Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

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Bem-vindo ao blog do PT de Mosqueiro, aqui nós discutimos a organização e atuação do Partido dos Trabalhadores nas relações sociopolíticas e econômicas do Brasil e do Pará. Também debatemos temas gerais sobre política, economia, sociedade, cultura, meio ambiente, bem como temas irreverentes que ocorrem no Mundo, no Brasil, no Pará, mas em especial na "Moca". Obrigado por sua visita e volte sempre!

sábado, 29 de setembro de 2012

Pesquisa do Edir Veiga para prefeito de Belém – 28/09

Belém 2012: Jefferson Lima ultrapassa Priante

em por Edir Veiga 28 de setembro, 2012 - 16h37

1-Se as eleições para prefeito de Belém fossem hoje, em quem você votaria? Espontâneo

Edmilson:    32,0%

Zenaldo:      16,0%

Jefferson Lima: 11.5%

Priante: 6.2%

Anivaldo Vale: 6.2%

Jordy: 4.2%

Alfredo Costa: 2.8%

Pimentel: 0%

Marcos Rego: 0,2%

Leny Campelo: 1,0%

Não sabe/Não opinou: 13.8%

Branco/Nulo: 6,2%

2-Se as eleições para prefeito de Belém fossem hoje, em quem você votaria? Estimulada

Edmilson:  33.8%

Zenaldo:    17.7%

Jefferson Lima:  13.2%

Priante:  6.8%

Anivaldo Vale:  6.2%

Jordy: 4,0%

Alfredo Costa: 3.3%

Pimentel: 0%

Marcos Rego: 0,3%

Leny Campelo: 1,2%

Não sabe/Não opinou: 6,7%

Branco/Nulo: 6,8%

3. Se as Eleições para prefeito de Belém fossem hoje, em qual desses candidatos você NÃO VOTARIA de jeito nenhum?

Edmilson: 22,0%

Zenaldo: 7,8%

Jefferson Lima: 3,3%

Priante: 9,7%

Anivaldo Vale: 26,5%

Jordy: 5,5%

Alfredo Costa: 5,3%

Pimentel: 1,5%

Marcos Rego: 1,5%

Leny Campelo: 2,0%

Não sabe/Não opinou: 14.9%

Registro: 00187/2012

Data de registro: 22/09/2012 
Data de divulgação: 27/09/2012 
Empresa contratada: VEIGA CONSULTORIA E PESQUISA LTDA - EPP 
Eleição: Eleições Municipais 2012

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Prefeito de Marinaleda integra partido anticapitalista

Coletivo Unidade dos Trabalhadores, legenda de Juan Manuel Sánchez Gordillo, integra bloco de siglas de esquerda na Espanha. Grupo político da Andaluzia se apresenta como uma organização revolucionária que busca uma sociedade sem classes. A administração de Marinaleda - cujo lema é “Uma utopia para a paz” - é o emblema do coletivo e uma mostra de que a tese pode ser posta em prática.

Guilherme Kolling e Naira Hofmeister, de Marinaleda, Espanha

Marinaleda - A Espanha tem dois partidos hegemônicos, que se alternam no poder desde a redemocratização: o Partido Socialista dos Trabalhadores (PSOE) e o conservador Partido Popular (PP), sigla do atual presidente do governo, Mariano Rajoy.
Com o objetivo de somar votos suficientes para também ter cadeiras nos parlamentos de províncias e no Congresso Nacional, as siglas de esquerda formaram um bloco nos anos 80. Assim, mantém sua identidade própria e conseguem eleger deputados que compõem os legislativos. É a chamada Esquerda Unida, ainda minoritária entre as forças políticas do país ibérico.
Mais de uma dezena de legendas integram a IU (iniciais de Izquierda Unida), entre elas o Partido Comunista. No seu estatuto, o bloco declara seu projeto para a nação: “gradualmente transformar o sistema capitalista em socialista democrático” e em um “Estado federal republicano”.
Algumas das siglas que compõem a IU são revolucionárias, caso do Coletivo de Unidade dos Trabalhadores (CUT), partido cujo porta-voz nacional é Juan Manuel Sánchez Gordillo. O CUT integra o Bloco Andaluz de Esquerdas e é declaradamente anticapitalista. Além de lutar pela soberania da comunidade da Andaluzia (que reúne as províncias sulistas), prega a emancipação dos trabalhadores, em uma sociedade sem classes. “Somos a esquerda da esquerda”, costuma dizer Sánchez Gordillo.
A administração de Marinaleda - cujo lema é “Uma utopia para a paz” - é o emblema do coletivo e uma mostra de que a tese pode ser posta em prática. O partido se organiza em assembleias locais com autonomia para definir sua linha política e eleger um representante que participa da assembleia nacional do partido.
À frente do órgão máximo do CUT, Gordillo dedica grande atenção à questão da terra, cuja solução, para ele, passa pela reforma agrária e pela regulação dos preços, hoje estabelecidos pelas multinacionais do setor de alimentação.
“É necessário mudar a política de preços, que chega a subir 1.200% entre o produtor e o consumidor. Na Espanha, a média dessa diferença é de 704%”, exemplifica o prefeito de Marinaleda, observando que o agricultor ganha pouco e as multinacionais lucram muito.
Gordillo defende uma aliança entre o agricultor familiar, os consumidores e o pequeno comércio de alimentação, com a criação de um canal público de comercialização dos produtos agrícolas. “Seria uma rede solidária de comércio, não lucrativa, com o auxílio do Estado. Falam contra a intervenção na economia, mas essa crise revelou que quando eles (bancos, multinacionais) têm prejuízos, querem o Estado para socializar as perdas. Só privatizam os lucros”, compara.
Outro tema que chama a atenção da Esquerda Unida são os subsídios à agricultura pagos pela União Europeia, que representam cerca de 20% da receita dos produtores (os outros 80% são pela venda das mercadorias).
O problema é que a ajuda toma por base a extensão da terra e não a produção. Assim, um latifundiário improdutivo pode receber mais do que um agricultor com uma plena atividade na terra. “O correto seria estimular com subsídios o produtor rural em função do número de empregos gerados e dos cuidados com o meio ambiente. E também para a produção familiar, aos que menos terra têm.”
Gordillo sustenta que ao direcionar o subsídio para o grande proprietário, que visa a exportação, a UE está na prática fazendo dumping contra os países em desenvolvimento. “Beneficia os latifundiários e quatro empresas multinacionais que controlam os preços, prejudicando a produção familiar.
Temos que romper com esse modelo, que provoca o aquecimento global, incentiva os transgênicos e ainda privatiza a natureza. Enquanto isso, desaparece um camponês por minuto no mundo”, conclui.
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França: orçamento socialista taxa mais ricos e empresas

 

 

O presidente François Hollande apresentou um projeto de orçamento para 2013 marcado por um nível de arrocho jamais visto nos últimos 30 anos e por um aumento dos impostos que, globalmente, recairá sobre os bolsos das famílias de maior renda e das empresas com maiores lucros. O primeiro orçamento socialista modifica o que foi realizado até agora pela direita: dois terços das arrecadações virão do aumento dos impostos para os ricos e as empresas, o que implica o fim de numerosas isenções fiscais. O artigo é de Eduardo Febbro, direto de Paris.

Eduardo Febbro - Paris

Paris - O socialismo francês acaba de formatar uma versão inédita da disciplina orçamentária: o rigor à esquerda. O presidente François Hollande apresentou ao Conselho de Ministros um projeto de orçamento para 2013 marcado por um nível de arrocho jamais visto nos últimos 30 anos e por um aumento dos impostos que, globalmente, recairá sobre os bolsos das famílias de maior renda e das empresas com maiores lucros.
No total, esse plano qualificado como “orçamento de combate” se articula em torno da arrecadação de 20 bilhões de euros de novos impostos e de 10 bilhões cortados em gastos administrativos. Os 20 bilhões serão pagos, em partes iguais, 10 bilhões os mais ricos e 10 bilhões as empresas mais lucrativas. A essa soma deve-se agregar ainda outros 2,5 bilhões de euros que serão cortados do seguro social.
No total, se se adicionarem os objetivos deste orçamento mais as medidas votadas em julho passado, o Executivo aposta em obter uma arrecadação suplementar de 40 bilhões de euros. O objetivo não é social, mas orçamentário: trata-se de levar o déficit atual, 4,5% em 2012, para 3% em 2013. A meta, no entanto, se apoia em um cálculo de crescimento de 0,8%, uma variável que os economistas julgam demasiado otimista e tão incerta quanto um número de loteria.
O certo é que, após dez anos de governos de direita e de orçamentos conservadores que decapitaram as classes médias e populares, François Hollande elaborou o primeiro orçamento da esquerda. Não há, cabe dizer, nenhuma reorientação substancial. Trata-se sempre de reduzir a dívida e os déficits, mas sem sancionar aqueles que antes pagavam a conta nem desmantelar o pouco que resta do Estado de Bem-Estar.
O Executivo assegurou que os mais de 24 bilhões que serão arrecadados com os novos impostos virão “unicamente de um em cada dez cidadãos e das maiores empresas”. O cálculo está longe de ser verossímil. O primeiro ministro francês, Jean-Marc Ayrault, assegurou quinta-feira que “90% dos franceses, as classes médias e populares, não pagarão mais impostos. O esforço recairá sobre os 10% que têm mais renda e, entre estes, sobre o 1% mais ricos”.
No entanto, a França sabe hoje que todo mundo terminará pagando algo, ainda que desta vez a redistribuição do esforço será mais equitativa porque rompe com a política da vítima única tão comum quando a direita está no poder. A demonstração em cifras mostra que o Executivo socialista apontou suas calculadoras para as pessoas que tem maiores recursos: as pessoas que têm ganhos equivalentes a 150 mil euros (1%, o que equivale a 50 mil contribuintes) pagarão muito mais impostos do que antes. A partir de 250 mil euros os impostos aumentam exponencialmente. A isso se soma uma taxa de 3% que sobe para 4% para quem ganha na casa do meio milhão de euros. As 1.500 pessoas que ganham esta soma pagarão uma taxa excepcional de 75%.
Antes que fosse divulgado o projeto de orçamento para 2013, os empresários franceses lançaram uma ofensiva e questionaram a filosofia da reforma fiscal. O organismo que agrupa o patronato, o MEDEF, vem dizendo que a chave está tanto na redução do gasto público quanto nos custos necessários para manter um posto de trabalho.
A situação da França é complexa. Há hoje mais de 3 milhões de desempregados e um crescimento que está estagnado. François Hollande deve, ao mesmo tempo, cumprir suas promessas de justiça social sem perder de vista a dívida e o déficit. O contexto, porém, é adverso. O Instituto Nacional de Estatística (INSEE) revelou esta semana que durante o segundo trimestre de 2012 a economia teve um crescimento nulo. O ex-presidente liberal Nicolas Sarkozy saiu em maio passado, mas deixou uma dívida colossal. Nos cinco anos de seu mandato, a dívida passou de 64% do PIB para 91%. François Hollande disse nesta sexta-feira que o país teve “600 bilhões de dívida suplementar durante o último quinquênio. Eu me comprometo a que, no final de meu mandato, não haja nenhum euro a mais”.
A dívida da França tem repercussões enormes. Segundo explicou o governo, o que se cortará e o que se arrecadará no ano que vem servirá apenas para pagar os juros dos empréstimos contraídos, a saber, cerca de 46 bilhões de euros. A missão de François Hollande se parece com a de um desses filmes norteamericanos onde o herói tem que fazer um monte de proezas impossíveis para sobreviver e seguir sendo herói: o chefe de Estado tem que acalmar os mercados, a Alemanha e a Comissão Europeia, zelosa guardiã dos interesses liberais; ao mesmo tempo, Hollande deve corrigir o caminho traçado pela direita que governou durante a última década e manter vivo o moribundo Estado de Bem-Estar. E como se isso não fosse o bastante, também precisa ser fiel aos compromissos de igualdade, justiça e solidariedade.
O primeiro orçamento socialista modifica o que foi realizado até agora pela direita: dois terços das arrecadações virão do aumento dos impostos para os ricos e as empresas, o que implica o fim de numerosas isenções fiscais aprovadas pela direita para essa categoria. O terço final sai dos cortes nos gastos administrativos. Com exceção dos ministérios da Educação, Justiça e Segurança, todos os demais entraram no regime de cortes. Os socialistas estão produzindo um novo filme: “Os caçadores das arcas vazias”. Por enquanto a conta será paga pelos ricos. No entanto, só se conheceu o primeiro capítulo de uma produção que pode trazer muitas surpresas. Os fundos não saem do nada e é muito possível que, de alguma forma, todo mundo termine pagando algo.

Tradução: Katarina Peixoto

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Religião e conservadorismo impedem avanço no debate sobre aborto no Brasil

Ferramentas Pessoais

No Uruguai, Câmara dos Deputados aprovou legalização da prática, mas aqui o tema ainda é tratado mais como tabu do que como questão de saúde pública

Por: Júlia Rabahie da Rede Brasil Atual

Publicado em 26/09/2012,

São Paulo – Movimentos feministas brasileiros enxergaram a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto no Uruguai como exemplo a ser seguido para que um debate mais responsável sobre o tema se desenvolva no Brasil. O texto, que garante o direito das uruguaias de abortar até 12º semana de gestação, ainda precisa passar por segunda votação no Senado.

“O Uruguai é um país latino-americano em que há forte presença da igreja católica, como no Brasil. Então se aconteceu lá, aqui também pode acontecer”, afirma Miryam Mastrella, socióloga do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero (Anis), ONG que promove pesquisas em direitos humanos e feminismo. Para ela, o debate sobre o aborto no Brasil ainda deixa muito a desejar. “O aborto ainda é tratado como tabu, e não como questão de saúde pública, como deveria ser”, comenta.

As eleições presidenciais de 2010 comprovam o tratamento do tema criticado pela pesquisadora. Assunto bastante debatido nas campanhas, o aborto foi tratado como uma questão pontual que definia, dependendo da posição dos candidatos, quem era ou não “a favor da vida”. “O aborto é tratado como moeda de barganha, de maneira muito superficial”, diz.

Além do peso de valores culturais e sociais conservadores, que interditam o debate sobre a descriminalização, Mastrella avalia que a religião também exerce influência nesse atraso. “Não há dúvida de que a religião é importante para aqueles que tem fé, mas num Estado plural e laico certos valores não podem ser colocados como universais, válidos e impostos a todos”.

Para a pesquisadora, os movimentos feministas têm uma força importante para puxar o debate para além dos valores morais e religiosos. “Os movimentos colocam em pauta o tema sob uma perspectiva mais séria, discutindo a autonomia e a dignidade das mulheres”, diz.

Sílvia Camurça, pesquisadora do SOS Corpo e coordenadora nacional da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), movimento feminista que articula ONGs e coletivos em todo o país, reafirma o caráter que o debate deve assumir para além das questões eleitorais. “O papel do movimento é reivindicar uma discussão franca e honesta, e não baseada em politicagem de campanhas irresponsáveis”.

Ela também ressaltou a função principal dos movimentos feministas do país. “O problema tem que ser colocado, e é preciso que se busque com a sociedade uma solução que proteja a vida das mulheres ao invés de criminalizá-las”.

A coordenadora da AMB afirmou que a criminalização dá margem ao crescimento da chamada “indústria do aborto”, que são as clínicas clandestinas para a prática abortiva. “Aborto não é caso de polícia, precisamos encontrar outra solução no âmbito da saúde pública".

Segundo Camurça, embora a decisão do Uruguai represente uma conquista frente à forças conservadoras que se opõem à descriminalização, ela ainda não é o que o movimento feminista idealiza.

O texto aprovado pela Câmara dos Deputados prevê a descriminalização da interrupção da gravidez desde que a mulher se apresente diante de uma equipe de médicos e psicólogos, que a informarão sobre todos os riscos, alternativas e programas de apoio à maternidade e à adoção. Após a entrevista, a mulher deve esperar cinco dias para confirmar sua decisão, e, finalmente, interromper a gravidez.

“Para os movimentos, isso significa desautorizar a mulher como ser eticamente responsável por suas decisões, significa tirar de nós essa decisão para colocar nas mãos de terceiros, mesmo que sejam médicos e psicólogos”, diz.

A decisão do Uruguai aconteceu na semana do Dia Latino-Americano de Luta pela Descriminalização do Aborto, que acontece nessa sexta-feira (28). Serão várias iniciativas e passeatas por toda a América Latina que visam reacender um debate crítico sobre o tema.

Saúde pública

A Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), que traçou o perfil da mulheres que abortam no Brasil, recebeu no último dia 17 o prêmio Fred L. Soper Award for Excellence in Health Literatura, concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde para estudos de alto impacto na área da saúde pública.

O estudo foi financiado pelo Ministério da Saúde e feito pelos professores da Universidade de Brasília (UnB) Debora Diniz e Marcelo Medeiros. O prêmio é considerado o mais importante das Américas em referência à saúde pública. O estudo revelou que das 2002 entrevistadas no estudo, de 18 a 39 anos, 15% declararam que já fizeram pelo menos um aborto.

Para Mastrella, o perfil traçado das mulheres que abortam no país revela a perversidade da criminalização do aborto. “São mulheres de carne e osso, com emprego, muitas vezes com outros filhos, que têm religião, mas que optam pela interrupção da gravidez. É perverso que elas possam ser presas por causa disso”.

Faculdade Zumbi dos Palmares forma primeira turma de direito

21/9/2012

por Daniel Mello, da Agência Brasil

ed11 Faculdade Zumbi dos Palmares forma primeira turma de direito

São Paulo – A Faculdade Zumbi dos Palmares celebrou a formatura dos 70 alunos da primeira turma de direito da instituição, que é voltada para a inclusão de negros no ensino superior. Declaram-se afrodescendentes 87% dos estudantes da faculdade, mantida pela Sociedade Afro-Brasileira de Desenvolvimento Sociocultural (Afrobras). A organização não governamental mantém parcerias com os setores público e privado para garantir o funcionamento de seis cursos com 1,7 mil alunos.

A cerimônia, realizada na noite de 14 de setembro no Memorial da América Latina, zona oeste paulistana, contou com a presença de autoridades e empresários.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, um dos patronos da turma que colou grau, ressaltou para os formandos a importância histórica do momento. “Tenham sempre orgulho da instituição onde vocês estudaram. Ela é uma instituição histórica, tem uma carga simbólica de transformação na luta contra o preconceito, contra a exclusão, que nenhuma outra tem nesse país”, disse.

Para o vice-presidente da República, Michel Temer, a faculdade, que destina 50% das vagas para negros, promove uma “ação extremamente afirmativa” ao incluir essas pessoas no ensino superior.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, destacou que a primeira turma de direito da Faculdade Zumbi dos Palmares “é uma conquista do Brasil”.

* Edição: Juliana Andrade

** Publicado originalmente no site Agência Brasil.

(Agência Brasil)

‘Mensalão’: Os 6 argumentos dos que acusam o STF de promover um julgamento de exceção

 

Críticas ao Supremo Tribunal Federal se intensificam à medida que julgamento da ação penal 470 avança para decidir futuro da antiga cúpula do PT. Ao analisar essas manifestações, a Carta Maior encontrou seis principais linhas argumentativas. São elas: 1) Pressão da grande imprensa; 2) Protagonismo da teoria do “domínio do fato”; 3) Nova interpretação do crime de lavagem de dinheiro; 4) Tratamento distinto do "mensalão tucano"; 5) Julgamento em pleno período eleitoral; 6) Preconceito contra a política e o campo popular.

Marcel Gomes*

São Paulo – À medida que avança o julgamento do chamado ‘mensalão’ no Supremo Tribunal Federal (STF), também se avolumam manifestações de intelectuais, juristas e outros nomes públicos sobre as decisões dos ministros. Nesta quarta-feira (26), uma “carta aberta ao povo brasileiro”, assinada por dezenas de personalidades, se espalha pela internet. E comentaristas como o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos já falam que o STF pode estar conduzindo um “julgamento de exceção”.
As críticas recaem sobre diversas questões que envolvem a análise do processo até aqui. Passam pelo ambiente externo ao julgamento, no qual a grande imprensa assume abertamente posição pró-punição, e chegam às teses empregadas pelos ministros nas condenações, consideradas em alguns casos como reinterpretação de posições anteriores da corte.
A Carta Maior reuniu, a seguir, as seis principais linhas argumentativas utilizadas pelos críticos do STF em artigos de jornais, entrevistas e outras manifestações públicas nas últimas semanas. Em geral, eles não tratam da inocência ou culpa dos réus, mas cobram respeito ao devido processo legal - o abrangente conceito constitucional que é uma das bases do estado democrático de direito. Confira:
1) Pressão da grande imprensa: antes do início do julgamento, o jurista Celso Antonio Bandeira de Mello já alertava para o risco de que o STF tomasse uma decisão “política” e não “técnica”, diante da enorme pressão da grande imprensa pela condenação dos réus. Conforme essa linha crítica, a corte, poderia atropelar direitos dos réus, como o duplo grau de jurisdição (o que foi negado no início do julgamento, quando se recusou o desmembramento) e o princípio do contraditório (uso de declarações à imprensa e à CPI pelos réus). Vale lembrar que em 2007, quando o STF aceitou a denúncia, o ministro Ricardo Lewandowski foi flagrado em uma conversa telefônica em que dizia que a “imprensa acuou o Supremo” e “todo mundo votou com a faca no pescoço".
2) Protagonismo da teoria do “domínio do fato”: na falta de “atos de ofício” que vinculem réus às supostas ações criminosas, os ministros – como Rosa Weber e Celso de Mello – têm se valido da teoria do “domínio do fato”, que busca fundamentar a punição de mandantes que por ventura não tenham deixado rastros. O problema é que essa teoria é de rara utilização no STF, e não costuma servir de base única para condenações, segundo o professor da USP Renato de Mello Jorge Silveira, pesquisador do assunto. Diante da ausência de provas e da fragilidade dos indícios contra o ex-ministro José Dirceu, chamado de “chefe da quadrilha” na denúncia do Ministério Público Federal, especula-se que os ministros terão de se valer dessa tese para condená-lo.
3) Nova interpretação do crime de lavagem de dinheiro: pelo entendimento pacificado até antes do “mensalão”, a materialidade da lavagem de dinheiro pressupunha ao menos duas etapas – a prática de um crime antecedente e a conduta de ocultar ou dissimular o produto oriundo do ilícito penal anterior. A entrega dos recursos provenientes dos “empréstimos fictícios” do Banco Rural foi considerada lavagem, e não exaurimento do crime antecedente de gestão fraudulenta de instituição financeira. Da mesma forma, e por apenas um voto de diferença, o saque do dinheiro na boca do caixa foi considerado lavagem, e não exaurimento do crime de corrupção. Para os advogados, esse novo entendimento superdimensionará o crime de lavagem, já que sempre que alguém cometer qualquer delito com resultados financeiros e os entregar a outro, incorrerá, automaticamente, nesta prática.
4) Tratamento distinto do "mensalão tucano": o suposto esquema de financiamento ilegal de campanhas políticas do PSDB de Minas Gerais, montado pelo publicitário Marcos Valério, aconteceu em 1998, portanto cinco antes do caso que envolve o PT. Entretanto, não há previsão de quando haverá o julgamento. O chamado “mensalão tucano” tem 15 pessoas como rés e acabou desmembrado entre STF e Justiça mineira pelo ministro Joaquim Barbosa, que, no entanto, recusou esse mesmo pedido dos advogados no caso em julgamento. O tratamento do Ministério Público Federal também foi distinto: na ação penal contra o PT, o MPF entendeu que o repasse de dinheiro para saldar dívidas de campanha configura crimes como corrupção ativa, peculato e quadrilha. Já no processo contra o PSDB, o entendimento foi de que era mero caixa dois eleitoral. Por causa disso, no caso mineiro o MPF pediu o arquivamento do inquérito contra 79 deputados e ex-deputados que receberam recursos.
5) Julgamento em pleno período eleitoral: ao decidir fazer o julgamento no período das eleições municipais, o STF tornou-se um dos protagonistas das campanhas dos adversários do PT. As decisões dos ministros têm sido amplamente divulgadas nos programas de rádio e televisão, que pretendem gerar danos à imagem de candidatos do partido sem qualquer relação com o processo do "mensalão". Os efeitos eleitorais das decisões da corte podem ser ainda mais intensos porque a maioria dos réus petistas deve ser julgada na semana anterior às eleições municipais.
6) Preconceito contra a política e o campo popular: ainda que os ministros do STF estejam fundamentando juridicamente suas decisões, conforme o princípio da ampla defesa, algumas manifestações durante o julgamento revelam “preconceito” contra os políticos, em especial os do campo popular. O cientista político Wanderley Guilherme dos Santos tratou do assunto em entrevista à Carta Maior, ao dizer que há um “discurso paralelo contra a atividade política profissional” nas falas de alguns ministros. Não é surpresa que esse discurso é o mesmo daquele da grande mídia, em que o tom acusatório sempre reverberou contra os réus do suposto "mensalão".

*Colaborou Najla Passos, de Brasília

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O transformismo perigoso de uma toga

26/09/2012

O desequilíbrio emocional do relator Joaquim Barbosa na sessão desta 4ª feira do STF escancara o papel híbrido - e temerário - assumido por ele desde o início desse julgamento. Barbosa ora veste a toga de relator, ora de acusador; faz as vezes de juíz e de Ministério Público, ao mesmo tempo e com igual intensidade. Alterna-se nesse trasformismo à sua conveniência e arbítrio. Causa constrangimento seu descontrole. Acima de tudo, preocupa os riscos dessa escalada.
A espiral ascendente desenha uma linha de colisões que atropela os limites e a liturgia da função, desrespeita a presunção de inocência dos réus e agride os demais membros do Supremo. Sobretudo o revisor, no seu papel sagrado de contemplar um segundo olhar sobre cada linha do processo, tem sido alvo da intolerância dessa toga que se evoca uma suficiência ubíqua estranha ao Direito - exceto em um tribunal de exceção.
Em qualquer sociedade onde impera o Estado de Direito, comportamento assemelhado autorizaria arguir se os extremos dessa conduta já não teriam resvalado a fronteira do impedimento. Não basta apenas conhecimento jurídico fascicular. A missão de relator pede serenidade, equilíbrio e grandeza histórica.
Foi esse o sentido da advertência figurativa feita pelo cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, quando declarou a Carta Maior: "A cabeça de um juiz não pode pensar como a de um taxista" (leia a íntegra nesta pág).
A figura algo caricata que vai se delineando sob a toga híbrida pode dar razão aos temores mais pessimistas de segmentos democráticos e ecumênicos da sociedade brasileira, signatários de um manifesto de ampla adesão nos meios artísticos e culturais.
A volúpia condenatória ameaça a isenção e o contraditório. São esses os requisitos que diferenciam um julgamento de um linchamemto, mutação abertamente encorajada por certa mídia, mas que não pode contagiar o relator, a ponto de ser capturado como personagem desfrutável de um simulacro de Justiça.

Postado por Saul Leblon às 19:23

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ibope: Russomano tem 34%, Haddad vai a 18% e Serra, 17%

O candidato Celso Russomanno (PRB) caiu um ponto porcentual e registrou 34% das intenções de voto na pesquisa Ibope/TV Globo divulgada nesta terça-feira, 25. Já o candidato Fernando Haddad (PT) subiu 3 pontos porcentuais e teve 18% das citações, enquanto José Serra (PSDB) caiu 2 pontos e obteve 17%.
Em eventual segundo turno entre Russomanno e Serra, o primeiro venceria por 51% a 23% se a eleição fosse hoje. Se o adversário do líder fosse Haddad, o placar seria 48% a 24%. O representante do PT venceria o do PSDB por 39% a 29% no confronto direto.
O candidato do PMDB Gabriel Chalita subiu um ponto e somou 7% das intenções de voto. Soninha Francine (PPS) manteve o porcentual da última sondagem e ficou com 4%. Paulinho da Força (PDT) e Carlos Giannazi (PSOL) obtiveram cada um 1% e os demais candidatos não pontuaram.

Foram entrevistados 1024 pessoas entre os dias 24 e 25 de setemebro. A pesquisa está registrada no TRE-SP com o número SP-01138/2012.

Repostado do blog ARTesquerda

Município socialista na Espanha resiste à crise

Internacional| 25/09/2012

Desde que conseguiu a desapropriação de terras improdutivas a partir da pressão dos moradores, Marinaleda implementou um modelo cooperativista de produção que envolve rodízio na lavoura e na indústria e hoje sustenta índices de emprego mais elevados do que os da Espanha. Segundo a prefeitura, o desemprego não passa de 4%, enquanto a oposição diz que chega a 14%. Seja como for, são números muito inferiores aos 25% do país.

Naira Hofmeister e Guilherme Kolling, de Marinaleda, Espanha

Marinaleda - Quando em 2008 a crise do sistema financeiro dos Estados Unidos chegou à Europa, causando também recessão nos países do Velho Mundo, cerca de 200 jovens migraram a Marinaleda, um pequeno povoado espanhol no coração da Andaluzia.
Parte deles voltava para casa depois de ter perdido o trabalho na construção civil, que era então o grande setor em expansão no país ibérico e cuja bolha explodiu com a falta de crédito na economia a partir da quebra de bancos norte-americanos. Outros vinham em busca do El Dorado espanhol: a festejada terra do pleno emprego propagandeada pela administração municipal.
A fama da cidade, entretanto, não tem nada de milagroso ou mítico. É fruto de três décadas de uma briga comprada por toda a população e liderada pelo líder sindical Juan Manuel Sánchez Gordillo: a reforma agrária.
Marinaleda perdeu a metade de seus habitantes durante a ditadura do general Francisco Franco. A pobreza a que estavam condicionados os que ficaram fez com que se gestasse no íntimo dessa sociedade um desejo de mudança que não foi saciado com o retorno da democracia no final dos anos 70.
Organizados em torno do Sindicato de Obreros del Campo, criado em 1977, os trabalhadores rurais iniciaram uma sistemática ocupação de terras improdutivas nos arredores da cidade, exigindo que fossem repartidas para que todos pudessem trabalhar. A luta mais conhecida de todas é a origem da boa reputação de Marinaleda: a fazenda de El Humoso.
“Todas as manhãs caminhávamos 8 quilômetros entre o centro urbano e a estância. Logo que nos instalávamos, vinha a guarda civil nos correr de lá. Em alguns casos eram bem violentos; chegaram a cortar as árvores para que não tivéssemos sombra para descansar”, lembra o agricultor Joaquin Juan Diaz, hoje um dos sócios de uma das cooperativas responsáveis pela produção em El Humoso.
“Mas não nos assuntavam: na manhã seguinte, marchávamos até lá novamente e a polícia nos mandava embora, mas voltávamos no dia seguinte, e no outro, e no outro, e no outro”, recorda, admirando o horizonte de oliveiras que hoje é (também) sua propriedade.
El Humoso pertencia ao Duque do Infantado, que assim como essa, possuía outras tantas terras no sul da Espanha. A maior parte delas improdutiva. “Era muito comum durante a guerra da Reconquista, no século XV, que os reis dessem terras como pagamento aos que lutavam por eles contra os mouros, no sul”, explica o deputado e porta-voz do grupo parlamentário da Esquerda Unida da Andaluzia, José Antonio Castro.
As caminhadas diárias – e os confrontos contra a guarda civil – duraram seis anos até que a Junta da Andaluzia decidiu desapropriar parte da terra e deixar que os moradores a explorassem. O primeiro que fizeram foi pintar no muro externo da propriedade a frase que retocam ano a ano com denodo. “Essa fazenda é para os trabalhadores desempregados de Marinaleda”.
Em seguida dividiram-se em oito cooperativas e com os subsídios estatais compraram máquinas, ferramentas e sementes para a produção. Oito anos depois deram um novo passo e fundaram a primeira agroindústria de propriedade coletiva na cidade, a Humar Alimentos, cujo nome foi criado a partir das iniciais de Humoso e Marinaleda.
“É fundamental colocar os meios de produção nas mãos do agricultor e do operário: assim eles recebem o que é justo pelo seu trabalho e o consumidor paga menos pelo alimento”, costuma discursar Sánchez Gordillo.
Jornada igual para todos
As duas iniciativas associativistas de Marinaleda são o que garantem que em 2012 o município sustente taxas de desemprego bastante menores que os nacionais. Segundo a prefeitura, os parados na cidade não passam de 4%, enquanto a oposição defende que chegam a 14%.
De uma maneira ou outra, são números muito inferiores aos 25% da população espanhola que não consegue trabalho em plena crise. “O campo se caracteriza por não ter índices estáveis de ocupação. É verdade que há meses em que o desemprego é nulo na cidade. Mas há épocas de menor atividade tanto na fazenda como na agroindústria”, pondera Joaquin Diaz.
Entre 70 e 120 cooperativados trabalham de maneira fixa o ano todo na lavoura e na agroindústria. Em períodos de entressafra, eles aproveitam para fazer a manutenção de equipamentos, limpeza dos campos, a contabilidade.
Por este serviço recebem 1.200 euros mensais, o mesmo salário dos funcionários públicos e do próprio Sánchez Gordillo, eleito nove vezes prefeito entre 1979 e 2011 – ele nunca recebeu pelo cargo eletivo municipal, era remunerado como professor de História e nos últimos anos como deputado da Andaluzia.
Quando há carga extra, se contrata por jornada homens e mulheres na cidade. O cenário laboral de Marinaleda se complicou a partir de 2008 não apenas pela retração da economia, que reduz os preços pagos pelos grandes distribuidores – as multinacionais, que são o alvo do momento dos protestos na cidade – e a demanda dos consumidores. Com o retorno dos jovens que haviam ido para a cidade e a chegada de migrantes de outras regiões, há mais competição na hora de conseguir um trabalho.
O que não significa que haverá mais desempregados, senão que cada um trabalhará menos horas, conforme explica a vice-prefeita de Marinaleda, Esperanza Saavedra Martín: “Se há necessidade de 100 agricultores para 20 dias de trabalho e são 100 candidatos, cada um vai trabalhar 20 dias. Mas se 200 pessoas se apresentarem, cada uma vai ir para o campo durante 10 dias”.
Outra diferença com relação aos plantios tradicionais é que tanto El Humoso como a Humar Alimentos pagam uma diária única para todos os seus trabalhadores: 47 euros por jornada, sem fazer distinção entre a função e até mesmo a produtividade de cada um.
É folclórica, aliás, uma fala de Sánchez Gordillo durante uma assembleia na qual queixavam-se alguns trabalhadores da falta de comprometimento e de efetividade de outros colegas. “Se há quem trabalha menos, os que podem produzir mais devem fazer o dobro de esforço a que estão costumados para ajudar a estes companheiros”.
O trabalho se reparte através de sorteios nas assembleias públicas do município. Embora o vereador Hipólito Aires, do Partido Socialista Espanhol (PSOE) – que em Marinaleda faz oposição à sigla no poder, a Esquerda Unida – acrescente que só são incluídos na loteria laboral aqueles que participam das marchas e protestos convocados pelo prefeito. “Cada tipo de atividade política conta um número específico de pontos e só pode apresentar-se para uma vaga aqueles que atingem um mínimo”, denuncia.
Exportação para Venezuela começou neste ano
A aposta das cooperativas para que haja ocupação plena durante a maior parte do ano é diversificar a produção. Setembro é o mês da colheita dos pimentões – há três variedades cultivadas em El Humoso, que em seguida são beneficiadas na Humar Alimentos –, e a previsão de Esperanza era que se incorporassem ao contingente fixo das cooperativas entre 300 e 500 trabalhadores durante dois meses. Em seguida será o turno das beterrabas, dos girassóis, do trigo, da alcachofra.
Três vezes ao ano eles recolhem azeitonas do plantio de oliveiras. “Em 2011 colhemos 3,8 milhões de quilos: 3 milhões para a fabricação de azeite e o restante de azeitonas de mesa”, contabiliza Manuel Martín Fernández, que em um domingo se dedicava a limpar os tanques de estocagem do líquido, que em breve receberia a parte da produção de setembro.
A colheita, entretanto, ficou pequena com o início das relações comerciais com a Venezuela, depois que o presidente Hugo Chávez conheceu a história de Marinaleda e de seu prefeito através de uma reportagem na TeleSur. Em 2012 pela primeira vez El Humoso entregou ao país cerca de 70 milhões de litros de azeite, um volume 20 vezes superior ao que a fazenda produz.
A saída foi se associar com cooperativas de municípios vizinhos que seguissem parâmetros de produção e de trabalho semelhantes aos de Marinaleda. “Tem que pagar bem o agricultor que recolhe azeitona e o empregado da fábrica, e possuir uma qualidade como a nossa, pois não misturamos 'orujo' no nosso azeite”, completa Joaquin Díaz.
“É muito importante que haja solidariedade prática entre os países, entre as cooperativas, entre os distintos grupos. Ainda mais num momento difícil como esse”, reflete Gordillo, referindo-se ao momento de crise. Ele planeja estabelecer relações semelhantes com Nigarágua, Equador e Bolívia. “Seria uma boa ideia que o projeto Alba se estendesse pelo sul da Europa”, conclui.
Apesar da ajuda bem-vinda de Chávez, o prefeito defende um modelo misto de sustentabilidade da produção, em que o mercado interno também seja atendido, numa relação direta entre produtor, pequeno comércio e consumidor.

Repostado do portal Carta Capital

Desgastado, Jader desaparece da campanha do primo no PA

25/09/201204h00

AGUIRRE TALENTO
DE BELÉM

da Folha.com

Desgastado após quase ter sido barrado pela Lei da Ficha Limpa na eleição passada, o senador Jader Barbalho, principal liderança do PMDB no Pará, sumiu da campanha para a Prefeitura de Belém e tem evitado manifestar apoio ao candidato do partido, José Priante, que é seu primo.
A interlocutores Jader afirma que não quer municiar os rivais de Priante para que digam que o candidato é apoiado por um político "ficha-suja". Teme ser responsabilizado por sua eventual derrota.
Jader se elegeu senador em 2010, mas inicialmente foi barrado pela Lei da Ficha Limpa porque renunciou ao Senado em 2001 para evitar sua cassação, diante das acusações de desvios no Banpará e de envolvimento em fraudes com Títulos da Dívida Agrária e na extinta Sudam.

Sergio Lima - 23.nov.11/Folhapress

Senador Jader Barbalho, que teve o mandato liberado pelo Supremo

Jader Barbalho, que teve o mandato liberado pelo STF

Em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal liberou sua posse, sob o entendimento de que a Lei da Ficha Limpa só poderia valer em 2010 se fosse promulgada um ano antes do pleito. O julgamento do recurso de Jader terminou empatado em 5 a 5, mas o então presidente do STF, Cezar Peluso, deu o voto de desempate.
Em Belém, Priante, do PMDB, está empatado tecnicamente no segundo lugar com Zenaldo Coutinho (PSDB), segundo pesquisa Ibope do dia 22. Priante tem 16% e Coutinho, 20% --a margem de erro é de quatro pontos percentuais. O líder da pesquisa é Edmilson Rodrigues (PSOL), com 38%, que perdeu nove pontos percentuais em relação ao levantamento anterior. O candidato do PT, Alfredo Costa (PT), tem 2%.
BASTIDORES
Até agora, a participação de Jader na campanha em Belém limitou-se aos bastidores. Priante procurou o senador para pedir conselhos, mas não pediu presença em eventos nem gravação de programas para a televisão.
Priante prefere ostentar outros apoios: repete que é aliado dos governos federal e estadual e até exibiu gravação antiga do ex-presidente Lula. Por isso Jader diz que só irá se expor na campanha em Belém caso seja chamado.
Mas pelo interior, onde avalia ter uma alta popularidade, o senador ainda é requisitado e tem feito comícios toda semana --já esteve em cidades como Redenção, Canãa dos Carajás e Portel.
O marqueteiro de Priante, Glauco Lima, afirma que ainda não sobrou tempo no horário eleitoral para citar o apoio de Jader.
O senador afirma, por meio de sua assessoria, que está participando da campanha quando é solicitado, dando orientações políticas.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

MANIFESTO PEDE ISENÇÃO AO STF

O risco de um julgamento de exceção, pré-concebido para condenar um partido, conforme advertiu o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, em entrevista recente ao jornal Valor, motivou um manifesto que tem recebido a adesão de intelectuais e artistas e deve ser enviado aos ministros do Supremo. O que se reivindica é isenção e equilíbrio. Entre as duas centenas de personalidades que já assinaram o texto estão: Oscar Niemeyer, Alceu Valença, Luiz Carlos Bresser Pereira, Bruno Barreto, Jorge Mautner, Flora Gil, Emir Sader, Eric Nepomuceno. Ouvido pelo jornal O Globo, o arquiteto Oscar Niemeyer, um dos primeiros signatários, afirmou: " Assinei o manifesto porque acredito que desde o início há uma campanha contra o José Dirceu".

(Carta Maior; 2ª feira/24/09/2012)

Povoado espanhol de 2 mil habitantes está no mapa-mundi da esquerda

Internacional| 24/09/2012 |

 

 

Parceira de Cuba e Venezuela, Marinaleda atrai jornalistas e curiosos de todos os cantos do planeta que desejam conhecer o sistema de participação baseado em assembleias, a divisão do trabalho na fazenda ocupada de El Humoso a distribuição de casas populares que evita a especulação imobiliária. Carta Maior contará em detalhes a história de luta deste povoado espanhol em uma série de reportagens a partir dessa segunda-feira. A reportagem é de Naira Hofmeister e Guilherme Kolling, direto de Marinaleda, Espanha.

Naira Hofmeister e Guilherme Kolling, de Marinaleda, Espanha

Marinaleda - No bar do Sindicato de Obreros del Campo (SOC), em Marinaleda, nenhum frequentador respeita a proibição de fumar em locais fechados. Este município de 2 mil habitantes no sul da Espanha tem suas regras próprias e muitas divergem das oficiais editadas pelo Parlamento Nacional e pelo Rei Juan Carlos. Sua majestade, por exemplo, não ocupa a foto ao centro do gabinete do prefeito, Juan Manuel Sánchez Gordillo.
Emoldurado na parede aparece Che Guevara, enquanto detrás de sua mesa, a bandeira da República espanhola acompanha os estandartes da cidade e da Andaluzia, comunidade autônoma a que pertence. “Nosso escudo não tem coroa pela simples razão de que somos republicanos e portanto ninguém pintaria aqui um símbolo monárquico”, justifica o texto na página oficial de Marinaleda.
Se dois forasteiros entram no bar do SOC, ninguém pergunta o que eles vieram fazer ali, como se poderia imaginar que pudesse acontecer em uma minúscula cidade cortada pela estrada A-388 e que não possui nenhum castelo, palácio ou jardim famoso que atraia turistas. “De que país são vocês? Jornalistas, não é?”, dispara o produtor rural Pepele Cordejo, evidenciando a atração que o povoado provoca em profissionais da imprensa e outros curiosos.
De fato, a visita da equipe de Carta Maior a Marinaleda coincidiu com a de um repórter francês da revista L'Humanité Dimanche em um final de semana de setembro. No mês anterior, o município e seu prefeito apareceram em matérias da revista norte-americana Time e do diário inglês Financial Times. Outro periódico de Londres, The Guardian, elegeu Sánchez Gordillo “um dos cinco exemplos de desobediência civil” dos últimos tempos, colocando-o ao lado do líder independentista indiano Mahatma Gandhi.
É certo que ambos compartilharam do mesmo método, a greve de fome, para fazer valer suas reivindicações. Em Marinaleda a estratégia foi aplicada pela primeira vez em 1980, nos primeiros anos de democracia depois da longa ditadura do general Francisco Franco. O município espanhol, porém, recorreu ainda a táticas menos passivas para conseguir a desapropriação de uma fazenda que hoje é administrada por cooperativas de moradores da localidade.
A conquista de El Humoso
Basta citar o assunto da luta pela terra perto do balcão do bar do SOC para atrair a vários frequentadores, todos participantes de alguma atividade relacionada com a desapropriação de El Humoso. Alguns eram ainda crianças quando os pais se rebelaram contra os latifundiários que não produziam em suas propriedades.
Instigada pelo já prefeito Sánchez Gordillo, que desde 1979 não perde uma eleição em Marinaleda, a população iniciou um movimento de ocupação de terras massivo que durou sete anos. Primeiro tomaram um pântano na cidade vizinha de Cordobilla para exigir que o Estado levasse água até a propriedade de El Humoso, que então pertencia ao Duque do Infantado e era improdutiva.
Logo veio a pressão para desapropriar a fazenda. A Junta da Andaluzia comprou uma parte expressiva da área, 1.200 hectares, que passaram a ser geridos pelos trabalhadores.
Hoje, 21 anos depois da conquista das terras, essa porção de chão é o que garante que Marinaleda sobreviva à crise econômica que assola a Espanha, mantendo uma taxa de desemprego bastante inferior à nacional. O trabalho, sazonal, é repartido de maneira que todos os interessados contribuam com o mesmo número de horas na lide do campo, recebendo um salário também idêntico.
Talvez traumatizados com a repressão das forças de segurança do governo durante o período de ocupações de terra, os habitantes de Marinaleda decidiram abrir mão desse serviço na cidade. Não há um só policial nas ruas.
Administração socialista
O bar do SOC e o próprio sindicato ocupam um sobrado branco com janelas e portas pintadas de verde que abriga ainda o auditório do pleno da assembleia de Marinaleda, um órgão consultivo no qual todos os moradores devem tomar assento quando é convocado.
Nessas reuniões se reparte o trabalho na fazenda de El Humoso e na Humar Agroindústria, também de propriedade das cooperativas. Entre outras coisas é onde se decide quem poderá ocupar cada uma das casas populares construídas coletivamente entre os habitantes sobre terrenos doados pela prefeitura, para evitar a especulação imobiliária e permitir que todos tenham direito à moradia digna.
É também na assembleia que se faz a última etapa da discussão do orçamento participativo - em vigor desde 1979 em Marinaleda - e onde se decide, por exemplo, eventuais subidas de impostos ou modificações na jornada laboral. “Qualquer tema ou problema relativo à cidade levamos à assembleia, em todos os assuntos. Pensamos que a melhor maneira de decidir é coletivamente”, justifica o prefeito.
Oposição inexpressiva
No bar do SOC todos são de esquerda, inclusive aqueles que possuem propriedade privada, como Pepele. Ele, entretanto, não se atreve a participar das assembleias porque diz que seria mal visto pelos conterrâneos.
Juan Manuel Sánchez Gordillo conduz pessoalmente cada uma das discussões públicas, o que faz com que receba críticas de uns poucos moradores pelo excesso de personalismo que confere à cena política local.
Os integrantes da oposição supostamente se reúnem em outro estabelecimento para tomar suas cervejas e aperitivos enquanto conspiram contra a situação. O local, entretanto, esteve fechado durante os três dias em que estivemos na cidade. Pelas ruas poucos se atrevem a desafiar o sistema implementado pelo prefeito; se o fazem, pedem sigilo sobre sua identidade.
Curioso é que até a oposição em Marinaleda é de esquerda. Entre os 11 vereadores há dois contrários ao governo de Gordillo. São do Partido Socialista (PSOE), embora opinem que o sistema de assembleísmo é desnecessário e defendam que as pessoas devem ter “liberdade para não se unir às marchas e protestos”.
Do conservador Partido Popular (PP), sigla do presidente do governo espanhol Mariano Rajoy, não há nem sinal. Assim como os conservadores, jovens e mulheres também são uma espécie rara neste estabelecimento da cidade.
Arte subversiva
O ambiente do bar do SOC é igual à maioria dos botecos espanhóis: meia luz, televisão num volume bastante elevado, senhores jogando dominó e tomando “chupitos”, “cañas” e cafés. Ao fundo, entretanto, chama a atenção do visitante uma exposição de fotografias intitulada “Espólio e massacre da Palestina”.
A luta dos palestinos por um território próprio é assunto recorrente na cidade: foi tema da festa anual do povoado em 2008 e também se destaca na fachada de alguns prédios públicos de Marinaleda. Os murais formam um conjunto de pinturas políticas de apoio ao comunismo, realizadas por delegações internacionais que visitaram o município. É uma versão às avessas do East Side Gallery do muro de Berlim.
Ali estão desenhos assinados por espanhóis de diferentes cidades, europeus de países em crise – como a Grécia – e, é claro, de Cuba e Venezuela, cuja relação com Marinaleda é tão estreita que a televisão pública do município retransmite a programação de TeleSur e Cubavisión quando não há grade própria.
Carta Maior contará em detalhes a história de luta deste povoado espanhol em uma série de reportagens a partir dessa segunda-feira.

Adoro o conservadorismo paulistano. É tão kitsch!

Leonardo Sakamoto

Pesquisa Datafolha divulgada, neste domingo (23), pelo jornal Folha de S. Paulo traz o posicionamento do paulistano diante de temas comportamentais. Com isso, busca checar a tese da relação entre o posicionamento frente a esses assuntos e a preferência do voto. Foram ouvidas 1.802 pessoas e a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Breves comentários sobre os resultados:

Causas da criminalidade: 60% dos entrevistados dizem que a maior causa é a maldade das pessoas.

Depois perguntam a razão de Carminha e Nina fazer tanto sucesso.

Adolescentes: 72% dizem que os que cometem crimes devem ser punidos como adultos.

Criança bandida tem que pagar. Menos se forem meus filhos. Nesse caso, uma boa conversa resolve.

Religião: 79% dizem que acreditar em Deus as torna pessoas melhores.

OK, isso pode ajudar, mas não determina. Hitler acreditava no divino. Chaplin era ateu… Parte considerável das fazendas onde há libertações de escravos contemporâneos no Brasil tem nome de divindades cristãs: Nossa Senhora, Menino Jesus, Santo Expedido…

Sindicato: 60% afirmam que servem mais para fazer política do que defender os trabalhadores.

Detesta política sindical. Mas gasta muito bem o dissídio que surgir no salário…

Proibição do uso de drogas: 81% afirma que deve ser mantida porque toda a sociedade sofre com as consequências.

E para discutirmos, desce mais uma cerveja que não causa mal a ninguém. Se fizesse, não teria propaganda bacana na TV.

Em outras perguntas, o comportamento conservador foi minoria nas respostas. Mas vale uma observação: mesmo minoria, a quantidade assusta.

Pena de morte: 41% dizem que é a melhor punição para indivíduos que cometem crimes graves.

Olho por olho, dente por dente. Porque, como sabemos, a vingança traz de volta o ser amado do mundo dos mortos e diminui a criminalidade…

Migração: 28% dos pobres que migram acabam criando problemas para a cidade.

Eles deveriam construir nossos prédios calados, agradecendo o favor que fizemos a eles, e se retirarem para o lugar de onde vieram assim que terminassem o serviço. E não ficar zanzando por aí, ofendendo meu senso estético. Afinal, a cidade é nossa, não deles. Pagamos por ela.

Pobreza: 27% acha que está ligada à preguiça de pessoas que não queiram trabalhar.

Mesmo com longas jornadas e condições bisonhas de trabalho, o Brasil paga mal as empregadas domésticas porque elas são umas indolentes de uma figa.

Homossexualismo (sic – foi o Datafolha que usou a expressão, não eu): 23% acham que deve ser desencorajado pela sociedade.

Vamos desencorajar a heterossexualidade também, ué! Filhão, você só trouxe infelicidade para esta casa! Onde já se viu? Namorar uma, uma, uma… mulher?! O que nós fizemos de errado, meu Deus?

Posse de armas: 22% dizem que armas legalizadas deveriam ser um direito do cidadão para se defender.

Sim. Então, o IML passa a ser desautorizado de ir buscar os corpos de quem foi morto com a própria arma tomada pelo bandido?

Dizem que falta informação e, por isso, temos uma sociedade que pensa de forma tão conservadora. Mas informação não basta. Deve-se saber como trabalhar com essa informação que recebemos, refletir sobre ela. Entramos aqui na questão da consciência social, que não se aprende nos bancos de escola, mas no trato com a sociedade.

O contato com o “outro”, e com suas diferenças, contribui para fomentar essa consciência. Não através do filtro dos jornais e das lentes de TVs, mas pelo diálogo direto. Só dessa forma poderemos entender as razões desse outro. E se, mesmo assim, não concordarmos com sua posição, podemos, ao menos, ser tolerantes. E perceber que as pessoas têm direito à própria vida e ao próprio corpo e que não é com uma sociedade ditatorial e sumária que se resolverão os problemas.

(Esse movimento sofre uma inflexão no período eleitoral, é claro. Após a campanha de 2010, por exemplo, diminuiu o número de pessoas que apoiavam o direito ao aborto. O que era esperado uma vez que os candidatos transformaram o pleito em guerra religiosa).

De qualquer forma, ainda bem que as decisões do Supremo Tribunal Federal sobre a interpretação da Constituição visando à garantia de direitos não têm sido tomadas com base em pesquisas de opinião ou usando uma biruta que aponte para onde sopra a opinião pública em determinado momento. Por isso, temos tido alguns avanços, como pesquisas com células tronco, direito a protestar pela legalização das drogas, união civil homoafetiva…

Afinal de contas, uma democracia verdadeira passa por seguir as decisões da maioria, desde que se respeite a dignidade das minorias. É tão fácil e tão difícil entender isso…

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Sobre o autor

Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política. Cobriu conflitos armados e o desrespeito aos direitos humanos em Timor Leste, Angola e no Paquistão. Professor de Jornalismo na PUC-SP, é coordenador da ONG Repórter Brasil e seu representante na Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Internautas se mobilizam em abaixo assinado contra licitação de R$ 850 milhões para tratamento do lixo de Belém. Apesar de suspensa pela Justiça, licitação foi aberta pela Prefeitura.

Duciomar: população se une para impedir licitação milionária no apagar das luzes da administração
Direto do Facebook, o abaixo-assinado contra a licitação de R$ 850 milhões para o tratamento do lixo de Belém.
A licitação, no apagar das luzes da administração do prefeito Duciomar Costa, foi suspensa pela Justiça. Mesmo assim, foi aberta pela Prefeitura.
(Leia a reportagemNa cara dura: apesar da liminar que suspendeu licitação, Prefeitura de Belém abriu a concorrência de R$ 850 milhões para tratamento do lixo e recuperação do Aurá. OAB comunicou o fato à Justiça. Observatório Social de Belém requereu anulação do certame devido a ilegalidades”. Aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2012/09/na-cara-dura-apesar-da-liminar-que.html ).
Assine o documento aqui: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N29287
Eis o texto:

“OS ABAIXO ASSINADOS apoiam o requerimento do OBSERVATÓRIO SOCIAL DE BELÉM (OSBel) contrário à licitação relativa ao Tratamento do Lixão do Aurá que apresenta diversas irregularidades abaixo relatadas.

O OBSERVATÓRIO SOCIAL DE BELÉM (OSBel) encaminhou requerimento ao Prefeito Duciomar Costa visando à anulação do certame licitatório relativo ao Tratamento do Lixáo do Aurá, para que seja assegurado o efetivo exercício do controle social e a defesa do patrimônio público do Município de Belém.
O OSBel comunicou ao Prefeito que o Edital da Concorrência Pública nº 17/2012 –CPL/PMB/SESAN que tem por objeto “contratação de empresa para a delegação em regime de concessão administrativa da IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DO CENTRO DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SOLIDOS DO MUNICIPIO DE BELEM, EM CARACTER DE EXCLUSIVIDADE, INCLUINDO OS SERVIÇOS DE ENCERRAMENTO E RECUPERAÇÃO AMBIENTAL DO ATUAL LOCAL DE DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO ATERRO DO AURÁ” NÃO ATENDEU aos seguintes requisitos legais:
1 – Publicação regular no Diário Oficial do Município após a obrigatória existência de autorização para abertura da referida licitação e aprovação do seu edital pelo Conselho Gestor das Parcerias Público-Privadas, conforme previsto no art. 29, § 4º, inciso III da Lei Municipal nº 8.847/2011, de 12 de maio de 2011, que dispões sobre delegação da prestação de serviços públicos, prevista no artigo 175, da Constituição Federal e no artigo 37, inciso VIII, da Lei Orgânica do Município de Belém, e dá outras providências:
O Conselho Gestor, que não está implementado,será competente para:
I - definir os serviços prioritários para execução dos contratos objetos desta Lei; II - disciplinar os procedimentos para celebração desses contratos; III - autorizar a abertura da licitação e aprovar seu edital; (grifo nosso) IV - apreciar os relatórios de execução dos contratos; V - fiscalizar a execução dos contratos; VI - opinar sobre alteração, revisão, rescisão, prorrogação ou renovação dos contratos, observado o limite temporal consignado na Lei Federal nº 11.079/04.
2 – Realização de audiência pública, na forma do artigo 39 da Lei 8666/93, uma vez que o valor total estimado para a contraprestação pecuniária da referida licitação é de R$ 850.616.967,00 (oitocentos e cinqüenta e seis milhões, seiscentos e dezesseis mil reais e novecentos e sessenta e sete centavos), o equivalente a 567,08 vezes o valor limite previsto no art. 23, inciso I, alínea "c" da mencionada lei:
“Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23, inciso I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida pela autoridade responsável com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos para a publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito a todas as informações pertinentes e a se manifestar todos os interessados.”
Ainda há o agravante do possível descumprimento da limitar judicial. Na última segunda-feira, o juiz Elder Lisboa, da 1ª Vara da Fazenda de Belém, concedeu liminar suspendendo o certame. Mesmo assim, na manhã de ontem, a Prefeitura abriu a licitação.
Veja no blog PERERECA DA VIZINHA http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2012/09/na-cara-dura-apesar-da-liminar-que.html, mais detalhes sobre esse caso no post “Na cara dura: apesar da liminar que suspendeu licitação, Prefeitura de Belém abriu a concorrência de R$ 850 milhões para tratamento do lixo e recuperação do Aurá. OAB comunicou o fato à Justiça. Observatório Social de Belém requereu anulação do certame devido a ilegalidades.
E também no Facebook
http://www.facebook.com/photo.php?fbid=420544328009078&set=a.399343003462544.94869.399311343465710&type=1
Veja tambén no Blog http://uruatapera.blogspot.com.br/2012/09/licitacao-do-lixo-e-ilegal.html, LICITAÇÃO DO LIXO É ILEGAL.
Leia aqui a íntegra do documento encaminhado pelo Observatório de Belém ao prefeito Duciomar Costa:
https://docs.google.com/open?id=0B8xdLmqNOJ12N01KRWItazgwR0k
ASSINAM:
José Francisco da Fonseca Ramos
Coordenador do Fórum Belém
Ivan Silveira da Costa
Presidente do Observatório Social de Belém
Patrícia Gonçalves
Associação No Olhar
Sílvio Nazareno Leal Costa
Fórum de Cultura de AçaíDigital Belém
Abaixo-assinado CONTRA LICITAÇÃO IRREGULAR PARA TRATAMENTO DO LIXÃO, BELÉM
www.peticaopublica.com.br
Assine o documento aqui: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N29287

Postado por Ana Célia Pinheiro às 22:03 Marcadores: abaixo-assinado, Belém, Duciomar, licitação do lixo, Observatório de Belém, Prefeitura de Belém

O universo fotografado em 570 megapixels

20 de setembro de 2012|

Por Redação Link

A Dark Energy Camera registra 100 mil galáxias acoplada a um telescópio e é a câmera mais potente do mundo

A câmera demorou oito anos para ser construída e tem o tamanho de uma cabine telefônica. FOTO:DARK ENERGY SURVEY COLLABORATION

SÃO PAULO – No dia 12 começou a funcionar a câmera digital mais potente do mundo.  Sua objetiva não está apontada para nenhuma celebridade, mas para o céu. Acoplada ao telescópio Blanco, no Chile, a câmera Dark Energy Camera faz fotos de 570 megapixels que podem ajudar a desvendar como surgiu o universo. A resolução indica que cada imagem podem ter um tamanho de até 93 metros por 69 metros, uma área de 6.417 m².

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A câmera identifica emissões de energia escura, um tipo de força amplamente disponível no universo. Os cientistas acreditam que essaa energia  seja responsável pelo fato de o universo estar em constante expansão. Suas fotos captam luz que está muito distante da Terra, a oito bilhões de anos-luz. Até 100 mil galáxias são registradas em uma única foto. Foram necessários oito anos para construir o aparelho, que tem aproximadamente o tamanho de uma cabine telefônica.

Detalhe da galáxia NGC 1365 capturado pela câmera, distante 60 milhões de anos-luz. FOTO:DARK ENERGY SURVEY COLLABORATION

As potentes panorâmicas do céu de  podem ajudar a entender a mecânica dos planetas e outros corpos celestes e explicar a origem do universo. “A inauguração da Dark Energy Camera começa uma significante nova era na nossa exploração das fronteiras cósmicas”, disse em comunicado oficial James Siegrist, diretor-associado de ciência para física de alta energia no Departamento de Energia dos EUA.

Bilhetim - Eleições 2012: nova pesquisa para Belém

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

em por Edir Veiga 21 de setembro, 2012 - 10h57

Número do protocolo: PA-00107/2012
Empresa contratada: VEIGA CONSULTORIA E PESQUISA LTDA - EPP
Contratante: VEIGA CONSULTORIA E PESQUISA LTDA - EPP
Margem de erro: 4%
Data de início: 18/09/12 Data de término: 19/09/12 Entrevistados: 600

Repostado do blog ARTEsquerda

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PARTIDOS DIVULGAM NOTA EM DEFESA DO EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PARTIDOS DIVULGAM NOTA EM DEFESA DO EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

O PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB, representados pelos seus presidentes nacionais, repudiam de forma veemente a ação de dirigentes do PSDB, DEM e PPS que, em nota, tentaram comprometer a honra e a dignidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valendo-se de fantasiosa matéria veiculada pela Revista Veja, pretendem transformar em verdade o amontoado de invencionices colecionado a partir de fontes sem identificação.

As forças conservadoras revelam-se dispostas a qualquer aventura. Não hesitam em recorrer a práticas golpistas, à calúnia e à difamação, à denúncia sem prova.

O gesto é fruto do desespero diante das derrotas seguidamente infligidas a eles pelo eleitorado brasileiro. Impotentes, tentam fazer política à margem do processo eleitoral, base e fundamento da democracia representativa, que não hesitam em golpear sempre que seus interesses são contrariados.

Assim foi em 1954, quando inventaram um “mar de lama” para afastar Getúlio Vargas. Assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a 21 anos de ditadura. O que querem agora é barrar e reverter o processo de mudanças iniciado por Lula, que colocou o Brasil na rota do desenvolvimento com distribuição de renda, incorporando à cidadania milhões de brasileiros marginalizados, e buscou inserção soberana na cena global, após anos de submissão a interesses externos.

Os partidos da oposição tentam apenas confundir a opinião pública. Quando pressionam a mais alta Corte do País, o STF, estão preocupados em fazer da ação penal 470 um julgamento político, para golpear a democracia e reverter as conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula .


A mesquinharia será, mais uma vez, rejeitada pelo povo.


Rui Falcão, PT
Eduardo Campos, PSB
Valdir Raupp, PMDB
Renato Rabelo, PCdoB
Carlos Lupi, PDT
Marcos Pereira, PRB.
Brasília, 20 de setembro de 2012.

Repostado do blog ArtEsquerda

A crise mundial de alimentos e a fome que virá por aí

Artigo
19/9/2012

por Reinaldo Canto*

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Criança famélica recebe tratamento na Somália. Até 2030, famílias de países mais pobres podem ter que gastar até 70% de suas rendas para comer. Foto: Michael Goldfarb/Médicos Sem Fronteiras

Pode ser que alguns ainda se surpreendam, mas nós humanos somos como qualquer outra espécie que habita o planeta nas funções mais básicas e ordinárias de nossas existências. A principal tarefa que nos cabe cotidianamente é a de obter alimento suficiente à nossa própria sobrevivência.  Assim mesmo, sejamos mais ou menos inteligentes, teremos que comer hoje, amanhã e nos dias vindouros de nossa limitada existência. Nada muito diferente do que faz uma minhoca, um gambá ou um sabiá.

Esta é apenas uma entre as muitas leis naturais a que estamos subordinados. O problema é que a ganância ilógica e estúpida dos poderosos nos tempos modernos buscam colocar o homo sapiens  aquém e além do óbvio. Só assim poderemos entender a inversão de prioridades ao colocar em risco a produção dos alimentos, tal com, temos visto com certa frequência em situações alarmantes.

Preços cada vez mais altos

O mais recente relatório divulgado na semana passada pela FAO, o órgão das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, revela que a elevação no preço dos alimentos chegou a níveis críticos, ou melhor, desesperadores, principalmente para os países pobres que necessitam importar alimentos para dar de comer às suas populações.

Segundo revelam os dados da FAO, nesses últimos meses os preços do trigo registraram uma alta estratosférica entre 60% e 80%. O milho, um aumento de 40%. Uma nefasta combinação entre aquecimento global e produção de energia a qualquer custo podem estar entre os principais fatores causadores dessas altas. Afinal, as quebras nas safras de dois gigantes na produção de grãos, Estados Unidos e Rússia, ocorreram em virtude dos efeitos de secas prolongadas. Nunca é demais lembrar que a alimentação por grãos, como trigo, milho e arroz, representam a base da dieta de parte considerável da humanidade.

Mesmo assim e, infelizmente, o preço desses alimentos tem estado em constante alta, pois além do prato dos humanos, esses cereais alimentam animais e os veículos abastecidos por biocombustíveis.

O relatório afirma que 22 países já enfrentam uma  crise prolongada com altos índices de fome mesmo antes dessa forte alta. Portanto, além do agravamento da situação desses que já enfrentam uma crise alimentar deve-se esperar que novos países venham a se juntar a esse grupo de esfomeados.

O próprio Banco Mundial, na figura de seu presidente Robert Zoellick, também manifestou preocupação com o aumento da fome do mundo. Segundo ele, a elevação dos preços agrícolas trará enormes consequências para países em desenvolvimento.

Outro problema apontado por economistas da FAO é a especulação orquestrada pelos mercados futuros. “A financeirização por meio de manobras especulativas contribui para elevar os preços dos alimentos”, afirma a entidade.

Especulação, fenômenos climáticos extremos e desvio da função primordial de dar de comer às pessoas, já seriam razões suficientes para desequilibrar toda a oferta de alimentos mundial. Mas ainda tem mais: a má distribuição!

Estudos feitos pelas Nações Unidas já concluíram que existem alimentos suficientes para alimentar toda a população do planeta, o problema é que ela não chega onde mais se precisa. E, claro que não poderia ser diferente, 98% dos que passam fome vivem em países subdesenvolvidos.

Se os dados atuais da ONU são alarmantes, o futuro parece trazer ainda mais preocupações. A ONG Oxfam divulgou, também na semana passada, uma nova edição do relatório “Extreme Weather, Extreme Price” (Clima Extremo, Preço Extremo). A situação da fome ainda vai piorar: segundo a organização, “populações que hoje já passam dificuldade para se alimentar se encontrarão em uma situação ainda pior nas próximas décadas, comprometendo até 75% de sua renda na compra de comida”.

Cálculos da Oxfam estimam que os preços médios de alimentos deverão dobrar até 2030.

No Brasil, o problema é o desperdício

Quarto maior produtor mundial de alimentos, o Brasil produz comida suficiente para alimentar toda a sua população e ainda exportar excedentes. Mas além da má distribuição, um dos maiores problemas do país é o desperdício. Dados da Embrapa estimam em uma perda diária de alimentos na casa das 40 mil toneladas. Uma quantidade suficiente para alimentar em torno de 19 milhões de pessoas com três refeições por dia.

Estudo do Instituto Akatu divulgado no caderno temático “A nutrição e o consumo consciente”  nas diversas etapas pelas quais o alimento passa antes de ser adquirido pelo consumidor ocorrem perdas que perfazem essas milhares de toneladas de comida boa que vai parar no lixo, sendo 20% na colheita; 8% no transporte e armazenamento; 15% na indústria de processamento e 1% no varejo. Além disso, devem-se levar em conta todos os recursos naturais que foram utilizados para a produção desperdiçada desses alimentos.

Iniciativas sustentáveis

É óbvio também que tais ações devem contar com a participação da iniciativa privada, fundamental para o sucesso de uma política que vise o bem estar da população. As grandes corporações produtoras de alimentos já possuem uma relevância tal que suas ações para o bem ou para o mal impactam a vida de parte considerável da humanidade.

Um exemplo interessante é o da empresa Sapore,  multinacional brasileira responsável pelo abastecimento de mais de 1.100 restaurantes corporativos com cerca de 800 mil refeições servidas diariamente e faturamento na casa do 1 bilhão de reais por ano (dado de 2011).

Os 2 mil fornecedores cadastrados em todo o país que fornecem e preparam os alimentos a serem servidos a esses milhares de trabalhadores todos os dias precisam observar critérios de sustentabilidade determinados no IOS (Inteligência Operacional Sapore)  que buscam, entre outros, a redução no desperdício de alimentos, do consumo de água nas cozinhas e dos gastos com energia elétrica e gás.

O uso de equipamentos de última geração em espaços reduzidos de cozinhas de 40 m² também garantem eficiência e a otimização dos processos na preparação dos alimentos.

Os restaurantes também contam com campanhas educativas sobre alimentação saudável e controle do desperdício. Enfim, essa é uma ação, entre tantas, necessárias para que evitemos a perda absurda de alimentos.

É possível mudar, mas tem que ser rapidamente

Basear os investimentos em uma agricultura sustentável com o incentivo aos pequenos produtores, consumir mais produtos locais, melhorar a infraestrutura do transporte e armazenamento para reduzir o desperdício e garantir o acesso da população aos alimentos são ações que deveriam estar presentes em qualquer plano estratégico de um país. Ainda mais se esse país for pobre ou em desenvolvimento.  Colocar todos os esforços e todos os setores na busca desse equilíbrio é até mesmo uma questão de governabilidade.

O fato é que se deixarmos as coisas como estão podem se esperar o registro de novas revoltas ao redor do mundo semelhantes as que têm ocorrido cada vez com maior frequência em diferentes regiões do planeta.

Se muitas dessas manifestações tinham, umas mais outras menos, também como motivação a escassez ou a alta no preço dos alimentos, o agravamento da situação não será bom conselheiro na hora de pedir calma aos revoltosos. Afinal, se não for possível comprar comida para colocar no prato dos filhos, não haverá bom senso e bons argumentos capazes de evitar atitudes, no mínimo pouco civilizadas.

* Reinaldo Canto é jornalista, consultor e palestrante. Foi diretor de Comunicação do Greenpeace e coordenador de Comunicação do Instituto Akatu. É colunista da revista Carta Capital, colaborador da Envolverde e professor de Gestão Ambiental na Fappes.

** Publicado originalmente no site Carta Capital.

(Carta Capital)

Classe média movimenta R$ 1 trilhão, indica estudo

 

20/09/2012 - CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

A classe média brasileira deve movimentar neste ano R$ 1 trilhão, segundo estimativas do governo. São 104 milhões de brasileiros, ou 53% da população total do país. Há dez anos, eram 38%.

Mais da metade dos brasileiros está na classe média, revela estudo

Se esse contingente de pessoas formasse um país isolado, ocuparia o 18° lugar no ranking das 20 nações com maior consumo do mundo - o "G20 do consumo", segundo dados do Banco Mundial.
Em 2011, o PIB brasileiro foi de R$ 4,1 trilhões em valores correntes.
Quando considerado o critério de países mais populosos do mundo, o Brasil aparece como o quinto maior.
"Se a classe média brasileira isoladamente fosse um país, seria o 12º mais populoso do mundo, após o México", diz o ministro Moreira Franco, da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.
"A adversidade é grande nesse grupo, por isso a meta é entender essa faixa de renda para desenvolver políticas públicas customizadas, econômicas e sociais."
Os dados serão apresentados hoje em Brasília durante o lançamento do projeto Vozes da Classe Média, da secretaria, em parceria com o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
A cada dois meses serão divulgados estudos para discutir políticas públicas para a nova classe média do país.
A SAE levou quase um ano para definir critérios para classificar a população por faixa de renda. Pertencem à classe média famílias com renda per capita de R$ 291 a R$ 1.019. Essa classe foi dividida em três subgrupos: a baixa classe média (renda per capita de R$ 291 a R$ 441), a média (de R$ R$ 441 a R$ 641 por pessoa) e a alta classe média (de R$ 641 a R$ 1.019).

Editoria de Arte/Folhapress

POR REGIÃO
Na estimativa de que a classe média deve movimentar R$ 1 trilhão no ano, os técnicos consideram projeções feitas partir das contas nacionais divulgadas pelo IBGE.
O cálculo considera produtos e serviços consumidos, além do crédito disponível para essa faixa de renda.
A maior parte da renda da classe média (46,1%) está no Sudeste. Dados do instituto Data Popular, que participa do projeto, mostram que o Nordeste representa 22,2%.
O Sul com 16,4%; o Centro-Oeste, 8,4%, e o Norte, 6,9%.
Renato Meirelles, sócio e diretor do instituto, chama a atenção para o fato de 71% da classe média informar em pesquisas que "não vê grandes problemas" em pagar seus parcelamentos.
A leitura é ambígua. "As pessoas podem não ter a cultura financeira de lidar com crédito. Ou, como fazem bicos e consideram essa fonte de renda em suas previsões, sabem que não vão se enforcar", diz Meirelles.

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Inserir o título da postageA longa tradição das “entrevistas” inventadas

Política| 18/09/2012

 

Inventar declarações e atribuí-las a terceiros faz parte das normas jornalísticas, desde que sejam favoráveis a essas fontes? Terão razão, afinal, certos teóricos que dizem que jornalismo é ficção? Essas coisas as escolas – pelo menos, as escolas de qualidade – não ensinam. Pelo contrário, refutam e denunciam. No entanto, renomados jornalistas – nos quais, naturalmente, muitos jovens se miram – praticam e enaltecem o que deveriam combater. O artigo é de Sylvia Debossan Moretzsohn.

Sylvia Debossan Moretzsohn - Observatório da Imprensa

(*) Artigo publicado originalmente no Observatório da Imprensa.

Uma revista publica um pingue-pongue – entrevista em formato de perguntas e respostas – com um jornalista que imediatamente denuncia em seu blog o “engodo”, porque não teria dado entrevista alguma; a revista responde reafirmando a autenticidade do texto e tudo fica por isso mesmo, a palavra de um contra a da outra.
Foi na semana passada. A edição 2284 da Veja Rio, que começou a circular no domingo (26/8), trazia, na coluna “Beira Mar”, uma suposta entrevista com o colunista esportivo Renato Maurício Prado, do Globo, sobre o fim de seu contrato com a SporTV, depois de uma discussão ao vivo com o apresentador Galvão Bueno, durante um programa de debates nos últimos Jogos Olímpicos.
Já na terça-feira (28), na nota “Pingo nos is”, ao pé de seu blog, reproduzida no dia seguinte em sua coluna no caderno de Esportes do jornal impresso, Renato afirmava que não dera entrevista: teria apenas atendido ao telefonema da repórter e explicado que não queria falar, “até por entender que nós, jornalistas, não somos notícia”. Ressaltava inclusive um erro na menção à sua participação num programa de rádio, já extinto havia mais de dois anos, e lamentava a utilização de uma foto sua, feita para sua coluna no Globo, pois, para o leitor, ficava a impressão de que ele teria posado para Veja.
Em nota oficial, publicada na quinta-feira (30/8), a revista rejeitava o desmentido.
O que se diz no contestado pingue-pongue não tem qualquer relevância para além do previsível noticiário sobre “celebridades e personalidades do Rio”, que é o tema dessa seção da revista. A questão do método, sim, é que é de extrema relevância, independentemente do assunto, da importância das fontes ou da parcela do público a que se destina esse tipo de informação. Ou fraude.

A farsa da reportagem

Não é de hoje que Veja é criticada por utilizar artifícios estranhos aos mais elementares princípios éticos do jornalismo. Entre eles, a descontextualização, ou mesmo a pura e simples invenção de declarações. Recordo aqui, apenas para ilustrar, um caso de grande repercussão ocorrido há pouco mais de dois anos: o texto intitulado “A farra da antropologia oportunista“, publicado em maio de 2010, que acusava pesquisadores de forjar a existência de comunidades indígenas ou quilombolas em proveito próprio – das ONGs das quais participavam – e em detrimento das perspectivas de desenvolvimento do país. Para tanto, utilizava supostas afirmações de dois antropólogos, Mércio Pereira Gomes e Eduardo Viveiros de Castro, que argumentariam no sentido pretendido pela revista.
A farsa da reportagem foi denunciada em pelo menos três artigos neste Observatório (ver “Como demonizar populações vulneráveis“, “Reflexão sobre ‘espertinhos’ e ‘espertalhões’“ e “Dados fantasiosos, informações deformadas“) e na resposta do professor Gomes (“Resposta a uma matéria falsa“), que recusava à Veja “o falso direito jornalístico” de atribuir-lhe “uma frase impronunciada e um sentido desvirtuante” daquilo que pensava sobre a questão indígena brasileira.
O protesto de Viveiros de Castro também circulou amplamente pela internet e provocou uma troca de mensagens entre ele a revista (ver aqui), na qual ficava evidente a inexistência de entrevista e a deturpação dos argumentos do pesquisador, retirados de um artigo seu.
O mais curioso é que Veja concluía sua resposta dizendo que o antropólogo a havia autorizado a utilizar o tal artigo “da forma que bem entendesse”. O que, a rigor, jamais poderia ocorrer, porque evidentemente nenhum texto pode ser utilizado de qualquer jeito: precisa ser citado de acordo com a sua própria coerência interna, conforme o contexto em que foi escrito.

O elogio da fraude

Criada em 1968 por Mino Carta, Veja passou por uma série de mudanças ao longo dessas mais de quatro décadas, e só um estudo detalhado poderia apontar o que a levou a se distanciar progressivamente da prática rigorosa do jornalismo para enveredar por uma política editorial que pretende amoldar a realidade às suas pautas, utilizando quaisquer recursos para a obtenção dos resultados previamente definidos. O recente episódio que envolveu o colunista esportivo seria, portanto, apenas uma derivação social e politicamente irrelevante de um processo incorporado há muito tempo.
Entretanto, nesse processo há um aspecto essencial e aparentemente inocente que deveria chamar a atenção, sobretudo de jovens aspirantes a jornalistas, especialmente agora que a discussão a respeito da adequada formação retorna, com o debate sobre a exigência do diploma universitário: é que as regras elementares do método jornalístico não são tão elementares assim. Pois que mal faz inventar entrevistas, desde que elas sejam simpáticas às fontes?
Em Notícias do Planalto, lançado em 1999 e prestes a ser reeditado, Mario Sergio Conti relata a esperteza de Elio Gaspari, então em início de carreira:
“[Gaspari] estava numa agência de notícias no Galeão. O aeroporto era o ponto de passagem dos poderosos da República. Os políticos, ainda em trânsito da antiga para a nova capital, embarcavam nos voos matutinos para Brasília. No Galeão desembarcavam as celebridades estrangeiras que visitavam o Rio. Como se podia entrar na área da alfândega, os jornalistas circulavam e faziam entrevistas. Os repórteres da agência tinham de falar com os passageiros famosos, redigir as matérias na sala de Imprensa, tirar cópias num estêncil a álcool e mandá-las para os jornais. Gaspari logo constatou que o tempo médio de embarque e desembarque, vinte minutos, era escasso. Enquanto entrevistava um deputado, perdia outros três que entravam no avião para Brasília. Passou a acordar de madrugada para ler os jornais e, com base neles, escrever pequenas entrevistas de políticos comentando os assuntos do dia. Se concordavam com as respostas, passavam a ser os entrevistados de fato e de direito. Assim, podia mandar aos jornais três, quatro entrevistas, em vez de uma. Os entrevistados agradeciam porque, além de estarem nos jornais, às vezes pareciam mais inteligentes ou engraçados do que realmente eram.”
Esses políticos jamais poderiam sonhar que algum dia lhes cairia no colo um assessor tão bom, e ainda por cima gratuito. Conti prossegue, muito divertido:
“Em Veja, o método foi refinado e usado anos a fio. Gaspari inventava um raciocínio para avivar uma matéria, geralmente de madrugada, no calor do fechamento, e mandava um repórter achar alguém famoso que quisesse assumir a autoria. A frase “O povo gosta de luxo, quem gosta de miséria é intelectual” nasceu assim, proposta por Gaspari ao carnavalesco Joãozinho Trinta. O truque era puro Elio Gaspari. Tinha algo de molecagem, mas ficava nos limites das normas jornalísticas, na medida em que ninguém era forçado a encampar uma declaração. O seu fim último era levar um fato novo ao leitor (...)”. (grifo meu).
Então ficamos assim: inventar declarações e atribuí-las a terceiros faz parte das normas jornalísticas, desde que sejam favoráveis a essas fontes. Nada impede, tampouco, que se recorte um artigo e nele se insiram perguntas, para dar a impressão de um pingue-pongue. Terão razão, afinal, certos teóricos que dizem que jornalismo é ficção?
Essas coisas as escolas – pelo menos, as escolas de qualidade – não ensinam. Pelo contrário, refutam e denunciam. No entanto, renomados jornalistas – nos quais, naturalmente, muitos jovens se miram – praticam e enaltecem o que deveriam combater. E a fraude só causa revolta quando contraria os envolvidos.
Mas nem por isso deixa de ser o que é.
(*) Sylvia Debossan Moretzsohn é jornalista, professora da Universidade Federal Fluminense, autora de Pensando contra os fatos. Jornalismo e cotidiano: do senso comum ao senso crítico (Editora Revan, 2007).

Repostado do portal Carta Maior

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Por que eles têm medo do Lula?

17/09/2012

 

Lula virou o diabo para a direita brasileira, comandada por seu partido – a mídia privada. Pelo que ele representa e por tê-los derrotado três vezes sucessivas nas eleições presidenciais, por se manter como o maior líder popular do Brasil, apesar dos ataques e manipulações de todo tipo que os donos da mídia – que não foram eleitos por ninguém para querer falar em nome do país – não param de maquinar contra ele.
Primeiro, ele causou medo quando surgiu como líder operário, que trazia para a luta política aos trabalhadores, reprimidos e super-explorados pela ditadura durante mais de uma década e o pânico que isso causava em um empresariado já acostumado ao arrocho salarial e à intervenção nos sindicatos.
Medo de que essa política que alimentava os superlucros das grandes empresas privadas nacionais e estrangeiras – o santo do chamado “milagre econômico” -, terminasse e, com ela, a possibilidade de seguirem lucrando tanto às custas da super-exploração dos trabalhadores.
Medo também de que isso tirasse as bases de sustentação da ditadura – além das outras bases, as baionetas e o terror – e eles tivessem que voltar às situações de incerteza relativa dos regimes eleitorais.
Medo que foi se acalmando conforme, na transição do fim do seu regime de ditadura militar para o restabelecimento da democracia liberal, triunfavam os conservadores. Derrotada a campanha das diretas, o Colégio Eleitoral consagrou um novo pacto de elite no Brasil, em que se misturavam o velho e o novo, promiscuamente na aliança PMDB-PFL, para dar nascimento a uma democracia que não estendia a democracia às profundas estruturas econômicas, sociais e midiáticas do país.
Sempre havia o medo de que Lula catalizasse os descontentamentos que não deixaram de existir com o fim da ditadura, porque a questão social continuava a arder no país mais desigual do continente mais desigual do mundo. Mas os processos eleitorais pareciam permitir que as elites tradicionais retomassem o controle da vida política brasileira.
Aí veio o novo medo, que chegou a pânico, quando Lula chegou ao segundo turno contra o seu novo queridinho, Collor, o filhote da ditadura. E foi necessário usar todo o peso da manipulação midiática para evitar que a força popular levasse Lula à presidencia do Brasil, da ameaça de debandada geral dos empresários se Lula ganhasse, à edição forjada de debate, para tentar evitar a vitória popular.
O fracasso do Collor levou a que Roberto Marinho confessasse que eles já não elegeriam um presidente deles, teriam que buscar alguém no outro campo, para fazê-lo seu representante. Se tratava de usar de tudo para evitar que o Lula ganhasse. Foram buscar ao FHC, que se prestou a esse papel e parecia se erigir em antidoto permanente contra o Lula, a quem derrotou duas vezes.
Como, porém, não conseguem resolver os problemas do país, mas apenas adiá-los – como fizeram com o Plano Real -, o fantasma voltou, com o governo FHC também fracassando. Tentaram alternativas – Roseana Sarney, Ciro Gomes, Serra -, mas não houve jeito.
Trataram de criar o pânico sobre a possibilidade da vitória do Lula, com ataque especulativo, com a transformação do chamado “risco Brasil” para “risco Lula”, mas não houve jeito.
Alivio, quando acreditaram que a postura moderada do Lula ao assumir a presidência significaria sua rendição à politica econômica de FHC, ao “pensamento único”, ao Consenso de Washington. Por um lado, saudavam essa postura do Lula, por outro incentivavam os setores que denunciavam uma “traição” do Lula, para buscar enfraquecer sua liderança popular. No fundo acreditavam que Lula demoraria pouco no governo, capitularia e perderia liderança popular ou colocaria suas propostas em prática e o país se tornaria ingovernável.
Quando se deram conta que Lula se consolidava, tentaram o golpe em 2005, valendo-se de acusações multiplicadas pela maior operação de marketing político que o pais ja conheceu – desde a ofensiva contra o Getúlio, em 1954 -, buscando derrubar o Lula e sepultar por muito tempo a possibilidade de um governo de esquerda no Brasil. Colocavam em prática o que um ministro da ditadura tinha dito: Um dia o PT vai ganhar, vai fracassar e aí vamos poder governar o país sem pressão.”
Chegaram a cogitar um impeachment, mas tiveram medo do Lula, da sua capacidade de mobilização popular contra eles. Recuaram e adotaram a tática de sangrar o governo, cercando-o no Parlamento e através da mídia, até que, inviabilizado, fosse derrotado nas eleições de 2006.
Fracassaram uma vez mais, quando o Lula convocou as mobilizações populares contra os esquemas golpistas, ao mesmo tempo que a centralidade das políticas sociais – eixo do governo Lula, que a direita não enxergava, ou subestimava e tratava de esconder – começava a dar seus frutos. Como resultado, Lula triunfou na eleições de 2006, ao contrário do que a direita programava, impondo uma nova derrota grave às elites tradicionais.
O medo passou a ser que o Brasil mudasse muito, tirando suas bases de apoio tradicionais – a começar por seus feudos políticos no nordeste -, permitindo que o Lula elegesse sua sucessora. Se refugiaram no “favoritismo” do Serra nas pesquisas – confiando, uma vez mais, na certeza do Ibope de que o Lula não elegeria sua sucessora.
Foram de novo derrotados. Acumulam derrota atrás de derrota e identificam no Lula seu grande inimigo. Ainda mais que nos últimos anos do seu segundo mandato e na campanha eleitoral, Lula identificou e apontou claramente o papel das elites tradicionais, com afirmações como a de que ele demonstrou “que se pode governar o Brasil, sem almoçar e jantar com os donos de jornal”. Quando disse que “não haverá democracia no Brasil, enquanto os políticos tiverem medo da mídia”, entre outras afirmações.
Quando, depois de seminário que trouxe experiências de regulações democráticas da mídia em varias partes insuspeitas do mundo, elaborou uma proposta de lei de marco regulatório para a mídia, que democratize a formação da opinião pública, tirando o monopólio do restrito número de famílias e empresas que controlam o setor de forma antidemocrática.
Além de tudo, Lula representa para eles o sucesso de um presidente que se tornou o líder político mais popular da história do Brasil, não proveniente dos setores tradicionais, mas um operário proveniente do nordeste, que se tornou líder sindical de base desafiando a ditadura, que perdeu um dedo na máquina – trazendo no próprio corpo inscrita a sua origem e as condições de trabalho dos operários brasileiros.
Enquanto o queridinho da direita partidária e midiática brasileira, FHC, fracassou, Lula teve êxito em todos os campos – econômico, social, cultural, de políticas internacional -, elevando a auto-estima dos brasileiros e do povo brasileiro. Lula resgatou o papel do Estado – reduzido à sua mínima expressão com Collor e FHC – para um instrumento de indução do crescimento econômico e de garantia das políticas sociais. Derrotou a proposta norteamericana da Alca – fazer a América Latina uma imensa área de livre comércio, subordinada ao interesses dos EUA -, para priorizar os projetos de integração regional e os intercâmbios com o Sul do mundo.
Lula passou a representar o Brasil, a América Latina e o Sul do mundo, na luta contra a fome, contra a guerra, contra o monopólio de poder das nações centrais do sistema. Lula mostrou que é possível diminuir a desigualdade e a pobreza, terminar com a miséria no Brasil, ao contrário do que era dito e feito pelos governos tradicionais.
Lula saiu do governo com praticamente toda a mídia tradicional contra ele, mas com mais de 80% de apoio e apenas 3% de rejeição. Elegeu sua sucessora contra o “favoritismo” do candidato da direita.
Aí acreditaram que poderiam neutralizá-lo, elogiando a Dilma como contraponto a ele, até que se rendem que não conseguem promover conflitos entre eles. Temem o retorno do Lula como presidente, mas principalmente o temem como líder político, como quem melhor vocaliza os grandes temas nacionais, apontando para a direita como obstáculo para a democratização do Brasil.
Lula representa a esquerda realmente existente no Brasil, com liderança nacional, latino-americana e mundial. Lula representa o resgate da questão social no Brasil, promovendo o acesso a bens fundamentais da maioria da população, incorporando definitivamente os pobres e o mercado interno de consumo popular à vida do país.
Lula representa o líder que não foi cooptado pela direita, pela mídia, pelas nações imperiais. Por tudo isso, eles tem medo do Lula. Por tudo isso querem tentam desgastar sua imagem. Por isso 80% das referências ao Lula na mídia são negativas. Mas 69,8% dos brasileiros dizem que gostariam que ele volte a ser presidente do Brasil. Por isso eles tem tanto medo do Lula.

Repostado do blog do Emir Sader.