Prezado Lúcio Flávio, o debate foi interessante, porém, analisando seu artigo (LULA, O BOM DITADOR), o mesmo faz crer que a nova classe média é produto exclusivo ou em grande medida, dos programas “paliativos” do governo federal, o que destoa das constatações recentes da FGV-RJ sobre o PNAD, onde a mesma atribui ao EMPREGO COM CARTEIRA ASSINADA a principal variável explicativa para o surgimento e poder de compra desta nova classe.
O outro fator que põe em xeque vossa avaliação, quando tentar limitar programas como bolsa família a um mero instrumento assistencialista, é o fato de 2 milhões de pessoas já terem deixando o programa por conta de terem conseguindo emprego com carteira assinada, fruto da qualificação que receberam oriundos de programas complementares relacionados a qualificação e inserção profissional, formação de micro-empreendimentos, concessão de microcrédito, estratégias de apoio à aquisição, construção ou reforma de unidade habitacional.
Acredito que foi interessante a tentativa de constitui um Lula populista e ditador pai de todos, e dessa forma, sem oposição e intocável, porém nos pontos acima expostos, infelizmente forçaste a barra meu amigo. E pela forma como as coisas se dão, não creio que este governo seja um protótipo fascista moderno, constituídos de medidas remediativas que não projeta pessoas, como afirmas, o que fundamentalmente desconstitui, a abordagem, em termos gerais, de seu artigo.
Porém acredito na seriedade e imparcialidade de seu trabalho, e faço votos que continue sendo o bom jornalista que és.
Forte abraço,
Belém, 15 de Setembro de 2010
Marcello Santos Chaves
Economista
Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Lula, o bom ditador - O debate continua
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