Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

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Bem-vindo ao blog do PT de Mosqueiro, aqui nós discutimos a organização e atuação do Partido dos Trabalhadores nas relações sociopolíticas e econômicas do Brasil e do Pará. Também debatemos temas gerais sobre política, economia, sociedade, cultura, meio ambiente, bem como temas irreverentes que ocorrem no Mundo, no Brasil, no Pará, mas em especial na "Moca". Obrigado por sua visita e volte sempre!

sábado, 30 de abril de 2011

Executiva Nacional aceita refiliação de Delúbio Soares ao PT

 

Daniela Paixão*
Do UOL Notícias
Em Brasília
PT aceita pedido de refiliação de Delúbio
  • A refiliação do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi aceita na noite desta sexta-feira (29) durante reunião do Diretório Nacional que acontece na capital federal. O ex-tesoureiro foi expulso da legenda por ser acusado de participar do suposto esquema de pagamento de propina no governo federal, revelado em 2005, conhecido como mensalão.

Delúbio entregou ontem à Executiva Nacional uma carta em que pedia o retorno ao partido e se emocionou ao defender seu pedido.

Expulso do partido em 2005, ele é um dos 38 réus do processo que tramita no Supremo Tribunal Federal, que deverá ser julgado em 2012.

Rui Falcão eleito presidente nacional

Mais cedo, o presidente interino da legenda, Rui Falcão, foi eleito presidente nacional do partido. Ele assume o lugar de José Eduardo Dutra, que renunciou ao cargo por motivos de saúde.

Único nome na disputa, Falcão será presidente do PT até 2013, concluindo o mandato iniciado por Dutra no ano passado. Rui Falcão é deputado estadual por São Paulo e foi eleito por unanimidade.

“Nossa presidência será de direção coletiva. Com a executiva, com o Diretório Nacional, com o conjunto das bancadas, os deputados estaduais, prefeitos, governadores. É isso que pode garantir o avanço partidário”, disse Falcão.

*Com informações da Agência Brasil

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Quase todos possuímos esta “bomba-relógio”

29/4/2011

por Sergio Vaisman*

Quando imaginamos que a tecnologia sempre está a nosso favor, passa a ser surpreendente quando descobrimos que a coisa não é bem assim.

1327 228x300 Quase todos possuímos esta “bomba relógio”Como a sociedade moderna se caracteriza por velocidade em todos os seus cantos, costuma haver cada vez menos tempo disponível no fim do dia para se preparar refeições nutritivas para a família. Devido à sua capacidade incrível de cozimento ultra-rápido, os aparelhos de microondas passaram a fazer parte da vida de todos (ou quase todos) de forma impressionante. Eles podem ser práticos e até mesmo baratos, mas a saúde acaba por pagar um preço alto quando utilizamos estes aparelhos para preparar ou mesmo aquecer os alimentos. Sabe por quê? O processo utilizado para aquecer ou cozer os alimentos nos equipamentos de microondas estão conhecidamente ligados ao câncer assim como a deficiências nutricionais encontradas com frequência hoje em dia.

O processo que promove uma vibração das moléculas de água dos alimentos a frequências extremamente elevadas, e que promovem o aquecimento, modifica a estrutura química dos mesmos, o que provoca uma perda de quase 100% do valor nutricional além de alterar também o sabor.

Usar um microondas para aquecer o leite materno a ser fornecido ao bebê, prática comumente usada, é também má ideia, porque este procedimento destroi quase todos os componentes nutricionais naturais benéficos e alcança-se um estado de inativação dos nutrientes além de destruir anticorpos e enzimas importantes provenientes do corpo da mãe, propiciando ao bebê apenas a ingestão de volume, porém sem qualidade. Um exemplo desta nocividade está no caso de um aminoácido encontrado no leite materno chamado L-Prolina. Pelo efeito do microondas, este elemento converte-se num isômero (de estrutura modificada) que é capaz de produzir lesões no cérebro e nos rins das crianças.

Nosso organismo não consegue processar os produtos modificados pelo forno microondas que são produzidos durante o preparo dos alimentos. Os nutrientes e vitaminas são severamente alterados ou destruídos completamente, retirando quaisquer composições benéficas da alimentação.

Alimentos preparados em microondas são também causadores de tumores estomacais e intestinais. Células cancerosas no sangue aumentam significativamente quando se utiliza esse tipo de equipamento com frequência. Mesmo os alimentos descongelados ao microondas são perigosos, pois carregam substâncias cancerígenas no seu interior.

Pessoas que utilizam microondas corriqueiramente experimentam queixas comuns de perda de memória, instabilidade emocional, enfraquecimento do sistema imunológico, alterações hormonais e até comprometimento do nível da inteligência. Um recente estudo científico constatou que a radiação de microondas pode afetar o coração provocando arritmias cardíacas e desconforto no peito. Os usuários regulares costumam ainda se queixar de dores de cabeça, tonteiras, náuseas, problemas na visão, suores noturnos, insônia e alterações na contagem de glóbulos brancos e vermelhos.

É claro que não podemos ser tão radicais a ponto de jogarmos nossos fornos de microondas no lixo, já que os adquirimos com a mais ingênua boa intenção. O melhor seria nunca tê-los comprado, mas sua utilização eventual não deve causar danos tão sérios como os descritos para o uso corriqueiro. Vale o alerta que mulheres grávidas , em fase inicial de gestação, não devem ficar em ambientes onde se utiliza estas radiações, pois existem relatos de más-formações fetais devido ao microondas.

O importante é termos em mente que tudo, neste já falado mundo tóxico, apresenta um custo-benefício que precisa ser bem avaliado. Se nos precavermos aproveitando as informações sérias, poderemos fazer uso dos equipamentos provenientes do avanço da ciência com menos efeitos nocivos a nós e aos que queremos bem.

* Sergio Vaisman é médico especialista em Cardiologia e Nutrologia, formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atua em São Paulo na área de Medicina Preventiva e é professor de pós-graduação em Bioquímica Aplicada à Medicina, pela Universidade Fernando Pessoa, em Portugal, e professor visitante da Universidade de Estudos de Siena, na Itália.

* Publicado originalmente no blog do autor, no site Mercado Ético.

(Mercado Ético)

Abortamento, um tema de dor

29/4/2011

por Dora Martins*

É importante não se perder na discussão vazia de se ser contra ou a favor do aborto, como se fôssemos contra ou a favor da vida.

1338 300x300 Abortamento, um tema de dor

Pergunte-se a quem quiser, e qualquer um vai dizer ser contra o aborto.  E, convenhamos, nenhuma mulher acha bom ou agradável submeter-se a um abortamento, ou abortar, sozinha, seu feto.

O aborto acontece, quase sempre, no escuro da alma, no medo, na insegurança, na tristeza. Não é algo desejado e por isto não é defendido por ninguém. O que se coloca em discussão, e se faz necessário, é olhar para a questão do abortamento tal como ele se põe – uma questão de saúde pública, de saúde e de vida da mulher.

Uma revista feminina, neste mês, entrevistou as nove ministras do governo Dilma. E a todas foi feita a pergunta: “a senhora é a favor da legalização do aborto?”. Todas, de um jeito ou de outro, responderam que sim, que são a favor de a mulher ter o direito de abortar. Mas perderam, quase todas, uma boa oportunidade de, naquele tipo de veículo de comunicação, voltado ao chamado “público feminino”, apresentarem suas respostas de modo mais firme, contundente e esclarecedor. Especialmente por serem todas mulheres, a ocuparem um cargo expressivo no atual governo do Estado brasileiro. Estado este que ainda faz vistas grossas para um milhão de abortos feitos no país, anualmente.

Em alguns estados brasileiros, o aborto é a primeira causa de mortalidade materna. Abortos feitos aos milhares, todos os dias, na clandestinidade, sem qualquer cuidado, de modo precário e inseguro para a mulher. Milhares morrem; outras, se não morrem, suportam sequelas físicas e/ou psicológicas perenes. E, seguem todas, mortas ou vivas, com a pecha de criminosas. O que não se pode mais esconder embaixo do tapete é a discussão sobre a legalização do aborto, afastar dela a conduta criminosa.  É por aí que se deve conduzir o debate e o foco da luta de todos, mulheres e homens.

Não se trata de querer adotar o aborto como meio de controle de natalidade, nem de tê-lo como algo desejável, indicado ou imposto a quem engravidou e não quer ou não pode ser mãe. Mas cabe reconhecer, sem hipocrisia, que tratar o aborto como crime, como figura criminal descrita no Código Penal, não é, e jamais foi, meio de evitá-lo. A criminalização do aborto não o inibe, nem é forma adequada para proteger a vida do feto e tampouco da mulher. Todos somos a favor da vida, sem dúvida. Todos não desejamos o aborto. Mas imprimir a quem o pratica o peso de um crime é querer fechar os olhos para a realidade e negar um gravíssimo problema de saúde que assola este país.

Mantendo o aborto como figura criminosa, sofre o Brasil um alto custo social, condenando milhares de mulheres à morte ou a suportar sérios comprometimentos à sua saúde.  É preciso dar condições dignas de saúde à mulher que deseja e necessita abortar. É preciso educar homens e mulheres para uma vida sexual saudável e responsável. Afinal, o homem não engravida, não aborta, mas contribui com a geração de um filho. E, ao fazerem a lei, homens e mulheres, que nunca abortaram, devem ponderar essa circunstância antes de lançar um olhar condenador ou de censura à mulher que abortou ou quer fazê-lo. Ao contrário do que respondeu uma das ministras à pergunta da jornalista, o aborto não é apenas uma questão de “foro íntimo da mulher”, senão um direito dela de decidir e ter acolhida sua opção pelo Estado, que lhe deve proporcionar os meios para exercer tal direito.

É importante não se perder na discussão vazia de se ser contra ou a favor do aborto, como se fôssemos contra ou a favor da vida. Essa discussão foi usada de modo sórdido e perverso nas últimas eleições, mas em nada contribuiu para salvar vidas.  Somos todos a favor da vida. Da vida do feto e da vida da mulher. Mas é preciso reconhecer que, enquanto o aborto continuar a ser considerado crime, apenas se estará a enviar milhares de mulheres, quase sempre pobres, à morte. O sistema penal, o crime e sua pena, não são meios eficazes de evitar a prática do abortamento. Outros meios existem para isso. Legalizar o aborto não significa ser contra vida, ou impor às mulheres a prática do aborto. Tirar o aborto da clandestinidade, afastá-lo da figura de um crime, apenas fará com que o tema se reduza ao que é: um problema grave de saúde pública. Nada mais. No mais, que o Estado, sem hipocrisia e sem se esquecer que é laico, adote políticas públicas que viabilizem o acesso da população aos meios contraceptivos, que preste educação e orientação sexual aos jovens. E que permita que a mulher que, sim, por questão de foro íntimo, deseje abortar, seja acolhida, respeitada e humanamente assistida e tratada neste momento que é de dor e jamais de prazer.

* Dora Martins é integrante da Associação Juízes para a Democracia.

** Publicado originalmente na Radioagência NP e retirado do site Brasil de Fato.

(Brasil de Fato)

Chorando pra Cachorro homenageia o Dia do Choro

Amanhã, sábado, dia 30/04/2011, o conjunto Chorando pra Cachorro, em homenagem ao Dia do Choro, realiza um cortejo com carro-som, que inicia na Praça do Carananduba, às 8:00h da manhã, e segue pela Beira-Mar, até a Praia do Chapéu-Virado, onde fará uma breve apresentação, seguindo, após isso, até culminar na Praça Cipriano Santos, na Vila, onde fará um show no coreto da Praça.

O evento comemora em retrospectiva o aniversário de Pixinguinha (1897-1973), no dia 23 de abril, o maior dos músicos a compor choros, um músico genial, além de ser um dos brasileiros que melhor soube traduzir em seu ofício, a música, a brasilidade tão em falta no caráter de muitos brasileiros sem amor à Pátria, entre eles, muitos políticos e exploradores dos operários por esse nosso país-continente.

Parabéns ao grupo Chorando pra Cachorro pela iniciativa, fato que ajudará a dar um colorido e uma riqueza cultural bem em falta nestas paragens abandonadas pelo poder público, agredidas pela falta de qualidade de quem se diz tocar ‘coisas de nossa terra’, que violentam nossos ouvidos pela tortura dos decibéis altíssimos, mas que também o fazem pelo desleixo da harmonia, do compasso, da cadência, do ritmo, do arranjo, da letra, e principalmente do canto fora de tom e de nota, na tentativa de transformar o ouvido dos mosqueirenses em latrinas humanas, tal a falta de qualidade presente em suas “músicas”.

Neste caso, o Chorando pra Cachorro é um representante legítimo de músicos, pois tem como componentes pessoas que entendem do metier de músicos, já que todos sabem tocar algum (uns) tipo(s) de intrumento(s), e com todos os fundamentos positivos que invertem o caso citado no parágrafo anterior.

Amigos e amigas mosqueirenses, divulguem e participem! Prestigiem, porque vale a pena!

Repostamos, abaixo, o texto do ano passado, relativo ao mesmo evento.

Chorando pra Cachorro na Praça da República

Na manhã do domingo, dia 25 de abril, na Praça da República, o público presente próximo ao Theatro da Paz foi brindado com um concerto de uma orquestra de choro. O evento é uma homenagem ao Dia do Choro, festejado todo ano no dia 23 de abril, data de aniversário de Pixinguinha (1897-1973), um mestre neste que é considerado o mais brasileiro dos gêneros musicais.
Mosqueiro marcou presença nesse importante evento, já que esteve por lá o grupo Chorando pra Cachorro, representado por Evandro Praia (violão 6 cordas), Leandro Moraes (surdo e cavaco), Jorge Bíndalos (violão 7 cordas) e Denílson Machado (flautas e saxofone). Os outros componentes do grupo, que não puderam estar presentes, são: Lauro Pantoja (cavaco), Ronaldo Andrade (bandolim) e Dico Medalha (pandeiro). Familiares e amigos dos músicos puderam também ir até lá no mesmo ônibus que levou e trouxe o grupo, ajudando com uma contribuição simbólica, no que foram apoiados pelos senhores Elídio Machado e Amândio Ribeiro.
A orquestra contou ainda com componentes de outros grupos de chorões de Belém, como o Charme do Choro, Sapecando no Choro, Corda Solta, Gente de Choro, Clave da Lua e Choramingando, todos eles apoiados pelo projeto Casa do Choro, da Secretaria de Estado de Cultura, via Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves. O palco ficou pequeno, para caber tantos músicos, entre homens, mulheres e até crianças. O repertório foi variado, com execução de composições de Pixinguinha, de Yuri Guedelha, de Adamor do Bandolim, entre outros mestres do choro.
Felizmente, Belém é agora a 3ª força do choro no Brasil, contando com um veloz crescimento do número de músicos e grupos do gênero, graças, em muito, ao apoio institucional e a figuras inspiradoras, como Adamor do Bandolim (compositor e grande incentivador do choro em Belém), Paulinho Moura, idealizador do projeto Casa do Choro, entre outras pessoas ligadas ao choro na capital do Pará.
Só quem esteve por lá pôde ver, ouvir e dançar ao ritmo de acordes vibrantes, coisa bem rara de acontecer nesse deserto cultural que muitas vezes se instaura em nossa cidade e em nosso estado. E quem pensa que choro é coisa de gente idosa, muito se engana, pois estavam por lá gente de todas as idades, entre crianças, adolescentes, adultos e pessoas da melhor idade. Todos embalados pela música dos mestres do choro.
Os músicos do Chorando pra Cachorro, ao representarem Mosqueiro nesse evento, enchem a Ilha de orgulho, ilha em vários sentidos, muitas vezes isolada culturalmente, sem quase nenhuma perspectiva para seus habitantes, que amargam um vazio bem grande nesse setor. (por Alcir Rodrigues)
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Acima, da esquerda para a direita: Leandro, Evandro, Denílson e Jorge Bíndalos (apenas alguns componentes do Chorando pra Cachorro)

Após saída de Dutra, Rui Falcão é escolhido presidente do PT

 

Priscilla Mazenotti
Da Agência Brasil
Em Brasília

José Eduardo Dutra, que deixa a presidência do PT; ao lado Rui Falcão, que assume

José Eduardo Dutra, que deixa a presidência do PT; ao lado Rui Falcão, que assume

O presidente interino do PT, Rui Falcão, foi eleito hoje (29) presidente nacional do partido. Ele assume o lugar de José Eduardo Dutra, que renunciou ao cargo por motivo de saúde.

Único nome na disputa, Falcão será presidente do PT até 2013, concluindo o mandato iniciado por Dutra no ano passado. Rui Falcão é deputado estadual por São Paulo e foi eleito por unanimidade.

“Nossa presidência será de direção coletiva. Com a executiva, com o Diretório Nacional, com o conjunto das bancadas, os deputados estaduais, prefeitos, governadores. É isso que pode garantir o avanço partidário”, disse Falcão.

O Diretório Nacional se reúne, até amanhã ( 30), para discutir a atual conjuntura política, econômica e social do país e do exterior. O documento com as conclusões do partido será divulgado ao final da reunião.

Plano para erradicar pobreza extrema incluirá 1,5 milhão de famílias, diz ministra

29/04/2011

Daniella Jinkings
Da Agência Brasil
Em Brasília

O Plano Nacional de Erradicação da Pobreza Extrema, que será lançado pelo governo federal em maio, tem três grandes eixos de atuação: a universalização do acesso aos programas de transferência de renda, a ampliação e a qualificação dos serviços públicos e a chamada inclusão produtiva, para capacitação de mão de obra.

De acordo com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, o plano contemplará 1,5 milhão de famílias que ainda não têm acesso ao Bolsa Família e vivem em condição de pobreza extrema. “Vamos fortalecer os programas de transferência de renda. Nosso grande objetivo é a universalização do Bolsa Família”, disse ela. Atualmente, 13 milhões de famílias recebem o benefício.

São famílias que ainda não têm acesso ao programa porque moram em locais distantes ou porque, mesmo em grandes centros urbanos, não têm acesso à informação, disse a ministra. “Às vezes, a pessoa se sente tão excluída que nem entende que isso é um direito dela. Portanto, nosso trabalho é ir atrás dessas pessoas.”

Nessa busca, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome terá ajuda das demais pastas, para que o governo consiga incluir as famílias nos programas de transferência de renda. “Como anunciou a presidenta Dilma [Rousseff], a ideia é ter sucesso até 2014. Temos de nos preparar para receber essa população que estará entrando no Cadastro Único [sistema de informação sobre famílias que podem ser incluídas em programas sociais]”, afirmou Tereza.

Outro objetivo do plano é ampliar e qualificar os serviços públicos que o Estado brasileiro oferece, como saúde, educação e assistência social. Segundo a ministra, uma parcela importante da população pobre não tem acesso total ou parcial a tais serviços. Isso ocorre porque os serviços que são apresentados não são adequados a essa população. “Vamos repensar tais serviços para que cheguem a essas pessoas”, disse a ministra.

Com o lançamento do plano, serviços que hoje são oferecidos a apenas uma parcela da população de baixa renda, como o recente programa de acesso a medicamentos para tratamento de hipertensão e diabetes, deverão chegar à população em pobreza extrema. De acordo com a ministra, das quatro doenças que mais atingem a população em pobreza extrema no mundo, duas são exatamente a hipertensão e o diabetes. “Apesar de a população padecer desses males, e os medicamentos serem distribuídos gratuitamente, eles não estão chegando a essas pessoas. Vamos ter de montar uma estratégia para garantir que esse e outros serviços que oferecemos cheguem a essa população.”

O Plano de Erradicação da Pobreza Extrema também prevê o aumento da mão de obra qualificada no Brasil. Para Tereza Campello, embora o país cresça de forma sustentável, ainda há falta de mão de obra especializada. “Nossa população do Bolsa Família continua não tendo acesso a essas oportunidades. Portanto, estamos organizando um conjunto de ações que envolvem qualificação e outras ações importantes”, concluiu a ministra.

Articulação de Esquerda se posiciona contra o retorno ao PT de Delúbio Soares

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Direção Nacional da Articulação de Esquerda, Brasília 28 de abril 2011

Delúbio Soares de Castro foi expulso do Partido dos Trabalhadores, em 2005. A expulsão foi aprovada por maioria de votos no Diretório Nacional. Em 18 de março de 2009, Delúbio Soares dirigiu uma carta ao presidente Ricardo Berzoini, solicitando sua “reintegração” ao Partido. A mesma carta foi enviada a todos os membros do Diretório Nacional do PT, com ampla repercussão na imprensa. Posteriormente, Delúbio Soares retirou este pedido. No início de 2011, a imprensa voltou a noticiar que Delúbio Soares reapresentaria seu pedido de filiação ao PT. Delúbio Soares tem o direito de pedir reintegração? Sim. Delúbio Soares agiria corretamente ao encaminhar este pedido diretamente à direção nacional do PT? Sim, pois dada a gravidade do caso, seria um erro tentar reintegração disfarçada, através de um diretório de base.

Delúbio Soares, caso solicite, deveria ser reintegrado ao PT? Em nossa opinião, não. Em 2005, votamos pela expulsão de Delúbio Soares. Não achamos que expulsões devam ser eternas. Mas só caberia reintegrar Delúbio Soares ao PT caso ele reconhecesse os erros políticos e administrativos que cometeu. Delúbio Soares não reconheceu seus erros, em 2005. Cabe lembrar que, ao contrário de Sílvio Pereira, Delúbio Soares lutou contra sua expulsão, exatamente porque considerava que seus erros não eram de tal monta que fosse cabível sua expulsão. Ele não reconheceu seus erros posteriormente. E não vemos nenhum sinal de que venha a reconhecer estes erros agora, estando como está em meio a um processo judicial. Sem este reconhecimento dos erros, sem uma autocrítica cabal, filiar Delúbio Soares ao PT seria reintegrar o mesmo Delúbio Soares que foi expulso em 2005. Na prática, se apresentada e aprovada a filiação, seria como se o atual Diretório Nacional estivesse anulando a pena aplicada pelo Diretório Nacional em 2005. Sendo assim, da mesma maneira e pelos mesmos motivos que votamos anteriormente pela sua expulsão, caso seja apresentada novamente, novamente votaremos contra sua refiliação.

As eleições de 2006 e de 2010 mostraram a forte incidência de temas como ética, corrupção e promiscuidade entre público e privado. Reintegrar Delúbio Soares, sem que este faça autocrítica dos erros cometidos, produzirá um impacto político negativo, alimentará o jogo da oposição, provocará insatisfação em amplos setores de nossa base eleitoral e partidária, prejudicando nossa unidade partidária e tirando o foco daquilo que é o principal: a disputa dos rumos do Brasil

Repostado do blog da ARTesquerda.

Censo 2010 aponta envelhecimento da população brasileira

 

29/04/2011

PEDRO SOARES
CAROLINA MATTOS

O Brasil tem 190.755.799 habitantes, revelam os primeiros resultados definitivos do Censo 2010, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. Os dados mostram ainda um país com estrutura etária mais envelhecida, com mais pessoas se declarando pretas e pardas --os dois grupos chegaram a 43,1% e 7,6% da população, respectivamente-- e proporcionalmente com um contingente maior de mulheres. Para cada grupo de 100 mulheres, existem apenas 96 homens --excedente de 3.941.819 mulheres.
Analfabetismo atingia 14,6 mi de brasileiros em 2010
Brasil tem 96 homens para cada 100 mulheres, aponta Censo
População com mais de 65 anos cresce no Brasil, mostra IBGE
Segundo os dados do Censo 2010, todas as faixas etárias até 25 anos têm peso menor na população do que em 2000, ao passo que os demais grupos ampliaram sua participação. Na base da pirâmide, a representatividade do grupo de 0 a 4 anos no total da população caiu de 4,9% (meninos) e 4,7% (meninas) em 2000 para 3,7% e 3,6% em 2010. Simultaneamente, a participação da faixa com mais de 65 anos avançou de 5,9% em 2000 para 7,4% em 2010.
O envelhecimento é reflexo do mais baixo crescimento populacional --aliado a menores taxas de natalidade e fecundidade, indicadores ainda não divulgados nessa etapa de apresentação de dados do Censo 2010.
A taxa média anual de crescimento da população baixou de 1,64% no Censo 2000 (de 1991 a 2000) para 1,17% no de 2010 (2001 a 2010).
Segundo o IBGE, porém, a população brasileira aumentou quase vinte vezes desde o primeiro recenseamento realizado no Brasil, em 1872, quando foram contados 9.930.478 habitantes.
"Até a década de 1940, predominavam altos níveis de fecundidade e mortalidade no país. Com a diminuição desta última em meados dos anos 1940 e a manutenção dos altos níveis de fecundidade, o ritmo do crescimento populacional brasileiro evoluiu para quase 3% ao ano na década de 1950", diz o IBGE.
No começo dos anos 60, afirma o instituto, os níveis de fecundidade começaram a cair lentamente, tendência que se acentuou nas décadas seguintes e que resultou na redução da taxa de crescimento populacional.
Entre 2000 e 2010, as maiores taxas médias de crescimento anual de população foram observadas nas regiões Norte (2,09%) e Centro-Oeste (1,91%), sob impacto da migração e da maior fecundidade. As regiões Nordeste (1,07%) e Sudeste (1,05%) apresentaram um crescimento populacional semelhante. Já a região Sul (0,87%) foi a que menos cresceu.
As regiões mais populosas foram a Sudeste (42,1% da população brasileira), Nordeste (27,8%) e Sul (14,4%). Norte (8,3%) e Centro-Oeste (7,4%) continuam aumentando a representatividade no crescimento populacional, enquanto as demais regiões mantêm a tendência histórica de declínio em sua participação nacional.
Já os Estados mais populosos do Brasil - São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e Paraná --concentram, em conjunto, 58,7% da população total do País. São Paulo é o Estado com a maior concentração municipal de população: somente 32 municípios (5,0%) respondem por quase 60% dos moradores do Estado.
O Censo mostra ainda a continuidade do processo de urbanização do país, cuja taxa atingiu 81,2% em 2010 --era de 81,2% em 2000.
Os dados revelam ainda o avanço na oferta de serviços públicos, embora ainda exista uma carência grande em alguns deles, especialmente em saneamento. Apenas 55,4% dos 57,3 milhões de domicílios estão ligados à rede geral de esgoto. O lixo é coletado em 87,4% dos lares e o abastecimento de água por meio de rede geral de distribuição atende a 82,9% dos domicílios.
Segundo o IBGE, houve melhora no analfabetismo, que hoje afeta 9% da população brasileira --eram 12,9% em 2000. Em números absolutos, 14,6 milhões de pessoas não sabem ler nem escrever, de um universo de 162 milhões de pessoas com mais de 10 anos.

Deus me livre da monarquia britânica!

 

Eu não aguento mais notícias sobre o casamento do príncipe da Inglaterra, vou ser sincero com vocês.

Hoje no café da manhã quase vomitei quando vi que o "casamento real" vai ser transmitido ao vivo para o Brasil!

Até o anel que a futura princesa sei-lá-das-quantas da Inglaterra ganhou de presente do príncipe virou febre nos camelôs da 25 de Março paulistana e do Saara carioca! E aí os jornalistas, por falta de assunto, acho, correm a explicar que o anel original é feito disso e daquilo, custou centos mil reais, e sei lá o que mais...

Sinceramente, eu não entendo o motivo de um país que é presidencialista há mais de 120 anos ficar tão hipnotizado pelo casamento real em outro continente, e ainda mais de uma nação com a qual não temos nenhum laço histórico, que nunca foi a nossa metrópole!

Se dissessem que era o casamento do eventual príncipe da Argentina, vá lá... eu até aceitava. Cultura política regional, pra eu não chegar na Argentina falando besteira e chamando o rei de presidente, ainda vá lá!

Mas o casamento do príncipe da Inglaterra? O segundo na linha de sucessão do trono britânico, que ainda vai esperar uns 50 anos pra ser rei - isso se não morrer antes da avó, a atual rainha, que já está no trono há mais de meio século!

Ah, pelo amor de Deus, me poupem, é muita falta do que fazer!

Se todas as famílias reais do planeta desaparecessem hoje não me fariam a mínima falta!

Nota do Blog: Prefiro a PUTARQUIA BRITANICA, como já disse Zé Simão, e quem souber de uma princesa que consegue transformar sapo em príncipe, queremos informar que temos um a disposição…

Originalmente no Blog do Professor Alan: http://prof.alan.blog.uol.com.br/index.html

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Rebeliões: destruindo os estereótipos das mulheres árabes

27/4/2011 - 09h55

por Soumaya Ghannoushi*

Entre esta nova geração de proeminentes mulheres árabes, a maioria escolhe usar o hijab. Urbanizadas e educadas, elas não são menos confiantes e carismáticas que suas irmãs “desveladas”.

1283 300x225 Rebeliões: destruindo os estereótipos das mulheres árabes

http://www.flickr.com/photos/sharif/

As revoluções árabes não somente estão abalando as estruturas da tirania até suas mais profundas fundações, como estão destruindo muitos dos mitos a respeito da região árabe que têm se acumulado por décadas. No topo desta lista de mitos dominantes estão aqueles das mulheres árabes como enjauladas, silenciadas, e invisíveis. Estes não são os tipos de mulheres que apareceram na Tunísia, Egito, ou mesmo no ultraconservador Iêmen nas últimas semanas e meses.

Não apenas as mulheres participaram ativamente nos movimentos de protestos enfurecidos nestes países, como desempenharam também papeis fundamentais. Elas organizaram protestos e piquetes, mobilizaram muitos cidadãos, e eloquentemente expressaram suas exigências e aspirações por mudanças democráticas.

Como Israa Abdel Fatteh, Nawara Nejm e Tawakul Karman, a maioria das mulheres está na faixa dos 20 ou 30 anos. Há ainda casos inspiradores de ativistas mais velhas: Saida Saadouni, uma mulher com seus 70 anos na Tunísia, enrolou a bandeira nacional em seus ombros e participou dos protestos de Qasaba, que conseguiram derrubar o governo provisório de M. Ghannouchi. Tendo protestado por duas semanas, ela disseminou um espírito revolucionário único entre os milhares que se reuniram a sua volta para escutar seus discursos incendiários. “Eu resisti à ocupação francesa. Eu resisti às ditaduras de Bourguiba e Ben Ali. Não descansarei enquanto nossa revolução não chegar ao fim, por vocês, meus filhos e filhas, não por mim,” disse Saadouni.

Seja nos campos de batalha virtuais da internet ou nos protestos físicos nas ruas, as mulheres têm se provado como reais incubadoras de lideranças. Isto é parte de um fenômeno mais amplo característico destas revoluções. A política aberta das ruas fez nascer e amadurecer futuras líderes. Elas crescem organicamente nos campos, muito mais do que sendo impostas de cima por organizações políticas, grupos religiosos ou imposições de gênero.

Outro estereótipo sendo desconstruído neste movimento é a associação da burca com a passividade, submissão e segregação. Entre esta nova geração de proeminentes mulheres árabes, a maioria escolhe usar o hijab. Urbanizadas e educadas, elas não são menos confiantes e carismáticas que suas irmãs “desveladas”. Elas são uma expressão da complexa formação da cultura muçulmana, com processos de modernização e globalização sendo a marca fundamental da sociedade árabe contemporânea.

Este novo modelo de líderes mulheres criadas em suas terras natais, nascidas de levantes revolucionários, representa um desafio a duas narrativas, as quais, embora diferentes nos detalhes, são similares em referência ao mito da singularidade cultural árabe; ambos destituem a figura da mulher árabe como criatura inerte e sem força de vontade.

A primeira narrativa – que é dominante nos círculos muçulmanos conservadores – sentencia as mulheres a uma vida de reprodução e criação das crianças; mulheres são feitas para viver nos estreitos confins de suas casas com a permissão de seus maridos e parentes homens. Sua presença deve se limitar em torno de noções de pureza sexual e honra familiar; interpretações reducionistas da religião são procuradas para justificar isto.

A outra visão é abraçada por euro-americanos neoliberais, que veem as mulheres árabes e muçulmanas através do estreito prisma do modelo Talibã: objetos miseráveis de pena que precisam de uma intervenção benevolente de intelectuais, políticos ou mesmo militares. Mulheres árabes aguardam a libertação da jaula escura do velamento para um jardim prometido de iluminação.

As mulheres árabes estão se rebelando contra ambos modelos: elas estão tomando para si as rédeas dos próprios destinos libertando a si mesmas, ao passo em que libertam suas sociedades das ditaduras. O modelo de emancipação que estão conformando com suas próprias mãos é definido por suas próprias necessidades, escolhas e prioridades – e de ninguém mais.

Embora possa haver resistência a este processo de emancipação, a Praça Tahrir e Qasaba agora são parte da psiquê e da cultura das mulheres árabes. De fato, elas finalmente têm voz para gritar seus há muito silenciados anseios por libertação do autoritarismo – tanto político quanto patriarcal.

* Tradução de Cainã Vidor.

Hamas e Fatah chegam a acordo preliminar de reconciliação

Internacional

Por: Redação da Rede Brasil Atual

Publicado em 27/04/2011.

 

Hamas e Fatah chegam a acordo preliminar de reconciliação

Hamas historicamente recusa negociações diretas com Israel e chegou a protestar contra esse tipo de medida. Princípio de acordo foi anunciado (Foto: Mohamad Torokman/Reuters - arquivo)

São Paulo - Fatah e o Hamas, duas principais forças políticas palestinas, anunciaram um acordo em linhas gerais de formação de um governo unificado. O plano preliminar de reconciliação, alcançado nesta quarta-feira (27), foi obtido em encontro de representantes dos dois grupos no Cairo, capital do Egito.

Segundo o acordo, será formado um governo interino e fixada uma data para eleições palestinas. "Hamas e Fatah concordam em princípio com um acordo de reconciliação", disse à BBC Tahir Al-Nounou, porta-voz do Hamas. Nounou disse que as principais divergências dos dois grupos foram superadas e os líderes do Hamas, Khalid Meshaal, e do Fatah, Mahmoud Abbas, devem assinar o acordo em outra reunião no Cairo em uma semana.

"Concordamos em formar um governo composto por figuras independentes que começarão com os preparativos para uma eleição presidencial e parlamentar", disse Azzam al-Ahmad, o líder da equipe de negociação do Fatah no Cairo. "As eleições ocorrerão daqui a oito meses", acrescentou.

Mahmoud al-Zahar, líder sênior do Hamas que participou das conversações, disse que o acordo abrange cinco pontos, incluindo eleições, formação de um governo interino de união e a união das forças de segurança.

As negociações para os termos do pacto ocorreram de modo sigiloso entre as partes. Em 2007, os lados travaram confrontos que beiraram uma breve guerra civil. O resultado do episódio foi o controle da Faixa de Gaza nas mãos do Hamas, e a Cisjordânia nas mãos do Fatah, de Mahmoud Abbas.

A população palestina vinha pedindo reiteradamente que seus líderes resolvessem as profundas divisões, mas os analistas por muito tempo argumentaram que as diferenças entre os dois lados em questões como segurança e diplomacia eram muito grandes para se chegar a um acordo.

Os protestos em outros países do mundo árabe são apontados como um estímulo às conversas de reconciliação. O próprio papel do novo governo do Egito indica o interesse em mostrar que a conduta pró-Israel de Hosni Mubarak, ficou definitivamente para trás.

Israel não gosta

A unidade palestina é considerada crucial por analistas para reviver perspectivas de um Estado palestino independente. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mostrou-se contrariado com o anúncio. Para ele, o acordo não vai assegurar a paz no Oriente Médio e pediu a Abbas que continue afastado do movimento islâmico Hamas.

"A Autoridade Palestina precisa escolher entre a paz com Israel ou a paz com o Hamas. Não há possibilidade de paz com ambos", disse Netanyahu em comunicado transmitido na TV. O Hamas historicamente não reconhece a existência do Estado de Israel e recusa qualquer tipo de negociação.

Com informações da Agência Brasil e Reuters

STF mantém um terço da jornada de trabalho dos professores fora da sala de aula

Ação contestava norma aprovada na lei que estabelece o piso salarial nacional dos professores

Por: Redação da Rede Brasil Atual

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Questão ficou pendente no julgamento sobre a lei do piso como um todo, mas decisão não vale para outros estados (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil - arquivo)

São Paulo – O artigo da lei do piso salarial nacional dos professores que prevê um terço da jornada de trabalho cumprido em atividades de planejamento de aulas foi mantido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Houve empate no julgamento da questão, nesta quarta-feira (27), o que significa que apenas os estados que entraram com a ação ficam obrigados a cumpri-la. Os demais podem recorrer à mais alta corte do país e aguardar novo julgamento.

A ação foi movida pelos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina Mato Grosso do Sul e Ceará. O empate em cinco a cinco ocorreu porque o ministro Dias Toffoli  declarou-se impedido de julgar a causa, por ter atuado na Advocacia Geral da União nessa ação direta de inconstitucionalidade (Adin). Diante do resultado, a ação fica julgada como improcedente, sem que se atribua efeito vinculante às demais unidades da federação.

O parágrafo 4º do artigo 2º da Lei 11.738/2008 dispõe: "Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos". Assim, pelo menos 13 horas e 20 minutos das 40 horas semanais devem ser cumpridos em planejamento de atividades, fora da sala de aula.

O julgamento foi iniciado no dia 6 de abril, no debate sobre a lei como um todo. A maioria de votos reconheceu, na ocasião, a constitucionalidade de se estabelecer um piso nacional para os professores do ensino básico da rede pública. Não houve quórum, porém, para concluir a apreciação da matéria. Os ministros decidiram, então, aguardar o voto do presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, que se encontrava em viagem oficial à Itália.

Peluso votou no sentido de considerar inconstitucional a definição da jornada de trabalho. Como o dispositivo trata de jornada de trabalho, matéria típica do regime jurídico dos servidores, disse o ministro, não existe nenhuma norma que ampare a edição desse texto. Para Peluso, o dispositivo estaria em absoluta dissintonia com a autonomia conferida aos estados para legislar sobre o tema.

A solução de não vincular a decisão para todo o país foi motivo de bate-boca entre ministros. "Vamos convidar as prefeituras do Brasil a não obedecer à lei, dizendo que essa decisão não vincula. O tribunal não legisla para o país. O que está por traz é exatamente isso. Fazer constar isso (não efeito da decisão para todos) significa gerar conflitos”, criticou o relator do caso, ministro Joaquim Barbosa. Celso de Mello, ministro há mais tempo, defendeu a fórmula adotada. "Não obtida maioria, o posicionamento da Corte não tem efeito vinculante", explicou.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Isso que é sexo selvagem… Tá f… para o hipopótamo sair dessa.

 

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Lula, Dilma e o futuro do Brasil

22/04/2011

 

Os brasileiros foram decidindo, ao longo dos últimos anos, o tipo de país que queremos. Lula tornou-se o presidente de todos os brasileiros, ancorado em um modelo econômico e social de democratização do país. Reformulou o modelo econômico e o acoplou indissoluvelmente a políticas sociais de distribuição de renda, de criação de emprego e de resgate da massa mais pobre do país. Dilma pretende consolidar essa hegemonia também no plano político.
Mas a questão essencial, aberta, sobre o futuro do Brasil, não se dará nesses planos: o modelo econômico, submetido a difíceis e inevitáveis readequações, será esse, com aprofundamento e extensão das politicas sociais. A possibilidade do governo consolidar sua maioria e de se intensificar e estender a sangria da oposição, é muito grande.
A questão fundamental que decidirá o futuro do Brasil se dá no plano dos valores. Nosso país foi profundamente transformado em décadas recentes. Esgotado o impulso democrático pela frustração de termos um governo que democratizasse o país não apenas no plano político e institucional, mas também nas profundas estruturas injustas e monopólicas geradas e/ou consolidadas na ditadura, sofremos a ofensiva neoliberal dos governos Collor, Itamar e FHC, que não apenas transformaram o Estado e a sociedade brasileiros, mas também os valores predominantes no país.
O resgate no plano da economia e das relações sociais que o governo Lula logrou - e a que o governo Dilma dá continuidade – não afetou os valores predominantes instalados na década anterior. O justo atendimento das necessidades de acesso aos bens e serviços básicos de consumo da massa mais pobre da população foi acompanhada, pela retomada da expansão econômica, pela continuidade e a extensão dos estilos de consumo e dos valores correspondentes gerados no período anterior.
Que valores são esses? Eles se fundamentam na concepção neoliberal da centralidade do mercado em detrimento dos direitos, do consumidor em detrimento do cidadão, da competição em detrimento do justo atendimento das necessidades de todos. É o chamado “modo de vida norteamericano”, que se difundiu com a globalização e com a hegemonia mundial que os EUA conquistaram no final da guerra fria, com o fim do mundo bipolar e sua ascensão a única potencia global.
Trata-se de uma visão do mundo não centrada nos direitos, na justiça, na igualdade, mas na competição entre todos no mercado, esse espaço profundamente desigual e injusto, que não reconhece direitos, que multiplica incessantemente a concentração de riqueza e a marginalização da grande maioria.
A extensão do acesso ao consumo para todos e o monopólio dos meios de comunicação – concentrados em empresas financiadas pelos grandes monopólios privados – favoreceram que as transformações econômicas e sociais não tivessem desdobramentos no plano da ideologia, dos valores, no plano cultural e educativo. No momento em que a ascensão social das camadas pobres da população ganha uma dimensão extraordinária, o tema dos valores que essas novas camadas que conseguem, pela primeira vez, ter acesso a bens fundamentais, fica em aberto que valores serão assumidos por esses setores, majoritários na sociedade brasileira.
Não por acaso setores opositores, em meio a uma profunda crise de identidade, tentam apontar para essas camadas sociais ascendentes como seu objetivo, para buscar novas bases sociais de apoio. E o próprio governo tem consciência que na disputa sobre os valores desses setores ascendentes se joga o futuro da sociedade brasileira.
Há várias questões pendentes, preocupantes, com que o governo Dilma se enfrenta. As readequações da política econômica não conseguiram ainda dar conta da extensão dos problemas a enfrentar: taxas de juros altas e em processo de elevação, desindustrialização, riscos inflacionários, insatisfação com o aumento do salario mínimo – para citar apenas alguns.
Da mesma forma que as condições em que se dão obras do PAC revela como a acelerada busca dos objetivos do plano não levou devidamente em consideração as condições a que as empreiteiras submetem as dezenas de milhares de trabalhadores das obras mais importantes do governo federal. Jirau, Santo Antonio, Belo Monte – são temas que estão longe de ter sido devidamente equacionados.
As mudanças, mesmo se de nuance, na politica externa, suscitam perguntas sobre se a equilibrada formulação de perseguir o respeito aos direitos humanos sem distinção do país, se reflete na realidade, quando inseridas em um mundo extremamente assimétrico, em que, por exemplo, o Irã é denunciado, enquanto os EUA – por Guantánamo – e Israel – pela Palestina – não são tratados da mesma forma. Em que a Líbia é bombardeada, enquanto se trata de maneira diferenciada a países em que se dá o mesmo tipo de movimento opositor, como o Iémen e o Bahrein, para citar apenas alguns casos. Se iniciativas que impeçam que se trate, objetivamente, de dois pesos, duas medidas, não forem tomadas, o equilíbrio que se busca não se refletirá no conflitivo e desequilibrado marco de relações internacionais.
Mas a questão estrategicamente central - mencionada anteriormente - é a questão das ideias, dos valores, da cultura, das formas de sociabilidade. Nisso, as dificuldades na politica cultural (retrocessos, isolamento politico, ausência de propostas, falta de consciência da dimensão da politica cultural no Brasil contemporâneo), na educativa - com a indispensável e estreita articulação entre politicas educativas e culturais - e o seu desdobramento fundamental nas politicas de comunicação, são os elementos chave. Com a integração das políticas sociais – do Bolsa Família às praças do PAC -, das politicas de direitos – dos direitos humanos aos das mulheres e de todos os setores ainda postergados no plano da cidadania plena – deveria ir se constituindo uma estratégica ampla e global para promover e favorecer formas solidárias e humanistas de sociabilidade. Para que estejamos a favor do governo não apenas porque nossa situação individual está melhor, mas porque o principal problema que o Brasil arrasta ao longo do tempo – a desigualdade, a injustiça social, a marginalização das camadas mais pobres – tem tido respostas positivas e sua superação é o principal objetivo do governo.
Foi criada no Brasil uma nova maioria social e politica, que elegeu, reelegeu Lula e elegeu Dilma. Trata-se agora de consolidar essa nova maioria no plano das ideias, dos valores, da ideologia, da cultura. Esse o maior e decisivo desafio, que vai definir a fisionomia do Brasil da primeira metade do século XXI.

Repostado do blog do Emir Sader

O XII Plano quinquenal chinês: adeus a “Chimérica”

 

 

A Assembleia Popular Nacional da China aprovou o XII Plano Quinquenal. Com suas novas linhas diretrizes, dentro de cinco anos a República Popular da China pretende ser mais verde e mais social, igualitária, urbana e educada. O plano propõe a despedida da “Chimérica”, a assombrosa interdependência econômica entre a China e os Estados Unidos. Os chineses querem, em um futuro próximo, exportar melhores produtos, produtos de alta qualidade, e, para isso, estão investindo massivamente em educação, na pesquisa tecnológica em suas indústrias estratégicas e na importação de tecnologia. O artigo é de Michael Krätke.

Michael R. Krätke - SinPermiso

A medida que norteamericanos e europeus vão sendo estrangulados pelos planos de austeridade, as exportações alemães dirigem seus olhos para o Leste: ali segue prosperando uma necessidade gigantesca. Os países emergentes (China, Brasil e Índia) foram os que escaparam mais rapidamente da crise financeira mundial de 2008-2009, ainda que não sem alguns arranhões: a queda das exportações na China em 2009 arrastou consigo a produção, que caiu quase 21%, provocando o fechamento de várias empresas e o desemprego massivo nas províncias costeiras. Mais de 11 milhões de trabalhadores imigrantes perderam seu trabalho e a taxa oficial de desemprego subiu para 9%.
Apesar de tudo isso, a China poderia ter saído da crise em pior situação: apenas se fecharam alguns bancos. Enquanto prosseguiam as turbulências nos mercados financeiros, o governo do primeiro ministro Wen Jiabao decidiu reconfigurar Shangai como centro financeiro internacional e promover Hong Kong como centro financeiro offshore para os próprios títulos do Estado. Ao mesmo tempo, aprovou um pacote de estímulos fiscais de aproximadamente 590 bilhões de dólares. As províncias não ficaram atrás e injetaram bilhões de yuans em suas respectivas economias regionais. Nada de meias medidas: o pacote de estímulo conjuntural só pode ser comparado ao implementado por Barack Obama.
Estes programas permitirão o financiamento de uma série de medidas que sugerem uma reorientação do modelo de exportação chinês, com vistas a uma completa transformação da economia. Este Plano Quinquenal, cujas linhas principais foram esboçadas ano passado e aprovadas agora na Assembleia Popular Nacional da China, deixa isso bem claro. O governo compreendeu as lições da crise e quer mudanças. Festejado como o “primeiro plano quinquenal verde da história da China”, o plano prevê, para 2015, um país mais verde e mais social, igualitário, urbano e educado.
O Partido Comunista Chinês fixou uma meta de crescimento econômico médio de 7% até 2015. Um crescimento pausado, uma clara redução do consumo de energia e matéria primas, salários reais mais altos, um aumento do consumo privado, uma expansão do setor de serviços, um estado social mais generoso e melhor equipado: tudo isso tem consequências para a economia mundial.
O que se propõe aqui é nada mais nada menos que a despedida da “Chimérica”, a assombrosa interdependência econômica entre a China e os Estados Unidos. Os chineses querem, em um futuro próximo, exportar melhores produtos, produtos de alta qualidade, e, para isso, estão investindo massivamente na pesquisa tecnológica em suas indústrias estratégicas e na importação de tecnologia. Em última instância, a China diminuirá seu peso na balança comercial com os EUA e também a quantidade de dívida estadunidense em dólares em suas mãos. Isso coloca a pergunta sobre quem refinanciará, no futuro próximo, o déficit estatal estadunidense, caso os chineses prefiram investir seu dinheiro em matérias primas e empresas estrangeiras ao invés dos títulos do tesouro dos EUA.
Investimento em educação
A China quer acelerar a mudança estrutural de olho nas novas indústrias estratégicas como são as tecnologias da informação, as biotecnologias, os combustíveis não fósseis, as tecnologias ambientais, as novas matérias primas, os meios de transporte alternativos (automóveis híbridos e elétricos) e a tecnologia de ponta (trens de alta velocidade, satélites, “fábricas inteligentes”). Seu volume no Produto Interno Bruto do país deve aumentar 3% até 2015. A expansão do moderno de setor de serviços seria encarregada de domar o tigre do desemprego – até o momento o principal argumento contra o freio à economia exportadora – e o tigre da inflação (atualmente em torno de 4%).
O XII Plano Quinquenal parece ter sido pensado conscienciosamente: do ponto de vista macroeconômico, anima-se o mercado interno exclusivamente por meio de projetos macroeconômicos, isto é, construindo redes de transporte e energia ao longo do gigante asiático. Para fundamentar esta mudança com o potencial intelectual do país, se investirá massivamente (ao contrário do que ocorre hoje na Alemanha, por exemplo) em educação e pesquisa. Até 2015, a média de gastos em pesquisa e desenvolvimento deverá aumentar do atual 1,75% do PIB para cerca de 4%.
Pela primeira vez, o plano quinquenal contém um longo capítulo sobre a mudança climática. A China segue sendo o maior consumidor de energia do mundo e preocupa por suas elevadas emissões de dióxido de carbono. Mas a República Popular da China quer agora substituir o carbono por energias limpas e reduzir até 2015, em cerca de 17%, as emissões poluidoras em relação aos seus resultados econômicos (e entre 40% e 45% até 2020).
Para isso se comprometerá a investir um terço da arrecadação de impostos no desenvolvimento de energias renováveis. No momento, as empresas chinesas estão obrigadas por lei a prover seu consumo elétrico com fontes de energia alternativas, o que fará a China dispor da mesma quantidade de geração de eletricidade eólica e solar que a já alcançada pelos EUA. O programa atômico, no entanto, será mantido e não se fala de desconexão. A capacidade atual de 10,8 gigawatts dos 13 reatores atômicos existentes deverá receber o reforço de outros 40 gigawatts até 2015, provenientes de novas centrais atômicas. Isso agradará aos construtores de reatores atômicos da Alemanha e da França, que se jactam de ter as instalações mais seguras do planeta.
(*) Michael R. Krätke é membro do Conselho Editorial de Sinpermiso, professor de Política Econômica e Direito Tributário na Universidade de Amsterdã, pesquisador associado do Instituto Internacional de História Social desta mesma cidade e catedrático de Economia Política e diretor do Instituto de Estudos Superiores da Universidade de Lancaster, no Reino Unido.
Tradução: Katarina Peixoto

Carta Maior – 27/04/2011

DILMA REJEITA A PAZ SALAZARISTA DOS CEMITÉRIOS

 

Expectativa de manutenção dos juros baixos nos EUA, a ser sancionada na  reunião do FED  desta quarta-feira,  provocou desvalorização mundial do dólar ontem, com recordes de baixa no Brasil, Austrália, África do Sul e Noruega. Juro baixo  nos EUA e liquidez ilimitada explicam a perda de competitividade das exportações industriais de países em desenvolvimento --o que é péssimo. Explicam também a voragem dos capitais especulativos que tomam de assalto os derivativos de commodities, elevando os preços dos alimentos  para disseminar fome e inflação em todo o planeta.  O antídoto oferecido pela ortodoxia equivale a apagar incendio com o lança-chamas:  um devastador 'choque de juros' para conter uma alta de preços que  independe em certa medida da demanda interna. Ontem, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Dilma, Mantega e outros  (leia reportagem nesta pág) deram um chega para lá no jogral mercadista sonorizado pela mídia demotucana. A exemplo do salazarismo dominante em Portugal entre 1932 e 1968, o que se pretende é embalsamar o Brasil em um formol de inflação baixa, com desemprego alto e juros explosivos. Em resumo, a velha e nostálgica paz dos cemitérios rentistas.  O funeral foi  descartado de maneira lapidar pela Presidenta da República quando disse: "...sempre  é melhor enfrentar os problemas do crescimento do que os problemas do desemprego, da falta de renda, da falta de investimento e da depressão econômica".

(Carta Maior; 4º feira, 27/04/2011)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Riocentro: após 30 anos, vem à luz agenda do terror

 

Arquivo

No meio do caminho entre o Brasil da ditadura e o Brasil redemocratizado há um Puma flamejante

O país provavelmente seria outro se uma das bombas transportadas no veículo não tivesse explodido no colo do terror.

A coisa aconteceu, como se sabe, em 30 de abril de 1981. Já lá se vão 30 anos. E o Puma ainda arde na enciclopédia como chama mal explicada.

Os repórteres Chico Otavio e Alessandra Duarte levam às páginas deste domingo (24) uma notícia que traz à luz pedaços sombreados da história.

A dupla apalpou a agenda do sargento Guilherme Pereira do Rosário, em cujo colo explodiu, por imperícia, a bomba do Riocentro.

O sargento morreu. Seu acompanhante, o capitão Wilson Machado, feriu-se gravemente. Realizaram-se dois inquéritos militares.

O primeiro, de 1981, terminou em farsa. O capitão ferido na explosão declarou-se vítima, não autor do atentado.

Em notas, o Exército endossou a versão burlesca. O general Figueiredo, presidente de então, prometera prender e arrebentar quem se opusesse à abertura.

Porém, entre o cumprimento da promessa e a preservação da unidade militar, Figueiredo optou por fingir que não havia um Puma desafiando sua autoridade.

No segundo inquérito, de 1999, as conclusões migraram da farsa para a pantomima, do inacreditável para o inaceitável.

Ficou entendido que o sargento morto e o capitão ferido eram responsáveis pela explosão, não vitimas.

Incriminaram-se outros dois personagens: o oficial do Exército Freddie Perdigão e o civil Hilário Corrales.

Porém, o STM (Superior Tribunal Militar) absteve-se de punir os terroristas da linha dura. Entendeu-se que a ação deles estava coberta pela lei da anistia.

Foi num volume desse segundo inquérito, mandado ao arquivo em 2000, que os repórteres localizaram a agenda do sargento morto Guilherme Rosário.

A peça –um caderninho marrom que cabe na palma da mão— foi recolhida no local da explosão por um tenente, Divany Carvalho Barros.

Traz anotados, com a caligrafia de Guilherme Rosário, 107 nomes e seus respectivos telefones.

Cruzando dados da época com informações atuais, os repórteres lograram identificar metade dos nomes da agenda.

Descobriu-se uma autêntica rede de pessoas envolvidas com tortura e espionagem.

Há na agenda membros do “Grupo Secreto”, organização paramilitar de direita que deflagrou uma série de atos terroristas para tentar deter a abertura política.

Constam também da lista: militares da chamada comunidade de informações, agentes da Secretaria estadual de Segurança e representantes da sociedade civil.

De resto, o sargento anotara em sua caderneta telefones de meios de comunicação, para os quais ligaria a fim de comunicar sobre atentados.

Todo esse manancial de dados foi ignorado como pista na pseudoinvestigação. Muitos dos nomes da agenda permanecem vivos.

Contactados, disseram não se recordar do sargento da explosão. Não souberam explicar, porém, como seus nomes foram parar na agenda.

Retorne-se ao início: a abertura política iniciada nos anos 80 pelo general Geisel teria tomado outro rumo se a turma do Puma não tivesse se auto-implodido.

Se as bombas explodissem como planejado, haveria pânico e morte num show musical apinhado que se realizava no Riocentro.

Os “comunistas” seriam responsabilizados pelo sangue. A abertura provavelmente seria mandada ao beleléu.

Prevaleceria um Brasil de linha dura, que desaguaria em mais selvageria, nunca no Tancredo Neves do Colégio Eleitoral.

A nova reportagem não apaga o Puma do verbete. Ele continua lá, ardendo. Mas os dados ajudam a recontar um pedaço da história que muitos, ainda hoje, prefeririam esconder.

Repostado a partir do Blog do Josias de Sousa

Uma ceia pouco santa!

Uma ceia pouco santa!

  Aroeira

Repostado do Blog do Josias de Sousa

domingo, 24 de abril de 2011

A história biológica do Pelicano e sua gula na Ilha

Pelicano

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Pelecanus conspicillatus

Classificação científica

Reino:

Animalia

Filo:

Chordata

Classe:

Aves

Ordem:

Pelecaniformes

Família:

Pelecanidae
Rafinesque, 1815

Género:

Pelecanus
Linnaeus, 1758

Espécies

Ver texto

O pelicano é uma ave da ordem dos pelecaniformes, família Pelecanidae. A sua principal característica é o longo pescoço que contém uma bolsa na qual armazena o alimento. Assim como a maioria das aves aquáticas, possui os dedos unidos por membranas. Os pelicanos são encontrados em todos os continentes, excepto na Antártida.

Eles podem chegar a medir 3 metros de uma asa a outra e pesar 13 quilogramas, sendo que os machos são normalmente maiores e possuem o bico mais longo do que as fêmeas. Pratica uma dieta restrita aos peixes, apesar de já ter sido documentado um pelicano a comer uma pomba. (Ui !!!)

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Na atualidade existe um “pelicano da boca grande” que nasceu e cresceu em Mosqueiro, tendo a diéta baseada em peixes e pombas, contudo, nos últimos tempos essa ave bicuda ou bocuda está papando tudo que está ao seu alcance. É um Pelicano bastante egoista, pois come tudo sozinho, não deixando nenhuma sobra de comida  para outras aves raras que chegaram recentemente na ilha, como os “tucanos do bico amarelo” e os “patos da família lesus”. Essa ave de rapina não está deixando nem restos para outros animais da fauna amarela mosqueirense. Assim, em breve vai acabar ocorrendo um “pelicanocídio” em Mosqueiro, o problema vai sobrar para a polìcia descobrir que vai ser o “pelicanocida”.

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Assim, a situação tá posta na Ilha: “enquanto o pelicano come e engorda, os tucanos e patos lambem os bicos secos”

Quase todo o genoma humano se expressa no cérebro

 

Quase todo o genoma humano se expressa no cérebro
Antonio Carlos Prado e Juliana Dal Piva

Brilhantes cérebros humanos, no caso os dos cientistas do Allen Institute For Brain Science, anunciaram em Washington mais uma descoberta envolvendo o próprio cérebro humano: nele estão expressos pelo menos 82% de todo o nosso genoma. Foram quatro anos de pesquisa e um orçamento de US$ 55 milhões para que eles conseguissem concluir o maior mapeamento computadorizado de nossos neurônios e neurotransmissores, abrindo caminho para tratamentos eficazes de enfermidades como esclerose múltipla, doença de Parkinson e dependência química.

Repostado da revista eletrônica Istoé-24/04/2011

Valor gasto pelo país com juros pagaria 15 programas como o Bolsa Família

Gastos com juros do setor público devem atingir R$ 230 bilhões

Escrito por: Valor Econômico/ Sergio Lamucci

Os gastos com juros do setor público devem atingir cerca de R$ 230 bilhões neste ano, o equivalente a 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB), quase 15 vezes os R$ 15,5 bilhões que o governo federal deve destinar ao Bolsa Família em 2011. É um aumento considerável em relação aos R$ 195 bilhões de 2010, ou 5,3% do PIB. Neste ano, ciclo de aumento da taxa Selic e a inflação em alta contribuem para elevar os gastos financeiros do setor público.

O custo efetivo do endividamento líquido do setor público - que inclui, além da União, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e da Eletrobrás - também tem sido puxado para cima pela forte acumulação de reservas internacionais e pelas operações de capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pelo Tesouro.

Para comparar com outra despesa pública importante, os R$ 230 bilhões de juros equivalem a pouco menos de seis vezes os R$ 40,1 bilhões de gastos que foram autorizados para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

No começo do ano, os gastos com juros superaram pela primeira vez os R$ 200 bilhões no acumulado em 12 meses, somando R$ 205 bilhões em fevereiro, nessa base de comparação.

A alta da taxa Selic, que corrige 35% da dívida interna em títulos do Tesouro, ajuda a elevar esse custo em 2011, diz o economista Maurício Oreng, do Itaú Unibanco. Em 2011, os juros básicos já subiram 1 ponto percentual, devendo aumentar mais 0,5 ponto na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de amanhã, para 12,25% ao ano, segundo a maior parte dos analistas. Há também as operações compromissadas, pelas quais o Banco Central vende papéis ao mercado e os recompra depois de um determinado prazo, cujo custo é ligado à Selic. No fim de fevereiro, o saldo dessas operações era de R$ 360 bilhões.

Além dos juros em alta, a inflação ascendente também aumenta os gastos financeiros do setor público, lembra o economista Marcos Fantinatti, da MCM Consultores. Da dívida em títulos do governo federal, 30% são indexadas a índices de preços. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou 2010 em 5,9%, já acumula alta de 6,3% nos 12 meses até fevereiro. Nessa base de comparação, deve superar os 7% no começo do terceiro trimestre. "A elevação do juro implícito [o custo efetivo da dívida] do ano passado para 2011 será mais explicado por Selic e inflação em alta", afirma Fantinatti.

Ele projeta despesas com juros de R$ 236 bilhões neste ano, ou 5,8% do PIB. Há quem espere gastos mais modestos, mais próximos de 5% do PIB (cerca de R$ 205 bilhões) e quem veja despesas na casa de 6% do PIB R$ 246 bilhões). Se ficarem neste ano acima de 5,3% do PIB, o nível registrado em 2010, será a primeira vez desde 2005 que as despesas com juros vão subir nessa base de comparação.

O economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria, projeta elevação dessas despesas neste ano, para 5,6% do PIB, chamando atenção para os custos salgados da acumulação de reservas.

O Brasil gasta tanto com juros porque tem uma dívida líquida ainda elevada, embora sua trajetória seja cadente e não haja risco de insolvência do setor público. Em fevereiro, por exemplo, ela estava em 39,9% do PIB, patamar maior que o de outros emergentes, como os cerca de 16% do PIB da China, 22% do PIB da Tailândia ou 34% do PIB do México, segundo números da agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) para 2010. Sobre essa dívida, incide um juro bastante elevado, como lembra Oreng.

Nos últimos meses, o custo efetivo sobre a dívida líquida, dado pela chamada taxa implícita, subiu consideravelmente. No acumulado em 12 meses, passou de 14,4% em setembro do ano passado para 15,5% ao ano em fevereiro de 2011. É um patamar bem superior ao da taxa Selic, hoje em 11,75%.

O processo de forte acumulação de reservas internacionais, hoje acima de US$ 300 bilhões, e a maciça injeção de dinheiro do Tesouro no BNDES são dois dos principais motivos para o fenômeno de descolamento da taxa implícita e da Selic, diz o economista José Roberto Afonso, consultor técnico do Senado.

O aumento das reservas e a capitalização do BNDES elevaram o descompasso entre as taxas que corrigem os créditos e os débitos públicos, nota Afonso. Um ponto importante é que os gastos com juros são o saldo líquido entre o que o setor público gasta e o que recebe de juros.

No caso das capitalizações do BNDES, o Tesouro fica com crédito atrelados à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), em 6% ao ano, enquanto seus débitos são vinculados à Selic.

Os créditos do governo federal junto ao BNDES, que eram de R$ 35 bilhões no fim de 2008, totalizavam R$ 236,7 bilhões em fevereiro deste ano.

A acumulação de reservas também tem custos elevados. Ao comprar dólares, o BC injeta reais na economia, que são retirados de circulação por meio das operações compromissadas. As reservas são aplicadas no exterior, a taxas baixíssimas, enquanto o custo para o setor público está ligado ao juro básico.

Repostado do portal da CUT-Nacional

EUA pagam caro por seu declínio de liderança entre potências do mundo

 

Por: Chrystia Freeland, da Reuters

Publicado em 24/04/2011

EUA pagam caro por seu declínio de liderança entre potências do mundo

Barack Obama, dirigente de um país em crise permanente (Foto: ©Jim Young/Reuters)

NOVA YORK (Reuters) - Política econômica deixou de ser apenas uma preocupação interna. Isso é o que devemos concluir depois da instabilidade do mercado essa semana, incluindo a mudança da Standard & Poor em relação aos EUA, que deu com uma perspectiva negativa devido à elevada divida pública, e a reunião do FMI e do Banco Mundial.

Isso é um fato comum para os países menores. As nações emergentes há muito tempo já entenderam que julgamentos realizados em Wall Street ou na sede do FMI em Washington muitas vezes têm mais poder para moldar a sua política econômica do que as propostas dos seus próprios ministros de finanças e diretores do banco central. Mais recentemente, países fiscalmente mais fracos como Grécia, Irlanda e Portugal aprenderam essa lição, também.

Agora, quando o poder relativo dos EUA na economia global está caindo, essa é uma realidade com a qual os norte-americanos têm que aprender a conviver. Esse é um dos recados importantes que a decisão da S&P do começo dessa semana mandou, ao colocar os EUA sob uma perspectiva negativa. Isso é basicamente um aviso que a agência de classificação não tem mais a certeza que os EUA vão manter a sua classificação

Primário

Há uma série de razões para que o alerta do S&P seja encarado com cautela. Primeiro porque as agências de classificação não acertaram seus prognósticos no período que antecedeu a crise financeira e, certamente, não merecem status de oráculo hoje em dia, se é que alguma vez mereceram.

Por outro lado, o alerta da S&P não foi uma novidade. Com um déficit orçamentário de 10 por cento no ano passado, e com a dívida interna de 91,6 por cento do PIB, era óbvio há algum tempo que as finanças públicas dos EUA estavam um caos. Não precisava ser um gênio para concluir isso. A divida e o déficit se tornaram uma questão importante. Vide o crescimento do movimento Tea Party --um movimento social e político conservador de ultradireita--, que tem dominado os debates políticos em Washington nos últimos seis meses.

Mas há uma boa razão para que a perspectiva negativa da S&P tenha atraído tantas manchetes. Ela foi um lembrete de que a política econômica dos EUA não se prendia apenas aos debates em Washington ou a o que acontece nas convenções partidárias de Iowa. A política econômica dos EUA precisa se reunir com os mercados globais e com os credores estrangeiros também.

Isso é uma velha história para todos os outros países do mundo. Mas os EUA estavam acostumados a ser a economia dominante no mundo e a ser o dono da máquina de impressão das suas reservas. As duas coisas ainda são verdadeiras, mas menos do que antes. Além disso, pelo seu tamanho, a dívida colossal dos EUA significa que eles já estão dependendo da confiança dos compradores estrangeiros dos títulos do Tesouro Americano, incluindo governos que administram gigantescos superávits, como a China.

Isso quer dizer que as decisões econômicas nacionais, como gastos do governo ou a taxa de tributação, não são mais exclusivamente questões nacionais. Nos orgulhosos dias do chamado Consenso de Washington, após o colapso do muro de Berlim e do triunfo do capitalismo ocidental, experts americanos e legisladores se acostumaram a emitir decretos de Washington sobre como os mercados emergentes deviam administrar suas economias. O inverso ainda não é verdade, mas a ação da S&P é um sinal de que os EUA precisam começar a pensar sobre como sua política econômica vai refletir em Pequim e Dubai, assim como em Washington e New Hampshire.

Não é apenas a divida e o déficit que estão fazendo com que a política econômica seja econômica seja uma preocupação internacional. Como as reuniões do FMI e do Banco Mundial revelaram, uma das consequências da globalização foi de dar mais força internacional às decisões econômicas internas.

Essa não é uma noção completamente nova para os EUA. As queixas dos EUA sobre a política cambial da China e sua estratégia de crescimento devido às exportações, são um claro exemplo da convicção pública que a estratégia econômica interna de um país, é uma questão importante e legítima para debates internacionais.

Agora o resto do mundo está começando a tomar a mesma posição que os EUA. Na semana passada, em Washignton, o ministro de finanças do Brasil, Guido Mantega, reclamou que a política do Federal Reserve projetada para ajudar os EUA a se recuperar da sua pior crise financeira desde a Grande Depressão começou a ter consequências inesperadas e malignas em outras partes do mundo.

Baixas taxas de juros em países como os EUA, alertou Guido Mantega, "foram o gatilho primário de muitos dos problemas econômicos atuais."

"Coações políticas internas tem sido muito facilmente aplicadas por países emissores de reservas monetárias, como um motivo para adotar medidas monetárias ultra expansivas," ele disse numa declaração ao comitê de políticas do FMI. "Mas isso não muda o fato de que essas políticas geram excedentes que dificultaram a vida de outros países."

Mantega não é o único a se preocupar. Durante uma mesa redonda em Bretton Woods, na qual foi o moderador há algumas semanas, Andrés Velasco, ex-ministro das finanças do Chile alertou: "Então, se você é o Brasil hoje ou se é um dos muitos países do resto do mundo, você olha pela janela e vê um tremendo tsunami de riqueza vindo na sua direção. E isso, que poderia ter sido bem vindo em outros tempos, eu e muitos habitantes desses países vemos como uma visão realmente aterradora. Por quê? Porque esse tsunami dificultará a sua política, a sua vida, caso você seja ministro, muito desagradável e os seus macro vantagens e desvantagens realmente muito afiados".

Quando pensamos sobre as questões espinhosas da política externa, pensamos primeiro sobre a tumultuada intervenção na Líbia ou na guerra agonizante no Afeganistão. Mas o verdadeiro desafio de administrar as relações entre os países é o problema apontado por Velasco, Mantega e a S&P: administrar o mundo em que a minha política econômica doméstica é o seu tsunami econômico internacional.

Repostado do portal Rede Brasil Atual-CUT

Após ser "enterrado", desempregado reaparece em Ribeirão Preto

24/04/2011

LIGIA SOTRATTI
DE RIBEIRÃO PRETO

Um homem de 33 anos foi reencontrado um dia depois de a família ter feito o enterro do corpo errado em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo).

O desempregado Ronaldo Donizetti Costa, 33, foi achado por amigos na última quinta-feira (21) à noite.

O reencontro com a família aconteceu na sexta-feira (22) de manhã. De acordo com o cunhado de Costa, o carteiro Cleiton Mendes Valim, 29, amigos encontraram o rapaz perto do parque Tom Jobim e ligaram para a família.

A confusão começou após a família ver uma reportagem da EPTV (afiliada da rede Globo) sobre um homem que morreu em frente à Santa Casa no último dia 17.

Costa estava desaparecido havia três meses e seus parentes acharam que aquele homem pudesse ser ele.

Três familiares foram então ao IML (Instituto Médico Legal) e fizeram o reconhecimento do corpo.

Em São Carlos, no início deste mês, uma família também enterrou o corpo errado. Só que, naquele caso, o IML do Paraná --onde o jovem morreu-- trocou os corpos. O enterro certo foi no dia 15.

Repostado do portal UOL

Terra à vista! – ou parcelada em 511 vezes sem juros

 

por Leonardo Sakamoto*

Minha singela homenagem à lembrança do 22 de abril de 1500. Lembrando que nada disso é novidade, mas como cismam em comemorar a data…

1252 Terra à vista! – ou parcelada em 511 vezes sem juros

Nas últimas linhas da carta que relata o início da invasão portuguesa (“descobrimento”? Há! Sei…) de Pindorama a dom Manuel, rei de Portugal, Pero Vaz de Caminha se aproveita do cargo e da oportunidade para pedir um favorziho. Se a graça foi ou não concedida, não faço idéia e nem quero saber. Afinal, Inês é morta, ou melhor, Pero Vaz. Porém, a utilização do público para atender a interesses privados perdurou durante toda a nossa história – situação que permeia das grandes somas das grandes obras ao cafezinho trocado pela multa na beira da estrada. Culpa do escrivão, porque “aqui se plantando tudo dá”? Nem. Culpa nossa.

“E pois que, senhor, é certo que, assim neste cargo que levo, como em outra qualquer cousa que de vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida. A ela peço que, por me fazer graça especial, mande vir da Ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro – o que d’ela receberei em muita mercê. Beijo as mãos de Vossa Alteza. Deste Porto Seguro, da vossa Ilha da Vera Cruz”

Se a história pode ser escrita com segundas intenções, é reescrita para atender necessidades das mais diversas. Por exemplo, o surgimento de estudos mequetrefes que ignoram séculos de presença de comunidades tradicionais, provando com documentos honestos do 2º Cartório de Registro de Imóveis Faz-Me Rir que um pedaço de chão pertence, desde as capitanias hereditárias, à família que precisa continuar vendendo matéria-prima para uma determinada indústria importante. No ritmo em que vão as coisas, se for deixar a elaboração dos livros didáticos na mão desse povo, não me surpreenderia que fossem feitas algumas atualizações.

“Em 22 de abril de 1500, o empresário português Pedro Álvares Cabral, quando chegou em missão ao Sul da Bahia, estabeleceu comércio com os empreendedores do setor madeireiro, e sua pujante economia, trocando miçangas por toras de eucalipto – o que foi altamente lucrativo para os locais. A primeira missa foi celebrada com a presença de dezenas de operários – entre os turnos da tarde e da noite – de forma a não prejudicar a produção. O bispo, que rapidamente se tornou amigo dos maiores proprietário de terra locais, abençoou aquela união e benzeu o local onde seria erguido o porto para escoamento de mercadorias…”

PS: Sensacional o 22 de abril cair logo em uma Sexta-Feira Santa, não? Se nosso Estado não fosse laico, na teoria e na prática, acharia que isso seria uma fina ironia dos deuses…

*Publicado originalmente no Blog do Sakamoto.

(Blog do Sakamoto)

A cara da mídia nativa

 

A cara da mídia nativa
Sem dúvida o aspecto mais chocante no episódio da blitz da Lei Seca, no Rio, que flagrou Aécio Neves dirigindo com habilitação vencida e metabolicamente impossibilitado de soprar o bafômetro, não foi o fato em si , mas o comportamento da mídia demotucana. Os blindados da 'isenção' entraram em cena para filtrar o simbolismo do incidente, 'um episódio menor', na genuflexão de um desses animadores da Pág 2 da Folha. Menor? Não, nos próprios termos dele e de outros comentaristas do diário em questão. Recordemos. Em 24 de novembro de 2004, Lula participou da cerimônia de inauguração de turbinas da Usina de Tucuruí, no Pará. No palanque, sentado, espremido entre convidados, o presidente comeu um bombom de cupuaçu, jogou o papel no chão. Fotos da cena captada por Luiz Carlos Murauskas, da Folha, saturaram o jornalismo isento ao longo de dias e dias. Ou melhor , anos e anos. Sim, em 2007, por exemplo, dois colunistas do jornal recorreriam às fotos de Tucuruí para refrescar o anti-petismo flácido do eleitor que acabara de dar um novo mandato a Lula. O papel do bombom foi arrolado por um deles como evidencia de que o país caminhava a passos resolutos para a barbárie: "Só falta o osso no nariz', arrematava Fernando Canzian (23-07-2007) do alto de sofisticada antropologia social. Sem deixar por menos, Fernando Rodrigues pontificaria em 09-04-2007: "...Respira-se em Brasília o ar da impunidade. Valores republicanos estão em falta. Há exemplos em profusão (...) em 2004, Lula recebeu um bombom. ... O doce foi desembrulhado e saboreado. O papel, amassado. Da mão do petista, caiu ao chão. Lula seguramente não viu nada de muito errado nesse ato. Deve considerá-lo assunto quase irrelevante. ...Não é. No Brasil é rara a punição -se é que existe- para pequenas infrações como jogar papel no chão. Delitos milionários também ficam nos escaninhos do Judiciário anos a fio (...) Aí está parte da gênese do inconformismo de alguns, até ingênuos, defensores de uma solução extrema como a pena de morte. Gente que talvez também jogue na calçada a embalagem do bombom de maneira irrefletida. São "milhões de Lulas", martelava o jingle do petista. São todos a cara do Brasil..."

(Carta Maior; Domingo, 24/04/2011)

sábado, 23 de abril de 2011

Muito obrigado!!! Aos 20 mil visitantes, simpatizantes, seguidores (e odiadores) do blog mais visitado da Ilha de Mosqueiro

 

 

O Blog PT de Mosqueiro agradece a todos os seus visitantes, seguidores (e odiadores -- os amarelões) pelos 20 mil acesso alcançados na tarde de hoje (23/04/2011). Quando o blog foi criado, há um ano atrás (dia 9 de abril de 2010), nascia das ideias e ações discutidas e planejadas democraticamente pela nova Coordenação do Diretório Distrital do PT em Mosqueiro, sob a presidência do professor Leirson Azevedo, a intenção do blog era contribuir para difundir e ampliar os fundamentos ideologicos petistas na ilha: partido socialista, de massas e organizador dos movimentos sociais. Pelo sucesso alcançados nesse primeiro ano de existência, achamos, humildimente, que conseguimos dar conta do “recado petista”, e assim, levar aos nossos militantes, simpatizantes (e também, por que não, aos nossos antipatizantes da direita amarelona que diariamente acessam o blog mais vermelho de ‘Moscow’) matérias, artigos, informações, idéias, poesias, charges etc, defendendo -- e quando necessário criticando –- a forma de organização/ação do PT e de seus governos, nas suas várias escalas de atuação:  da distrital a nacional, bem como, criticar os patrões, seus partidos e governos de direita que historicamente sempre ‘usaram e abusaram’ da classe trababalhadora brasileira. Também, como é da nossa compreensão e formação, achamos que “não só de formação política se faz um cidadão crítico e conhecedor de seus problemas”, o blog PT de Mosqueiro, já na sua mensagem de boas vindas lembra que aqui, “também debatemos temas gerais sobre política, economia, sociedade, cultura, meio ambiente, bem como temas irreverentes que ocorrem no Mundo, no Brasil, no Pará, mas em especial na ‘Moca". Dessas 20 mil visitas, a grande maioria, com certeza, é de internautas “mal-criados” que lutam para mudar para melhor a vida da classe trabalhadora de Mosqueiro, do Pará, do Brasil e do mundo.

Nossos agradecimentos especiais ao militante histórico do Partido dos Trabalhadores de Mosqueiro, Antônio Rodrigues, mais conhecido como “Rato”, pois foi o “Rato” o trabalhador-idealizador e verdadeiramente o criador do blog mais vermelho, socialista, crítico, visitado, festejado (e invejado) do arquipélago de Mosqueiro. Valeu!!! Antônio-Rato, o comandante oficial do blog.

Segue abaixo as nossas logomarcas oficiais: “PT e Mosqueiro tudo a ver”

PT de Mosqueiro

Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Imagem de satélite do arquipelágo de Mosqueiro-Belém-Pará
Bem-vindo ao blog do PT de Mosqueiro, aqui nós discutimos a organização e atuação do Partido dos Trabalhadores nas relações sociopolíticas e econômicas do Brasil e do Pará. Também debatemos temas gerais sobre política, economia, sociedade, cultura, meio ambiente, bem como temas irreverentes que ocorrem no Mundo, no Brasil, no Pará, mas em especial na "Moca". Obrigado por sua visita e volte sempre!

Como recordar e viver, vamos lembrar o nascedouro do blog, destacando as três primeiras postagens realizadas no dia 9 de abril de 2010: a primeira um pequeno texto chamando a atenção da chegada do blog PT de Mosqueiro a ‘blogosfera,’ entitulado: “ Chegamos Companheiros!!!”; a segunda uma agenda de organização, formação e luta: PLANEJAMENTO (Abril a Junho 2010) das ações do Diretório Distrital do PT; e a terceira postagem foi uma repostagem do blog da Franssinete Florenzano, cujo o título foi: “O jogo nos bastidores”. Abaixo, as três matérias destacadas acima:

 

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Chegamos Companheiros!!!

Esta é nossa primeira postagem, estamos inaugurando uma nova ferramenta para expor nossas idéias, e esperamos contribuições na forma de textos, fotos, imagens, enfim idéias que possam somar para a continuação de nosso sonho socialista e democrático, abaixo desta postagem inicial publicaremos nosso planejamento para os meses de abril a junho de 2010.

Postado por PT de Mosqueiro às 17:19 0 comentários

 
PLANEJAMENTO (Abril a Junho 2010)

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Planejamento

(abril a junho)

Data

Atividade

Local

Horário

09/04

Sexta Cultural (Responsáveis: AE e PT pra valer)

Diretório

20:00

11/04

Mutirão para a quadra de esportes

Diretório

9:00

16/04

Sexta Cultural (Responsáveis: Unidade na luta e PTLM)

Diretório

20:00

24/04

Formação Política (filiados e simpatizantes)

Diretório

8:00

01/05

Ato Político (Transporte, biblioteca pública, combate à homofobia e combate a criminalização dos movimentos sociais)

Concentração: (cinco bocas)

8:00

07/05

Sexta Cultural (Responsáveis: Ds e Dep. Regina Barata)

Diretório

20:00

15/05

Debate sobre emancipação

Auditório do Honorato

9:00

16/05

Torneio de Vôlei

Diretório

9:00

20/05 ou 21/05

Formação Sindical (profissionais da educação)

Auditório do Honorato

8:00

28/05

Sexta Cultural (Responsáveis: LGBT)

Diretório

20:00

05/06

Formação Política (JPT)

Diretório

8:00

18/06

Arraial Vermelho

Diretório

20:00

20 a 26/06

Semana do Meio Ambiente

Diretório

9:00

13/07

Culminância do Planejamento: Rock 13

Empatas’s Bar (praia do Bispo)

13:00

Postado por PT de Mosqueiro às 17:34 1 comentários

 
O jogo nos bastidores

O deputado federal Jader Barbalho está conversando em Brasília desde a semana passada e Lula está empenhado pessoalmente em fechar a equação para unir a base de apoio para Dilma Roussef . A chapa de Ana Júlia Carepa está sendo costurada assim: para vice, Tião Miranda (PTB), para o Senado, Jader (PMDB) e Anivaldo Vale (PR). Falta só o consultor geral do Estado, Carlos Botelho, o assessor especial da Governadoria e ex-deputado Airton Faleiro e o assessor de Duciomar Costa, Raul Meirelles, pararem de dar corda em Fernando Yamada, lançado para tentar emplacá-lo como vice-governador. Paulo Rocha já aceitou continuar deputado federal, pelo bem do PT.

Repostado do blog da Franssinete Florenzano.

 
Para finalizar as nossas ‘autohomenagens’ estamos destacando abaixo uma postagem que descreve um pouco da ideologia do blog PT de Mosqueiro:
POUCAS PALAVRAS... Frases ilustres

Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem.” Rosa Luxemburgo

A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.” Nelson Mandela

Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.” Karl Marx

“Sentir o carinho dos que não conhecemos, dos desconhecidos que estão velando nosso sonho e nossa solidão, nossos perigos ou nossos desfalecimentos, é uma sensação ainda maior e mais bela, porque estende nosso ser e abarca todas as vidas”. Pablo Neruda

"Se o homem não descobriu algo pelo qual valhar morrer, não está preparado para viver". Martin Luther King

"O ato revolucionário é um ato livre por excelência". Jean Paul Sartre

“A auto-satisfação é inimiga do estudo. Se queremos realmente aprender alguma coisa, devemos começar por libertar-nos disso. Em relação a nós próprios devemos ser 'insaciáveis na aprendizagem' e em relação aos outros, insaciáveis no ensino”. Mao Tse Tung

“A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitoria propriamente dita”. Mahatma Gandhi

"A desobediência é uma virtude necessária à criatividade". Raul Seixas

“Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes”. Paulo Freire

Viva a Ilha de Mosqueiro!!! Viva o PT! Viva o socialismo! Viva a união e luta da classe trabalhadora de todo o mundo contra a opressão dos patrões!!!

Tem alguns blogs e blogueiros de Mosqueiro que estão com dor de cutuvelo!?