Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Bem-vindo ao blog do PT de Mosqueiro, aqui nós discutimos a organização e atuação do Partido dos Trabalhadores nas relações sociopolíticas e econômicas do Brasil e do Pará. Também debatemos temas gerais sobre política, economia, sociedade, cultura, meio ambiente, bem como temas irreverentes que ocorrem no Mundo, no Brasil, no Pará, mas em especial na "Moca". Obrigado por sua visita e volte sempre!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Recursos do governo federal ajudam pouco na educação


27/7/2012 - 10h22

por Giovanni Santa Rosa, da Agência USP

educacao2 Recursos do governo federal ajudam pouco na educação

Grande parte do dinheiro repassado pelo governo federal aos municípios não contribui para tornar o ensino fundamental mais eficiente. É o que mostra a tese de doutorado Eficiência das transferências intergovernamentais para a educação fundamental de municípios brasileiros, defendida pelo professor Josedilton Alves Diniz na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP.

A pesquisa estudou quatro programas de transferência de verbas. Deles, apenas um contribui com a eficiência escolar: o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Já os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) — dos quais 60% são destinados à valorização do magistério —, do Programa Dinheiro Direto na Escola e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar não contribuem para tornar os investimentos em educação mais eficientes.

O trabalho também mostra que os municípios em que o gasto por aluno é maior são muito mais eficientes que aqueles em que esse gasto é pequeno. Um pequeno acréscimo na quantia gasta para cada estudante reflete num acréscimo considerável no desempenho. Nesse sentido, para a validação da qualidade desses gastos, foram testadas algumas hipóteses, chegando-se a conclusão que municípios mais eficientes são aqueles em que os alunos permanecem mais tempo na escola, a quantidade de alunos por sala de aula é menor e o número de alunos por professor é menor.

Para Diniz, a política educacional precisa ser repensada para inserir os municípios nesse diálogo, uma vez que eles conhecem melhor o que cada comunidade precisa. Atualmente, todas as medidas educacionais são adotadas de cima para baixo e o gestor municipal se torna um mero executor de políticas pré-definidas pelo governo federal. Mesmo a discussão sobre os 10% do PIB para a educação está concentrada na esfera federal.

aluno Recursos do governo federal ajudam pouco na educação

Pesquisador aponta que falta do diálogo limita atuação dos gestores locais. Foto: Marcos Santos / USP Imagens

O pesquisador também ressalta a necessidade de rever a política de valorização do magistério, já que, mesmo com a maioria dos recursos do Fundeb destinados a esse fim, ela não tem sido capaz de tornar a educação mais eficiente. Diniz indica que essa valorização tem que ser acompanhada de outras políticas e pensada a longo prazo.

Metodologia

Para chegar a esse resultado, Diniz estudou a relação entre o custo por aluno do ensino fundamental e os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 3.013 municípios, no período de 2004 a 2009. Dessa análise vieram os escores de eficiência, que vão de 0 a 1 e representam o aproveitamento do dinheiro gasto com a educação.

O pesquisador destaca que foi preciso ajustar o modelo a variáveis que fogem do controle do gestor municipal, como aspectos socioeconômicos, background familiar, características dos professores e dos alunos. Um desafio da pesquisa foi lidar com uma quantidade grande de dados. Diniz conta que a banca de qualificação apontou que a pesquisa tinha potencial para lidar com um espaço amostral maior do que o inicialmente pensado. Ao aceitar a recomendação, o estudioso precisou lidar com bancos de dados com mais de 300 milhões de entradas. Foi necessário até criar um programa de computador que agia como um robô, coletando automaticamente as informações que não estavam unificadas, mas sim dispostas em páginas individuais, uma para cada município.

Busca pela eficiência

Diniz conta que a motivação para a pesquisa veio de sua experiência no setor público. Para o pesquisador, no Brasil, a avaliação da gestão pública é feita apenas com base no volume de recursos utilizados, sem levar em conta a qualidade. Assim, um gestor que gasta muito acaba sendo considerado um bom gestor. Daí veio o interesse em analisar a eficiência da educação pública.

* Publicado originalmente no site Agência USP.

(Agência USP

Reconhecimento internacional para a educação brasileira

Pesquisa
27/7/2012 - 09h39

por Luis Nassif*

Educacao 150x150 Reconhecimento internacional para a educação brasileiraEstudo de desempenho de alunos da 4a a 8asérie em 49 países mostrou que Letônia, Brasil e Chile foram os três países com maior avanço no período 1995-2009.

Esses dados fazem parte do relatório “Achievement Growth International and U.S. State Trends in Student Performance”, dos professores Eric A. Hanushek, Paul E. Peterson e Ludger Woessmann, das Universidades de Harvard, Stanford e da Universidade de Munique.

Pelo estudo, os EUA ficaram em 25o lugar.

Esse relatório foi lançado pelo Programa Harvard Sobre Educação Política e Governança < http://www.hks.harvard.edu/pepg> (PEPG).

Os resultados são baseados em 28 testes de matemática, leitura e ciência do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) ao longo do período 1995-2009. Depois disso, os autores determinaram uma média e um desvio padrão para cada teste, permitindo fixar as tendências.

No caso dos EUA, foram levantados resultados de 41 estados ao longo de 1992 a 2011.

***

Nos Estados Unidos, o desempenho tem melhorado anualmente a uma taxa de 1,6%. Em 14 anos, os ganhos são de 22%, ou equivalente a um ano de aprendizado.
Já em três países – Letonia, Chile e Brasil – a melhora tem se dado a um ritmo de 4% ao ano. Em outros 8 países – Portugal, Hong Kong, Alemanha, Polónia, Liechtenstein, Eslovénia, Colômbia, Lituânia – a um ritmo duas vezes superior ao dos EUA. Nesses 11 países, os ganhos de aprendizagem correspondem a dois anos.

***

O estudo constata uma realidade bastante heterogênea nos EUA.

O melhor desempenho foi de Maryland, seguido da Flórida e de Delaware. Entre os que ficaram acima da média, Massachusetts, Louisiana, Carolina do Sul, Nova Jersey, Kentucky, Arkansas e Virgínia.

***

Em comparação com os ganhos feitos por alunos de outros países, o progresso “dentro do Estados Unidos é medíocre, não estelar “, observa Peterson, professor de Harvard.

O estudo é crítico em relação à fixação de metas de educação nos EUA. Em muitos estados fixam-se metas “muitas vezes utópicas e não realistas”.

***

Até algum tempo atrás eram comuns promessas como “tornar os EUA o primeiro do mundo em matemática e ciências até o ano 2000”. Agora, caiu-se na real. As metas, muitas vezes, são as de, em um prazo de 15 a 20 anos, “trazer os EUA para o nível dos países líderes em melhoria”.

Em muitos estados, há em andamento medidas de reforma da educação. Não se encontrou nenhuma correlação significativa entre aumento dos gastos com educação e ganhos de pontuação no teste.

Em alguns estados, como Maryland, Massachusetts, e New Jersey, o aumento de gastos se refletiu na melhoria de desempenho. Mas o mesmo não ocorreu em Nova York, Wyoming, Virgínia Ocidental.

***

O estudo separa países que partiram de bases baixas (como o Brasil) e países já com boa pontuação. E tenta identificar onde se dá o chamado “catch-up” – processo de recuperar o tempo perdido.
Identificou-se o catch-up na Letônia, Chile e Brasil. Mas também ocorreu em países já avançados, como Hong Kong e Alemanha.

***

De qualquer forma, é o reconhecimento de que o grandes esforço das últimas décadas está frutificando.

* Luis Nassif é jornalista econômico e editor do site www.advivo.com.br/luisnassif – lnassif2011@bol.com.br.

** Publicado originalmente no site Carta Capital.

(Carta Capital)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Copenhagen investe em "rodovias" para bicicletas

Publicado em 23/07/2012

Por: Thalita Pires, Rede Brasil Atual

Copenhagen investe em "rodovias" para bicicletas

Em um dos países em que há mais ciclistas no mundo, Copenhagen busca aumentar o uso desse meio de transporte (foto: Troels Heien/www.kk.dk)

Em um tempo em que o veículo de comunicação oficial de um estado brasileiro aconselha aos cidadãos que não usem bicicleta no trânsito, porque essa prática seria muito perigosa, a sensação é que o investimento nesse meio de transporte por aqui vai ser sempre uma ficção. Por isso o exemplo de Copenhagen, na Dinamarca, é tão impressionante.

A cidade está investindo cerca de US$ 40 milhões para a construção de 26 faixas rápidas para bicicletas, que levam o nome de bicycle superhighways. Elas se juntarão à já impressionante rede de faixas para bicicletas existente no país, que chega a 10 mil quilômetros. A diferença é que essas faixas são inspiradas nas grandes rodovias para carros: têm um pavimento mais liso, são largas, seguras e milimetricamente planejadas para melhorar a experiência dos usuários. Um exemplo são as lixeiras, colocadas em um ângulo que facilita o uso por quem está de bicicleta.

Esse projeto procura encorajar as pessoas que moram nos suburbios a usar as bicicletas. Na Dinamarca, o usuário médio das bicicletas são aqueles que se locomovem por cinco quilômetros. As novas faixas têm como público-alvo as pessoas que moram a mais de cinco quilômetros do centro da cidade.

O esforço dinamarquês para aumentar o uso das bicicletas como meio de transporte do dia a dia é tão grande que, em muitos trajetos, não faz sentido usar o carro ou outros meios. A bicicleta não é apenas mais verde e mais saudável, mas também mais eficiente. Isso só é possível graças a um planejamento que coloca o ciclismo como prioridade. Clique aqui para conhecer mais detalhes do projeto (link em inglês).

É evidente que esse projeto não é aplicável imediatamente nas grandes cidades brasileiras, por questões estruturais e de hábito da população. Há também que se lembrar que o clima da maior parte do país é quente o suficiente para que os ciclistas cheguem ao trabalho pingando de suor, o que, nos padrões atuais, é inaceitável. Da mesma forma, a topografia nem sempre ajuda.

Acredito, no entanto, que a busca por um padrão de locomoção mais eficiente, menos poluente e violento tem que ser o norte de qualquer projeto de mobilidade. Isso quer dizer que, de acordo com a realidade de cada cidade, a bicicleta deve sim ser incluída no planejamento viário. É possível, gradualmente, aumentar a participação da bicicleta no transporte, o que tem impactos positivos na mobilidade, poluição e saúde das pessoas.

Itaú lucra R$ 7,12 bi no 1º semestre, mas fecha 9 mil empregos em um ano

 

25/07/2012

Os ativos totais do Itaú chegaram a R$ 888,8 bilhões, um crescimento de 12,15% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Escrito por: Contraf

Entre junho de 2011 e junho deste ano o Itaú fechou 9.014 postos de trabalho (8,8% do quadro de funcionários), dos quais 3.777 apenas no segundo trimestre de 2012, segundo o balanço divulgado nesta terça-feira 24 pelo maior banco privado do país. O brutal corte de empregos ocorreu mesmo com o lucro líquido de R$ 7,12 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, que representa um crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período de 2011. 
"É inadmissível que um banco com esse resultado gigantesco, que não enfrenta nenhum problema, demita tantos trabalhadores, como também estão fazendo o Bradesco e o HSBC. É uma política socialmente irresponsável, que joga contra o desenvolvimento e os interesses do país", acusa Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Vamos denunciar essa política nefasta à sociedade e intensificar a mobilização e a luta pelo emprego na Campanha Nacional dos Bancários deste ano."
O lucro do semestre seria ainda maior se o Itaú não tivesse aumentado em 26,7% as despesas para provisões para crédito de liquidação duvidosa, no comparativo entre os primeiros semestres de 2011 e 2012, chegando a R$ 12 bilhões. Essas provisões representam 38 vezes o aumento de 0,7% na inadimplência registrada pelo banco no mesmo período.
"Seguindo a mesma política do Bradesco, que divulgou o balanço na segunda-feira, o Itaú eleva de forma descabida as provisões para créditos duvidosos em relação à inadimplência real. Esse é um truque manjado dos bancos para maquiar o balanço", denuncia Carlos Cordeiro. 
"Com essa manobra contábil de reduzir o lucro líquido superdimensionando as provisões para uma inadimplência que na verdade é baixa, os bancos atingem vários objetivos simultaneamente. Chantageiam o governo e a sociedade para justificar as demissões e os juros, spreads e tarifas altíssimos", acrescenta Carlos Cordeiro. "E com isso ainda reduzem a distribuição de PLR aos trabalhadores."
Receitas com tarifas crescem
Os ativos totais do Itaú chegaram a R$ 888,8 bilhões, um crescimento de 12,15% em relação ao primeiro semestre do ano passado. A receita de prestação de serviços aumentou em 8,17% nesse período (para R$ 7,2 bilhões), o que significa que apenas com essa rubrica o Itaú paga uma vez e meia todas as despesas de pessoal. As rendas com tarifas bancárias cresceram ainda mais: 16,06%.
"Ou seja, a exemplo do Bradesco a redução da taxa Selic também no Itaú não teve efeitos. O banco não baixou os juros e ainda aumentou as tarifas, afrontando os esforços do governo de reduzir o custo do crédito e realizando um verdadeiro saque de toda a população", conclui o presidente da Contraf-CUT.

Café de tucumã é apresentado em mostra de ciência da SBPC

São Luís - Produzido com a amêndoa do fruto do tucumã, o café da Amazônia faz sucesso na ExpoT&C, mostra de ciência, tecnologia e inovação da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Segundo a professora de química Alessandra Lopes Guimarães, a descoberta do café ocorreu por acaso, na busca de potencialidades do fruto bastante conhecido na Amazônia Legal.

“Junto com meus alunos do ensino médio, ao pesquisar o fruto, começamos a sentir um cheiro muito forte, semelhante ao do café. Depois de algumas análises, chegamos ao produto”, contou a professora à Agência Brasil.

O pó de café de tucumã tem o mesmo aspecto e odor do tradicional, “com o benefício de ser descafeínado”, relatou a professora. Além dele, a amêndoa do fruto produz óleo, manteiga e azeite. O tucumã é ingrediente de várias receitas amazonenses. Com a polpa é possível fazer sorvete, iogurte, bolo e o X-Caboclinho, sanduíche regional com presunto, queijo de coalho e o fruto. “É o preferido da região”, disse ela.

O fruto do tucumanzeiro, palmeira espinhosa que chega a alcançar 15 metros de altura, é colhido ao cair, quando maduro. A casca também é aproveitada para produção de adubo, e o caroço serve para artesanato. “Nós que vivemos em comunidades rurais e ribeirinhas temos dificuldades de ir até a cidade, muitas vezes por falta de acessibilidade. Para compensar, aproveitamos ao máximo todas as possibilidades que a mata tem a nos oferecer. Então, com esse fruto, que nasce dentro da mata bruta, extraímos o máximo de possibilidades. Ela não deixa nos faltar nada”, ressaltou.

De acordo com Alessandra Lopes, o café de tucumã está em fase experimental e ainda não é produzido comercialmente.

A ExpoT&C reúne centenas de expositores, como universidades, institutos de pesquisa, agências de fomento e entidades governamentais.

(Agência Brasil)

Candidatos na mira do STF

 

Arnaldo Jordy (pps) e José Priante (pmdb), que disputam eleição em Belém, são alvos de investigação na corte

THIAGO VILARINS

Da Sucursal/ Brasília

Dois deputados federais do Pará que disputam as atuais eleições municipais para a prefeitura de Belém estão na mira do Supremo Tribunal Federal (STF). O candidato do PMDB, José Priante, responde a Ação Penal 596 (crimes eleitorais) e o Inquérito 3431 (Direito e processo eleitoral). Já Arnaldo Jordy, do PPS, tem seu nome em dois inquéritos (3436 e 3434), ambos por calúnia. Os dados são do levantamento da Revista Congresso em Foco, divulgado ontem.

Segundo a pesquisa, os paraenses integram a lista dos 36 entre os 92 congressistas que vão disputar as eleições de outubro e são alvo de investigação na mais alta corte do País, onde tramitam as acusações criminais envolvendo congressistas e outras autoridades federais. O montante corresponde a 40% de todos os parlamentares candidatos. No geral, três senadores e 32 deputados federais com alguma pendência judicial postulam os cargos de prefeito; há ainda um deputado investigado concorrendo a vice-prefeito.

Os 36 investigados enfrentam um total de 30 ações penais (processos criminais que podem resultar em condenação) e 64 inquéritos, procedimento preliminar de investigação que pode resultar na abertura da ação penal. Entre as principais acusações, estão os crimes eleitorais; contra a Lei de Licitações; crimes de responsabilidade (como mandatário ou gestor público); corrupção ativa ou passiva; lavagem de dinheiro/crime contra o sistema financeiro nacional, e apropriação indébita previdenciária.

A reportagem entrou em contato com todos os candidatos, por e-mail e telefone. Priante aparece entre os que não responderam as acusações. Já a assessoria de imprensa de Jordy explicou, através de nota, que o deputado ainda não foi citado ou intimado da referida ação, portanto só irá se manifestar após acesso ao conteúdo protocolado junto ao STF. 'Por informação de terceiros, sabe-se apenas que o autor da ação é o ex deputado estadual Luis Sefer que foi expulso do DEM e renunciou em razão de denúncias que o levaram a condenação em primeira instância por crime de pedofilia, mas, por hora, o deputado federal Jordy, que foi relator da CPI contra a Pedofilia, ainda não foi intimado e nem informado sobre assunto em questão', diz a assessoria.

Em todo o País, os parlamentares candidatos alvos de ação penal ou inquérito são membros de 12 partidos. O PMDB é o partido com mais candidatos parlamentares enrolados com a Justiça, com nove representantes, todos deputados. Em seguida, aparece o PT, com seis integrantes, dos quais um senador, Wellington Dias (PI). O PSDB é o terceiro partido em candidatos investigados, com quatro correligionários, um deles o senador Cícero Lucena (PB). Já o PDT e o DEM têm três membros cada nessa situação. PCdoB, PTB, PR e PSC têm dois representantes cada no rol de investigados. PSB, PPS e PRP têm um candidato sob investigação no STF.

Limpa - A Revista levou em conta apenas os inquéritos e ações penais em curso no STF. Os primeiros representam o início do trâmite judicial. Caso haja elementos que indiquem o envolvimento dos acusados nos crimes apontados, cabe à Procuradoria-Geral da República propor ao STF o recebimento da denúncia e a reautuação da investigação como ação penal. Só então os investigados passam à condição de réus. Responder a processo não enquadra ninguém na Lei da Ficha Limpa, que restringe políticos com problemas na Justiça

Fonte: Amazônia Jornal  Edição de 26/07/2012

Opinião: O PSDB precisa - urgentemente - de povo.

 

Serra: o alvo é a liberdade de expressão

Confesso, faço o mea culpa: na última eleição quase, quase, quase votei em José Serra para presidente da República. Foi mesmo por um tiquinho assim.

Nunca escondi a minha enorme simpatia pelos tucanos. E sempre considerei José Serra um grande quadro – um excelente técnico e um sujeito com uma bela história de luta pela Democracia.

Além disso, prefiro cravar 45 para o Executivo. Daí que estava pronta a votar em Serra, para presidente, em 2010.

Mas aí aconteceram dois episódios determinantes para que acabasse votando em Dilma Rousseff.

O primeiro foi aquele factoide do “atentado” com uma bolinha de papel – lamentável. Simplesmente, lamentável!...

O segundo foi a rendição de Serra ao discurso mais nocivo e nauseante da direita.

Pra ser bem sincera, lá pelas tantas me senti até ofendida como mulher.

E pensei comigo: como é que pode, um sujeito com a história do Serra, com a capacidade do Serra, com os serviços prestados não só ao Brasil, mas até aos cidadãos do mundo inteiro (com o programa modelar de combate à Aids, por exemplo) fazer uma coisa dessas? Como é que ele pode renunciar a tantos princípios, apenas para chegar ao poder?

Hoje, se tivesse votado em Serra, estaria me esfaqueando umas 365 vezes por ano.

Ao orquestrar uma campanha contra as liberdades de opinião e de informação na blogosfera, e ainda por cima meter o PSDB nessa alucinação, Serra deixa patente duas características deploráveis.

A primeira é o seu caráter autoritário, incompatível, portanto, com o avanço da Democracia neste país.

A segunda é o seu extremo narcisismo, que o faz conduzir até o próprio partido a uma empreitada vexatória, para conseguir se eleger prefeito de São Paulo.

A blogosfera é um espaço liberto e libertário, infinitamente mais democrático do que a Ágora.

Aqui, todos têm direito à informação e à opinião - o que obriga a que todos também agucem a sua capacidade crítica.

Quer dizer: a blogosfera também é um espaço pedagógico, em prol da Cidadania.

Todos os dias, guerras e mais guerras são travadas na blogosfera, por milhões de cidadãos do mundo inteiro.

As armas são as palavras, a informação e, sobretudo, o bom senso - esse, sim, com enorme poder de convencimento.

Aqui, todos são donos da própria voz - uma situação oposta a dos veículos tradicionais de comunicação, onde a única voz é a voz do dono.

Daí, que opor-se a essa multiplicidade, ao direito de milhões e milhões a expressar opiniões e compartilhar informações, é, no mínimo, um contrassenso a quem diz defender a Democracia e uma sociedade mais justa.

Palavra se combate com palavra; informação, com informação; opinião, com opinião.

Se Serra se sente ofendido, por que não cria um blog?

Por que não diz aos companheiros tucanos: vamos todos criar blogs! Vamos todos pra essa grande arena, pro melhor combate que há, que é o combate ideológico! Vamos convencer, vamos conquistar!

Por que Serra e o PSDB não chegam nos blogs do Paulo Henrique Amorim e do Luís Nassif, que os tucanos acusam tanto, e dizem: olha aqui, PH, olha aqui, Nassif, tu estás errado por isso, por isso e por isso. E eu convido os leitores do teu blog a visitarem o meu blog, onde estou explicando tudo isso, com riqueza de detalhes.

Não conheço nem o PH nem o Nassif, mas tenho a impressão de que eles dariam destaque ao comentário do Serra – eu daria. Colocaria em manchete, ou “na berlinda”, como dizia o saudoso Juvêncio Arruda.

No entanto, em vez de escolher o caminho democrático, o PSDB preferiu acionar a Procuradoria Geral Eleitoral, para que ela investigue o “patrocínio” de blogs que, segundo os tucanos, recebem verbas de órgãos federais e são “meras extensões do governo e suas campanhas”, instrumentos ilegais de propaganda eleitoral, ou, como desatina a Representação, “centrais de coação e difamação das instituições democráticas”*.

Óbvio que está tudo errado, desde o fato de o PSDB embarcar na alucinação do Serra, até essa história de “centrais de coação e difamação das instituições democráticas”.

Em primeiro lugar, coação como, cara pálida, se existe um exército formidável de veículos tradicionais de comunicação, a divulgar – ininterruptamente! - as opiniões tradicionais, das tradicionais famílias deste país?

Coação como, se a internet ainda é um luxo para a maioria dos brasileiros?

Coação como, se tudo o que se faz nos blogs é informar, expressar opiniões e debater?

Desde quando opinar é coagir? Desde quando o fato de eu expressar uma opinião, obriga alguém a fazer alguma coisa?

Desde quando nós, os blogueiros, podemos “coagir as instituições democráticas”, se, muitas vezes, não conseguimos garantir nem mesmo o nosso próprio direito sagrado à opinião, vítimas que somos dessa violência inominável que é a censura, essa sim, um atentado à Democracia.

Em segundo lugar, “centrais de difamação das instituições democráticas”, de que forma, cara pálida, se os blogueiros lutam é por mais e mais Democracia, pelo fortalecimento da Democracia, por valores sagrados da Democracia, como as liberdades de informação e de expressão?

Aliás, por sua luta em defesa da Democracia, blogueiros já foram até mesmo assassinados neste país.

Então, quem atenta contra as instituições democráticas, em verdade, é o PSDB, quando busca suprimir a liberdade de opinião daqueles que não vivem a incensar os tucanos; quando busca manipular o Judiciário e o Legislativo, como faz aqui mesmo no estado do Pará.

Além disso, é muita hipocrisia do PSDB vir falar em “patrocínio” de blogs com verbas públicas, quando ele mesmo, o PSDB, derrama milhões e milhões de dinheiro público nos veículos tradicionais de comunicação, por meio das verbas de propaganda.

Ou será que o Paulo Henrique Amorim, o Nassif e tantos outros blogueiros são cidadãos de segunda classe, inferiores aos Marinho e aos Civita?

Ou será que os governos só podem anunciar na Veja e na Globo?

Anunciar nos veículos de comunicação – embora eu divirja (e muito!) dos quantitativos – é legítimo, sim.

E se é legítimo para os veículos tradicionais de comunicação, é legítimo também para os novos veículos de comunicação. Simples assim.

Trata-se, e novamente, até de uma questão de bom senso: os governos precisam se comunicar com o distinto público. E não podem fazê-lo apenas pregando cartazes nas repartições.

Então, o xis da questão não é essa história da carochinha que o PSDB quer “aplicar”; essa “preocupação” com o destino das verbas de propaganda.

Em verdade, os tucanos querem é abalar, e até quebrar, a sustentabilidade dos veículos que os incomodam, enquanto mantêm a sustentabilidade dos veículos “simpáticos”.

Isso nunca foi Democracia.

E a ânsia de suprimir as opiniões divergentes, na verdade, tem outros nomes: é fascismo, é nazismo, é autoritarismo – e todos os “ismos” ridículos registrados pela História.

Os blogs e as redes sociais são um contraponto essencial ao monopólio da informação e da opinião, desde sempre exercido pelos veículos tradicionais de comunicação.

Blogs e redes sociais constroem a informação com a ajuda de dezenas, centenas, milhares de mãos. Revelam o que se tenta ocultar. Organizam correntes de solidariedade e manifestações. E fazem com que cada indivíduo possa experimentar, ao menos uma vez, esse gostinho extraordinário da Cidadania.

É por isso que incomodam tanto e que têm sido vítimas de tantas arbitrariedades. Simplesmente, porque semeiam a pluralidade de opiniões; o direito à opinião, neste senzalão que ainda é o Brasil.

E, ao juntar-se àqueles que intentam tais violências, o PSDB só demonstra o quanto lhe fez mal o predomínio de tecnocratas.

O PSDB precisa urgentemente de povo.

Até para aprender a convencer, em vez de suprimir.

FUUUUIIIIIIIIIII!!!!!!!

...

*As aspas foram copiadas do Comunique-se.

Postado por Ana Célia Pinheiro

terça-feira, 24 de julho de 2012

Ação contra sites e blogues levanta debate sobre relação entre publicidade, PSDB e mídia tradicional

Política

Professor da FGV vê necessidade de continuar descentralizando publicidade. Blogueiros arriscam diferentes motivos para pedido de investigação apresentado pelos tucanos e pedem debate sério

Por: Redação da Rede Brasil Atual

Publicado em 24/07/2012, 19:56

São Paulo – A ação movida pelo PSDB contra a publicidade destinada a blogues e sites críticos ao candidato tucano em São Paulo, José Serra, trouxe à tona a discussão sobre a política de comunicação do governo federal nas gestões Lula e Dilma. Os tucanos acusam o governo federal de utilizar dinheiro público para alimentar um aparato de oposição.

Para Francisco Fonseca, professor de Ciência Política da Fundação Getúlio Vargas e autor do livro Consenso Forjado, a estratégia de pulverizar o montante destinado à publicidade de órgãos públicos é “importante”. Em 2003, 499 ­veículos em 182 municípios recebiam verba para publicidade diretamente do governo federal. Em 2010 eram 8.094 veículos em 2.733 municípios. “Historicamente, o critério usado é o de audiência. O problema é que esse não é o único critério que precisa ser adotado. Porque a própria publicidade oficial pode estimular a maior solvência de mídias alternativas, dando novas alternativas de informação aos cidadãos”, argumenta.

Para o PSDB, é preciso apurar “a utilização de organizações, blogs e sites financiados com dinheiro público, oriundo de órgãos da administração direta e de estatais, como verdadeiras centrais de coação e difamação de instituições democráticas”.

Fonseca discorda desta visão: “No Brasil, 11 famílias dominam os meios de comunicação. Não há espaço para vozes alternativas. O Brasil real não está na televisão. Eu diria que estamos profundamente atrasados quando o assunto é democratização dos meios de comunicação”, analisa. “Causa certo espanto um partido como o PSDB, ainda mais um candidato que foi apoiado pela grande mídia colocar-se na posição de atacado. Nós poderíamos citar o jornal O Estado de S. Paulo, a Rede Globo e a revista Veja, falando dos principais, que tiveram posição muito clara em relação à candidatura Serra em 2010”, diz.

Blogueiros

Para os jornalistas enquadrados por Serra como ‘blogueiros sujos’ por apresentarem posicionamento crítico em relação ao seu partido e a sua campanha na disputa presidencial de 2010, não há pretensão de travar uma discussão séria sobre a distribuição de verbas públicas em publicidade ou de democratização da comunicação. “É uma decisão política tocada durante uma campanha eleitoral. Não seria tomada em outro momento", diz o jornalista Luiz Carlos Azenha, do blogue VioMundo, que atribui a decisão à alta taxa de rejeição do tucano, hoje em 37%, frente a uma intenção de voto sempre abaixo disso. "Talvez alguém tenha dito que a alta rejeição seja consequência das mídias sociais. Mas acho que ele comete um erro, tem uma visão antiquada. Os blogueiros não são capazes de mudar a opinião de uma pessoa”, acredita. Ele avalia que o papel crescente da internet tem relação com a busca dos leitores de encontrar opiniões convergentes. “Os leitores é que procuram os blogues porque estão insatisfeitos. Se vamos tratar de patrocínio, temos de ver no geral. Quanto é gasto com a Veja, a Globo, o Estadão e quanto gasta com os blogueiros?”                 

“Acho triste que o PSDB jogue a história no lixo desse jeito. Em 2010, tucanos usaram religião de uma forma abjeta. Agora, partem pra intimidação judicial. Não vai dar certo, e o Serra pode ficar com a pecha de censo”, acredita o repórter Rodrigo Vianna, que mantém O Escrevinhador. Ele acredita que a medida do PSDB quer criar constrangimento às estatais que anunciam em blogues.

Luiz Nassif, que teve seu blogue citado na petição do PSDB, ao lado de Paulo Henrique Amorim, acredita que a decisão de Serra reflete a “truculência” do ex-governador. “Hoje a maior ameaça ao PSBD é o próprio Serra. Todos do partido conhecem os métodos dele e muitos já se afastaram, inclusive o próprio FHC”, afirma. “Eu lamento que o partido continue entrando na onda dele”.

Para Renato Rovai, editor da revista Fórum e do Blog do Rovai, o pedido de explicações tem relação com a declaração do próprio Serra, tachada por ele como desastrada, em que afirma que o PT mantem uma “tropa nazista” na internet. “Eu estou estudando a possibilidade de processá-lo e talvez outros blogueiros façam isso. Se tem nazis ele tem obrigação de dizer os nomes. Isso é uma acusação muito grave”, afirma.

“Tem de discutir os recursos públicos destinados a publicidade. Eu sou a favor que isso seja discutido de forma transparente. Mas acho que averiguar só a situação de três blogs é perseguição. Tem de discutir de todos, de todos os governos e a forma como isso é feito no Brasil e como tem sido usado para beneficiar conglomerados de comunicação. É um absurdo a compra de assinatura na gestão Serra, no governo do estado, de produtos da Editora Abril sem licitação”, menciona.

A vida além dos números

Revista do Brasil - Edição 73 - Julho de 2012

Ambiente

A concentração de renda e as desigualdades sociais dão motivos para a criação de um medidor da Felicidade Interna Bruta (FIB)

Por: Hylda Cavalcanti

Publicado em 15/07/2012

A vida além dos números

Brincadeira. Homens fazem disputa em jogo tradicional no Butão (Foto:Desmond Boylan/Reuters)

No amor, na religião, na escolha política, no estilo de vida, nos bens de consumo e até nos vícios a busca da felicidade move o ser humano. Por isso, a felicidade das populações passou também a ser vista como um indicador importante para medir a qualidade do desenvolvimento de um país. Essa possibilidade tem sido disseminada como um novo paradigma mundial a ser buscado. No Brasil, já norteia projetos-piloto em cidades dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. E toma como base uma sigla há bem pouco tempo insólita: FIB, ou índice de Felicidade Interna Bruta.

Leia também

O FIB avalia aspectos sociais, ambientais e econômicos das comunidades e considera uma população feliz, ou não, a partir de nove pilares. A ideia surgiu em 1972 no Butão – pequeno país asiático situado entra a Índia e a China –, quando o rei Jigme Singye Wangchuck quis estabelecer uma monarquia constitucional e criou o tal índice para medir a prosperidade nacional a partir de outros aspectos que não os de produção e consumo – utilizados no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB). Pouco tempo depois, esse parâmetro passou a ser objeto de estudos por parte de cientistas e acadêmicos.

Hoje, o FIB tem aval da Organização das Nações Unidas e já é utilizado em várias pesquisas. É alvo de uma discussão metodológica, sobre ser ou não mais real que o PIB quando se trata de examinar questões ligadas ao desenvolvimento. E tem defensores como o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o Nobel de Economia Joseph Stiglitz. O assunto foi tema de reunião do Alto Comissariado da ONU no início do ano e de debates na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

Congresso mundial do Papai Noel na Dinamarca
 

Por esse critério de medição, são levados em conta aspectos como grau de satisfação, qualidade da governança e a influência do tempo na vida das pessoas. Por exemplo, uma pessoa que tem uma jornada de trabalho menor ou consome menos tempo no trajeto de casa para o trabalho é mais “feliz” do que outra em situação oposta – e essa relação não é medida pelo PIB.

Outros indicadores importantes criados para alcançar condições não verificadas pelo PIB, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), já estão consolidados. No Brasil, por exemplo, o IDH coloca o país na 84ª posição no ranking global, enquanto em termos de PIB aparecemos em sexto lugar. Isso acontece porque a medição obtida pela soma de todas as riquezas produzida nas unidades da Federação ainda convive com situações desiguais. Mas tampouco o IDH basta para apurar a “taxa de felicidade” de uma comunidade.

Por isso, pesa a favor do FIB o fato de ser composto por indicadores mais próximos aos valores e reivindicações de uma sociedade. Sobretudo num tempo em que ter maior mobilização social e ser voz ativa numa comunidade é quase uma exigência – ou seja, o nível de democracia real, de poder de influência de uma sociedade nas decisões de governo, também afeta a satisfação das pessoas.

“O FIB estimula ações e mudanças de parâmetros não apenas entre as pessoas, na forma como conduzem sua vida, e na esfera pública, mas também na iniciativa privada e nas comunidades acadêmicas”, afirmou o representante do Butão, Karma Dasho Ura, em debate na Rio+20. “Os resultados da conferência precisam proporcionar, nos próximos anos, um novo cálculo que não dissocie bem-estar social, econômico e ambiental. Os três conceitos é que definem a felicidade global bruta.”

Karma Dasho Ura
 

O butanês observou que as pessoas felizes, segundo pesquisas, são também funcionários mais produtivos e mais atuantes em equipe. “Gente infeliz não projeta nada de novo. E, embora a felicidade seja um sentimento individual, pode ser produzida coletivamente. Mas sem indicadores é difícil perceber o quanto é complexa a realidade”, destacou. “PIB mede tudo, menos aquilo que faz a vida valer a pena.”

Para o cientista canadense Michael Pennock, estudioso da ferramenta, um dos pontos altos do FIB é o modo como influencia a formulação de novas políticas públicas, como em emendas que complementam legislações trabalhistas. Em entrevista a uma publicação da Universidade de Brasília (UnB), Pennock afirma que no cálculo do FIB o emprego é apenas uma entre as várias atividades das pessoas. “O tempo dedicado aos filhos, por exemplo, também tem de ser contado”, explica.

FIB brasileiro

No Brasil, a Fundação Getulio Vargas (FGV) iniciou pesquisas para a elaboração de um índice de Felicidade Interna Bruta adaptado a nossa realidade. “É preciso entender os fatores tidos como determinantes para o bem-estar dos brasileiros”, diz o pesquisador Wesley Mendes, um dos coordenadores do trabalho. O objetivo não é trazer o índice do Butão para cá tal e qual foi criado, mas enfatizar a importância de aspectos como educação, saúde, renda, violência e uso do dinheiro e, dessa forma, complementar indicadores como o IDH e o índice de Gini (que aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos).

“Hoje o bem-estar social, econômico e sustentável são inseparáveis e é preciso reconhecer essa paridade”, destacou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. “O que está sendo discutido no mundo precisa ter um resultado que reflita isso, leve em conta os atuais desafios das nações.”

Os mais felizes
 

Quem trouxe ao Brasil o conceito de FIB foi a monja e antropóloga norte-americana Susan Andrews, 20 anos atrás, a partir de palestra realizada na Eco92. Ela é a atual coordenadora do chamado Projeto FIB Brasil, iniciado com recursos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que resultou, no município paulista de Porangaba, no parque ecológico Visão Futuro, considerado uma das primeiras ecovilas brasileiras.

Num espaço de 100 hectares, são obedecidas regras voltadas para o uso de recursos naturais e aplicados parâmetros adotados a partir das pesquisas feitas com base nos nove pilares. No parque se utiliza apenas energia limpa, a agricultura é orgânica, o lixo e parte da rede de esgoto são reciclados e o lugar ainda aloja um centro de saúde ayurveda. O projeto é desenvolvido com apoio da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), responsável pela aplicação do questionário do FIB na cidade.

Trabalhos semelhantes também foram apresentados em outros três municípios paulistas: Angatuba, Itapetininga e Campinas. Fora do estado, observam-se iniciativas em Bento Gonçalves (RS) e Planaltina (DF), na comunidade de Rajadinha. Nesses locais são valorizadas a vida em comunidade e ações engajadas a partir dos percentuais maiores ou menores que apontam as necessidades da população em relação a tempo, cultura, lazer ou envolvimento comunitário.

Nas palavras da antropóloga Susan Andrews, o bom é que os resultados dos questionários “não causam apenas discussões, mas iniciativas imediatas”. Ela citou como exemplo Itapetininga, em que a população acabou atuando em conjunto com o poder público para melhorar a assistência médica, depois de constatada como um dos principais problemas do lugar.

Em Rajadinha, núcleo rural do Distrito Federal onde moram 420 famílias, os moradores têm se articulado para melhorar o fornecimento de água com trabalhos voltados para o projeto-piloto Rio São Bartolomeu Vivo. Isso porque o acesso a água limpa foi apontado como a grande dificuldade local.

“Participar do projeto transformou nossa vida. Estamos vendo o lugar onde moramos se desenvolver e, também, entendendo melhor as questões que dizem respeito à comunidade”, afirma a estudante Edla Soares. “Minha mãe costuma dizer que o centro comunitário passou a ser nossa segunda casa, de tanto que nós e a vizinhança, de um modo geral, comparecemos às reuniões e damos opiniões sobre tudo o que acontece.”

Ao lado de um grupo de colegas, Edla aplica os questionários das pesquisas e participa das mobilizações com vistas às mudanças exigidas para a estrutura de Rajadinha. Melhorias já começam a ser observadas em meio a ruas esburacadas e às dificuldades de uma população que vive, em média, com renda mensal de um salário mínimo.

Jorge Streit
 

A experiência conta com o apoio da Fundação Banco do Brasil e foi apresentada pelo presidente da entidade, Jorge Streit, na sede da ONU. “Projetos como o de Rajadinha têm contribuído para a formação de uma agenda de debates e articulações com outras instituições sobre a possibilidade de introdução dessa metodologia em definitivo no Brasil”, disse Streit, para quem o FIB pode ser uma importante ferramenta para nortear o desenvolvimento sustentável de uma nação.

Pilares

Tempo para viver

“A introdução dos indicadores do FIB já é um movimento mundial”, sustenta Susan Andrews. Durante sua palestra na Rio+20, a antropóloga apresentou pesquisas internacionais que mostram que, quando uma família sai da pobreza, há um aumento da felicidade. Mas, conforme a renda vai ficando mais alta, o crescimento desse indicador não é automático. Se não houver preocupação maior com outros aspectos, especialmente a questão do tempo, existe tendência de diminuição do índice de satisfação das pessoas, do seu nível de engajamento (ou vitalidade) comunitário e de interação com a própria família.

A partir de dados da ONU, a estudiosa verificou, enquanto nos Estados Unidos o PIB triplicou nos últimos 50 anos, chegando a US$ 15 trilhões em 2011, o número de suicídios no país quadruplicou e foram efetuadas cinco vezes mais prisões. No Japão, a média de suicídios é de 25 para cada 100 mil habitantes, uma das maiores do mundo, apesar do alto poder aquisitivo da população.

“O PIB não leva em consideração temas como saúde das famílias, qualidade da educação, segurança das ruas, beleza da arte, estabilidade dos casamentos e dignidade dos governantes”, acusou. “Todas as pessoas que compreendem a urgência e a profundeza da nossa crise global perceberam que está acontecendo um processo de mudança que envolve a reavaliação dos pressupostos básicos da vida moderna, dos nossos padrões habituais de pensamento e da estrutura completa da economia mundial.”

Em abril deste ano, a mais recente edição do Relatório da Felicidade Global, elaborado com a participação de pesquisadores de várias universidades, divulgou em Nova York o ranking dos países mais felizes do mundo, a partir de estudos feitos com base em pesquisas de opinião que levam em conta os nove parâmetros do FIB e dentro deles 33 indicadores, como horas de sono, qualidade de moradia e danos ambientais nos locais onde as pessoas vivem. O trabalho avalia, todos os anos, 150 países. O Brasil ocupa a 25ª posição. Nos primeiros lugares figuram Dinamarca, Noruega, Finlândia e Holanda. Ou seja, se o PIB per capita elevado não é sinônimo de felicidade, também não é, por si só, de infelicidade.

Galeano: Há plano para jogar no lixo dois séculos de conquistas

24/07/2012

Crise é produzida pelos "seqüestradores de países, exterminadores de salários, assassinos de emprego e traficantes do medo”

Escrito por: BBC

"Este é um mundo violento e mentiroso, mas não podemos perder a esperança e o entusiasmo pela mudança", diz Eduardo Galeano. O escritor uruguaio, historiador literato de seu continente, através de obras como "As Veias Abertas da América Latina" e da trilogia "Memória do Fogo", falou nesta entrevista sobre os últimos acontecimentos na América Latina e a crise econômica mundial.

De sua mesa de sempre no central Café Brasileiro, deixando atrás da janela o frio do inverno austral, insiste que "a grandeza do homem está nas pequenas coisas, que são feitas cotidianamente, dia a dia, por anônimos sem saber que as fazem".

Ele alterna as respostas com episódios de seu último livro, "Os Filhos dos Dias", em que agrupa 366 histórias verdadeiras, uma para cada dia do ano, que contêm mais verdade do que falar sobre indicadores de risco.

A crise europeia está sendo tratada pelos líderes políticos a partir de um discurso de sacrifício da população.

Eduardo Galeano: É igual ao discurso dos oficiais quando eles mandam os recrutas para morrer, com menos cheiro de pólvora, mas não menos violento.

Este é um plano sistemático em nível mundial para jogar no lixo dois séculos de conquistas dos trabalhadores, para que a humanidade retroceda em nome da recuperação nacional. Este é um mundo organizado e especializado no extermínio do próximo.

E então condenam a violência dos pobres, dos mortos de fome; a outra se aplaude, merece condecorações.

A "austeridade" está sendo apresentada como única saída?

Para quem? Se os banqueiros que causaram esse desastre foram e continuam sendo os principais ladrões de banco e são recompensados ​​com milhões de euros que lhe são pagos como compensação...

É um mundo muito mentiroso e muito violento. A austeridade é um antigo discurso na América Latina. Assistimos a uma peça de teatro que foi estreada aqui e já a conhecemos.

Sabemos tudo: as fórmulas, as receitas mágicas, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial...

Você considera que o empobrecimento da população é mais violento?

Se a luta contra o terrorismo fosse verdadeira e não uma desculpa para outros fins, teríamos que cobrir o mundo com cartazes que dissessem: "procuram-se os seqüestradores de países, os exterminadores de salários, os assassinos de emprego, os traficantes do medo ", que são os mais perigosos, porque te condenam à paralisia.

Este é um mundo que te domestica para que desconfies do próximo, para que seja uma ameaça e nunca uma promessa. É alguém que vai te fazer dano e, para isso, é preciso defender-se. Assim se justifica a indústria militar, nome poético da indústria criminosa. Esse é um exemplo claríssimo de violência.

Passando à política latino-americana, o México continua nas ruas protestando contra os resultados oficiais das eleições...

A diferença de votos não foi tão grande e pode ser difícil provar que houve fraude. No entanto, há uma outra fraude mais profunda, mais fina e que é mais nociva à democracia: a que cometem os políticos que prometem tudo ao contrário do que depois fazem no poder. Assim eles estão agindo contra a fé na democracia das novas gerações.

Quanto à destituição de Fernando Lugo no Paraguai, pode-se falar de golpe de estado se ela foi baseada nas leis do país?

Está claro que no Paraguai foi suave e amplamente um golpe de Estado. Eles golpearam o governo do padre progressista não pelo que tenha feito, mas pelo que poderia fazer.

Não tinha feito grande coisa, mas, como propunha uma reforma agrária - em um país que tem o grau de concentração de poder da terra mais alto na América Latina e em consequência a desigualdade mais injusta - teve algumas atitudes de dignidade nacional contra algumas empresas internacionais toda-poderosas como a Monsanto e proibiu a entrada de algumas sementes transgênicas...

Foi um golpe de Estado preventivo, apenas no caso de, não pelo que és mas pelo que podes chegar a fazer.

Lhe surpreende que continuem ocorrendo essas situações?

O mundo hoje é muito surpreendente. A maioria dos países europeus que pareciam estar vacinados contra golpes de Estado são agora governos governados pelas mãos de tecnocratas designados a dedo por Goldman & Sachs e outras grandes empresas financeiras que não foram votadas por ninguém.

Até mesmo a linguagem reflete isso: os países, que se supõe que são soberanos e independentes, têm que fazer bem seus deveres, como se fossem crianças com tendência à má conduta, e os professores são os tecnocratas que vêm para puxar suas orelhas.

Repostado do Portal da CUT - Nacional

domingo, 22 de julho de 2012

13 Pontos da Vitória em Mosqueiro!


BELÉM PARA TODOS
Alfredo Costa - Prefeito / Arroyo -Vice
Diretrizes de Governo

·       Regime de colaboração entre os entes federados, governos federal e municipal – Dilma e Alfredo Costa -, para garantir a execução das políticas públicas que construirão uma nova Belém para toda a sociedade.
·       Descentralização territorial, política e administrativa da gestão municipal, garantindo infra-estrutura e orçamento para todos os Distritos Administrativos.
·       Participação cidadã e controle social sobre as políticas públicas, de forma a assegurar a gestão ética, eficiente e compartilhada.
·       Desenvolvimento local, ambientalmente sustentável como fator de geração de trabalho, renda e promoção da igualdade econômica e social.
·       Políticas sociais que atendam os critérios de universalidade, igualdade e justiça social.
·       Democratização do acesso e usufruto do conhecimento e avanços tecnológicos, no sentido de garantia dos direitos humanos, cidadania e qualidade de vida.
·       Planejamento urbano democrático na gestão do município.
·       Políticas públicas que valorizem a sustentabilidade sócioambiental da região das ilhas de Belém.
·       Políticas públicas urbanas que privilegiem o pedestre e as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
·       Inclusão de amplas parcelas no projeto de cidadania, contemplando as diferenças, diversidades (protagonismo juvenil, terceira idade, LGBT, gênero) e assegurando-lhes dignidade e igualdade de condições.
·       Retomar os projetos sociais da Gestão Petista na Prefeitura de Belém (1997-2004).
·       Compromisso de reestruturação das obras e serviços da gestão petista da Prefeitura de Belém (1997-2004) e do Governo do Estado (2007-2010).
·       Valorização do servidor público.

13 Pontos da Vitória!
  • 1- Educação de qualidade e para todos
  • ·       Assegurar Bolsa Escola Municipal (de um salário mínimo) para as crianças de famílias de baixa renda e ampliar a Bolsa Família do Governo Federal.
  • ·       Reforma e construção de novas Unidades de Educação Infantil (UEI), de modo a atender crianças até 05 anos.
  • ·       Superar o analfabetismo de jovens, adultos e idosos.
  • ·       Garantir transporte escolar para os educandos e educandas das áreas de assentamentos e ribeirinhos.
  • ·       Construção de Escola Eco-profissionalizante no Distrito de Mosqueiro que contemple o desenvolvimento sustentável a partir das especificidades culturais e históricas da região.
  • ·       Construção em regime de parceria (município, estado e união) de um pólo universitário  na ilha.
  • 2- Saúde dia e noite nos bairros do Distrito
  • ·       Reestruturar, ampliar e equipar o Hospital Geral de Mosqueiro e Unidades de Saúde, reativando as especialidades médicas, ambulatório, laboratório e farmácia.
  • ·       Retorno do Pronto- atendimento em todas as Unidades de Saúde da Ilha, com farmácia e laboratório.
  • ·       Ampliar o serviço 192.
  • ·       Retomar o Programa Família Saudável (médicos, enfermeiros, nutricionistas, técnicos e agentes de saúde) com mais equipes nas ruas.
  • ·       Reestruturar a Casa Recriar e a Saúde Mental
  • ·       Construir em Mosqueiro a Casa “Saúde da Mulher” e a “Casa do Idoso”.
  • ·       Construção de uma Casa de reabilitação e adaptação da saúde para todos os moradores de Mosqueiro.
  • 3- Segurança e Dignidade
  • ·       Guarda Municipal em todos os bairros defendendo o povo, o meio ambiente e o patrimônio público no Distrito.
  • ·       Iluminação pública em todos os bairros de Mosqueiro, priorizando os assentamentos e os bairros mais afastados do centro de Mosqueiro (Baia do Sol, Paraíso, Marahú, Ipixuna, Furo das Marinhas, Aeroporto e Natal do Murubira).
  •  
  •  4 – Transporte e Trânsito
  • ·       Novas linhas de ônibus de integração entre os distritos.
  • ·       Retorno da linha fluvio-rodoviário entre Mosqueiro- Belém, com bilhete único para os moradores dos bairros afastados do centro da ilha.
  • ·       Reestruturação do transporte urbano Belém-Mosqueiro com a implantação de empresa estatal.
  • ·       Incentivar a criação de cooperativas e regulamentação e ordenamento do transporte interno (direito à meia- passagem aos estudantes e gratuidade aos idosos).
  • ·        Construção de ciclovias.
  • 5-Trabalho, Emprego e Renda
  • ·       Reativar o Banco do Povo em Mosqueiro
  • ·       Fomentar a piscicultura na ilha de Mosqueiro.
  • ·       Revitalizar e reordenar os mercados e as feiras livres, como entreposto para comercialização de produtos oriundos da agricultura familiar.
  • ·       Incentivar a atividade hoteleira, artesanal e o ecoturismo em Mosqueiro.
  • ·       Desenvolver política específica para o trabalho informal com a participação dos ambulantes.
  • 6- Moradia, Planejamento Urbano e Saneamento
  • ·       Plano Municipal de Habitação Popular integrado ao Governo Federal com a implantação do projeto “Minha Casa, Minha Vida” no Distrito de Mosqueiro.
  • ·       Regularização fundiária e urbanística dos loteamentos e ocupações desordenadas.
  • ·       Acesso à água tratada em todos os bairros.
  • ·       Recuperação e ampliação da rede de esgotamento sanitário e tratamento adequado dos efluentes.
  • ·       Implantação da coleta seletiva do lixo, reciclagem com incentivo à criação de cooperativas de catadores de resíduos.
  • ·       Plano Urbanístico- rodoviário: urbanização da Orla do Carananduba, Marahú, Baia do Sol e a abertura da Avenida Camilo Salgado interligando a pista de pouso a Rua Francisco Xavier Cardoso, além do prolongamento da Avenida Variante ao são Francisco.
  • ·       Pavimentação asfáltica e rede de esgoto nas vias de bairros sem saneamento (Ipixuna, Natal do Murubira, Aeroporto, Pantanal, Carananduba, Cajueiro, Bonfim, São Francisco e Ariramba e Furo das Marinhas).
  • ·       Adequação e construção de calçadas para todos.
  • ·       7-  Turismo, Meio Ambiente e Qualidade de Vida
  • ·       Atividades econômicas que respeitem a vida e o meio ambiente como o ecoturismo.
  • ·       Tornar Mosqueiro centro de investimentos para o turismo de terceira idade.
  • ·       Integração de agentes públicos e privados para o incentivo do turismo de negócios no distrito.
  • ·       Revitalização e construção de novas praças em Mosqueiro
  • ·       Combate à poluição sonora e visual.
  • ·       Criação de um Posto de fiscalização da SEMMA, para combater a prática de atividades econômicas degradadoras ao meio ambiente.
  • ·       Fomentar projetos de Pesquisa e Educação Ambiental e adequar atividades sustentáveis como: a pesca ribeirinha, quintais agroecológicos e revitalização das trilhas ecológicas e a construção de um camping ecológico no Parque Ambiental de Mosqueiro.
  • ·       Plano de controle e monitoramento de erosão das falésias (barrancos) da ilha.
  • 8- Cultura para todos
  •          Incentivar e criar eventos e manifestações culturais e religiosas (carnaval, festival junino, festival do cupuaçu, festival gospel, rock e reggae 24 horas) que valorizem os espaços públicos e os artistas locais, tanto no período das férias quanto nos outros meses.
  •          Preservar o Patrimônio Histórico e Cultural e os bens imateriais do distrito como: os casarões do período áureo da borracha e os sítios do período colonial (Santana e Conceição).
  •          Criação de um Museu da Borracha no prédio da antiga fábrica Bitar.
  •          Construção de uma escola de música para valorização da música clássica e popular.
  •          Construção de um Centro Cultural com espaços para teatro, exposições e apresentações culturais.
  •          Oferecer cursos e oficinas de confecção de biojóias, tecelagem, cerâmica, de objetos de miriti, objetos recicláveis e outros.
  • 9- Afirmar Direitos – Contra toda forma de discriminação
  • ·         Atendimento integral à saúde da mulher em todas as fases da sua vida em Belém e no distrito de Mosqueiro
  • ·         Combater a discriminação sexual, de gênero e a homofobia em Mosqueiro
  • ·         Reconhecimento do Sucurijuquara como uma área remanescente de quilombo (área quilombola).
  • ·         Ampliar os programas de prevenção e tratamento às DST’s na ilha.
  • 10- Juventude - Atitude para mudar Mosqueiro
  •          Praças Poliesportivas e Culturais nos vários de Mosqueiro.
  •          Casa Jovem de Mosqueiro - espaços de aprendizagem, convivência e cultura (música, cinema, teatro, dança, artes plásticas, etc.).
  •          Acesso a programas de formação escolar e profissional através do Projovem urbano e do campo na ilha
  •          Bolsas de incentivo ao estudo, estágios e monitorias aos alunos egressos das universidades e das escolas técnicas.
  •          Organizar anualmente a Semana da Juventude nos bairros com oficinas, palestras, debates, seminários e formação voltada para o protagonismo juvenil no distrito.
  •          Implantar territórios digitais e infocentros em diferentes bairros.
  •          Curso Pré Vestibular e popular no distrito.
  •          Programa de enfrentamento ao uso de drogas e combate à violência (pedofilia, doméstica e escolar) e ao trabalho infanto-juvenil.
  • 11- Esporte e Lazer para todos
  • ·         Implantação de um pólo de esportes radicais, valorizando a Amazônia Mosqueirense (canoagem, windsurf, surf, skate, katesurf e outros).
  • ·         Construção de um ginásio poliesportivo e parque aquático distrital para formação de atletas e competições.
  • Incentivo á prática de esportes em período de veraneio na ilha.
  • Bolsa-esporte para o esporte amador.
  •          Olimpíadas da Juventude de Mosqueiro
  •          Incentivo aos clubes e ao campeonato de futebol e de outras modalidades como: vôlei, futsal e basquete no distrito de Mosqueiro.
  •          Incentivo à criação de ligas de futebol, vôlei, futsal e basquete.
  •     
  •       12- Democracia e Poder: Prefeito presente e gestão descentralizada.
  • Implantar o Planejamento Distrital Participativo, com controle social sobre as políticas públicas.
  • Garantir mecanismos de gestão participativa através de Conselhos, Fóruns, Congressos, Conferências e outras formas de representação.
  • Implantar modelos de administração regional, garantindo gestão orçamentária e infraestrutura ao distrito de Mosqueiro.
  • Escolha preferencial de um morador da ilha para ocupar o cargo de Agente distrital.       
  • 13- Valorização do Servidor Público Municipal do Distrito de Mosqueiro
  • Criar a Escola de Governo Municipal no distrito assegurando a formação continuada dos servidores.
  • Mesa Permanente de Negociação com as categorias de servidores públicos.
  • Programas de acesso a habitação do servidor público e implementar o Cheque Moradia para os servidores do distrito.
  • Apoiar a criação do Clube Municipal do Servidor Público em Mosqueiro.
  • Ampliar, readequar, reaparelhar e diversificar as especialidades médica no Posto de saúde do IPAMB em Mosqueiro.