nas intensões de voto, o candidato do Psol aparece com 48% e o tucano com 45%. Brancos e nulos somam 3% e os que não souberam ou não opinaram são 4%.

Já na pesquisa espontânea, Edmilson aparece com 45% dos votos e Zenaldo com 43%. Nesta pesquisa, o eleitor precisa lembrar o nome do candidato.

REJEIÇÃO

Ao serem indagados sobre o candidato em que não votariam de jeito nenhum, os eleitores colocaram Zenaldo na frente, com 37%, e Edmilson em seguida, com 33%. Os que disseram que poderiam votar em qualquer um dos candidatos somaram 25%, e os que não souberam ou não responderam a essa questão somaram 5%.

(DOL, com informações do Diário do Pará)

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Vira-vira, virou! e o “língua plesa” passou o “Zeraldo”.

A COBRA TÁ FUMANDO...............

Comentário do blog: O Lula, a Dilma e os ministros do PT, mostraram que são bons de baladeira, balaram o “Zecaldo”. E haja queda, além do Zeraldo, está caindo toda a tucanha paraense (Simão priguiça, Mário “incolto” Flexa), também estão caindo “Jordyqñgostadepari”, “Jefferson L(i)ama e toda a corja da direita conservadora do Pará. O Tucano não consegue mais voar e está caindo, caindo…. e vai cair mais ainda, até se esborrachar de bico no chão no dia 28 de outubro.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Datafolha: Haddad 60% a 40%; Ibope: 57% a 43%

 

Publicado em Quinta, 25 Outubro 2012

Escrito por Jussara Seixas

    A quatro dias da eleição para prefeito da maior cidade do País, duas pesquisas coincidem em dar larga vantagem para o candidato do PT, Fernando Haddad, frente a seu adversário do PSDB, José Serra; para o Datafolha, o ex-ministro tem 60% de intenções de votos válidos, contra 40% para o ex-governador; Ibope, no mesmo quesito de votos válidos, apura dianteira de 57% para o petista contra 43% para o tucano; confirmação dos números no resultado das urnas vai consumar o mais espetacular desempenho eleitoral dos últimos tempos 24 de Outubro de 2012 às 20:06 247 – Quase simultaneamente, duas pesquisas acabam de ser divulgadas sobre a eleição para prefeito da maior cidade do País. Segundo o Instituto Datafolha, o candidato do PT, Fernando Haddad, tem 60% de intenções de votos válidos contra 40% para José Serra. O Ibope apurou, na mesma categoria de votos válidos, 57% para o petista contra 43% para o tucano. Nas apurações que incluíram eleitores que afirmaram pretender votar branco ou nulo e os indecisos, os placares ficaram assim: Datafolha: 49% para Haddad, 34% a favor de Serra; Ibope: Haddad 49%, Serra 36%. A vantagem de Haddad reflete todo o desenvolvimento da campanha neste segundo turno, após a apertada vitória de Serra no primeiro escrutínio. Enquanto o tucano optou por bater em teclas como o 'kit gay' e exibir o apoio de expressões da sociedade como o carioca Pastor Malafaia e o ex-comandante da Rota Coronel Telhada, o petista obteve o apoio do quarto colocado na eleição, Gabriel Chalita, do PMDB, e evitou ataques pessoais ao adversário. Nos primeiros levantamentos, Haddad abriu vantagem nunca inferior a dez pontos sobre Serra, despertando otimismo em seus correligionários. O tucano, enquanto isso, bateu-se internamente em divergências com seu marqueteiro Luiz Gonzales e escondeu um de seus principais apoiadores, o prefeito Gilberto Kassab. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, noutra direção, fez-se presente em muitos dos programas eleitorais de seu ex-ministro da Educação, associando-se diretamente ao resultado do pleito. Ao que dizem os levantamentos de opinião divulgados nesta quarta-feira 24, Haddad sairá vencedor por larga margem. Mas as urnas só falarão no domingo 28. Abaixo, texto do portal UOL sobre as pesquisas divulgadas nesta quarta 24: Pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas nesta quarta-feira (24) mostram vantagem deFernando Haddad (PT) na disputa do segundo turno com José Serra (PSDB) pela Prefeitura de São Paulo. O Datafolha mostra Haddad com 49% das intenções de voto, e Serra com 34%. Já o Ibope aponta o petista com 49%, contra 36% do tucano. Os institutos mediram também o desempenho dos candidatos entre os votos válidos – que é a forma como a Justiça Eleitoral divulga o resultado – e no caso da pesquisa exclui votos brancos, nulos e eleitores indecisos. Nesta simulação, Haddad aparece com 60%, e Serra, com 40% no Datafolha. No Ibope, o petista tem 57%, e o tucano 43%, dos votos válidos. A margem de erro do Datafolha é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Para o levantamento do Ibope, a margem é de três pontos. A pesquisa Datafolha também mostra que Serra ainda é o mais rejeitado na disputa, com 42% da menções. Haddad aparece com 25%. O Datafolha entrevistou 2.100 eleitores em São Paulo, entre a última terça-feira (23) e esta quarta-feira (24). A pesquisa foi registrada no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) com o número SP-01910/2012. O Ibope ouviu 1.204 eleitores entre a segunda-feira (22) e esta quarta-feira (24). A pesquisa recebeu o número SP-01912/2012 no registro do TRE-SP. Levantamentos anteriores Esta foi a terceira rodada de pesquisas divulgadas pelos institutos no segundo turno. A pesquisa Datafolha de 10 de outubro mostrou Haddad com 47% e Serra com 37%. O segundo levantamento do instituto, divulgado na última sexta-feira (19) apontou o petista com 49%, e o tucano com 32%. A primeira pesquisa Ibope, de 11 de outubro, apontou Haddad com 48%, contra 37% de Serra. No segundo levantamento do instituto, divulgado na última quarta-feira (17), o petista oscilou um ponto para cima, dentro da margem de erro, e foi a 49%, enquanto o tucano caiu quatro pontos percentuais e foi a 33%.

    Repostadodo blog da Dilma - Presidenta

    Porquê será que “ O Liberal”, Não Divulga essa pesquisa?

     

    Pesquisa do Instituto Vox Populi, feita entre os dias 23 e 24 de outubro e registrada no TSE sob o nº 00339/2012, encomendada por Delta Publicidade S. A. (jornal O Liberal), tinha data de divulgação marcada oficialmente, no Sistema de Registro de Pesquisas da Justiça Eleitoral, para ontem, mas nem tchuns, e o silêncio continua na edição de hoje. Entretanto, alguém abriu o bico e revelou que o resultado aponta 52% para Edmilson Rodrigues (PSOL) e 48% para Zenaldo Coutinho (PSDB).

    ELEIÇÕES – Zenaldo, a vanguarda do atraso

     

    O próprio perfil de Zenaldo Coutinho é revelador do seu jaez. Filho da classe média próspera, chegou a concluir o curso superior, mas ao invés de abraçar uma profissão, como a maioria dos mortais, optou por tornar-se um gigolô do erário, fazendo do proselitismo eleitoral um meio de vida. Vereador de Belém, deputado estadual, deputado federal, ele chegou aos 51 anos sem jamais ter um mísero emprego, mesmo fortuitamente. Trata-se, ao fim e ao cabo, portanto, de um vagabundo. De terno e gravata, mas apenas e tão-somente um vagabundo. Embora com um respeitável patrimônio, inimaginável, diga-se, para a maioria daqueles que ganham o pão de cada dia com o suor do próprio rosto. Não surpreende, assim, que revele-se, politicamente, um velhaco.

    Zenaldo, convém sublinhar, representa, em verdade, a vanguarda do atraso. Ele floresceu, politicamente, na esteira do assistencialismo, que fixa o homem na pobreza, ao invés de desta libertá-lo. E como é próprio da cultura patrimonialista, turbina com fartos recursos públicos um comitê de campanha, que funciona em tempo integral, travestido de entidade assistencial. Trata-se do Instituto Helena Coutinho, assim denominado em homenagem à sua falecida mãe e de cujos dividendos políticos ele é o único e exclusivo beneficiário. Nisso Zenaldo não se distingue da maioria dos políticos de perfil provinciano, compulsivamente inclinados à velhacarias, que costumam usar o eleitorado carente e pouco esclarecido como massa de manobra. A conta da esperteza parlamentar, naturalmente, vai para o contribuinte.

    ELEIÇÕES – Tentação totalitária, vício de origem

    A campanha para a Prefeitura de Belém revelou um traço algo preocupante em Zenaldo Coutinho. Apesar do esforço em se repaginar, ao tornar-se político profissional, fica claro que ele perdura refém de um vício de origem, de sua época de política universitária, quando despontou como viúva da ditadura militar, favorecido pelos excessos da esquerda radical, habitualmente hegemônica no movimento estudantil. Trata-se da tentação totalitária, para a qual resvala compulsivamente, quando confrontado com o contraditório, como evidenciam seus debates com Edmilson Rodrigues. Zenaldo chega a ser flagrantemente desrespeitoso com os eleitores quando, em freqüentes rasgos de soberba, simplesmente ignora as perguntas que lhe são inconvenientes, optando por abordar temas periféricos, à margem das indagações feitas. Se isso não é produto de uma indisfarçável empáfia, soa inevitável concluir que, por osmose, o candidato incorporou o cinismo do nefasto Dudu, o irmão-de-fé-camarada da tucanalha.

    Descontado a cota de estultícia de Orly Bezerra (foto, à esq., com o nefasto Dudu), o marketeiro-mor da tucanalha, de parca criatividade sempre que as circunstâncias exigem algo mais do que meias verdades e/ou baixarias, Zenaldo exibe uma arrogância levada ao paroxismo quando fustigado por críticas. Ele se permite, por exemplo, tentar desqualificar Edmilson Rodrigues como gestor, mas toma como agravo o adversário apresentar-se como professor de carreira, com doutorado na USP, a Universidade de São Paulo, cuja tese remete a problemas da Amazônia, o que ilustra sua familiaridade com as mazelas da região. “Não ofenda quem não pode estudar”, vociferou, no debate promovido pela TV Record. A Zenaldo soa prosaico pretender imputar responsabilidade ao adversário pelo fiasco da administração da ex-governadora petista Ana Júlia Carepa, eleita quando Edmilson já estava abrigado no PSol, mas sente-se ultrajado quando o adversário recorda que o parlamentar tucano foi um dos avalistas da eleição e da reeleição do atual prefeito, o nefasto Dudu, protagonista de uma gestão calamitosa. “Lá vem você agredir-me!”, costuma tangenciar, quando questionado por ter coonestado as tramóias do atual prefeito de Belém.

    ELEIÇÕES – Cala a boca, Magda!

    Um capítulo à parte, nas trapalhadas perpetradas por Zenaldo Coutinho, foi a gafe sobre o elenco de creches que ele pretenderia construir, na eventualidade de ser eleito prefeito de Belém. Ele inicialmente acenou com a construção de cinco creches, depois falou que construiria 10, para posteriormente trombetear que iria construir 35 creches. “Isso evidencia sua falta de conhecimento sobre o assunto”, fulminou Edmilson Rodrigues em um dos mais recentes debates entre os dois candidatos.

    O episódio foi, por assim dizer, o momento Magda de Zenaldo Coutinho, cuja extensão da gafe fatalmente remeteu ao bordão disparado contra a personagem da atriz Marisa Orth, no humorístico Sai de Baixo, levado ao ar pela TV Globo, entre 1996 e 2002, sucesso de público e de crítica. A cada sandice da mulher, bela porém inculta, Caco Antibes, personagem interpretado pelo ator, diretor e autor Miguel Falabella, disparava, impiedoso: “Cala a boca, Magda!”

    Da ficção para a realidade, a gafe, no caso de Zenaldo, soou patética. E definitivamente preocupante. Afinal, trata-se do candidato a prefeito de Belém, por um dos maiores partidos do Estado, que tem o apoio do próprio governador, também ele do PSDB. Como confiar os destinos de uma capital, que ostenta mazelas históricas e abriga uma população de 1.392.031 habitantes, segundo o Censo 2010, a uma pessoa que esgrime números levianamente, como um malabarista desastrado

    Fonte: http://novoblogdobarata.blogspot.com.br/2012/10/eleicoes-zenaldo-vanguarda-do-atraso.html

    quarta-feira, 24 de outubro de 2012

    Brasileiro desenvolve vacina experimental mais eficaz contra vírus da Aids

     

    Uma vacina com a combinação de cinco anticorpos conseguiu manter os níveis do vírus da Aids (HIV-1) abaixo dos detectáveis durante mais tempo que os tratamentos atuais, informou nesta quarta-feira (24) a revista Nature. O estudo fo feito pelo imunologista brasileiro Michel Nussenzweig, membro da Academia Americana de Ciências na Universidade Rockefeller, em Nova York.

    Ver em tamanho maior

    Imagens do mês (outubro/2012)

    Foto 69 de 69 - O imunologista brasileiro Michel Nussenzweig, radicado em Nova York, nos Estados Unidos, desenvolveu vacina experimental mais eficaz contra o vírus da Aids, segundo informou nesta quarta-feira (24) a revista Nature. O tratamento experimental é composto por cinco potentes anticorpos e foi administrado em ratos "humanizados", ou seja, cobaias que dispõem de um sistema imunológico idêntico ao humano. Nussenzweig observou que a carga viral dos ratos caiu para níveis abaixo dos detectáveis e foram mantidos assim por até 60 dias depois do término do tratamento Rockefeller University

    O tratamento experimental é composto por cinco potentes anticorpos monoclonais, idênticos entre si porque são produzidos pelo mesmo tipo de célula do sistema imunológico, e foi administrado em ratos "humanizados" - ou seja, que dispõem de um sistema imunológico idêntico ao humano, permitindo que sejam infectados com o vírus HIV. Estima-se que esta é uma fórmula que poderia evitar a infecção de novas células.

    Nussenzweig observou que, desde que foi iniciado o tratamento, a carga viral tinha caído para níveis abaixo dos detectáveis e assim se mantiveram por até 60 dias após o término do tratamento. Em seguida, o cientista brasileiro comparou resultados ao tratar ratos com uma combinação de três anticorpos monoclonais e, também, com um tratamento baseado em um único anticorpo.

    LEIA MAIS

    Ao tratar os roedores com uma vacina com três anticorpos, o HIV se manteve em níveis baixos até 40 dias após o fim do tratamento, enquanto a monoterapia só permitiu que o vírus não fosse detectado durante o tempo em que o rato estava recebendo o tratamento, cerca de duas semanas.

    "O experimento demonstrou que combinações distintas de anticorpos monoclonais são eficazes na hora de suprimir a replicação do HIV em ratos 'humanizados', por isso podem prevenir a infecção e servir para o desenvolvimento de novos tratamentos", defendeu o especialista em seu artigo.

    Na atualidade, o tratamento anti-retroviral em humanos consiste em combinar pelo menos três drogas antivirais para minimizar o surgimento de vírus mutantes resistentes aos remédios.
    No entanto, o HIV se armazena em uma espécie de "depósito" ou reservatório viral, o que faz com que a carga viral do paciente se eleve quando o tratamento farmacológico é interrompido, e o vírus volta a aparecer depois de 21 dias.
    Apesar dos resultados promissores de Nussenzweig, ainda serão necessários testes clínicos que permitam avaliar a eficácia do tratamento em humanos e medir os efeitos sobre a infecção em longo prazo.

    terça-feira, 23 de outubro de 2012

    EU SOU DO PT E VOTO EDMILSON !


    EU SOU

    DO PT E VOTO EDMILSON !

    Voto, não por que Edmilson seja perfeito, muito longe disso; não por que Edmilson esteja acima do bem ou do mal; não por que Edmilson esteja imune a críticas ou a contradições.
    Voto em Edmilson, exatamente ...
    por que Edmilson não sufoca os defeitos que lhe caracterizam, embora muitas vezes seja convidado ou instado a fazê-lo.
    Edmilson é um homem apaixonado, exagerado, intenso, arrebatador.
    Edmilson é insubmisso, inquieto, rebelde, lutador.
    Voto em Edmilson pelas razões que tanto incomodam essa nossa elite preconceituosa, egoísta e cínica.
    Edmilson é de briga, sim!
    Das boas brigas que toda grande causa exige.
    Edmilson é igual a mim e a todos que, pelo menos algum dia na vida, ousaram desafiar o poder e o sistema que oprime gentes e manipula mentes.
    Mas com quem brigamos, afinal?
    A quem tanto contrariamos?
    A quem tanto ameaçamos?
    Certamente não é ao povo trabalhador.
    Edmilson é, mais do que tudo, um pacifista, pois é pacifista todo aquele que briga por justiça e por liberdade.
    No outro extremo, por mais aparentemente belo que seja o discurso de paz e de união, quem se omite, condescende ou apoia o preconceito e a exclusão social, é, em verdade, tirano e covarde, pois não há paz sem voz e sem luta.
    Edmilson é coração, é pulsação acelerada.
    Edmilson é de verdade, não um personagem.
    Edmilson é humano, exageradamente humano, não um humanoide.
    Edmilson é um dos nossos.
    Meu voto é Edmilson!

    Não podemos deixar Mosqueiro e Belém na contramão da História, Zenaldo jamais !




    Não podemos deixar Mosqueiro e Belém  na contramão da História,
    Zenaldo jamais !

    Toda eleição é parecida: candidaturas prometendo mundos e fundos para o eleitorado.
    E, como as promessas são geralmente parecidas, muita gente tem dificuldade de distinguir quem é quem, para escolher em quem votar.

    Por isto, na hora de votar, é importante saber de que lado está o candidato: que Brasil ele defende? Que estado do Pará ele imagina? Que Belém  ele projeta? Com que tipo de mosqueiro  ele sonha?

    O Partido dos Trabalhadores joga limpo e apresenta claramente suas posições. Nós defendemos um Brasil democrático e popular. Estamos nesta batalha desde 1980. Combatemos a ditadura militar, enfrentamos o neoliberalismo de Fernando Collor e de Fernando Henrique. Denunciamos a privataria, defendemos os serviços públicos e os direitos sociais, com destaque para a Saúde e a Educação. Participamos de lutas sociais, elegemos parlamentares e governantes. Em 2002 e 2006, elegemos Lula presidente. Em 2010, elegemos Dilma.

    Com os governos Lula e Dilma, o povo passou a viver melhor. Estamos começando a mudar o Brasil, com mais crescimento econômico, empregos, salários e renda, políticas sociais, democracia, participação popular, soberania nacional e integração do Brasil a nossos vizinhos latino-americanos. Nosso projeto é claro: construir um Brasil democrático, popular e socialista.

    O projeto tucano  dentro Brasil esta em plena  decadência  . Em 2010 foi eleito Simão Jatene para governador do Pará ,  que em dois anos de governo, ele  nada fez pelo nosso povo ,pelo contrario , ganhou títulos negativos na educação ( um dos piores IDEB do Brasil ) ,na saúde  (a santa casa como manchete mundial em mortalidade infantil) e  na segurança publica (de acordo com IBGE , Belém é uma das cidades mais violentas do país  ).Tenho plena certeza que seus eleitores já se arrependeram .

    Nestas eleições de 2012  o  povo de Belém e de  Mosqueiro  não podem  errar de novo . O tucano  da hora  se chama  Zenaldo Coutinho , que fará em Belém o mesmo que Jatene faz no Pará . O projeto do PSDB    representa a contramão do desenvolvimento  que o Brasil vem passando com  Lula  e  Dilma .

     Precisamos  de um prefeito  que seja  sonhador , lutador  e revolucionário no seu tempo .Precisamos conquistar mentes e corações para que Belém cresça como o Brasil esta crescendo . Para acompanhar Dilma  , nós do PT   vamos de EDMILSON  50 .

    Só depende de nós !    

    sábado, 20 de outubro de 2012

    O desespero da mídia burguesa (e tucuna) faz o portal UOL publicar a pesquisa de intensão de votos do Datafolha para prefeito de São Paulo ‘escamoteado’ como se fosse uma pesquisa para avaliar os eleitores que votarão nulo no segundo turno. O titulo indecente da matéria do UOL foi o seguinte: “Disputa em São Paulo tem recorde de eleitores sem candidato”. Para nós do blog PT de Mosqueiro o título coerente da matéria seria: “Haddad (PT) tem 49% X Serra (PSDB) 32%”. “Caixão e vela preta” para o Serra e o PSDB em São Paulo.

    20/10/2012 - 06h30

    Disputa em São Paulo tem recorde de eleitores sem candidato (titulo indecente)

    UOL

    DE SÃO PAULO

    A dez dias do segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo, 19% dos eleitores da cidade dizem não ter candidato. O índice é o maior da história para o período.

    Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostra que 10% dos eleitores declaram voto branco ou nulo, e indecisos são outros 9%. Fernando Haddad (PT) tem 49% das intenções de voto e José Serra (PSDB) aparece com 32%.

    Na eleição anterior, faltando oito dias para a disputa entre Gilberto Kassab (então no DEM) e Marta Suplicy (PT), os que declaravam votar branco, nulo ou diziam estar indecisos eram 10% no total.

    O índice mais próximo do atual ocorreu em 2000, quando, a nove dias do segundo turno, 15% dos eleitores afirmavam que não votariam nem em Marta Suplicy (PT) nem em Paulo Maluf (PPB).

    Neste ano, a votação no primeiro turno já deu sinais do desgaste da polarização PT x PSDB com o eleitorado paulistano, o que ajuda a explicar os números de paulistanos sem candidato.

    Apesar de Haddad e Serra terem ido para o segundo turno, a disputa foi liderada por Celso Russomanno, do nanico PRB, até a reta final.

    Além disso, o tucano e o petista receberam juntos os votos de 42% de todos os eleitores paulistanos, menor índice da história. O número de paulistanos que se absteve ou não votou em nenhum dos candidatos no 1º turno também foi recorde desde 96 --28,9% do eleitorado.

    O descontentamento coincide uma campanha dominada por ataques diretos entre os candidatos, que ocuparam boa parte dos programas de TV e dos debates.

    Editoria de arte/Folhapress

    CRONÔMETRO

    Apesar de o primeiro debate do segundo turno, realizado anteontem, não ter sido marcado por ataques pessoais, os dois candidatos dedicaram mais tempo a criticar realizações do adversário do que a fazer propostas para a próxima administração.

    Os dados são de levantamento feito pelo pesquisador Felipe Borba, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a pedido da Folha.

    Segundo o estudo, os dois candidatos investiram 52% do tempo do debate em críticas ao adversário, a suas propostas ou a suas realizações.

    O levantamento traz ainda outra divisão, que mostra o tempo dedicado a políticas públicas ou a construção da imagem do candidato sem referências diretas à administração -- menções a biografia ou aliados, por exemplo.

    De acordo com o levantamento, prevaleceu o tempo dedicado às políticas públicas (79,8% do total). Ainda assim, a maior parte dele foi consagrada à discussão do passado, que ocupou 53,9% do tempo, e não a propostas para a próxima administração, tratadas em 31,1% do tempo, segundo o estudo.

    O primeiro bloco com perguntas diretas entre os dois foi exemplo disso: a primeira proposta para a futura gestão só apareceu na quarta e última pergunta do bloco, quando Haddad disse que traria o Minha Casa Minha Vida para São Paulo. Serra não fez nenhuma proposição.

    Entre os temas discutidos, educação e saúde foram os mais abordados: consumiram 65,2% do tempo dedicado às propostas. Pelas regras, cada candidato falou por 31 minutos e 30 segundos.

    Consumismo ou investimento: qual a melhor estratégia?

    Colunistas| 18/10/2012

    DEBATE ABERTO

    Carta Maior

    A diferença de comportamento do Brasil e da China quanto à conduta perante a crise financeira internacional ilustra bem as distintas estratégias a respeito de modelos de crescimento e desenvolvimento econômicos. O Brasil parece ter engatinhado ao longo das últimas décadas, enquanto a China alcançou níveis até então inimagináveis de crescimento de seu PIB.

    Paulo KliassA diferença de comportamento do Brasil e da China quanto à conduta perante a crise financeira internacional ilustra bem as distintas estratégias a respeito de modelos de crescimento e desenvolvimento econômicos. Desnecessário ressaltar que nem todas as estratégias são possíveis, em especial na comparação entre países tão distintos. De qualquer forma, o Brasil parece ter engatinhado ao longo das últimas décadas, enquanto a China alcançou níveis até então inimagináveis de crescimento de seu PIB.
    Se tomarmos o início dos anos 1980 como base de comparação, a economia chinesa cresceu a uma taxa média anual de 10%. Assim, caso seu PIB fosse igual a hipotéticos $100 em 1980, hoje seria equivalente a $2.100. Ou seja, o valor do produto foi multiplicado por 21 ao longo dos 32 anos. Já a economia brasileira conheceu um crescimento médio anual em torno de 3%. Portanto, caso seu PIB fosse também igual aos mesmos hipotéticos $100 lá em 1980, hoje seria equivalente a $257 - um crescimento de apenas 2,5 vezes ao longo do mesmo período. Essa simulação nos informa que a economia chinesa cresceu mais de 8 vezes do que a economia a economia brasileira.
    Esse diferencial de taxa de crescimento está na base da explicação das distintas posições relativas ocupadas pelos 2 países na lista de países por ordem de magnitude PIB. Em 1982, por exemplo, o Brasil era a oitava economia e a China aparecia como a décima-primeira do mundo. Hoje, a China é a segunda economia (atrás apenas dos Estados Unidos), enquanto o Brasil ocupa a sexta posição.
    Crescimento do PIB e seus componentes
    No entanto, para além da simples taxa de crescimento do PIB de um país, é importante que se verifiquem outros atributos. E não vamos aqui nem introduzir a crítica a respeito da metodologia de cálculo do Produto Interno e nem as necessárias ponderações para os elementos de desenvolvimento humano, desigualdade entre setores da sociedade, concentração de renda e sustentabilidade sócio-ambiental do modelo. Trata-se tão somente de analisar quais são os chamados “componentes” do PIB que estão sendo os mais dinâmicos e responsáveis pelo crescimento atingido.
    Uma primeira maneira de efetuar tal análise é verificar se o estímulo à atividade econômica está se realizando mais pelo lado do consumo de bens e serviços ou pelo aumento dos níveis de investimento do país. Outro recorte possível é comparar o crescimento geral da economia entre os diferentes segmentos da atividade, segundo mercadorias importadas ou produzidas internamente. Também é interessante verificar o que ocorre de acordo com a tradicional divisão de setores: i) primário (agricultura e recursos minerais); ii) secundário (indústria); e iii) terciário (comércio e serviços).
    No caso específico desse artigo, a intenção é verificar as diferenças entre a opção de puxar o crescimento pelo lado do estímulo ao consumo, em sua comparação com o incentivo às atividades vinculadas ao aumento do investimento. E aqui também sob essa perspectiva, nota-se uma grande diferença entre os modelos adotados pelo Brasil e pela China. Ao longo dos últimos anos, a China tem apresentado uma elevada participação do investimento no total do PIB. Assim, a chamada “taxa de investimento” do gigante asiático tem apresentado a impressionante média de 48%. O caso brasileiro é bastante distinto: nossa participação do total de investimento no Produto revela uma média histórica recente de apenas 18%.
    Os limites do modelo lastreado no consumismo
    Ora, essa discrepância entre as duas medidas é a expressão de duas estratégias diferentes para orientar o crescimento e o desenvolvimento econômicos. A sustentação de algum modelo de crescimento no tempo exige algumas pré-condições básicas. E vejam que nem se trata de algo mais sofisticado, do tipo incluir um desenvolvimento social e ambientalmente sustentável. Não, imagine apenas um padrão de crescimento que se mantenha por um determinado período, em um arranjo econômico minimamente equilibrado. Desse ponto de vista, a opção por um modelo baseado essencialmente no consumo não se apresenta como estratégia viável ou coerente a longo prazo. Isso porque essa alternativa (a prioridade ao consumo) implica a dependência de manter e elevar a participação dos produtos importados no total dos bens consumidos. Essa tendência se deve ao fato de que o conjunto de bens de capital e infra-estrutura existente em um país sofre permanente processo de depreciação e necessita contínua substituição, acompanhada de um aumento da capacidade instalada em novos patamares tecnológicos.
    Caso não se mantenha um ritmo adequado (que varia segundo a formação social e o momento histórico considerados) dos investimentos, o desequilíbrio em favor de um viés consumista termina por comprometer o modelo logo ali na frente. De que adianta estimular o consumo frenético de automóveis se a indústria automobilística não investe em parques mais modernos, com tecnologia de ponta? Ou se o país não oferece uma infra-estrutura urbana ou de rodovias compatível? Ou se o conjunto do sistema educacional e de ciência & tecnologia não pesquisa alternativas de modelos de transporte que representem a substituição dessa opção que já se apresenta como inviável nos dias de hoje?
    Saindo de um foco setorial e pensando no conjunto da economia, a incapacidade de oferecer investimentos em infra-estrutura implica o risco de o país bater nos chamados “gargalos” de transportes, comunicações, energia. Isso sem mencionar os problemas derivados das deficiências nas áreas sociais, como saúde, educação, previdência social e ciência e tecnologia. O estímulo focado no exagero do consumismo concentra os recursos financeiros, monetários e creditícios apenas na ponta do modelo: a compra final de bens e serviços. Com isso, as necessidades de elevar a capacidade de investimento para trás (na escala produtiva) e para frente (no tempo) ficam comprometidas. Dessa forma, em algum momento o conjunto dos atores econômicos sentirá a carência de infra-estrutura, com problemas de risco de “apagão”, aumento de custos por atraso tecnológico e perda de competitividade por eficiência nas redes de suporte à atividade produtiva.
    Dificuldades em sair do consumismo e avançar no investimento
    Ora, mas então, se é reconhecida essa necessidade de harmonizar o investimento com o consumo, por que os países não conseguem lograr uma situação de equilíbrio e segurança nesse quesito? Justamente pelo fato de que a economia não é uma ciência exata e que seus elementos fundadores são determinados na luta política e na disputa de interesses dos agentes econômicos. Os analistas liberais mais fundamentalistas ainda acreditam que tudo isso deve ser deixado à livre acomodação das forças de oferta e demanda – a velha crença nos super-poderes do mercado. Já os liberais mais pragmáticos, em especial nos momentos de crise, acreditam ser mais inteligente chamar o Estado a dar sua contribuição como agente regulador e regulamentador nesse quesito, de maneira a assegurar que a infra-estrutura necessária seja efetivamente viabilizada. Mas de toda a maneira, o fato é que os recursos de investimento precisam aparecer, eles devem estar disponíveis para se concretizar na ampliação da capacidade produtiva e econômica do país.
    No caso brasileiro, vira e mexe surge a polêmica a respeito da nossa suposta baixa capacidade de poupança. E essa constatação vem associada à idéia de que haveria uma precedência cronológica da poupança em relação ao investimento. O ponto é que para uma parcela importante dos economistas, não faz sentido raciocinar para o fenômeno macro-econômico da maneira como pensamos para o comportamento dos indivíduos ou das famílias. O senso comum e os comentaristas das colunas “suas finanças” dos grandes meios de comunicação insistem na tecla de que é necessário poupar antes para que esse recurso se transforme em investimento. Mas para a escala de um país, as variáveis operam segundo outra lógica e obedecem a outra dinâmica. O importante é tomar a decisão de investir, pois a partir desse momento a complexidade de relações entre a economia e a sociedade termina por criar as condições para drenar recursos para o investimento agregado.
    A dificuldade tupiniquim nesse quesito sempre esteve mais associada ao estímulo ao financismo e à carência crônica de necessidades básicas por parte da maioria da população. Dessa forma, os recursos disponíveis para aumentar o nível de investimento eram drenados para a atividade parasita do circuito financeiro, em busca da remuneração elevada no curto prazo. E esse modelo era assegurado pelo próprio governo, por meio da política monetária de juros oficiais estratosféricos. Na outra ponta, a profunda desigualdade de renda e o nível de sobrevivência a que historicamente esteve submetida a grande maioria de nosso povo não contribuíam para uma mentalidade poupadora no plano individual ou familiar. Finalmente, as décadas de convivência com elevadas taxas de inflação e as experiências negativas com os planos de estabilização econômica anteriores ao Plano Real colaboraram também para a baixa credibilidade dos mecanismos de poupança de longo prazo.
    A importância de se elevar a taxa de investimento
    A intenção não é que se adote o modelo chinês como referência. Inclusive porque ele apresenta um conjunto de problemas, a exemplo da manutenção de uma taxa de investimento em relação ao PIB muito elevada, talvez até mesmo em excesso. Sim, pois por mais contraditório que possa parecer, essa condição não é a melhor para um país no longo prazo. Para a China, num primeiro momento, foi importante manter taxas de investimento do PIB em torno de 50%. Foi o instrumento encontrado para conseguir recuperar o “atraso” em relação às grandes potências e dar o grande salto à frente – transitar do modelo baseado na agricultura e avançar rumo à industrialização. Porém, a continuidade desse tipo de repartição entre investimento e consumo pode criar um fenômeno associado à baixa utilização da capacidade instalada. Naquele país, como investimento em infra-estrutura ainda é capitaneado pelo Estado, esse problema não adquire as repercussões de um modelo em que os parques de transportes, comunicações e energia sejam operados ou de propriedade do setor privado. No caso, uma eventual baixa na taxa de retorno esperado, pode significar redução na oferta de infra-estrutura. E isso sinaliza uma porta de entrada para uma conjuntura de recessão.
    Assim, toda a ciência e a arte estão em encontrar pontos mais adequados para a taxa de investimento em relação ao PIB. No nosso caso, com certeza algo bem acima da média histórica dos 18%, sem precisar chegar no exagero chinês dos 50%. Mas de qualquer, a contribuição do Estado é fundamental para se alcançar esse elevação tão necessária, por meio das políticas públicas e do estímulo às atividades umbilicalmente ligadas ao investimento. Esperar tão somente pelo “espírito animal” do empresariado não tem se revelado como estratégia eficiente para alcançar essa meta.

    Paulo Kliass é Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, carreira do governo federal e doutor em Economia pela Universidade de Paris 10.

    Por que a Europa do euro afunda na crise que ela própria alimenta

    A Europa do euro, pela ideologia de seus dirigentes e por sua institucionalidade, mergulhou nas tramas de um oximoro: com a decisão do BCE, ela pode ter uma maior capacidade de gasto público, sim, mas desde que não use essa capacidade do lado fiscal, já que tem que reduzir o déficit e a dívida pública. Enquanto isso, a demanda continua estagnada, o desemprego se eleva às nuvens – 13% em média, 25% na Espanha e na Grécia, 50% entre jovens, contração na maioria dos países e queda da taxa de crescimento até na Alemanha. O artigo é de J. Carlos de Assis.

    J. Carlos de Assis (*)

    Qualquer pessoa com nível razoável de reflexão é capaz de entender a essência da crise financeira mundial que se concentra, sobretudo, nos países mais ricos do mundo, e principalmente na área do euro. Entretanto, essa percepção fica comprometida por um bombardeio ideológico de mídia que se manifesta ora pela distorção dos fatos ora pela manipulação de conceitos econômicos tendo em vista a defesa de interesses específicos de grupos. Vejamos como isso tem funcionado.
    A crise originou-se de uma bacanal especulativa nos Estados Unidos e na Europa pela qual trilhões de dólares emprestados e rolados no mercado virtual de tomadores essencialmente insolventes revelaram-se impagáveis. Diante da quebra iminente, o Governo norte-americano, isto é, o Tesouro e o Fed intervieram no mercado para salvar os bancos ilíquidos. A crise financeira privada migrou para a Europa, forçando os governos locais a também intervirem para salvar os bancos.
    A contrapartida do socorro aos bancos foi a absorção das suas dívidas pelos governos. No caso norte-americano, o Fed e o Tesouro atuaram conjuntamente, no primeiro caso através de trilhões de dólares de empréstimos de liquidez, e no segundo através de um programa especial (TARF) adotado ainda no Governo Bush, da ordem de 700 bilhões. Além disso, no caso americano, já no Governo Obama aprovou-se um programa adicional de 767 bilhões de dólares de estímulos fiscais, que em parte funcionou.
    Disso tudo resultou um aumento vertiginoso do déficit e da dívida pública norte-americana, esta alcançando cerca de 90% do PIB. Não é uma dívida nada extraordinária, considerando-se o tamanho da recessão e do desemprego. Contudo, é uma dívida muito grande para o Partido Republicano. Tendo este último ganhado as eleições para a Câmara em 2009, tratou imediatamente de bloquear no Congresso um novo programa de estímulo proposto por Obama em 2010 de 400 bilhões de dólares.
    Portanto, os Estados Unidos poderiam ter perfeitamente insistido no programa de recuperação não fosse a postura fundamentalmente ideológica republicana. Isso teria custado alguns pontos percentuais adicionais da dívida pública, os quais seriam provavelmente recuperados com uma aceleração do crescimento e da receita pública, como acontece em todos os ciclos de crises. Afinal, a despeito do valor absoluto da dívida, o país continua financiando-a a taxas extremamente baixas (3,5%). De qualquer modo, é preciso esperar o resultado das eleições para especular sobre qual destino os Estados Unidos escolherão levando boa parte do mundo consigo.
    Na área do euro a situação tornou-se bem mais complexa. Os governos, para salvar os bancos, tiveram de levar a níveis recordes o déficit e a dívida pública. O que surgiu como crise financeira devida à pornográfica especulação foi transformada em crise fiscal pelos governos neoliberais. Assim mesmo, teria sido possível enfrentar a crise mediante um programa de estímulo fiscal caso esses governos, justamente por serem neoliberais, não estivessem obcecados pela idéia de cortar o déficit e a dívida.
    E aqui não se trata apenas de ideologia, mas da institucionalidade européia estabelecida a partir da ideologia neoliberal. A Europa do euro criou um Banco Central independente (BCE) que se subordina aos mercados privados, não aos governos. Quando um governo, digamos, a Espanha, decide captar empréstimos, aumentando a dívida pública, fica exclusivamente em mãos do mercado financeiro, que exige a taxa de juros que quiser. Diferentemente do Fed americano, que irriga o mercado de moeda para facilitar a colocação desses títulos a taxas mais baixas, o BCE mantém rígida a oferta monetária, não prestando qualquer ajuda aos governos.
    Mais recentemente, Mario Draghi, o presidente do BCE, anunciou a disposição do banco de adquirir títulos dos governos em dificuldade de forma ilimitada desde que subordinem sua política fiscal a programas de austeridade. Isso ajuda muito pouco. É que a compra será no mercado secundário, criando grande conforto para os investidores, mas não liberando dinheiro diretamente para os governos A hipótese é que os donos privados dos títulos no mercado secundário vendam esses títulos ao BCE criando espaço para a compra de títulos novos emitidos pelos governos. Contudo, atenção: os governos não poderão fazer gastos novos financiados por esses títulos porque estarão limitados pelo programa de austeridade.
    Assim, a Europa do euro, pela ideologia de seus dirigentes e por sua institucionalidade, mergulhou nas tramas de um oximoro: com a decisão do BCE, ela pode ter uma maior capacidade de gasto público, sim, mas desde que não use essa capacidade do lado fiscal, já que tem que reduzir o déficit e a dívida pública. Enquanto isso, a demanda continua estagnada, o desemprego se eleva às nuvens – 13% em média, 25% na Espanha e na Grécia, 50% entre jovens, contração na maioria dos paises e queda da taxa de crescimento até na orgulhosa Alemanha, que tem feito tudo para matar o seu mercado impondo-lhe políticas restritivas do gasto público!
    (*) Economista, professor de Economia Internacional da UEPB, autor, entre outros livros, do recém-lançado “A Razão de Deus”, pela editora Civilização Brasileira. Esta coluna sai também nos sites Brasilianas e Rumos do Brasil, e, às terças, no jornal carioca “Monitor Mercantil”.

    ELEIÇÕES – Zenaldo, um Dudu sem prontuário

     

    Às vezes voluntarioso demais, ou autocrático em excesso, ou ainda auto-suficiente para além do limite que recomenda a prudência, sob certa perspectiva o deputado estadual Edmilson Rodrigues, do PSol, possivelmente não é o candidato dos sonhos para a Prefeitura de Belém. Mas inegavelmente ele desponta como a alternativa mais palatável, diante do cenário sob o qual se desenrola a sucessão do prefeito Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, um subproduto do laboratório de despautérios da tucanalha, a banda podre da tucanagem. Tucanalha de volta ao poder no Pará, com a eleição em 2010 do governador Simão Jatene, o Simão Preguiça, e que agora, repaginada, tenta manter-se na prefeitura da capital, dessa vez dispensando intermediários. Não por acaso a campanha do deputado federal Zenaldo Coutinho (foto, à dir., com o radialista Jefferson Lima), o candidato tucano na sucessão municipal, poupa o nefasto Dudu, a pretexto de uma postura supostamente propositiva, mas dele tenta se descolar, como se o PSDB não estivesse comprometido com uma das mais corruptas administrações da história de Belém.

    A diferença entre Zenaldo Coutinho e Duciomar Costa, em verdade, é de grau, não de nível. O candidato da hora da tucanalha desponta como uma versão sofisticada do nefasto Dudu e, por isso mesmo, soa bem mais periculoso. Filho de classe média, por suas próprias origens sociais o candidato tucano pode exibir predicados que faltam ao atual prefeito. Como capitalizar as eventuais vantagens por dispor do superior completo; manter um discurso infinitamente mais articulado e, por via de conseqüência, mais convincente; e ter aquela dose mínima de refinamento social, que fazem dele um interlocutor agradável. São qualidades cuja combinação acabaram por torná-lo um mestre na arte da dissimulação, da qual agora tanto se vale, apresentando-se como um agente das mudanças que Belém tanto reclama, com um cinismo capaz de corar anêmico, porque coonestou, com um silêncio cúmplice, os despautérios do nefasto Dudu.

    ELEIÇÕES – O vagabundo de terno e gravata

    Nada mais emblemático do engodo representado por sua candidatura que a constatação de que Zenaldo Coutinho jamais teve um emprego, um mísero emprego que seja, tal qual todos nós, pobres mortais. Vereador de Belém, deputado estadual e deputado federal, o candidato do PSDB a prefeito de Belém, hoje com 51 anos, acaba por ser, ao fim e ao cabo, apenas um vagabundo. De terno e gravata, mas apenas e tão-somente um vagabundo. Jamais, nem furtivamente, ele soube o que fosse comprar o pão nosso de cada dia com o suor do próprio rosto. Suar a camisa, para ele, perdura sendo apenas uma imagem, uma metáfora recorrente, útil para iludir os eleitores incautos.

    Como confiar a um gigolô do erário, que vive da política, a administração de uma cidade como Belém, que padece de mazelas históricas e exibe uma população de 1.392.031, segundo o Censo 2010? Uma população, diga-se, já penalizada até a exaustão, nos últimos oito anos, pelo atual prefeito, Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, que a tucanalha, da qual faz parte Zenaldo Coutinho, tornou senador em 2002 e posteriormente, por dois mandatos consecutivos, em 2004 e 2008, prefeito de Belém. Protagonista de uma gestão calamitosa, pontuada por denúncias de corrupção, a despeito disso o nefasto Dudu jamais foi criticado publicamente pela tucanalha, por se tratar de um subproduto dela. Tanto quanto o próprio Zenaldo Coutinho.

    Fonte: Blog do Barata: http://novoblogdobarata.blogspot.com.br/2012/10/eleicoes-zenaldo-um-dudu-sem-prontuario.html

    quinta-feira, 18 de outubro de 2012

    ESCÁRNIO

     

    A maior  rede  de televisão do país contrata uma pesquisa sobre a disputa eleitoral em São Paulo; omite o resultado esfericamente desfavorável a seu candidato no telejornal de maior audiência. O relator de um julgamento polêmico contra o maior partido de esquerda da América Latina estabelece um calendário desfrutável e acopla os trabalhos ao processo eleitoral em curso; na véspera do primeiro turno oferece as cabeças de algumas das principais lideranças partidárias à boca de urna conservadora; agora, alega  consulta médica  --na Alemanha--  para acelerar  o anúncio das penas,  48 horas antes do voto no 2º turno. O candidato do conservadorismo em baixa nas pesquisas   age com deselegância contra jornalistas, dispara ofensas no ar e boicota desairosamente os que não seguem a pauta de sua conveniência. Os editoriais e colunistas da indignação seletiva emudecem miseravelmente. (LEIA MAIS AQUI)

    (Carta Maior; 5ª feira/18/10/2012)

    quarta-feira, 17 de outubro de 2012

    PT divulga resolução política aprovada pelo Diretório Nacional

    11 de outubro de 2012

    Leia abaixo documento na íntegra:

    RESOLUÇÃO POLÍTICA DO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT

    O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunido no dia 10 de outubro de 2012, aprova a seguinte resolução:

    No dia 7 de outubro, o povo brasileiro compareceu às urnas, para eleger prefeitos e vereadores de cada um dos 5.567 municípios brasileiros. Em 50 municípios, haverá segundo turno no dia 28 de outubro.

    O PT foi o partido mais votado, com 17,2 milhões de votos. Elegemos já no primeiro turno 626 prefeitos e prefeitas, entre os quais 13 em cidades com mais de 150 mil eleitores. Ampliamos nossa presença nos legislativos municipais. Petistas disputam o segundo turno em 22 cidades, entre as quais São Paulo.

    Agradecemos a cada brasileiro e a cada brasileira que nos confiou seu voto, seja onde fomos escolhidos para governar e legislar, seja onde nos foi atribuído o papel de oposição.
    Nosso desempenho eleitoral foi resultado de uma combinação de fatores: a criatividade e pertinência das propostas que apresentamos para resolver os problemas de cada município; o exemplo globalmente exitoso de nossos governos municipais, estaduais e federal; o prestígio de nossas candidaturas e lideranças, com destaque para Lula e Dilma; nossa capacidade de construir alianças sociais e políticas, tendo como referência a base de apoio de nosso governo federal; e, como fator principal, destacamos a animação, a persistência e a combatividade da militância petista, milhões de homens e mulheres que, em seus locais de residência, estudo, trabalho e lazer, sustentaram com convicção as bandeiras do PT.

    Nosso desempenho nas eleições municipais ganha ainda maior significado, quando temos em contaque ele foi obtido em meio a uma intensa campanha, promovida pela oposição de direita e seus aliados na mídia, cujo objetivo explícito é criminalizar o PT. Não é a primeira, nem será a última vez, que os setores conservadores demonstram sua intolerância; sua falta de vocação democrática; sua hipocrisia, os dois pesos e medidas com que abordam temas como a liberdade de comunicação, o financiamento das campanhas eleitorais, o funcionamento do Judiciário; sua incapacidade de conviver com a organização independente da classe trabalhadora brasileira. Mas a voz do povo suplantou quem vaticinava a destruição do Partido dos Trabalhadores.

    O voto popular trouxe valiosos ensinamentos ao PT, que devem ser debatidos e incorporados pornossa militância, inclusive para garantir um desempenho vitorioso no segundo turno. Sem nunca perder de vista o caráter local das eleições, daremos prosseguimento ao debate entre diferentes projetos nacionais, a defesa de nossas administrações, a começar pelos governos Lula e Dilma, bem como a defesa de nosso Partido. Aos ataques e manipulações, contraporemos a defesa enfática de nosso projeto estratégico.

    O desempenho do PT no primeiro turno das eleições municipais brasileiras, assim como a vitória do Grande Polo Patriótico nas eleições presidenciais venezuelanas igualmente realizadas no dia 7 de outubro, confirmam a força da esquerda democrática, popular e socialista latinoamericana e caribenha. Ampliar nossa vitória no segundo turno, inclusive conquistando o voto dos milhões de brasileiros que se abstiveram, votaram branco ou nulo, constitui uma garantia a mais de que o Brasil continuará no rumo certo, de paz, integração, bem estar social e desenvolvimento.

    Conclamamos o conjunto do Partido, cada um dos nossos filiados, militantes sociais, parlamentares e governantes, a dedicar cada momento dos próximos dias à batalha do segundo turno. O futuro do Brasil e o bem-estar do povo valem o esforço.

    Viva o povo brasileiro, viva o PT!

    São Paulo, 10 de outubro de 2012.

    Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores

    A riqueza esquecida

    17/10/2012 - 10h24

    por Redação da The Economist

    s32 A riqueza esquecida

    Espinha dorsal da produção global de metal, minério de ferro é deixado de lado. Foto: Reprodução

    A commodity mais importante depois do petróleo merece mais atenção.

    O desenvolvimento de um processo que transforma um metal bruto em aço merece um lugar elevado na lista das conquistas mais engenhosas da humanidade. O metal fornece a espinha dorsal de arranha-céus, pontes e autoestradas, e a carapaça de componentes internos de carros, geladeiras e máquinas de lavar. Dada a onipresença do aço – responsável por 95% da produção global de metal – o minério de ferro (sua matéria prima) atrai uma atenção estranhamente pequena.

    O comércio exterior do minério de ferro faz com que este seja o segundo maior mercado do mundo em termos de valor. Cerca de 2 bilhões de toneladas do material serão extraídas em 2012. As oscilações de preço dos últimos meses dizem muito sobre a economia mundial, assim como sobre o estado febril dos mercados de commodities globais. Entre junho e setembro, os preços spot do minério de ferro caíram de cerca de US$ 140 a tonelada para aproximadamente US$ 85, o preço mais baixo em três anos e bem distante do recorde de US$ 190 por tonelada estabelecido em fevereiro de 2011. Os preços se recuperaram um pouco desde então, se estabilizando em torno de US$ 100 por tonelada. Caso o mesmo tivesse acontecido com petróleo, discussões intermináveis estariam acontecendo.

    O minério de ferro não tem a influência do petróleo por diversas razões. O mercado é menor e vale menos que um décimo dos U$$ 3 trilhões movimentados pelo comércio de petróleo cru no ano passado. Diferentemente do petróleo, o ferro é abundante – o minério compõe 5% da crosta terrestre. A dificuldade é encontrá-lo em concentrações suficientemente altas e prospectar por entre milhões de toneladas de terra. O mercado do minério de ferro também é em grande medida um mercado físico; a habilidade de fazer grandes apostas especulativas em petróleo gera muito mais interesse sobre a direção dos preços.

    No longo prazo, a demanda agregada por minério de ferro crescerá conforme avançar a marcha chinesa rumo à urbanização. A demanda no mundo rico pode estar caindo, mas a Wood Mackenzie, uma consultoria, afirma que o consumo não atingirá o máximo na China até 2026.

    Os custos dispararam: a oferta de homens e máquinas  é escassa, e as reservas mais abundantes estão ficando mais difíceis de serem exploradas. As melhores partes do oeste australiano já estão sendo exploradas. A África se torna cada vez mais acolhedora, mas tem muitas armadilhas. O Brasil é complicado para forasteiros – novas minas anglo-americanas no país estão sendo imobilizadas pela burocracia. Pesadelos logísticos em locais pouco acolhedores tiraram a Índia da lista. Então se até a margem está sendo demandada, pode ser que não haja um excesso de oferta. Uma era de preços voláteis pode ser esperada.

    * Publicado originalmente na The Economist e retirado do site Opinião e Notícia.

    (Opinião e Notícia)

    Censo 2010: Nordeste apresenta maior avanço em saneamento básico

    Por: Redação da Rede Brasil Atual

    Publicado em 17/10/2012, 11:55

    São Paulo – A região Nordeste foi a que mais apresentou desenvolvimento na prestação dos serviços de água e saneamento na última década. Segundo dados do Censo Demográfico 2010 divulgados hoje (17) pelo IBGE, o abastecimento de água por rede geral passou de pouco menos de 60% em 2000 para 76,3% em 2010. Frente a 1991, quando o nível era de 52,8%, o avanço é de 23,5 pontos percentuais.

    A região foi também a que apresentou maior avanço no que diz respeito à proporção de domicílios com esgotamento sanitário adequado. Em 1991, 24,2% dos domicílios nordestinos se encaixavam neste perfil, passando a 45,4% em 2010. Para o IBGE, porém, persistem grandes desigualdades regionais neste sentido, faltando “um longo caminho” para atingir “índices satisfatórios”.

    No geral, quase 70% dos domicílios brasileiros têm acesso à rede de esgoto ou contam com fossa séptica. No Sudeste este índice se aproxima de 90%, contra 32,9% da região Norte, que, por sinal, recuou quase quatro pontos em uma década.

    Os estados do Norte são os que apresentam indicadores mais preocupantes no geral. Apenas 16,3% dos domicílios naquela região apresentam condições adequadas de saneamento básico, contra 52,% na média nacional, 68,9% no Sul e 59,35% no Sudeste. Neste sentido, persiste a desigualdade por cor. 63% dos brancos vivem em domicílios considerados adequados, contra 45,9% dos pretos, de acordo com a nomenclatura do IBGE, e 41,2% dos pardos

    O maior salto do Norte se deu na coleta de lixo, passando de 36,9% dos domicílios atendidos em 2000 para 74,4% uma década depois. No Nordeste, o índice pulou de 41,6% para 75%. No Sudeste, a prestação deste serviço chega a 95% dos domicílios recenseados.

    O fornecimento de energia elétrica é o serviço público mais abrangente do país. A quase totalidade das casas no Sul (99,3%) e no Sudeste (99%) estão abastecidas, mas, novamente, o maior avanço foi registrado no Nordeste, que cresceu 25,2 pontos em uma década e chegou a 96,9% de cobertura. No Norte, o aumento foi de 22,3 pontos, atingindo 89,3% dos domicílios.

    Um dos quesitos levados em conta pelo IBGE para medir o bem-estar, a densidade de moradores dentro de uma casa apresentou melhora expressiva. O instituto considera que o adequado é uma proporção de dois moradores por dormitório. Este padrão cresceu de 62,9% em 1991 para 81,9% em 2010. Mas, novamente, persistem diferenças regionais. No Sul, 90,1% dos domicílios se encaixam na definição oficial de moradia adequada, contra 66,2% no Norte.

    Bens de consumo

    O aumento do poder de compra do brasileiro se reflete nos dados apresentados pelo Censo 2010. Mais pessoas passaram a contar com automóvel, geladeira, máquina de lavar roupa e televisão. Pouco mais da metade dos brasileiros que vivem em domicílios considerados adequados contam com computador, e a maioria deles tem acesso à internet.

    A explosão na venda de celulares se refletiu em um número menor de telefones fixos, presentes agora em 57,4% dos domicílios adequados, quase cinco pontos a menos que em 2000. Dos 57,3 milhões de lares recenseados, 47,6 milhões contam com ao menos um aparelho de telefonia móvel.

    O IBGE chama a atenção para o crescimento no número de motos. Entre os que vivem em domicílios inadequados, houve uma queda de 20% no número de automóveis, o que pode ser explicado pelo acesso facilitado à compra de veículos de duas rodas. As motocicletas estão presentes em 22,5% dos lares nesta situação.

    Haddad abre mais oito pontos e tem agora 20 de vantagem sobre Serra

    Política

    Por: Redação da Rede Brasil Atual

    Publicado em 17/10/2012, 19:10

    Haddad abre mais oito pontos e tem agora 20 de vantagem sobre Serra

    Nos votos totais, candidato do PT avançou um ponto e tucano perdeu quatro; nos válidos, contagem mostra 60% a 40% (Foto: Paulo Pinto/Campanha Haddad)

    São Paulo – Pesquisa Ibope divulgada hoje (17) pela Rede Globo mostra que o candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, abriu mais oito pontos de vantagem sobre José Serra (PSDB). Agora, a diferença entre os dois é de 20 pontos, 60% a 40%, se considerados apenas os votos válidos.

    Levando em conta os votos totais, Haddad avançou um ponto, de 48% para 49%, e Serra caiu de 37% para 33%. Parte dos que antes desejavam votar nele avalia agora a possibilidade de votar em branco ou nulo – são 13%, ante 9% na semana passada, enquanto 5% ainda não sabem em quem votar.

    O Ibope ouviu 1.204 eleitores entre segunda (15) e hoje. A margem de erro é de três pontos percentuais.

    Nada como um dia após o outro…!?

    PSOL recebe apoios do DEM e do PSDB em Macapá

    Por: Samir Oliveira, do Sul21

    Publicado em 16/10/2012,

    Porto Alegre – Nas eleições municipais deste ano, o PSOL conquistou sua primeira prefeitura no país, em Itaocara, no Rio de Janeiro, e está disputando o segundo turno em duas capitais: Belém (PA) e Macapá (AP). Entretanto, o crescimento do partido em termos de viabilidade eleitoral pode estar vindo junto com outro fenômeno: uma distensão em sua política de alianças.

    No ano passado, o Congresso Nacional do PSOL admitiu a possibilidade de serem feitas alianças para além da Frente de Esquerda (PSTU e PCB). De acordo com a decisão, qualquer aliança fora desse arco político teria que ser aprovada pela direção nacional do partido. “O diretório nacional avaliará caso a caso as alianças que avançarem para além do acúmulo da Frente de Esquerda, cabendo somente a essa instância a decisão final sobre a possível concretização de ampliações”, estabelece o documento. A diretriz do Congresso Nacional do PSOL também estabeleceu como prioritárias as disputas em Macapá, Belém e Rio de Janeiro. “Serão prioritárias para o PSOL as disputas pelas capitais do Pará, Amapá e Rio de Janeiro, em função do acúmulo partidário e das grandes potencialidades de vitórias político-eleitorais existentes nessas cidades.”

    Em Belém, o candidato Edmilson Rodrigues concorre junto com PSTU e PCdoB – partido que está umbilicalmente ligado ao projeto nacional comandado pelo PT, que o PSOL combate na Câmara de Deputados e no Senado. O vice de Edmilson é Jorge Panzera, do PCdoB. Nesta coligação, o PSTU recebeu prioridade na disputa proporcional e conseguiu eleger Cleber Rabelo à Câmara Municipal de Belém.

    Agora, na disputa pelo segundo turno contra o candidato Zenaldo Coutinho (PSDB), Edmilson – ex-prefeito de Belém pelo PT – começa a coletar outros apoios de partidos que integram campos políticos combatidos pelo PSOL, como o PT e o PPL.

    Em Macapá, o vereador Clécio Luís concorreu numa ampla coalizão que envolve partidos de direita e nanicos ligados a grupos cristãos e evangélicos – que possuem pouca expressão política, mas acrescentam alguns segundos no horário eleitoral gratuito. A aliança Unidade Popular inclui PSOL, PPS, PV, PCB, PMN, PRTB e PTC.

    Na corrida pelo segundo turno, Clécio já conseguiu o apoio de partidos que gravitam em campos diametralmente opostos ao PSOL. Na semana passada, a coligação derrotada de Davi Alcolumbre (DEM) declarou apoio ao candidato do PSOL. Com isso, DEM, PSDB e PTB – além do PCdoB, que também teve uma candidatura derrotada no primeiro turno – passam a fazer campanha para Clécio Luís em Macapá, que disputa contra o atual prefeito Roberto Góes (PDT).

    Apesar de não serem coligações formais, os apoios no segundo turno em Macapá e em Belém foram celebrados em atos políticos com a presença dos candidatos à prefeitura e dos partidos em questão.

    É preciso fazer alianças

    O vereador Clécio Luís ficou com 27,89% dos votos em Macapá (AP) e disputa o segundo turno contra o prefeito Roberto Goés, que fez 40,18%. Em conversa com o Sul21, ele reconhece que é necessário fazer alianças para vencer a eleição. “Sou filiado a um partido nacional. Para o PSOL se consolidar como partido nacional, temos que compreender as diferenças regionais e políticas. Para podermos libertar Macapá do jugo dessa organização que governa a cidade e ganhar as eleições, é preciso fazer alianças”, justifica.

    Entretanto, ele diferencia a coalizão que o tornou vitorioso no primeiro turno dos apoios que vem recebendo no segundo turno. “No segundo turno não há coligação nem alianças formais. Os candidatos do DEM e do PCdoB fizeram uma campanha que também reivindicava mudanças, então foi natural que eles declarassem apoio a mim. Não tinha como eles baterem no atual prefeito e apoiá-lo no segundo turno”, explica.

    Clécio Santos assegura que esses apoios recebidos no segundo turno não o colocam no compromisso de governar com DEM e PSDB, caso vença as eleições. “Não discutimos a adesão desses partidos ao governo, o apoio deles não está vinculado a isso. Eles apenas querem que o projeto que combateram no primeiro turno não continue”, minimiza.

    Entretanto, o candidato do PSOL teve de incorporar propostas do democrata Davi Alcolumbre para obter seu apoio. “Aceitamos acolher algumas propostas pragmáticas do programa dele, como a de desafogar o fluxo de carros na zona norte da cidade com a construção de passarelas”, exemplifica.

    Distorção

    Vereador de Porto Alegre e presidente do PSOL no Rio Grande do Sul, Pedro Ruas não poupa críticas as alianças e aos apoios costurados por integrantes do seu partido em Belém e em Macapá. Para ele, se trata de uma “distorção” que enfraquece o caráter nacional da sigla. “Entendo que isso é uma distorção. Nós, do PSOL, temos que trabalhar como um partido nacional. O que é realidade em Alegrete deve ser também para Orós, no Ceará. Tanto em Belém quanto em Macapá está havendo uma distorção da linha nacional do PSOL, que só permite alianças com PSTU e PCB”, critica.

    O vereador considera, entretanto, que não é possível proibir outros partidos de apoiarem o PSOL no segundo turno. “Não podemos ter nenhuma conversa com partidos como DEM e PSDB, mas não temos como interferir em quem eles desejam apoiar”, avalia.

    Pedro Ruas teme que essas alianças deponham contra o projeto de esquerda (sic) do partido. “Devemos sempre salientar que o projeto do PSOL é de esquerda e não faz concessões (sic). Falo como dirigente estadual: esse tipo de aliança ou de apoio negociado é um desvirtuamento e não deveria ser permitido”, opina.

    Ele lembra de dois casos no Rio Grande do Sul em que a direção do PSOL gaúcho interferiu: São Lourenço do Sul e Montenegro. Em Montenegro, o caso ainda aguarda uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    Lá, o candidato Paulo Azeredo (PDT) venceu as eleições ao lado de Luiz Aldana (PSOL). Entretanto, no início da campanha, os dois tentaram costurar uma aliança majoritária com PR e DEM. Foi essa coligação que o PSOL gaúcho conseguiu dissolver na Justiça. O partido obteve ganho de causa em primeira instância e a aliança teve que ser apenas entre PSOL e PDT, mas a coligação recorreu em segunda instância e foi vitoriosa. Agora, o caso está no TSE.

    Pedro Ruas garante que irá tomar medidas administrativas contra Luiz Aldana, que poderá ser expulso do partido. “Houve uma desobediência a um tema que é estatutário, por isso fiz a intervenção e faria de novo se fosse necessário”, comenta.

    Rebaixamento programático

    Deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PSOL, Ivan Valente avalia que o partido não está se submetendo a um “rebaixamento programático” (sic) para receber apoios no segundo turno. Ele reforça a diferenciação entre aliança no primeiro turno e declaração de apoio. “Sobre a questão de Macapá, a executiva nacional irá discutir nessa semana a forma como foi feita a declaração de apoio (num ato político com as lideranças envolvidas). Mas não existe aliança (sic) (com DEM e PSDB), e sim uma adesão de segundo turno”, diferencia.

    Ivan Valente reforça que o PSOL não pretende “governar a qualquer custo” (sic) e ressalva que as alianças com PCdoB em Belém e com o PPS em Macapá foram referendadas pela direção nacional do partido. “Elas foram aprovadas com base na resolução de que o PSOL analisaria, caso a caso, alianças com partidos que, no passado, integravam a Frente Popular. Isso implica em ter alguma flexibilidade, analisando casos específicos de parceria com PT, PDT, PCdoB e com o PPS, originário do PCB”, comenta. O parlamentar frisa que, no caso de Macapá, apenas o diretório municipal apoiou o PSOL. “Os deputados do PPS não apoiaram o Clécio”, aponta.

    Ivan Valente conta que, apesar das divergências nacionais entre PSOL e PCdoB, em Belém os comunistas têm uma trajetória afinada com as lutas das populações urbanas e rurais. “O PCdoB no Pará tem uma enorme atuação comum com o PSOL na cidade e no campo, temos algum grau de afinidade (sic) por isso. Possuímos divergências nacionais, mas trata-se de uma aliança tópica naquela cidade”, explica.

    O presidente nacional do PSOL não acredita que o partido poderá perder sua identidade (sic) com essas alianças. “Vamos estar muito zelosos para que o PSOL mantenha seu caráter programático e ideológico. Não nos interessa chegar a todo custo ao poder (sic), mas precisamos dialogar com a sociedade. Não há nenhuma proposta de rebaixamento programático nem de troca de cargos por apoio político. O PSOL está preservado”, assegura.

    Caso excepcional

    Ex-candidato à Presidência da República pelo PSOL, o paulista Plínio de Arruda Sampaio não demonstra muita inconformidade com as alianças e apoios costuradas pelo partido em Belém e em Macapá. “São cidades onde temos condições fortes de vencer a eleição. Nesse momento, os adversários se unem, então nossos candidatos também estão obtendo apoios”, explica.

    Para o ex-presidenciável, o apoio recebido por DEM e PSDB em Macapá é uma situação isolada. “É um caso muito particular e diz respeito a um lugar remoto num estado muito pequeno, de modo que, nesse caso, se fez uma vista grossa”, (sic) comenta.

    Plínio reconhece que ser apoiado pelo DEM “é dose para leão” (sic), mas acredita que o PSOL não está arrefecendo em seu projeto político. “Todo partido corre o risco de se degenerar (sic), não há nenhuma garantia de que isso não ocorrerá. Mas me sinto confortável no PSOL e não vejo que isso possa acontecer de jeito nenhum. Vejo o partido muito fiel (sic) aos seus propósitos. Esses fatos em Macapá são excepcionais”, avalia.

    A reportagem do Sul21 entrou em contato o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), padrinho político do candidato Clécio Luís, mas não obteve retorno de sua assessoria até o fechamento desta matéria.

    No início deste ano, o secretário de comunicação do PSOL de Santa Catarina, Leonel Camasão, enviou uma nota para a reportagem informando que, nas eleições municipais de 2008, o PSOL realizou 21 coligações no país que iam além do PCB e do PSTU. O montante representou 8% do total de campanhas majoritárias do partido naquele ano e incluiu parcerias com: PCdoB, PV, PDT, PPS, PSB, PMN, PTN e PSDC.