Via: Blog do Espaço Aberto
Ao contrário do que se previa, o Diário do Pará deixou de publicar, em sua edição de domingo, a pesquisa que contratou junto ao Vox Populi, que ouviu eleitores em todo o Estado sobre as intenções de voto para presidente da República, governador e senador.
A coleta dos dados foi feita no período de 4 a 7 de setembro, ou seja, encerrou-se na terça-feira passada.
Até o início da tarde de ontem, por volta das 15h, a direção do jornal avaliava sobre a conveniência de publicar ou não os resultados.
E acabou decidindo que seria melhor não publicá-los.
A primeira conclusão que salta dessa decisão é óbvia: os números que brotaram do levantamento do Vox Populi estão aquém, muito aquém das expectativas do deputado Jader Barbalho (PMDB), em relação à sua própria candidatura para o Senado.
Os números soprados ao blog, e que evidentemente não podem ser divulgados, indicariam que Jader precisa pôr os pés na estrada com mais afinco do que já está pondo, para não ter surpresa desagradáveis.
Tem mais.
O deputado não ficou assim tão tranquilo como se imagina com os resultados que a última pesquisa do Ibope revelou na disputa para o Senado.
Para consumo interno, ele se mostrou aparentemente tranquilo.
Mas dentro de seus domínios, não.
E nem poderia ser diferente.
Os números, até aquela altura – final de agosto -, mostravam Jader com 50%, Paulo Rocha (PT) com 28% e Flexa Ribeiro (PSDB) com 23%.
Há, todavia, um detalhe relevante a considerar nessas circunstâncias e que não passou despercebido de Jader: são três os candidatos pedindo voto pra ele.
Três.
O próprio Jader pede que votem nele.
Paulo Rocha também recomenda que o segundo voto seja para Jader.
E Flexa Ribeiro, idem.
Mesmo assim, o deputado só obteve 50%.
Ponderado dessa forma, esse índice de intenção de votos é baixo, considerando-se que Jader, em relação a seus dois concorrentes, é o mais conhecido em todo o Pará.
Além disso, a pesquisa Vox Populi com certeza deve ter detectado algum efeito da decisão do TSE que barrou a candidatura do deputado com base na Lei da Ficha Limpa.
Seguramente, o efeito não deve ter sido positivo para candidatura de Jader.
Ele sabe que decisões assim criam uma grande confusão na cabeça do eleitor, que não entende como é que o deputado, mesmo com a candidatura impugnada pelo TSE, ainda continua candidato, até o pronunciamento final do Supremo Tribunal Federal, que ninguém sabe quando será anunciado.
Por tudo isso, Jader deve ter avaliado que, pelo sim, pelo sim, é melhor guardar os números da pesquisa.
Deve ter avaliado que é melhor deixarem fazer especulações sobre os números do que mostrá-los em seu jornal.
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