Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Bem-vindo ao blog do PT de Mosqueiro, aqui nós discutimos a organização e atuação do Partido dos Trabalhadores nas relações sociopolíticas e econômicas do Brasil e do Pará. Também debatemos temas gerais sobre política, economia, sociedade, cultura, meio ambiente, bem como temas irreverentes que ocorrem no Mundo, no Brasil, no Pará, mas em especial na "Moca". Obrigado por sua visita e volte sempre!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Radio praiana ea greve dos professores.


Todos os dias  em seus programas matinais  “ a famosa radio praiana de mosqueiro”, faz criticas a greve dos professores  e cobra compromisso da categoria com a comunidade. Vale lembrar que a direção desta radio desde a campanha para o governo do estado  em 2010, ataca os professores  e acusa que as escolas Abelardo Condurú   e Honorato Filgueiras   serviam de comitês politicos para os candidatos petistas.

 Temos ai indícios de um serio  ranço político  por parte da direção desta”magnífica radio”,que tem como proprietário   um deputado federal que visita mosqueiro apenas de quatro em quatro anos, sempre deixando obras inacabadas e promessas não cumpridas integralmente , mostrando o seu compromisso com nos ilhéus .

A categoria dos  professores, luta historicamente por uma educação publica e de qualidade para todos , e tem as greves como  ferramenta de enfrentamento  e pressão  a  governos que não tem a educação como prioridade, que  infelizmente   é o caso do governo Simão Jatene  aqui no Pará . 

A greve deste ano não é apenas por aumento salarial para os professores . Também esta em pauta  reformas  e construções  de novas escolas e eleições diretas para diretores de  escolas . ALEM DO MAIS , GREVE É UM DIRETO CONSTITUCIONAL  DE TODO O TRABALHADOR .

Me admiro muito que  uma radio que só toca tecnobrega  e incentiva  a formação  de equipes de aparelhagens ( ou seja, gangues ) tenha coragem de falar em compromisso com educação  e construção de cidadãos críticos para a sociedade.

Algumas indagações  devem ser feitas  a direção desta  radio, por exemplo :  ESSA RADIO É COMUNITARIA MESMO  ?   QUANTOS JORNALISTAS FORMADOS EXISTEM NO QUADRO DE FUNCIONARIOS  ? QUAL O ESPAÇO  DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NA PROGRAMAÇÃO DIARIA ?  QUAIS PROGRAMAS  SÃO EDUCATIVOS  PARA AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES ? POR QUE VOCES NÃO FAZEM MATERIAS CRITICANDO O DESGOVERNO DE DUCIOMAR COSTA  EM MOSQUEIRO?

Respondam essas perguntas e depois venham cobrar compromisso com os professores !

Comentários cancerígenos.

A repercussão do câncer de Lula na internet remete ao clima de baixarias que inundaram as redes sociais nas eleições 2010. Não à toa. Lula é peça-chave no jogo político, e a boçalidade destampada no período eleitoral continua a ser alimentada à farta.

O ex-presidente fez bem ao tornar logo público o tumor na laringe. Agiu com a transparência que se espera de quem deixou o Planalto com índice de aprovação de 87%. Não se trata apenas de um drama pessoal. Embaralha qualquer cenário que se vislumbre para as eleições municipais de 2012 e, obviamente, para a sucessão presidencial de 2014.

É nesse contexto que desponta nas redes sociais a campanha “Lula, faça o tratamento pelo SUS”. Ela renova o ódio reacionário que marcou a disputa eleitoral do ano passado, em que o auge foi a exortação do afogamento de nordestinos em São Paulo.

Lula poderia ir a um hospital público, como o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, mas preferiu o Sírio-Libanês, onde seus médicos trabalham – também ali se trataram de câncer o então vice-presidente José Alencar e a então chefe da Casa Civil Dilma Rousseff. Aliás, é desejável que ele não ocupe vaga de quem depende da rede pública de saúde.

Por que a campanha para Lula se tratar pelo SUS? Só ressentimento e ignorância explicam tamanha estupidez. Algum mimimi se no lugar do petista estivesse um tucano de densa plumagem? E se Lula fosse ao Instituto do Câncer não receberia tratamento de ótima qualidade, como todos que lá estão? O mais curioso é ver que o sujeito que quer Lula num leito público também comemorou o fim da CPMF, cuja extinção beneficiou uma parcela de brasileiros que, da classe média para cima, deixaram de entregar 0,1% sobre o valor de cada movimentação financeira para a saúde pública.

O ódio dessa minoria contra Lula escandaliza agora alguns de seus críticos sensatos na imprensa. Mas não se trata de cobrar comportamento decente de leitores, quando parte da mídia é responsável por fomentar essa raiva e dela se beneficia. Basta recordar como foi a cobertura do título honoris causa concedido a Lula pela Sciences Po.

Choca que a galera vomite nas redes tanta escrotidão com a mesma — ou até mais — desinibição que em círculos íntimos. A parada, porém, é mais profunda. Não é uma questão de compostura, mas classe. Melhor, classes. Num clima que transborda o ódio de quem sente as referências de exclusividade social se esvair, ainda que muito, mas muito lentamente.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Parabéns para um e cadeia para o outro !



Os dois completam aniversario no mesmo dia , o 27 de outubro ,porém , não são nada parecidos quando se fala em política.

LUIS INÁCIO LULA DA SILVA  : O mais carismático entre todos os presidentes do Brasil, completa 66 anos e deve comemorar com uma festa na cobertura do seu prédio, em São Bernado do Campo em Sampa, com a presença de, entre outros amigos, da presidente Dilma Rousseff.

Uma curiosidade é que apesar de seus documentos indicarem 6 de outubro de 1945 como o dia de seu nascimento, Lula comemora seu aniversário no dia 27, data na qual, segundo sua mãe, ele nasceu. 


JADER BARBALHO: acusado varias vezes de desvio de dinheiro publico e outras falcatruas  ,hoje Jader é conhecido no Brasil inteiro como ficha suja , e se Deus quiser não assumira o senado .   




quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Professores e professoras , a greve continua !


Por mais uma vez , o governo tucano de Simão Jatene, vira as costas para os profissionais da educação do estado  do  Pará.     Hoje mais de 300 professores da rede publica de ensino , em um ato revolucionário  , ocuparam a SEAD  com frases de protesto contra o descaso  que o atual governo trata a categoria  e a educação em nosso estado.

A luta pelo piso nacional e a implantação do PCCR (plano de cargo ,carreira e remuneração) são as principais reivindicações dos educadores em greve a mais de 30 dias  , que também lutam por reformas nas escolas e eleições diretas para diretores .

Na manifestação de hoje tivemos a presença do deputado estadual  Edilson Moura , que após uma reunião com representante do MEC  afirmou para  todos, que o governo tem recursos para pagar o piso nacional e que o principal problema  é a incompetência e a má  vontade do governo em investir na educação  . Edilson Moura disse  :

Estive com o Carlos Abicalil, do MEC, e ele me informou que o Governo ainda possui recurso para aplicar na educação. São cerca de R$ 200 milhões que sobram da verba que o Governo Federal já encaminhou para o Estado e não está sendo utilizado”

Se a tucanalha  pensa que irá enrolar o MEC, a sociedade e a categoria está muito enganado !

A greve continua Jatene a culpa é tua !

Após denúncias, Orlando Silva deixa o Ministério do Esporte; entenda o caso

Orlando Silva (PC do B) não é mais o ministro do Esporte. Ele entregou o cargo em reunião com a presidenta Dilma Rousseff (PT) e o presidente do PC do B, Renato Rabelo, na noite desta quarta-feira (26), em Brasília.

A saída de Orlando Silva já havia sido anunciada pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Após o encontro com a presidenta, Silva confirmou a renúncia à imprensa.

“Eu decidi sair do governo para que possa defender a minha honra, o trabalho do Ministério do Esporte, o governo que eu acredito e o meu partido. Não é possível jogar fora cinco anos de trabalho”, disse Silva.
Segundo o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Waldemar Manoel Silva de Souza, deve assumir o cargo interinamente. Estão cotados para assumir o cargo as deputadas do PC do B Perpétua Almeida (AC) e Luciana Santos (PE), o deputado federal Aldo Rebelo (PC do B-SP) e o presidente da Embratur, Flávio Dino (PC do B-MA).

Entenda o caso

O ex-policial João Dias Ferreira acusou Silva de participação em um esquema de desvio de recursos do Segundo Tempo, programa do Ministério do Esporte que dá verba a ONGs e secretarias estaduais e municipais para incentivar jovens a praticar esporte.

Em entrevista à revista “Veja”, o ex-policial – que presidia uma fundação de artes marciais que recebia verba do programa – disse que pagava propina para ter acesso aos recursos do ministério. Segundo Ferreira, o dinheiro era recebido pessoalmente por Orlando Silva ou por colaboradores mais próximos.

Em nota, o Ministério do Esporte afirmou que Ferreira firmou dois convênios,  em 2005 e 2006, que não foram executados. A pasta pede a devolução de R$ 3,16 milhões dos convênios. Segundo Silva, membros da sua equipe teriam recebido ameaças desde que o TCU (Tribunal de Contas da União) foi acionado.Ainda não há provas contra Orlando Silva, que enfatizou em entrevista coletiva após a sua demissão que ele mesmo solicitou à Procuradoria Geral da República para que sejam investigadas todas as denúncias divulgadas pela revista "Veja". Em nota enviada ao procurador-geral, Roberto Gurgel, o ministro disse que se encontra "à total disposição" do Ministério Público Federal, dando permissão para que sejam investigadas suas contas bancárias e tudo o que for considerado necessário.

Silva foi o primeiro ministro do governo Dilma Rousseff alvo de um inquérito no STF, o que teria agravado a situação. Ao pedir a abertura do inquérito, o procurador-geral da República afirmou que existiam “fortes indícios” de desvios “em proveito de integrantes do PC do B”.

Queda de Orlando Silva põe "Plantão da Globo" nos TTs do Twitter

26/10/2011 - 20h06 | do BOL

da Redação

O anúncio da queda do até então ministro do Esporte Orlando Silva foi feito com o tradicional Plantão da Globo e sua música característica. No Twitter, no entanto, o fato ganhou outro viés. Internautas do país inteiro acharam a notícia pequena para tanta pompa na TV aberta e fizeram do assunto um dos mais comentados no microblog, nesta quarta-feira.

“Antigamente a musiquinha do Plantão da Globo tocava e já perguntavam quem morreu? Essa magia acabou”, lamentou um usuário da rede. “Do jeito que tá, o próximo Plantão da Globo vai ser pra anunciar quem matou o Salomão Hayala”, comentou outro. “Aquela decepção de quem ninguém morreu no Plantão da Globo”, dizia o post de um site. E uma jovem foi além: “Plantão da Globo aparece e eu logo penso: la vem notícia ruiiiiiiiiimm!!!! Dessa vez até q a notícia foi boaaaa...”, brincou.

Conforme o tema ganhava mais adeptos tuiteiros, mais sugestões criativas iam surgindo para o boletim da Globo. “Daqui a pouco o Plantão da Globo vai virar o EGO: vai tocar a música e mostrar a Nana Gouveia pagando peitinho na praia”, sugeriu um habitué.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

DAS GUERRAS DO ÓPIO ÀS GUERRAS DO PETRÓLEO.

"A morte de Kadafi é uma viragem histórica", proclamam em coro os dirigentes da NATO e do Ocidente, sem se incomodarem sequer em guardar distâncias em relação ao bárbaro assassinato do líder líbio e das mentiras desavergonhadas que proferiram os chefes dos "rebeldes". Sim, efectivamente trata-se de uma viragem. Mas para entender o significado da guerra contra a Líbia no âmbito do colonialismo é preciso partir de longe...

Quando em 1840 os navios de guerra ingleses surgem diante das costas e das cidades chinesas, os agressores dispõem de um poder de fogo de milhares de canhões e podem semear destruição e morte em grande escala sem temer a artilharia inimiga, cujo alcance é muito reduzido. É o triunfo da política das canhoneiras: o grande país asiático e sua civilização milenar são obrigados a render-se e começa o que a historiografia chinesa denomina acertadamente como "o século das humilhações", que termina em 1949 com a chegada ao poder do Partido Comunista e de Mao Zedong.

Nos nossos dias, a chamada Revolution in Military Affairs (RMA) criou em muitos países do Terceiro Mundo uma situação parecida com a que a China enfrentou no seu tempo. Durante a guerra contra a Líbia de Kadafi, a NATO pôde consumar tranquilamente milhares de bombardeamentos e não só não sofreu baixas como sequer correu o risco de sofre-las. Neste sentido a força militar da NATO, mais do que um exército tradicional, parece-se a um pelotão de execução. Assim, a execução final de Kadafi, mais do que um facto causal ou acidental, revela o sentido profundo da operação em conjunto.

É algo palpável: a renovada desproporção tecnológica e militar reaviva as ambições e as tentações colonialistas de um Ocidente que, a julgar pela exaltada auto-consciência e falsa consciência que continua a ostentar, nega-se a saldar contas com a sua história. E não se trata só de aviões, navios de guerra e satélites. Ainda é mais clara a vantagem com que Washington e seus aliados podem contar em capacidade de bombardeamento mediático. Também nisto a "intervenção humanitária" contra a Líbia é um exemplo de manual: a guerra civil (desencadeada, entre outras coisas, graças ao trabalho prolongado de agentes e unidades militares ocidentais e no decorrer da qual os chamados "rebeldes" podiam dispor desde o princípio até de aviões) apresentou-se como uma matança perpetrada pelo poder contra uma população civil indefesa. Em contrapartida, os bombardeamentos da NATO que até o fim assolaram a Sirte assediada, faminta, sem água nem medicamentos, foram apresentados como operações humanitárias a favor da população civil da Líbia!

Hoje em dia este trabalho de manipulação, além de contar com os meios de informação tradicionais de informação e desinformação, vale-se de uma revolução tecnológica que completa a Revolution in Military Affairs. Como expliquei em intervenções e artigos anteriores, são autores e órgãos de imprensa ocidentais próximos ao Departamento de Estado os que celebram que o arsenal dos EUA se enriqueceu com novos e formidáveis instrumentos de guerra. São jornais ocidentais e de comprovada fé ocidental que contam, sem nenhum sentido crítico, que no decorrer das "guerras internet" a manipulação e a mentira, assim como a instigação à violência de minorias étnicas e religiosas, também mediante a manipulação e a mentira, estão na ordem do dia. É o que está a acontecer na Síria contra um grupo dirigente mais acossado do que nunca por haver resistido às pressões e intimidações ocidentais e se ter negado a capitular diante de Israel e a trair a resistência palestina.

Mas voltemos à primeira guerra do ópio, que termina em 1842 com o Tratado de Nanquim. É o primeiro dos "tratados desiguais", ou seja, imposto com as canhoneiras. No ano seguinte chega a vez dos Estados Unidos. Também envia canhoneiras para arrancar o mesmo resultado que a Grã-Bretanha e inclusive algo mais. O tratado de Wahghia (nas proximidades de Macau) de 1843 sanciona o privilégio da extraterritorialidade para os cidadãos estado-unidenses residentes na China: mesmo que cometam delitos comuns, subtraem-se à jurisdição chinesa. O privilégio da extraterritorialidade, evidentemente, não é recíproco, não vale para os cidadãos chineses residentes nos Estados Unidos. Uma coisa são os povos colonizados e outra muito diferente a raça dos senhores. Nos anos e décadas posteriores, o privilégio da extraterritorialidade amplia-se aos chineses que "dissidem" da religião e da cultura do seu país e convertem-se ao cristianismo (com o que teoricamente passam a ser cidadãos honorários da república norte-americana e do Ocidente em geral).

Também nos nossos dias o duplo critério da legalidade e da jurisdição é um elementos essencial do colonialismo: os "dissidentes", ou seja, os que se convertem à religião dos direitos humanos tal como é proclamada de Washington a Bruxelas, os Quisling potenciais ao serviço dos agressores, são galardoados com o prémio Nobel e outros prémios parecidos depois de o Ocidente ter desencadeado uma campanha desaforada para subtrair os premiados à jurisdição do seu país de residência, campanha reforçada com embargos e ameaça de embargo e de "intervenção humanitária".

O duplo critério da legalidade e da jurisdição alcança suas cotas mais altas com a intervenção do Tribunal Penal Internacional (TPI). Os cidadãos estado-unidenses e os soldados e mercenários de faixas e estrelas espalhados por todo o mundo ficam e devem ficar fora da sua jurisdição. Recentemente a imprensa internacional revelou que os Estados Unidos estão dispostos a vetar a admissão da Palestina na ONU, entre outras coisas, para impedir que a Palestina possa denunciar Israel perante o TPI: seja como for, na prática quando não na teoria, deve ficar claro para todo o mundo que só os povos colonizados podem ser processados e condenados. A sequência temporal é em si mesma eloquente. 1999: apesar de não haver obtido autorização da ONU, a NATO começa a bombardear a Jugoslávia; pouco depois, sem perda de tempo, o TPI tratar de incriminar não os agressores e responsáveis da ruptura da ordem jurídica internacional estabelecida após a II Guerra Mundial e sim Milosevic. 2011: violentando o mandato da ONU, longe de se preocupar com o destino dos civis, a NATO recorre a todos os meios para impor a mudança de regime e ganhar o controle da Líbia. Seguindo uma pauta já ensaiada, o TPI trata de incriminar Kadafi. O chamado Tribunal Penal Internacional é uma espécie de apêndice judicial do pelotão de execução da NATO. Poder-se-ia dizer inclusive que os magistrados de Haia são como padres que, sem perder tempo a consolar a vítima, esmeram-se directamente em legitimar e consagrar o verdugo.

Uma última observação. Com a guerra contra a Líbia, perfilou-se numa nova divisão do trabalho no âmbito do imperialismo. As grandes potências coloniais tradicionais, como a Inglaterra e a França, valendo-se do decisivo apoio político e militar de Washington, centram-se no Médio Oriente e na África, ao passo que os Estados Unidos deslocam cada vez mais seu dispositivo militar para a Ásia. E assim voltamos à China. Depois de haver deixado para trás o século de humilhações que começou com as guerras do ópio, os dirigentes comunistas sabem que seria insensato e criminoso faltar pela segunda vez ao encontro com a revolução tecnológica e militar: enquanto liberta centenas de milhões de chineses da miséria e da fome a que os havia condenado o colonialismo, o poderoso desenvolvimento económico do grande país asiático é também uma medida de defesa contra a agressividade permanente do imperialismo. Aqueles que, inclusive na "esquerda", se põem a reboque de Washington e Bruxelas na tarefa de difamação sistemática dos dirigentes chineses demonstram que não se preocupam nem com a melhoria das condições de vida das massas populares nem com a causa da paz e da democracia nas relações internacionais.


23/Outubro/2011
O original em italiano e as versões em francês e castelhano encontram-se em http://www.domenicolosurdo.blogspot.com/

REMISTA AZARADO

É triste ser remista.  

- Um sujeito encontra um amigo que não via há muito tempo e, querendo
ser simpático, inicia a conversa:
- E aí Fonseca, tudo bem?
- Péssimo... - responde o outro.
- Mas como péssimo? Com aquela Ferrari que você tem?
- Deu perda total num acidente... E o pior é que o seguro tinha
acabado de vencer.
- Bem, vão-se os anéis, mas ficam os dedos. E aquele teu filho inteligente?
- Estava dirigindo a Ferrari... Morreu.
- O sujeito tenta fugir daquele assunto tão trágico:
- E aquela sua filha que mais parecia uma modelo?
- Pois é... Estava junto com o irmão. Só a minha mulher não estava no carro.
- Graças a Deus! Como vai ela?
- Fugiu com o meu sócio.
- Bem... Pelo menos a empresa ficou só para você.
- Ela fugiu com ele porque me roubaram tudo. Deixaram a empresa
falida. Estou devendo milhões!
- Pôxa vida, então, vamos mudar de assunto, e seu time?

Sou Remista da leoa azul!!!!
Pelo amor de Deus, Fonseca! Você não tem nada de positivo?????

- Sim....HIV.

Julgamento de Jader Barbalho será amanhã

 

 

Amanhã está em pauta no Supremo o caso de Jader Barbalho.O que será que acontecerá, ganha uma entrada para a Rockada de sábado no Empata’s, quem adivinhar…

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

KHADAFI MORREU COMBATENDO COM DIGNIDADE E COERÊNCIA








Miguel Urbano Rodrigues

 A foto divulgada pelos contra-revolucionários do CNT elimina dúvidas: Muamar Khadafi morreu.
Notícias contraditórias sobre as circunstâncias da sua morte correm o mundo, semeando confusão. Mas das próprias declarações daqueles que exibem o cadáver do líder líbio transparece uma evidência: Khadafi foi assassinado.
No momento em que escrevo, a Resistência líbia ainda não tornou pública uma nota sobre o combate final de Khadafi. Mas desde já se pode afirmar que caiu lutando.
A midia a serviço do imperialismo principiou imediatamente a transformar o acontecimento numa vitória da democracia, e os governantes dos EUA e da União Europeia e a intelectualidade neoliberal festejam o crime, derramando insultos sobre o último chefe de Estado legitimo da Líbia.
Essa atitude não surpreende, mas o seu efeito é oposto ao pretendido: o imperialismo exibe para a humanidade o seu rosto medonho.
A agressão ao povo da Líbia, concebida e montada com muita antecedência, levada adiante com a cumplicidade do Conselho de Segurança da ONU e executada militarmente pelos EUA, a França e a Grã Bretanha deixará na História a memória de uma das mais abjectas guerras neocoloniais do início do século XXI.
Quando a OTAN começou a bombardear as cidades e aldeias da Líbia, violando a Resolução aprovada sobre a chamada Zona de Exclusão aérea, Obama, Sarkozy e Cameron afirmaram que a guerra, mascarada de «intervenção humanitária», terminaria dentro de poucos dias. Mas a destruição do país e a matança de civis durou mais de sete meses.
Os senhores do capital foram desmentidos pela Resistência do povo da Líbia. Os «rebeldes», de Benghazi, treinados e armados por oficiais europeus e pela CIA, pela Mossad e pelos serviços secretos britânicos e franceses fugiam em debandada, como coelhos, sempre que enfrentavam aqueles que defendiam a Líbia da agressão estrangeira.
Foram os devastadores bombardeamentos da OTAN que lhes permitiram entrar nas cidades que haviam sido incapazes de tomar. Mas, ocupada Tripoli, foram durante semanas derrotados em Bani Walid e Sirte, baluartes da Resistência.
Nesta hora em que o imperialismo discute já, com gula, a partilha do petróleo e do gás libios, é para Muamar Khadafi e não para os responsáveis pela sua morte que se dirige em todo o mundo o respeito de milhões de homens e mulheres que acreditam nos valores e princípios invocados, mas violados, pelos seus assassinos.
Khadafi afirmou desde o primeiro dia da agressão que resistiria e lutaria com o seu povo ate à morte.
Honrou a palavra empenhada. Caiu combatendo.
Que imagem dele ficará na História? Uma resposta breve à pergunta é hoje desaconselhável, precisamente porque Muamar Khadafi foi como homem e estadista uma personalidade complexa, cuja vida reflectiu as suas contradições.
Três Khadafis diferentes, quase incompatíveis, são identificáveis nos  42 nos em que dirigiu com mão de ferro a Líbia.
O jovem oficial que em 1969 derrubou a corrupta monarquia Senussita, inventada pelos ingleses, agiu durante anos como um revolucionário. Transformou uma sociedade tribal paupérrima, onde o analfabetismo superava os 90% e os recursos naturais estavam nas mãos de transnacionais americanas e britânicas, num dos países mais ricos do mundo muçulmano. Mas das monarquias do Golfo se diferenciou por uma politica progressista. Nacionalizou os hidrocarbonetos, erradicou praticamente o analfabetismo, construiu universidades e hospitais; proporcionou habitação condigna aos trabalhadores e camponeses e recuperou para uma agricultura moderna milhões de hectares do deserto graças à captação de águas subterrâneas.
Essas conquistas valeram-lhe uma grande popularidade e a adesão da maioria dos líbios. Mas não foram acompanhadas de medidas que abrissem a porta à participação popular. O regime tornou-se, pelo contrário, cada vez mais autocrático. Exercendo um poder absoluto, o líder distanciou-se progressivamente nos últimos anos da política de independência que levara os EUA a incluir a Líbia na lista negra dos estados a abater porque não se submetiam. Bombardeada Tripoli numa agressão imperial, o país foi atingido por duras sanções e qualificado de «estado terrorista».
Numa estranha metamorfose surgiu então um segundo Khadafi. Negociou o levantamento das sanções, privatizou empresas, abriu sectores da economia ao imperialismo. Passou então a ser recebido como um amigo nas capitais europeias. Berlusconi, Blair, Sarkozy, Obama ,Sócrates  receberam-no com abraços hipócritas e muitos assinaram acordos milionarios , enquanto ele multiplicava as excentricidades, acampando na sua tenda em capitais europeias.
Na última metamorfose emergiu com a agressão imperial o Khadafi que recuperou a dignidade.
Li algures que ele admirava Salvador Allende e desprezava os dirigentes que nas horas decisivas capitulam e fogem para o exílio.
Qualquer paralelo entre ele e Allende seria descabido. Mas tal como o presidente da Unidade Popular chilena, Khadafi, coerente com o compromisso assumido, morreu combatendo. Com coragem e dignidade.
Independentemente do julgamento futuro da História, Muamar Khadafi será pelo tempo afora recordado como um herói pelos líbios que amam a independência e liberdade. E também por muitos milhões de muçulmanos.
A Resistência, aliás, prossegue, estimulada pelo seu exemplo.
Vila Nova de GAIA, no dia da morte de Muamar Khadafi. 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Plebiscito: mais de 65% dos aptos a votar estão no "Parazinho"




Segundo os dados oficiais divulgados pelo TRE do Pará, precisamente 4.839.384 eleitores estão aptos a votar nos dois plebiscitos que decidirão sobre a divisão (ou não) do Pará, em 11 de dezembro de 2011. Desse total de inscritos, pouco mais de 65% (3.148.421) têm seus títulos nos 79 municípios que restariam ao Pará, caso dividido; ligeiramente mais que 20% (969.938) nos 39 municípios do virtual estado do Carajás e pouco menos de 15% (721.025) nos 26 do teórico estado do Tapajós (já incluindo aí Mojuí dos Campos, que ainda não foi instalado).



Para se ter noção, dos 10 maiores muncípios do Pará em número de eleitores, 6 estão no Parazinho (ou Pará residual), 3 no Carajás e apenas 1 no Tapajós.



O município-capital representa sozinho 20,6% do eleitorado (996.624), e somado com sua região metropolitana dá 28,8% (1.395.928). O Marajó pesa 5,9% (285.465) e o Nordeste Paraense (excluindo a região metropolitana de Belém) possui 36,2% dos eleitores (1.752.493). Essas três regiões totalizam o Parazinho. Os "candidatos a estado" somam quase 35%.



A superioridade demográfica e eleitoral da região residual (abriga quase dois terços da população em apenas 17% do território) pode não significar uma vantagem tão grande assim: espera-se um comparecimento maior nas regiões ditas separatistas. No primeiro turno das eleições de 2010 no Pará, houve um comparecimento de 78,8% - a tendência é um plebiscito atraia ainda menos votantes às urnas. No referendo sobre a venda de armas e munição em 2005, o comparecimento foi de 72% e o número de votos válidos representou 70,57% do número de aptos a votar.


Deixo aqui claro que esses plebiscitos não serão uma guerra entre regiões, mas sim contra ou a favor da decência. Afinal, não é porque a pessoa reside em Santarém ou Marabá que ela vai ser separatista. Eu mesmo conheço residentes dessas regiões que têm total clareza que o objetivo é politiqueiro - e não o tão romântico desenvolvimento, do qual alguns políticos andam falando por lá.



Algumas simulações


A - partindo-se do princípio que haja uma igualdade no comparecimento percentual em todas as regiões:



I. caso 70% dos votos válidos nas regiões separatistas sejam a favor da divisão e 30% contrários, a tese unionista precisará ter 60,8% dos votos na região residual para barrar a divisão.



. se 80% dos votos válidos nas regiões separatistas forem a favor da divisão e 20% contrários, a proposta unionista precisará atingir 66,2% dos votos na região residual para impedir a separação


 
B - partindo-se do princípio que o comparecimento nas regiões separatistas seja 10% maior que na região residual (como, por exemplo 77% e 70% respectivamente):


III. na hipótese de que 70% dos votos válidos nas regiões separatistas sejam a favor da divisão e 30% contrários, a tese unionista precisará ter 61,9% dos válidos na região residual para impedir a secessão


IV. caso 80% dos votos válidos nas regiões separatistas sejam a favor da divisão e 20% contrários, a proposta unionista precisará ter 67,8% dos votos na região residual para impedir a separação



C - partindo-se do princípio que o comparecimento nas regiões separatistas seja 12,5% maior que na região residual (como, por exemplo 75% e 66,6...% respectivamente):


 
V. se 70% dos votos válidos nas regiões separatistas sejam a favor da divisão e 30% contrários, a tese unionista precisará ter 62,2% dos votos na região residual para barrar a divisão


 
VI. na hipótese de 80% dos votos válidos nas regiões separatistas sejam a favor da divisão e 20% contrários, a proposta unionista precisará ter 68,2% dos votos na região residual para impedir a separação


Pesquisas eleitorais já apontam que no Parazinho a vantagem do não à divisão é hegemônica: na capital chega a 91%. No geral do atual Pará, as intenções de votos na não-divisão predominam. Que continue assim até o final.


fonte: blog do alan.