Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

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Bem-vindo ao blog do PT de Mosqueiro, aqui nós discutimos a organização e atuação do Partido dos Trabalhadores nas relações sociopolíticas e econômicas do Brasil e do Pará. Também debatemos temas gerais sobre política, economia, sociedade, cultura, meio ambiente, bem como temas irreverentes que ocorrem no Mundo, no Brasil, no Pará, mas em especial na "Moca". Obrigado por sua visita e volte sempre!

domingo, 27 de novembro de 2011

Fumbel lança obras da Biblioteca Mais Cultura em Mosqueiro

Segue abaixo a publicação tirada do sait do ministério da cultura, lançado no início do ano de 2011. Diz sobre a entrega em 120 dias da biblioteca pública de mosqueiro, tendo início as obras dia 24/01. Se não me falha os cálculos, a obra deveria terminar mais ou menos em junho deste ano. Então cadê a biblioteca, ou MELHOR, onde está o dinheiro da biblioteca? Foi levantado um muro bem alto no local onde será construída a mesma, o que será que eles queram esconder: sua inoperância ou sua canalhice?

19/01/2011 | Na Mídia

Fumbel lança obras da Biblioteca Mais Cultura em Mosqueiro

Portal Na Hora - 19/01/2011
O lançamento das obras da Biblioteca Mais Cultura no distrito de Mosqueiro foi realizado, nesta terça-feira (18), com a assinatura da ordem de serviço firmada entre a Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), a Agência Distrital de Mosqueiro e a construtora MD Engenharia. As obras iniciam na próxima segunda-feira (24). A previsão de entrega é de 120 dias.
O que será um canteiro de obras nos próximo quatro meses se transformou em um canteiro cultural, para comemorar o início da construção da Biblioteca Mais Cultura na ilha de Mosqueiro. A programação começou com uma caminhada, que saiu da Praça Matriz para a Rua Coronel José do Ó.
O cortejo foi animado pela bateria da escola de samba Peles Vermelhas e pela Banda de Fanfarra Honorato Filgueiras. Na chegada houve a apresentação do Grupo da 3ª Idade da Funpapa e do Grupo Folclórico Akauã. O público também conferiu os trabalhos desenvolvidos pelos projetos Trilha da Cidadania e Escola da Vida, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, respectivamente.
O agente distrital de Mosqueiro, Ivan Santos, comentou a importância da obra para a economia local. “Toda a mão de obra utilizada para a construção da biblioteca será de Mosqueiro, o que movimenta a economia da cidade, trazendo o aquecimento nas vendas do comércio”, analisou.
Para Anderson Miguel e Marcelo Bittencourt, ambos representantes da comunidade de Mosqueiro no Projeto Mais Cultura, a biblioteca será um ponto de referência cultural e artístico na ilha, provocando um impacto positivo na educação. “A biblioteca que será construída é uma porta de intercâmbio com outras bibliotecas do Brasil”, disse Marcelo, que pretende viajar o país em busca de novos projetos.
A construção da biblioteca de Mosqueiro faz parte do Programa Mais Cultura, do Governo Federal, e contará com 40 trabalhadores para erguer o prédio. Serão 500 metros quadrados de área construída, distribuídos em um salão de leitura, um telecentro com capacidade para dez computadores, área administrativa, banheiros, além de uma varanda multicultural. O projeto piloto é do Ministério da Cultura, sendo adaptado pelos técnicos do Departamento de Patrimônio Histórico da Fumbel para a realidade da população local.
Raimundo Pinheiro, presidente da Fumbel, falou sobre a contribuição do espaço para o distrito. “A biblioteca não será somente um espaço para a leitura, será um local onde será desenvolvido e trabalhado outras artes, como a dança, o teatro e o cinema. Será a primeira biblioteca cultural da região e terá o objetivo de agregar as comunidades”.
As comemorações pelo início das obras da Biblioteca Mais Cultura foram encerradas com a entrega de Certificado de Reconhecimento para os grupos locais, pelos trabalhos culturais e sociais desenvolvidos na ilha.
Fonte: Portal Na Hora

Mais uma do D. Costa, até quando?

Essas aí eram para ser mansões

 

DINHEIRO NA LAMA O governo gastou milhões e deixou a favela assim (FOTO: Sérgio Marques/Agência O Globo)

O governo federal destinou R$ 54 milhões para que Belém urbanizasse a Vila da Barca, o maior bairro sobre palafitas da América Latina. Os recursos, enviados a partir de 2003, deveriam ser usados para substituir a favela por 626 imóveis de boa qualidade. A Controladoria-Geral da União descobriu que foram feitas menos de 100 casas populares – ao custo unitário de R$ 397 mil. Lá, com esse dinheiro, pode-se construir uma mansão.

Leonel Rocha

Fonte: Revista Época

http://colunas.epoca.globo.com/felipepatury/2011/11/26/essas-ai-eram-para-ser-mansoes/

sábado, 26 de novembro de 2011

Cabeleira

Cabeleireira

 

Viadinho

Trecho do Livro “Cabeleira, o Papa Chibé em Prosa e Verso”, do Professor Arnaldo Rodrigues e um Trecho do Conto Brasil, Brasileiros, paginas 111/112 , trecho bastante controverso não acham…

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Economista da UFPA afirma que divisão do Pará reduzirá o montante do FPE

domingo, 20 de novembro de 2011

Entrevista concedida para o blog da Frente em Defesa do Pará contra a Criação de Carajás

Diante da grande discussão acerca do Fundo de Participação dos Estados – FPE, que tem dominado os programas de Tv e Rádio da propaganda eleitoral do Plebiscito, o economista e professor da Universidade Federal do Pará, Eduardo José Monteiro da Costa explica que o FPE, por determinação constitucional, transfere aos estados 21,5% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), com base em cotas fixas. De acordo com ele, o critério de repartição do Fundo foi definido pela Lei Complementar n.º 62, de 28 de dezembro de 1989, e destinou com base em critérios como território, Renda per capita e população, cotas fixas para cada estado. O Anexo Único da Lei Complementar n.º 62/89 define o percentual fixo para cada estado, estando à cota do Pará fixada em 6,11%.

“É inverídica a informação de que a divisão do Estado aumentaria o montante de recursos do FPE para as três unidades federativas originárias do atual estado do Pará”, ressalta o economista que é doutor em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp. Segundo ele, como há uma lei que fixa o montante destinado a cada estado, se não houver alteração na legislação vigente, as três unidades federativas, caso haja a divisão, Pará, Carajás e Tapajós, terão de dividir a mesma fatia de 6,11%.

“Ou seja, o que é atualmente destinado a um estado, o Pará atual, deverá ser dividido pelos três novos estados. Contudo, o custeio da máquina pública não será de um único estado, mas sim de três. Deduz-se daí que os recursos destinados à população minguarão e serão quase todos consumidos para custear as novas estruturas burocráticas a serem criada e os novos cargos políticos”, explicou o economista, afirmando que estão tentando “aplicar” na população do Pará o conto do FPE, manipulando e falseando informações com o intuito de ludibriar a opinião pública.

Contestando a informação veiculada no programa do “Sim”, o economista diz que já tentou entender a origem dos R$ 5,9 bilhões que os separatistas estão divulgando na campanha eleitoral. “A única informação que obtive – apesar de alegarem que o dado é oficial, sem, entretanto, apresentarem a fonte – é a informação da Folha de São Paulo de que o dado foi calculado pelo economista goiano Célio Costa que está subsidiando a campanha pró-divisão do estado”, afirma.

Eduardo Monteiro diz que a verdade desta discussão é a de que com base na legislação vigente o estado do Pará teve direito a uma cota de R$ 2,3 bilhões em 2010, referente a cota definida em lei de 6,11% do bolo repartido. Havendo a divisão e mantido a atual legislação, os três estados (Pará, Carajás e Tapajós) dividirão esta fatia, sem aumento, portanto, do volume de repasses. Contudo, lembra o economista, o custeio da máquina pública, irá aumentar.

O professor da UFPa lembra que dados produzidos pelo economista Rogério Boueri do IPEA mostram que ambos os estados, Tapajós e Carajás, consumirão respectivamente R$ 2,3 bilhões e R$ 2,9 bilhões. “Ou seja, não sobrará nada para se investir em políticas públicas e para mudar os nossos péssimos indicadores sociais. Dividiremos pobreza, teremos pouca capacidade de mudar o nosso quadro atual e os 1,5 milhões de miseráveis que existem no estado ficarão de vez desamparados”, vaticina o especialista.

Para finalizar, Monteiro destaca que a Lei Complementar n.º 62/89 foi declarada inconstitucional pelo Superior Tribunal Federal (STF), devendo o Congresso Nacional definir até dezembro de 2012 novos critérios de repartição do Fundo. “Aqui fica um alerta. Já há um movimento forte das bancadas do Centro-Sul da federação para instituir critérios que acabem beneficiando os estados mais ricos. Já vimos este filme antes com a Lei Kandir e com o ICMS de energia elétrica. Será que a história vai se repetir? Seremos novamente lesados no pacto federativo?”, finaliza.

Fonte: http://naoenao55.com.br/noticias/economista-afirma-que-divisao-do-para-reduzira-o-montante-do-fpe/

Postado por Eduardo Costa

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mais um petista na briga pela Prefeitura de Belém

 

Via Facebook.

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A tendência Articulação de Esquerda (AE) de Belém, aprovou, neste sábado dia 19, a indicação de Fábio Pessôa, professor da SEDUC, como pré-candidato do PT a Prefeito de Belém.
Fábio é membro da Direção Estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (SINTEPP) e da Comissão Executiva estadual do PT em representação das tendências petistas que integram o Bloco da Esquerda Petista Paraense.

Na próxima semana serão realizadas reuniões com diferentes agrupamentos, tendências, lideranças e militantes do partido na capital para conquistar apoios em favor de candidatura de Fábio Pessôa para disputar as prévias do partido (a serem realizadas em janeiro) que indicará o candidato do PT à Prefeitura de Belém para as eleições de 2012.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

MPF quer retorno imediato de médicos ao trabalho

 

O Ministério Público Federal ajuizou hoje uma ação cautelar para obrigar os médicos da Amazomcoop (Cooperativa dos Profissionais de Saúde da Amazônia) a voltarem imediatamente ao trabalho, regularizando o atendimento de urgência e emergência na capital paraense. Os médicos iniciaram uma paralisação hoje alegando que a Prefeitura de Belém está em dívida com a Cooperativa. Para o MPF, “tratando-se de urgência e emergência não há possibilidade de espera, de prazo para se aguardar acordos e ordens de pagamentos”. O Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Alan Rogério Mansur Silva pediu à Justiça que a ordem seja dada sem ouvir nenhuma das partes, o mais rápido possível, “para se evitar risco de mortes e de agravamento na situação de saúde da população usuária do SUS”
A Amazomcoop corresponde a 70% do pessoal de saúde da urgência e emergência. Só no Pronto-Socorro Municipal Mario Pinotti, onde o procurador fez uma vistoria hoje, são 126 médicos da cooperativa, o que fez com que o hospital funcionasse com apenas 61 médicos, um terço do normal, em regime de plantão.
Por causa do número reduzido de profissionais, o procurador Alan Rogério Mansur Silva encontrou logo de manhã vários pacientes nos corredores, em macas, aguardando atendimento médico. A cada hora que passa, o número de pacientes nessa situação tende a aumentar. Além do Mario Pinotti, a Amazomcoop faz o atendimento no Pronto-Socorro Humberto Maradei, no Hospital Geral do Mosqueiro e nas Unidades de Urgência e Emergência do Jurunas, Bengui, Marambaia, Cotijuba, Carananduba e Icoaraci.
A Prefeitura de Belém comprovou ao MPF que pagou parte da dívida, R$ 2,5 milhões, faltando portanto cerca de R$ 3,5 milhões para pagar à Cooperativa. O total do dinheiro, segundo a Prefeitura, não foi repassado por falha da cooperativa em enviar as notas fiscais. Para dirimir a confusão, o MPF pediu também à Justiça que obrigue o Município e o Estado a comprovarem os pagamentos à cooperativa.
Mas, independente de quem seja responsável pelo problema, para o MPF, os serviços devem ser normalizados imediatamente, com ou sem manutenção e renovação do contrato. O MPF chama atenção da Justiça para o fato de que as unidades de saúde afetadas não atendem apenas a população de Belém: pacientes de diversos municípios são encaminhados todos os dias para a capital.
“A falta de atendimento atinge, indiscriminadamente, todos os pacientes, sendo agravada a omissão pelo atendimento nas crianças e nos idosos”, diz o MPF. A ação tramita em caráter urgente e vai ser julgada na 1ª Vara da Justiça Federal pelo juiz Alexandre Buck Medrado Sampaio.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Ministério Público Federal

Greve leva mais caos à saúde


Edição de 23/11/2011 Amazônia Jornal

 

Médicos de cooperativa e Samu param atendimento gerando transtorno a pacientes que buscam atendimento

O deficitário sistema de saúde pública da capital paraense teve ontem mais um dia de caos marcado pelo sofrimento de quem não conseguia ser atendido e pelo desespero dos familiares dos pacientes. Afinal, médicos e funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) estavam de braços cruzados, ambulâncias paradas e pacientes voltando para casa sem atendimento. "Não estão atendendo ninguém. Não sei mais o que fazer. Os enfermeiros não têm aparelho de pressão. Não há nenhum neurocirurgião aqui. Minha mãe está num corredor, deitada em uma maca. Está um calor horrível lá dentro. É muito triste ver minha mãe assim", disse, chorando, a dona de casa Leonalva Borges, de 50 anos.

A mãe de Leonalva, Ermínia Nascimento de Souza, de 70 anos, deu entrada no pronto-socorro da 14 de Março com suspeita de derrame cerebral. "Não veio um médico atendê-la. Ninguém. Está um caos lá dentro. Uns estão pedindo socorro pelos outros", relata. Assim como ela, outras pessoas que procuraram os prontos-socorros e as unidades de saúde de Belém, inclusive os postos de saúde e Hospital Municipal de Mosqueiro, viveram situações parecidas.

Às 7h, os médicos que fazem parte da Amazoncoop, cooperativa contratada para atuar na rede municipal, suspenderam os serviços, uma vez que não houve renovação de contrato com a prefeitura por falta de pagamento. Eles alegam que a dívida, acumulada desde julho, chega a R$ 5,9 milhões.

Os 350 médicos da Amazoncoop que trabalham para a Prefeitura de Belém representam mais da metade dos médicos que atuam na rede municipal de saúde. Somente no PSM da 14 de Março trabalham 175 profissionais da cooperativa, cerca de 70% do contingente - os outros 30% fazem parte do quadro efetivo da prefeitura.

Com o fim do contrato, todos da Amazoncoop foram orientados a não ir trabalhar. A falta de médico complicou ainda mais a vida daqueles que necessitam da rede pública de saúde. Teresa Monteiro, de 54 anos, estava com o pai, Ângelo Monteiro, no PSM da 14. "Ele tem 90 anos, tem as pernas amputadas e chegou aqui com um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Só deram uma injeção ontem (anteontem) à noite. Uma senhora morreu ainda há pouco no leito, e a gente foi pedir aos enfermeiros o leito dela para o meu pai, para ver se pelo menos ele fica num colchão. Eu e meu irmão tivemos que carregá-lo para o leito, porque nem maqueiro havia". Segundo ela, a situação era calamitosa. "Eu implorei para o transferirem ao Hospital da Ordem Terceira, mas não conseguimos, porque está sem médico", contou a doméstica.

Eriane Brito Leite, cabeleireira de 31 anos, chegou ao PSM da 14 de Março às 6h, e procurou atendimento para a filha, Liane Valentina Ferreira, de 10 meses. Foi informada de que o local estava sem pediatra. Ela ainda esperou até as 8h30, na esperança de conseguir uma consulta com um médico. Porém, até aquele horário, não havia recebido nenhuma resposta positiva dos funcionários do pronto-socorro. "Eu já havia vindo aqui dia 12", lembra. Ela a levou com febre e o médico prescreveu uma receita. "Eu comprei todos os remédios, mas os sintomas persistiram. Ele tem febre alta, convulsão. Cheguei aqui e disseram que não há quem possa atender criança, porque eles estão em greve. Ela chegou com febre de 38 graus e não fizeram nada", conta. O mesmo problema de falta de atendimento foi verificado no pronto-socorro do Guamá.

Postos - Assim como nos prontos-socorros da capital, a situação também foi complicada para quem procurou atendimento nos postos de saúde mantidos pelo município de Belém. Viviane Mendes da Silva, que atua no setor administrativo da Unidade do Jurunas, informou que, no local, dos dois médicos que atendem urgência, um pertencia à Amazoncoop. O outro era concursado. Por isso, foi necessário transferir um médico da parte ambulatorial para a urgência. "De qualquer forma, tivemos certo prejuízo, uma vez que tiraram um médico do ambulatório", disse.

Prefeitura promete pagamento até sexta

Por meio de nota encaminha à redação, a Secretaria Municipal de Saúde informou que está analisando a renovação do contrato com a categoria médica, esperando o bom andamento das Ordens de Créditos - OC. A Sesma disse ainda que "acredita que o pagamento à Cooperativa dos Profissionais de Saúde da Amazônia (Amazomcoop) seja efetuado até esta sexta-feira, 25".

O órgão também ressaltou que desde a última semana vem publicando chamamento na imprensa local para a contratação de mais médicos para as Unidades Municipais de Saúde (UMS) e Hospitais de Urgência e Emergência Mário Pinotti (14 de Março) e Humberto Maradei (Guamá). A Secretaria não respondeu, porém, porque o valor oferecido aos médicos convocados é maior do que o valor pago aos médicos da cooperativa, uma vez que um dos argumentos é a falta de recurso.

No caso do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), a Sesma informou que o atendimento não foi paralisado. "Nesta terça-feira (22) estão rodando 3 ambulâncias de Unidade de Suporte Básico (USB), realizando o atendimento à população", disse, na nota.

De acordo com o coordenador da associação dos servidores, após a reunião com a Sesma ficou acertado que haverá dois assentos para a associação na mesa de negociação do PCCR da categoria.

Na próxima segunda-feira (28), a Sesma deve dar a resposta quando à solicitação do tíquete alimentação. "Nossa proposta é de que, ao invés de as refeições serem fornecidas por uma empresa, os servidores recebam o benefício por meio de tíquete. A Sesma vai avaliar a proposta e ver o que é mais vantajoso", informou Luis Castelo.

Segundo ele, até o dia 5 de fevereiro, a secretaria de saúde também dará parecer sobre outras solicitações, como adicional noturno. Na assembleia da categoria, realizada após a reunião com a Sesma, os trabalhadores decidiram manter a paralisação até as 19h ontem.

Amazoncoop alega dívida da PMB de quase R$ 6 milhões

Luiz Fausto Silva, presidente da Cooperativa dos Profissionais de Saúde da Amazônia (Amazoncoop), informou que os profissionais que pararam os serviços são de especialidades como clínica médica, pequenas cirurgias, pediatria, ortopedia e traumatologia, cirurgia geral, UTI pediátrica, cirurgia torácica, UTI intensivista, ginecologia e obstetrícia. Os serviços foram atingidos nos PSMs da capital, no Samu, nos postos de saúde e no Hospital Municipal de Mosqueiro. A cooperativa alega que o contrato com a Prefeitura terminou e há uma dívida de R$ 5,9 milhões, referente ao pagamento desde julho. "A nossa proposta para renovar o contrato, desde o início, era de que eles pagassem pelo menos até setembro. Com isso, poderíamos adiantar o pagamento aos médicos até outubro", declarou.

Ainda de acordo com Luiz Fausto, os médicos da Amazoncoop recebem R$ 996,00 por um plantão de 12 horas, sendo que ao se descontar os encargos esse valor cai para cerca de R$ 750,00. Por isso, causou estranheza na categoria a nota divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde convocando médicos para trabalharem num plantão de 12 horas por R$ 1.080,00, com contrato imediato. A Sesma ainda ofereceu aos profissionais férias e 13º salário. "Ou seja, não justifica o argumento de falta de dinheiro. Porque eles têm um serviço de uma equipe e dispensam essa equipe alegando falta de dinheiro, mas chamam outros por um valor maior", observou. "A nossa reivindicação não era nem aumento. Talvez agora até passe a ser, já que a gente viu que eles têm condições de pagar", completou.

Para complicar ainda mais a situação da saúde pública da capital paraense, ontem, os funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) cumpriram a ameaça de paralisação e também resolveram suspender os serviços a partir das 7 horas. Segundo Luis Castelo, coordenador da Associação dos Servidores do SAMU, apenas 30% dos cerca de 400 funcionários do serviço trabalharam. Além disso, apenas quatro veículos - sendo duas ambulâncias, duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e duas Unidades de Suporte Avançado (USA) funcionaram. Atualmente, ainda conforme informações de Luis Castelo, o Samu possui 14 ambulâncias, sendo que sete ou oito ficam à disposição, diariamente.

Ele diz afirma a paralisação de ontem foi motivada pelo fato de a Sesma ter cortado os adicionais de turno dos servidores há quatro meses. "E a prefeitura fez um PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração) que traz prejuízos para os servidores em todos os sentidos". Os funcionários do Samu reclamam ainda das condições de trabalho. "As ambulâncias estão sucateadas. Faltam materiais como medicamentos, sondas", afirma. Ontem, os servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência decidiram que só iriam atender casos mais graves. Conforme orientação da própria Associação, as ‘motolâncias’ deveriam ir primeiro para as ocorrências e só chamavam as ambulâncias em situações onde a pessoa estivesse correndo risco de morte.

Nota do Blog: Que este desprefeito é incapaz de governar nosso município todos já sabemos, o que não dá pra acrditar é na leniência e/ou complacência de nossa justiça, com todos os descalabros que D. Costa já realizou até agora, há muito já deveria estar deposto ou preso, como confiar a saúde pública a uma Cooperativa que nem mesmo sabíamos existir há alguns dias atrás?, onde anda a Estratégia de Atendimento da Saúde da Família?, já que esta é a principal forma de arrecadação de verbas federais para a saúde?, como a SESMA esquece que havia um contrato com esta Cooperativa?, como a mesma SESMA se “esquece de pagar mais de cinco milhões de salários a estes médicos cooperados?, se existem cerca de 350 medicos cooperados para atender a SESMA, porquê a mesma não realiza concurso público?, porquê, porquê e porquê??? Se fosse um governante do PT, será que há muito o mesmo já não teria sido afastado?

sábado, 19 de novembro de 2011

Ele foi um verdadeiro heroi nacional!!!

Líder militar do quilombo de Palmares

Zumbi

1655, Palmares (AL)
20/11/1695, Serra Dois Irmãos (AL)

[creditofoto]

Zumbi é ícone da resistência dos negros contra a exploração e a escravidão

Zumbi foi o símbolo da resistência negra contra a escravidão e o último chefe do Quilombo dos Palmares, localizado na parte superior do rio São Francisco, na Serra da Barriga, antiga capitania de Pernambuco (atualmente Alagoas).
Não se conhece a data exata de seu nascimento. Com poucos dias de vida Zumbi foi capturado na região de Palmares pela expedição de Brás da Rocha Cardoso e dado de presente ao padre Antônio Melo, em Porto Calvo. Batizado com o nome de Francisco, cresceu aprendendo latim e português. Aos 15 anos fugiu para Palmares e adotou o nome Zumbi, que significava guerreiro.
Logo passou a comandar militarmente o quilombo, governado por Ganga Zumba. Em 1678, provocou uma guerra civil no quilombo. Assumiu o lugar do líder e chefiou a resistência contra os portugueses, que durou 14 anos.
No final do século 16, as terras pernambucanas eram as mais prósperas das novas colônias portuguesas. Havia 66 grandes engenhos na região e, no litoral, uma estrutura que permitia o escoamento dos produtos. A cidade do Recife ficava a cada dia mais organizada. Foi nessa época que Palmares surgiu, quando os primeiros negros ali se refugiaram. Desde então, o mito em torno do quilombo havia crescido. Tinha leis próprias, algumas bastante rígidas.
Em 1630, as autoridades pernambucanas calculavam que o quilombo de Palmares contava com uma população superior a 3 mil pessoas que viviam da agricultura. Em uma crônica de 1678 já se contava que os palmarinos eram em número de 20 mil, ou talvez mais. Não era uma cidade, na metade do século 17, mas reunia onze povoados.
Macaco, na Serra da Barriga, era a capital. Possuía 1.500 casas, e uma população de cerca de 8 mil pessoas. Amaro tinha 5 mil habitantes e uma estrutura bem organizada. Outros povoados eram Subupira, Zumbi, Tabocas, Acotirene, Danbrapanga, Sabalangá, Andalaquituche...
A Coroa já tinha dado a ordem de acabar com o quilombo. Para destruí-lo, o poder colonial organizou 16 expedições oficiais. Quinze fracassaram devido à região montanhosa e às estratégias militares dos negros, embora fossem carente de armas. A expedição vitoriosa ficou a cargo de Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista treinado na caça aos índios. Comandou um exército de 2 mil homens, armados de arcos, flechas e espingardas.
Em 1694, chegou a Macaco, descarregando contra a comunidade todo o seu poder de fogo. A cidade resistiu durante 22 dias. Zumbi, depois de lutar bravamente, fugiu e se escondeu. Foi capturado e morto em 20 de novembro de 1695, depois de ter sido traído por companheiros. Seu corpo foi mutilado e a cabeça enviada para o Recife, onde ficou exposta em praça pública.

Repostado do Uol Educação

Viúva morre e pensão deixada pelo marido é dividida entre as amantes dele ( Parece obra de Dias Gomes, mas é verdade)


O Tribunal de Justiça de Santa Catarina decidiu que a pensão de um funcionário público deverá ser dividida entre duas amantes dele. A decisão ocorreu após a morte da viúva. A mulher do funcionário recebia R$ 15 mil. Segundo o TJ, as duas amantes entraram com o pedido - separadamente - depois que a viúva do funcionário público morreu. Detalhes do caso não foram divulgados porque o processo corre em segredo de Justiça. A decisão foi tomada no dia 10 de novembro, mas só foi divulgada nesta sexta-feira.

Segundo parte da decisão divulgada pelo tribunal, as duas apresentaram documentação e depoimentos de testemunhas que comprovam as uniões estáveis. Ainda segundo o TJ, antes de entrar com as ações, as duas mulheres, que moram em cidades diferentes, não sabiam da existência uma da outra.

De acordo com o próprio TJ, o "quadrilátero amoroso" gerou curiosidade entre os juízes que julgaram o caso.

"Ouso afirmar que os meandros folhetinescos desta história rivalizam, no mais das vezes, com as mais admiráveis e criativas obras de ficção da literatura, do teatro, da televisão e do cinema, demonstrando, uma vez mais, que a arte imita a vida - ou seria o contrário?", afirmou o desembargador Eládio Torret Rocha, relator da matéria.

O relator também afirmou que mesmo sendo inadmissível o reconhecimento uniões estáveis concomitantes, era preciso "dar proteção jurídica a ambas as companheiras", e que isso era possível após a viúva do funcionário ter morrido.

A decisão ainda será publicada no "Diário da Justiça Eletrônico".

Avaliação do ensino superior: IGC

 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP divulgou, ontem, uma informação vital para a saúde das instituições de ensino superior no país. Trata-se do índice geral de cursos (IGC), que procura mensurar a qualidade da educação oferecida através de parâmetros como corpo docente, instalações físicas projeto pedagógico e desempenho no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE). Segundo o próprio Ministério da Educação:
O Índice Geral de Cursos (IGC) é uma das medidas usadas pelo Inep para avaliar as instituições de educação superior, públicas e privadas. O IGC é um indicador expresso em conceitos, com pontuação variável de um a cinco pontos. Uma instituição que obtenha de três a cinco pontos atende de forma satisfatória; abaixo de dois a atuação é insatisfatória. O IGC de uma instituição é resultado da média ponderada do Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador de avaliação de cursos de graduação, e obedece a um ciclo de três anos, em combinação com o resultado do Enade, que mede o desempenho dos estudantes.
O Conceito Preliminar de Curso (CPC) é um índice que avalia os cursos de graduação. Os instrumentos que subsidiam a produção de indicadores de qualidade dos cursos são o Enade, aplicado a cada ano por grupo de áreas do conhecimento, e as avaliações feitas por especialistas diretamente na instituição de ensino superior. Quando visitam uma instituição, os especialistas verificam: as condições de ensino, em especial aquelas relativas ao corpo docente, às instalações físicas e à organização didático-pedagógica.

Fonte: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17246

O resultado, como de hábito, vai deixar muita gente chateada, sem vontade de cantar uma linda canção. Como me interessa mais de perto a situação do Pará, tomo a liberdade de surrupiar do blog Álibi, do juiz do trabalho Carlos Zahlouth, dando-lhe os devidos créditos, os quadros abaixo:

Acima, vemos a relação das 11 instituições de ensino superior paraenses que, por terem obtido IGC 1 ou 2, foram consideradas abaixo da média ou, pode-se dizer, foram reprovadas pelo MEC. A consequência é que elas sofrerão uma intervenção do MEC, devendo elaborar um plano de trabalho de recuperação, com um prazo rigoroso de efetivação. Caso não cumpram as metas, podem perder a autorização de funcionamento.

O segundo quadro me deixou particularmente mais triste, porque mostra que as melhores instituições do Estado se encontram basicamente no mesmo patamar, com nota 3, ou seja, a mais baixa no nível classificado como satisfatório. Ou seja, sem diferença entre públicas e privadas, antigas e recentes, nenhuma delas alcançou o nível de excelência tão ansiado e tão necessário para o desenvolvimento da nossa região.

Deveras, como poderemos competir com outros brasileiros, que já não nos consideram como membros da mesma família, se não conseguimos rivalizar com eles num aspecto tão basilar quanto a educação? E por "competir" entenda, tão somente, a capacidade de produzir conhecimento, ciência e tecnologia, à altura das necessidades do povo brasileiro, digno inclusive de exportação, sem o que o país todo não se situará bem na comunidade internacional.

Honestamente, eu também não estou mais a fim de cantar lindas canções.

Fonte: http://yudicerandol.blogspot.com/2011/11/avaliacao-do-ensino-superior-igc.html

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Para quem sempre teve curiosidade

Olha aí como ficou o nosso Presidente Lula, depois de raspar cabelo e barba, em tratamento contra o câncer.

Leia Aqui.

Retrato da educação

 

Aprovada há mais de três anos, a lei nacional do piso do magistério não é cumprida em pelo menos 17 das 27 unidades da Federação, revela matéria publicada hoje na Folha de São Paulo, assinada por Fábio Takahashi e Luiza Bandeira.

A legislação prevê mínimo de R$ 1.187 a professores da educação básica pública, por 40 horas semanais, excluindo as gratificações. Também assegura que os docentes passem ao menos 33% desse tempo fora das aulas a fim de atender aos estudantes e preparar aulas. A regra visa melhorar as condições de trabalho dos docentes e atrair jovens mais bem preparados para o magistério.

O levantamento da Folha mostra que a jornada extra-classe é o ponto mais desrespeitado da lei: 15 Estados a descumprem, incluindo São Paulo, onde 17% da carga é fora da classe. Entre esses 15, quatro (MG, RS, PA e BA) também não pagam o mínimo salarial, ou seja, estão totalmente fora da legislação nacional.

Em abril deste ano, o STF decidiu que a lei é constitucional e deve ser obedecida. O ministério da Educação afirma que a lei deve ser aplicada imediatamente. A maior parte dos Estados que descumprem a lei disse que vai se adequar à regra. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação recomendou a seus sindicatos que entrem na Justiça para cobrar a adoção. Governadores e secretários podem sofrer ações de improbidade administrativa.

Quem perde sempre, sob qualquer ótica, é o pobre aluno de escola pública, indefeso e sem chances de uma educação de qualidade que permita que se torne profissional produtivo.

Assim não dá para falar de redução de desigualdade e pobreza, muito menos em alavancar o desenvolvimento.

Fonte: Folha de São Paulo

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Qual desses é o seu salário?

 

'Aqui, vida não vale nada'

 

'Aqui, vida não vale nada', diz pai de morto na cidade mais violenta do país

Itupiranga, segundo governo, tem 160,6 homicídios por 100 mil habitantes.
Cidade paraense lidera ranking do Mapa da Violência 2011.

Tahiane Stochero Do G1, em Itupiranga e em Marabá (PA)

Divisão do Pará (Foto: Editoria de Arye/G1)

“Nesta cidade, mata-se por brincadeira. Não gosta da cara do outro, sai tiro. A violência é demais e estamos com medo. Após 25 anos morando aqui, decidimos ir embora. A vida não vale nada em Itupiranga”. A frase é do pescador Francisco Gomes da Silva, de 66 anos, que teve o filho João Cipriano Gomes, de 34 anos, assassinado na última semana de outubro na cidade considerada pelo Ministério da Justiça como a mais violenta do país.

itupiranga pais de morto (Foto: Tahiane Stochero/G1)

Pais de João Cipriano Gomes, morto aos 34 anos em Itupiranga (Foto: Tahiane Stochero/G1)

Localizada a 55 km de Marabá (PA) e com população de cerca de 51 mil habitantes, Itupiranga apareceu no ranking do Mapa da Violência 2011 do governo federal com taxa de 160,6 homicídios por 100 mil habitantes, conforme dados de 2008. Tanto Itupiranga como Marabá encabeçam a lista das cidades mais inseguras no Brasil com mais de 10 mil habitantes. Isso contribui para o que o novo estado de Carajás, que pode ser criado caso a população decida separar o Pará no plebiscito de 11 de dezembro, já nasça com a preocupação de combate contra a criminalidade.

As mortes normalmente são motivadas por rixas, vinganças ou desentendimentos fúteis. Para as polícias Civil e Militar, o grande número de vilarejos distantes, com população variando entre mil e 7 mil habitantes, além do reduzido efetivo, dificultam o combate aos assassinatos, provocados na maioria por facas, espingardas ou armas caseiras. A PM tem apenas 33 homens em toda a cidade, sendo que dois grupos de 4 ficam lotados especificamente em duas comunidades. Já na delegacia, é só um delegado, dois investigadores e um escrivão que se revezam no atendimento.

base pm itupiranga (Foto: Tahiane Stochero/G1)

Base da polícia Itupiranga (Foto: Tahiane Stochero/G1)

“Temos povoados, como Cruzeiro do Sul, que ficam a 200 quilômetros da área. Na época da chuva, leva-se quase um dia para chegar lá de carro”, diz o capitão Kojak Antônio da Silva Santos, que assumiu o policiamento da cidade em julho, após a divulgação do Mapa da Violência e reforçou o policiamento ostensivo, aumentando o número de armas e drogas apreendidas e suspeitos detidos.
Nos últimos 4 meses, houve 6 mortes na cidade. O filho de Francisco foi o último caso registrado. Ele foi assassinado a tiros após uma festa na Estrada do Tauri no último dia 30 de outubro. O suspeito ainda não foi preso, mas a polícia apura o crime.
Vivendo com medo

“Dias depois de meu filho morrer mataram outro homem, de família rica, e acham que temos ligação com isso. O medo para nós é tanto que nem fui atrás ver quem tinha matado meu filho. A gente não deve, mas eu estou com medo, decidi pegar meus filhos e ir embora. Violência gera violência e quem quer viver, tem que procurar tranquilidade”, diz o pescador, que fez um empréstimo no banco para deixar a cidade.

população cerca delegacia quando policia prende alguem (Foto: Tahiane Stochero/G1)

População cerca a delegacia quando um suspeito é
preso (Foto: Tahiane Stochero/G1)

“Não conseguimos mais dormir, ficamos doentes. Isso não é vida. A qualquer hora pode chegar alguém aqui, em uma moto, dar um tiro e depois some. São sempre assim os casos”, afirma Francisca.
"Aqui neste lugar, falta tudo. Além da violência, não tem emprego, não tem saúde. Se a pessoa não tem o que fazer, vai para a criminalidade. A gente vai votar no 'sim' à separação. Acha que, se criar o Carajás, as coisas vão melhorar. O dinheiro vai ficar aqui nas nossas terras", diz o pescador José Francisco da Silva, de 41 anos.
Segundo o delegado Vinicius Cardoso das Neves, que responde pela cidade, a maioria dos assassinatos não está mais ligada a brigas latifundiárias, como nas décadas de 80 e 90. Hoje, o tráfico de drogas é o fator que gera preocupação e assassinatos na cidade, principalmente no bairro Caveirinha, próximo ao cemitério local. Outra motivação são dívidas ou motivos fúteis, como traição.

carceragem da delegacia está sempre cheia com suspeitos de furto e assassinato (Foto: Tahiane Stochero/G1)

Carceragem da delegacia está cheia com suspeitos
de furto e de assassinato (Foto: Tahiane Stochero/G1)

“Prendemos recentemente um homem que matou uma mulher a facadas após ter relações com ela, e também um adolescente de 17 anos que matou a tijoladas outro colega por causa de drogas”, afirma.
Carceragem lotada
Na sede da Polícia Civil, apenas dois investigadores trabalham, em um regime de 24 horas. Eles "moram" na delegacia por 7 dias ininterruptos. Em seguida, tiram 7 dias de folga e podem voltar para casa e outros dois agentes assumem o posto.
A população aparece a todo instante no distrito para fazer denúncias de traição, ladrões, venda de drogas e pedir conselhos sobre ameaças procedentes de dívidas ou outros motivos. A carceragem, um quartinho de cerca de 2 metros de largura por 2 de comprimento, abriga 8 presos. Alguns já encarcerados no cubículo há quase cinco meses. Dentre os que aguardam transferência, estão presos por estupro, tentativa de homicídio, tráfico e roubo. À reportagem do G1, todos alegaram inocência.

itupiranga populaçãoq uer seperação para melhorar (Foto: Tahiane Stochero/G1)

Em Itupiranga, moradores ouvidos pelo G1 dizem que
querem a divisão do estado (Foto: Tahiane Stochero/G1)

Um dos detidos é suspeito de tentar estuprar a enteada de 12 anos em Cruzeiro do Sul e foi denunciado pela própria mulher, segundo o delegado. “Muitas pessoas migram para cá para buscar emprego, dinheiro, e não têm vínculo com a terra. Quando se envolvem em algo, eles somem. O povo os conhece apenas por apelidos, é o Zé Branco, o João do Pulo. Fica difícil a identificação e, quando o juiz expede o mandado de prisão, não conseguimos localizar. Já foram embora”, afirma o delegado.
Segundo Neves, o Instituto Médico Legal (IML) de Marabá possui um convênio com funerárias por toda a região devido à dificuldade de poucos carros de cadáver conseguirem remover os corpos em áreas distantes. “A própria funerária já pega o corpo e leva para o IML”, diz o delegado.

cabo pinheiro é o xerife da cidade violenta do pará (Foto: Tahiane Stochero/G1)

Cabo Pinheiro é o "xerife" de Itupiranga (PA)
(Foto: Tahiane Stochero/G1)

Povo liga direto para o ‘xerife’
Quando se fala em segurança, o primeiro nome que se ouve nas ruas é “Pinheiro”. É o cabo da PM Josafá Pinheiro, espécie de “xerife” de Itupiranga, devido à fama de repressão contra a criminalidade nas áreas periféricas da cidade. Dizem que ele já matou traficantes e fez prisões importantes de criminosos que incomodavam a população. O PM afirma que há muita lenda sobre seu nome, mas confirma a fama de durão.
“Tem muita lenda sobre meu nome porque eu pego pesado com a bandidagem, prendo ladrões e traficantes. Estou em Itupiranga há quatro anos e as coisas melhoraram desde então, por isso a população gosta de mim. Tivemos alguns confrontos em que criminosos foram mortos, mas tudo foi investigado e esclarecido. Onde eu trabalho não vai ter roubo nem de bomba de água”, afirma ele, referindo-se a um dos crimes mais frequentes nas cidades pequenas da periferia do Pará, onde jovens furtam bombas de poço de água para trocar por crack.

efetivo da PM está abaixo do previsto na região (Foto: Tahiane Stochero/G1)

Efetivo da PM em Marabá está abaixo do previsto,
segundo tenete-coronel (Foto: Tahiane Stochero/G1)

Marabá
Em um possível cenário de divisão do Pará, caso a população aprove a criação de dois novos estados no plebiscito que será realizado em 11 de dezembro, o futuro estado de Carajás será composto por 39 municípios, sendo Marabá a capital. Marabá é a segunda cidade com mais de 100 mil habitantes onde mais se mata no país. São cerca de 125 homicídios para cada 100 mil habitantes, segundo o Mapa da Violência do Ministério da Justiça deste ano.

Segundo o superintendente regional da Polícia Civil para o sudeste do Pará, delegado Alberto Henrique Teixeira de Barros, “é lenda” que as mortes na região envolvem conflitos agrários: “de 90% a 95% dos assassinatos são pelo tráfico”, afirma. “Neste ano, só tivemos a morte do casal de extrativistas de Nova Ipixuna e mais uns três casos isolados que podem ser relacionados a questões fundiárias e agrárias. As mortes agora são provocadas pelas brigas entre traficantes, que invadiram a cidade”, diz o delegado.

Outro problema de Marabá e da região de Carajás é que não se vê policiamento nas ruas. O tenente-coronel José Sebastião Valente Monteiro Junior, que comanda o batalhão responsável por nove cidades da área, diz que o efetivo é reduzido. Segundo ele, há 586 PMs à disposição, mas sua unidade deveria ter 1.022. Pelos cálculos do oficial, há em média um policial para cada 1.500 habitantes na cidade. Em alguns bairros, como o Cidade Nova, o número chega a um PM por 1.875 moradores, afirmou. O recomendado pela ONU é de cerca de um policial para 250 habitantes.

Fonte: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/11/aqui-vida-nao-vale-nada-diz-pai-de-morto-na-cidade-mais-violenta-do-pais.html

sábado, 12 de novembro de 2011

O grevista convicto

Por Alcir Rodrigues

Dignidade

Aproveito o ensejo da atual greve estadual de professores (também sou um deles, um grevista), para inserir uma repostagem de outras greves, um texto que elaborei com o propósito de abordar alguns aspectos de uma longa, desgastante e penosa greve contra o governador Almir Gabriel (também alcunhado por alguns de Cara de Rato, ou Rato Fujão), quando alguns companheiros, já combalidos pelas ameaças ditadurescas, que nada mais eram senão tentativas de desmobilização da categoria ao estilo de quem só tem como argumento os sofismas (um eufemismo para mentiras) e força bruta, aproveito este ensejo para elevar, espero, o moral da ‘companheirada’, com palavras de incentivo e coragem…

greve

Juntamente com aquela tarde, a reunião já findava. Aparentemente, alguns professores, hesitantes, queriam retornar às aulas. Alguém, calmamente, começou a falar:

─ Vocês conhecem, meus companheiros, O poema “Congresso internacional do medo”? Não, não conhecem? Permitam-me lê-lo: “Provisoriamente não cantaremos o amor,/ que se refugiou mias abaixo dos subterrâneos./ Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,/ não cantaremos o ódio porque esse não existe, / existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,/ o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,/ o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,/ cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,/ cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,/ depois morreremos de medo/ e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.”

Vocês gostaram? É, alguns, sim... outros menos, outros nem tanto... não é mesmo?

Bem, esse poema, Drummond o publicou no livro Sentimento do mundo, em 1940, durante a II Guerra. Havia realmente no ar o forte clima de angústia, dúvida sobre o futuro do mundo, sobre a liberdade. Pairava na atmosfera uma nuvem cinzenta-enegrecida: o medo, intensamente chovendo sobre a Terra, o medo.

Mas o que se sente agora, entre pessoas do movimento (ou mesmo ─ melhor: principalmente ─ entre aquelas que não aderiram a ele e, muito provavelmente, jamais aderirão), o que se sente não é precisamente o que se pode chamar de medo. Comparado àquela época de real terror, guerra, miséria, morticínio, este nosso momento aprisiona-nos numa abstrata e imensa masmorra de paredes espelhadas, que refletem não mais que um medo irreal, um edifício de aflição ─ desabando sobre nós, mergulhando-nos no mar abissal da fobia, um medo, uma angústia fictícios.

Lei

Que nos pode acontecer, afinal? Irmos para uma guerra e lá perecer/ Sermos levados para guetos ou campos de concentração e trabalhos forçados nazistas e, finalmente, para as câmaras de gás e crematórios? Talvez Jack, o Estripador, nos aterrorize? Quem sabe o Bicho-Papão? Talvez um meteoro caia sobre nós?!... É, é bem possível... ou não? Certamente, somos nós todos excessivamente mais imaginativos que todos os personagens do Sítio do pica-pau amarelo juntos, ou possivelmente mais que o próprio Monteiro Lobato. Por isso, digo: FOBIA, é apenas isto o que oprime nossos corações atormentados. Estamos algemados, e, provavelmente aprendemos a ter afeição pelas algemas.

Quem se importa

Se não tenho medo, é o que querem saber? Claro que tenho! Só os loucos, ou idiotas de carteirinha, afirmam não ter medo. Possivelmente, tenha algumas, senão várias fobias. Entretanto, constantemente faço esta reflexão: se me acovardo hoje, quem ou o que serei eu no futuro? O presente que se acovarda torna-se o futuro que se nega, com uma pesada carga na consciência. O presente metamorfoseia-se no passado do amanhã. No futuro, quero ter orgulho do que fui e fiz neste momento. E não quero a tola postura de hoje me engolindo num assombroso vórtice, no futuro: este vórtice devorador conhecido como remorso.

Não gostaria de ser repetitivo, mas insisto nisto: Digam-me:”Que passado escolheremos agora para o nosso futuro?”

Alguns, sem saber direito o que faziam, quiseram aplaudir. Chegaram outros a subvocalizar talvez uma, duas sílabas, num quase murmúrio, mas calaram-se, como a maioria o fez. A indagação ecoou nas consciências de todos. A mudez, só a mudez foi ouvida ali naquele momento. Contudo, melhor resposta veio dois dias depois, na segunda-feira: a ausência de todos se fez repleta presença de coragem e união daquelas pessoas.

Governador

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

África pós-colonial

Por Alcir Rodrigues

crian

No campo minado,

            a Inocência brinca,

na pele

             de crianças

contentes...

mina

 

Os pais, nas minas

garimpam os diamantes

que alimentam

certa riqueza,

que sai dali

para a Europa;

dali para o Japão;

dali para Cingapura,

para Dubai,

para os EUA...

diam

 

Também fica ali,

mas para uns poucos, apenas:

os senhores da guerra

e da política.

           Movidos pela Ganância,

são profissionais exterminadores,

étnicos e da inocência,

que transformam crianças

em “guerrilheiro” sem causa,

jovens sem porvir,

                     homens sem propósito,

mulheres enviuvadas,

violadas e prostituídas,

mães solteiras,

                 órfãs de filhos, estes

mutilados pelas minas terrestres,

e pelo abuso de poder,

que se camufla em uma

falsa revolução...

mult

 

Pedaços de utopia

vão apressadamente levados

para as precárias instalações médicas,

e dali para o necrotério,

quase irreconhecíveis...

Guerr

 

Nas cidades, a guerrilha.

No campo e na selva, também:

a Violência torna comum

a vida de todos,

                      pobres ou ricos,

mulheres ou homens,

crianças, jovens ou velhos,

negros ou brancos.

                                      Ela já não assusta.

                     Não assombra ninguém:

   Ela é banal...

 

                                  O sangue, ali, é a cor da moda!

Os raios do sol são vermelhos,

a chuva é líquido vermelho.

Rios vermelhos serpenteiam

                                   pelos vales,

                                         e desembocam

             em um mar de sangue...

 

Os Sonhos vão-se embora,

            juntamente

com a Alegria, com os remédios,

com a comida, levando embora

       a mínima Esperança,

que também já agoniza.

Quem veio de mudança

e se instalou

          de forma perene

foram a Fome e a Doença,

               que paridas pela Guerra

crescem bem nutridas

em todos os territórios por ali,

                                         inclusive

no coração e na mente

dos seres humanos.

               A irmã mais nova

já foi plenamente gestada

pelo ventre da Guerra…

crian2

 

Se a Violência, a Fome,

               a Doença e a Morte

são paridas pela Guerra

(e esta é filha legítima da Ganância),

          o Ódio foi abortado

como um inumano monstro disforme,

incumbido de aniquilar

                                 de vez

             a Paz,

e sepultá-la em tumba oculta,

sem Glória,

                nem clamor ou Saudade...

Só que a Paz não jaz em paz!...

Travestida de Fênix Renascida,

ela subjaz em latência,

germinando/brotando

              fortalecendo-se

à espera da Harmonia,

que há de vingar um dia,

nem que seja o último da vida,

           ali, naquele continente desolado!…

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Quanto vale um professor

 

Recebido por e-mail.

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AULA DE MATEMÁTICA
Hoje vou brincar de professor de matemática. Vou passar alguns problemas para vocês resolverem.


Problema nº1


Um professor trabalha 5 horas diárias, 5 salas com 40 alunos cada. Quantos alunos ele atenderá por dia?

Resposta: 200 alunos dia.
Se considerarmos 22 dias úteis. Quantos alunos ele atenderá por Mês?
Resposta: 4.400 alunos por mês.

Consideremos que nenhum aluno faltou (hahaha) e, que em cada um deles, resolveram pagar ao professor com o dinheiro da pipoca do lanche: 0,80 centavos, diárias. Quanto é a fatura do professor por dia?
R: 160,00 reais diários

Se considerarmos 22 dias úteis. Quanto é faturamento mensal do mesmo professor?
R: Final do mês ele terá a faturado R$ 3.520,00.


Problema nº2


O piso salarial é 1.187 reais, para o professor atender 4.400 alunos mensais. Quanto o professor fatura por cada atendimento?

Resposta: aproximadamente 0,27 mensais
(vixe, valemos menos que o pacote de pipoca)... continuando os exercícios...


Problema nº3


Um professor de padrão de vida simples,solteiro e numa cidade do interior, em atividade, tem as seguintes despesas mensais fixas e variáveis :
Sindicato: R$12,00reais
Aluguel: R$350,00reais ( pra não viver confortável)

Agua/energia elétrica: R$100,00 reais (usando o mínimo)
Acesso à internet: R$60,00 reais
Telefone: R$30,00 reais (com restrições de ligações)
Instituto de previdência: R$150,00 reais

Cesta básica: R$500,00 reais
Transporte: sem dinheiro
Roupas: promocionais
Quanto um professor gasta em um mês?
Total das despesas: R$1202,00
Qual o saldo mensal de um professor?

Saldo mensal: R$1187,00 - 1202= -15 reais, passando necessidades
E no caso deste professor ter mulher e filhos?
Agora eu te pergunto:
- Que dinheiro o professor terá para seu fim de semana?
- Quanto o professor poderá gastar com estudos, livros, revistas, etc.
- Quanto vale o trabalho de um professor??
- Isso é bom para o aluno???
- Isso é bom para a educação pública do Brasil??


Agora olhem a pérola que o Sr. Governador do Ceará disse:


" Quem quiser dar aula faça isso por gosto, e não pelo salário.

Se quiser ganhar melhor, peça demissão e vá para o ensino privado "
Cid Gomes - Governador(_) do Ceará
SE VOCÊ ACHA QUE NOSSO GOVERNADOR DEVE ABRIR MÃO DE SEU SALÁRIO E GOVERNAR POR AMOR, PASSE PARA A FRENTE!.

CAMPANHA
"Cid, doe seu SALÁRIO e governe por AMOR !"

Vamos espalhar isso aos 4 ventos e aumentar a campanha:
DEPUTADOS FEDERAIS E ESTADUAIS, MINISTROS, DOEM SEUS SALÁRIOS E TRABALHEM POR AMOR!

O poder e a esquerda festiva

O poder e a esquerda festiva

Eduardo Guimarães

Leio postagem do jornalista Paulo Henrique Amorim em que ele fornece duas informações cruciais porque conduzem a uma reflexão que já passou da hora de ser feita. PH, que sabe das coisas, diz que o governo Dilma não fará “ley de medios” alguma porque acredita que a tecnologia dará conta do recado. São, portanto, duas informações. Vamos a elas.
Não chegará a ser surpresa se o governo Dilma ou o Congresso não propuserem uma lei da mídia de verdade, como a da Argentina, a dos Estados Unidos ou a da França, entre tantas outras. Um governo que não consegue nem impedir que a mídia lhe derrube um ministro por mês certamente não teria força para aprovar uma lei que a mesma mídia não quer.
A outra informação é a de que o governo, simplificando a explicação, aposta na fusão da tevê e do rádio com a internet e na entrada das teles (empresas de telefonia) na produção de conteúdo. Com o tempo, os meios impressos e eletrônicos terão que migrar para a internet. Então, serão obrigados a disputar público com empresas que têm muito mais recursos.
Nenhum outro país sul-americano que elegeu governo oriundo da esquerda está esperando que o fim do monopólio da direita nas comunicações lhe caía no colo. Isso porque a esquerda brasileira difere completamente da que há em países como Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai ou Venezuela.
Nesse contexto, Argentina, Bolívia, Equador e Venezuela são os países da região que enfrentaram as lutas mais duras para aprovar uma “ley de medios”. Por que os governos desses países optaram por não ficar esperando que a tecnologia acabasse com o oligopólio nas comunicações? Não seria melhor do que enfrentarem até tentativas de golpe por terem desafiado o principal sustentáculo da direita no Terceiro Mundo?
Hugo Chávez, o casal Kirchner, Evo Morales, Rafael Correa sabem que a influência desses impérios de comunicação entranhou-se nas sociedades latino-americanas e que, por isso, eles acabariam se compondo com as teles e migrando para as novas plataformas. Por isso não ficaram esperando a democratização da comunicação cair do céu.
O Brasil, porém, está preferindo o auto-engano. Isso ocorre porque, à diferença da esquerda de outros países que finalmente elegeram governos progressistas, a centro-esquerda brasileira se deixou amaciar, amansar e, em boa medida, cooptar pelo capital e suas delícias.
Já a esquerda mais radical (no bom sentido), que mantém seus dogmas intocados tanto aqui quanto nos países que adotaram projetos de centro-esquerda baseados em crescimento econômico fomentado pelo Estado e em intensa inclusão social, não é opção por acalentar dogmas incompatíveis com a realidade global contemporânea.
Na América do Sul progressista que vai se desenhando, portanto, o Brasil é o único país em que a centro-esquerda governa, mas no qual quem manda é a direita.
Tudo decorre, por aqui, da inevitável aproximação da centro-esquerda com os setores “pragmáticos” da direita que se aliam até ao diabo para se manter próximos ao poder. Com governos de coalizão como o atual ou o anterior, nos quais coube e cabe um partido de centro-direita como o PMDB, a centro-esquerda petista decidiu relaxar e gozar.
Essa esquerda acomodada e festiva se perdeu em autocongratulações e convescotes, no desfrute da fartura do poder e de tudo que o dinheiro público pode comprar. Acabou, assim, por ceder as ruas à direita –hoje, vemos a situação inusitada de a direita estar conseguindo pôr mais gente na rua do que a esquerda.
Por conta disso – e à diferença de outros países sul-americanos governados pela esquerda –, nenhuma reforma estrutural de verdade foi feita no Brasil nesses quase dez anos de governo do PT. Ou seja: se um governo de direita voltar ao poder, desmontará facilmente todos os avanços sociais logrados até aqui.
Bolsa Família, Prouni, exploração do Pré Sal, fomento do crescimento pelo Estado, tudo pode virar pó em questão de meses se a direita voltar ao poder. Políticas públicas concentradoras de renda podem voltar a ser aplicadas, programas sociais podem ser desinflados.
Enfim, se o PSDB volta ao poder em 2014, tudo o que os setores que estão ascendendo socialmente lograram nos últimos anos pode ser perdido rapidamente.
Falemos do Pré Sal, por exemplo. Muitos devem ter lido as revelações do Wikileaks sobre as reuniões entre José Serra e as petroleiras estrangeiras durante as eleições do ano passado e as promessas que ele fez de mudar o regime de exploração do Pré Sal de partilha para concessão. Em 2015, se esse ou qualquer outro tucano for o presidente, a mudança ocorrerá.
Detalhe: se o modelo tucano de concessão for usado na exploração do pré Sal, os estrangeiros novamente se fartarão com o patrimônio público brasileiro como fizeram na época da privataria. As petroleiras alienígenas sugarão todo o petróleo e nos darão uma gorjeta por deixarmos que seja tirado daqui.
Em vez de lutar pela diluição da capacidade da direita de falar sozinha na mídia, o que tornaria o jogo eleitoral mais equânime, a centro-esquerda brasileira parece acreditar em alguma força mística que a manterá no poder. Despreza o fato de que uma eventual redução no nível de atividade econômica colocará fim à sensação de bem-estar que vem mantendo o PT no poder.
Não que o Brasil esteja sendo mal governado. Dilma Rousseff é uma boa gerente. Está cheia daquelas boas intenções das quais o inferno está cheio. Uma delas é a de não conflagrar o país politicamente, adotando tática de distensão que a está levando a ceder e ceder e ceder politicamente, ainda que esteja gerenciando o governo com a competência que a consagrou.
Todavia, o Brasil não tem mais um líder político – tem uma gerente competente, honesta e bem-intencionada, mas apenas uma gerente. Sem liderança política, o povo se despolitiza. Despolitizado, torna-se presa fácil para o canto da sereia reacionário que vai turvando o debate público com a lente conservadora.
Enquanto o venezuelano mais humilde conhece hoje, de trás para frente, a constituição de seu país, lida e explicada pelo Estado nas favelas urbanas e em cada rincão da Venezuela, o brasileiro não tem nem idéia do que está por trás do jogo do poder e continua acreditando na predestinação dos ricos e na fatalidade de que padeceriam os pobres.
Enquanto isso, a cena que se vê na esquerda brasileira lembra a da orquestra do Titanic, que tocava animadamente no convés enquanto o navio afundava.
A esquerda festiva precisa parar de festejar, de se congratular e de, não raro, refestelar-se com dinheiro público. Urge que se dê conta de que o poder não lhe pertence, de que lhe foi apenas delegado. Tem que começar a semear já mudanças estruturais que impeçam que eventual volta da direita ao poder desmonte tudo que foi feito na década passada.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

23 coisas que eles não falam para vocês sobre o capitalismo.

O número poderia ser infinito, mas para começo de conversa, o autor – Ha-Joong Chan, sul-coreano, que trabalha em Cambridge – seleciona 23. (23 things they don’t tell yu about capitalism”, Penguin Books, Londres, 2011). Cada um pode acrescentar as suas. As dele são:


1. Não há isso que chamam de livre comércio.
2. As empresas não deveriam ser dirigidas em função do interesse dos seus donos.
3. Muita gente nos países ricos é paga acima do que deveria.
4. As máquinas de lavar mudaram o mundo mais do que a internet.
5. Assuma o pior sobre o povo e você vai obter o pior.
6. Maior estabilidade macroeconômica não fez a economia mundial mais estável.
7. As políticas de livre comércio raramente tornam ricos os países pobres.
8. O capital tem uma nacionalidade.
9. Nós não vivemos numa era pós-industrial.
10. Os EUA não têm o mais alto nível de vida do mundo.
11. A África não está condenada ao subdesenvolvimento.
12. Os governos podem punir os vencedores.
13. Tornando os ricos mais ricos não se torna os outros ricos.
14. Os executivos norteamericanos são pagos em excesso.
15. As pessoas nos países pobres são mais empreendedoras do que nos países ricos.
16. Mais educação, por si só, não faz um país mais rico.
17. O que é bom para a General Motors não é necessariamente bom para os EUA.
18. Não somos suficientemente tontos para deixar as coisas para o mercado.
19. Apesar do fim do comunismo, nós ainda vivemos em economias planificadas.
20. A igualdade de oportunidades pode não ser justa.
21. Governo forte torna as pessoas mais abertas para as transformações.
22. O mercado financeiro precisa se tornar menos e não mais eficiente.
23. Uma boa política econômica não necessita de bons economistas.

Fonte: Carta Maior

sábado, 5 de novembro de 2011

Projeto por do sol no bispo !

Projeto por do sol no bispo !


Venha aproveitar ao lado dos amigos o melhor por do sol de Mosqueiro na praia do bispo na barraca empatas fhodas bar , agora administrado pela juventude do PT de Mosqueiro . veja a programação do mês de novembro :

06 /11- MPB E POP ROCK COM ERIC SERRÃO ÀS 15:00 H.

13/11- RODA DE SAMBA DE VERDADE ÀS 15:00H.

20/11- BANDA DE ROCK ( A CONFIRMAR ) ÀS 15:00 H.

27/11- VOZ E VIOLÃO PROFESSOR RONALDO ÀS 15:00 H.



CONTAMOS COM A SUA PARTICIPAÇÃO E COM SEU DINHEIRO !

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Jornalismo e manipulação .


O Jornal Folha da ilha que circula bimestralmente em mosqueiro  , em sua ultima edição, por mais uma vez  encheu o povo mosqueirense de inverdades e manipulações politiqueiras  em suas matérias.  Assim como a radio praiana do deputado   Wladimir , o jornal folha da ilha serve como uma ferramenta jornalística para exaltar a figura de seus patrões  (o pelicano  e Eduarda), não respeitando desta forma  as normas nacionais dos meios de comunicação , que deveriam ter por principio básico a neutralidade nas informações e o comprometimento com a verdade .
Nosso objetivo nesta postagem é alertar  aos nossos leitores (mais de 150 acessos diários) sobre algumas mentiras que o jornal afirma , como exemplo :

1.       “A escola do aeroporto foi abandonada na gestão petista “  :   Na verdade a  escola estadual do bairro do aeroporto , foi abandonada na ultima gestão do atual governador tucano  e  ate hoje ninguém sabe para onde foi a verba do MEC  para a  construção da obra ,pois , quando  Ana Julia assumiu o governo em 2007 com seu secretario de educação na figura do professor Mario Cardoso  , a escola aparecia como totalmente construída, ou seja , uma escola fantasma.

2.      o povo de mosqueiro clama por sua emancipação ” :   Não é segredo pra ninguém do eterno sonho  do Paulo pelicano em governar  Mosqueiro, por isso foi oposição ao agente distrital Pedro Hamilton , da Glorinha  Malvadeza  e do ivanzilina . Agora quer formar  opinião do povo  á força , através de alguns artigos escritos no seu jornal . Artigos esses sem embasamento teórico  e pesquisa sócio-antropologica  , utilizando desta forma apenas argumentos pessoais  e politiqueiros .


3.      Eduarda louchard foi a candidata mais votada de mosqueiro” :  Mais uma inverdade. O candidato mais votado de mosqueiro na ultima eleição para vereador em 2008 foi João Lira  com  1.987 votos.

Algumas curiosidades da ultima edição deste jornal:

  • ·         No jornal,  4 matérias falavam sobre projetos da ONG viva mosqueiro ,  15 fotos mostram Eduarda louchard em  ações  “sociais”   e o principais cronistas  do folhetim são : Eduarda e Paulo Louchard.

  • ·         O casal louchard  segundo seus artigos no jornal folha da ilha  , são separatistas quanto se fala em mosqueiro , porém, não são favoráveis  a separação quando se fala em divisão do Pará  .O contradição  paidégua!

  • ·         Em uma das colunas de fofocas do jornal , o  “repórter”  fez  ameaças  aos funcionários temporários das escolas estaduais , afirmando que muitas mudanças virão nos quadros  das escolas de acordo com a conjuntura eleitoral em 2012 . Ai vem a pergunta :  “ essa  é a função de um jornal ? ameaçar ?, assediar ?“

  • ·         Em uma outra coluna, ficou clara a postura do jornal folha da ilha  contra seus inimigos politicos  , grande exemplo foi o linchamento  publico que sofreu o vulgo Dengo  por ser oposição ao grupo dos patrões do  jornal , foi chamado de analfabeto funcional, corno e fofoqueiro.

Em suma , nosso mosqueiro esta muito mal com  meios de comunicação de massa. Uma radio ,um jornal  e muitos interesses pessoais e politicos em jogo  para 2012 !

O maior latifúndio do Brasil acabou legalmente!


Lúcio Flávio Pinto


A maior propriedade rural do mundo deixou de existir legalmente na semana passada. O juiz Hugo Gama Filho, da 9ª vara da justiça federal de Belém, mandou cancelar o registro imobiliário da Fazenda Curuá, que consta dos assentamentos do cartório de Altamira, no Pará. O imóvel foi inscrito nos livros de propriedade como tendo nada menos do que 4,7 milhões de hectares.
Seu suposto proprietário podia se considerar dono da 23ª maior unidade federativa do Brasil, com tamanho superior ao dos Estados do Rio de Janeiro, Alagoas, Sergipe e do Distrito Federal. Suas pretensões poderiam ainda exceder essas dimensões. Através de outros imóveis, pretendia alcançar uma área de 7 milhões de hectares, duas vezes e meia o tamanho da Bélgica, país onde vivem mais de 10 milhões de habitantes.
Como uma pessoa – física ou jurídica – consegue se apresentar como detentor de uma área dessas proporções e se manter nessa condição por tanto tempo, como aconteceu no caso da Fazenda Curuá?
Responder a esta pergunta de maneira satisfatória e eficaz pode contribuir para fortalecer o primado da lei nos “grotões” do país, as distantes e geralmente abandonadas fronteiras nacionais. De forma inversa, manter tal anomalia significa perpetuar o domínio da violência e do respeito às regras da vida coletiva e ao superior interesse público.
Em primeiro lugar porque o Estatuto da Terra, editado pelo primeiro governo militar pós-1964, o do marechal Castelo Branco, continua em vigor. Esse código agrário sobreviveu à Constituição de 1988 e se revelou superior em confronto com as regras da Carta Magna. O estatuto, com seu propósito de modernizar o campo brasileiro (mesmo que de forma autoritária, à semelhança do que fez o general MacArthur com o Japão ainda semi-feudal, derrotado pelos americanos na Segunda Guerra Mundial), proíbe a constituição de propriedade rural com área acima de 72 mil hectares (ou 600 vezes o maior módulo rural, o destinado ao reflorestamento, com 120 hectares).
A Fazenda Curuá foi registrada com quase 60 vezes o limite legal. Por que o cartorário legalizou a matrícula do imóvel com sua fé pública, ele que é serventuário de justiça, sujeito à polêmica (e questionada pelo Conselho Nacional de Justiça da ministra Eliana Calmon) Corregedoria de Justiça do Estado?
A apropriação ilegal de terras públicas, fenômeno a que se dá a qualificação de grilagem, é simples, embora de aparência complexa para o não iniciado nos seus meandros. Ainda mais porque lendas são criadas em torno da artimanha dos espertos e passam a ser apresentadas como verdade.
Muita gente acredita que a expressão grilagem se deve à prática dos fraudadores de colocar papéis para envelhecer artificialmente em gavetas com grilos.
A verdade é menos engenhosa. A origem é romana e diz respeito ao fato de que a terra usurpada serve para a especulação imobiliária e a formação de latifúndios improdutivos. Tanta terra não cultivada acaba servindo de pasto para grilos. Uma maneira de estigmatizar o roubo de terras públicas de forma popularizada.
O espantoso, no caso da Fazenda Curuá, é que o golpe tenha se mantido por tantos anos. A ação de cancelamento foi proposta em 1996 pelo Instituto de Terras do Pará. Apesar de ter provado que nenhum título de propriedade havia na origem do imóvel, a justiça estadual manteve o registro incólume, decidindo sempre contra o órgão público. Até que o Ministério Público Federal e outros órgãos da União conseguiram desaforar o processo para a justiça federal, que, afinal, reconheceu a ilegalidade da propriedade e cancelou o registro.
Essa tramitação acidentada e pedregosa seria evitado se a justiça do Pará tivesse realmente examinado as provas dos autos. Neles está demonstrado que o uso das terras no rico vale do Xingu, onde está sendo construída a hidrelétrica de Belo Monte e agem com sofreguidão madeireiros e fazendeiros, começou em 1924.
Moradores da região foram autorizados a explorar seringueiras e castanheiras localizadas em terras públicas, através de concessões com tempo determinado de vigência e para fim específico. Exaurida a atividade extrativa vegetal, a área deixou de ter uso, mas algumas pessoas decidiram inscrevê-la em seu nome. Como os cartórios não se preocupavam com o rigor da iniciativa, até mesmo dívidas em jogo deram causa à transmissão da inexistente propriedade de um detentor para outro, formando cadeias sucessórias.
A lesão ao patrimônio público por causa dessas práticas ilícitas permaneceu latente até que uma das maiores empreiteiras do país colocou os olhos nesse mundo de águas, florestas, solos e animais. A C. R. Almeida, criada no Paraná por um polêmico engenheiro, Cecílio do Rego Almeida, que nasceu no próprio Pará, comprou uma firma de Altamira por preço vil (sem sequer pagá-lo por inteiro).
No ativo da firma estavam as terras cobiçadas. Não conseguindo regularizá-las pela via legal, por ser impossível, o empreiteiro decidiu se apossar da área à base do fato consumado e passando por cima de quem se colocasse no seu caminho. Montou uma pequena base no local, contratou seguranças, seduziu os índios vizinhos e fez uso da máquina pública que se amoldou à sua vontade. Os que resistiram à grilagem foram levados às barras dos tribunais, que sempre decidiram em favor do grileiro.
Os magistrados da justiça estadual não se sensibilizaram sequer pela publicação do Livro Branco da Grilagem, editado pelo Ministério da Reforma e do Desenvolvimento Agrário, que não deixava dúvida sobre a fraude praticada. Nem pelos resultados das comissões parlamentares de inquérito instauradas em Belém e em Brasília. Ou pelas seguidas manifestações de todas as instâncias do poder público, estadual e federal. Enquanto exerceu sua jurisdição sobre o caso, a justiça do Pará ficou ao lado do grileiro e de seus herdeiros, quando ele morreu, em 2008.
Foi preciso que o processo chegasse à justiça federal para, finalmente, 15 anos depois da propositura da ação pelo Iterpa, secundado por outros agentes públicos, a situação se invertesse. Não é ainda uma decisão definitiva. Os herdeiros da C. R. Almeida deverão recorrer. Mas já sem o registro cartorial que lhes permitia manipular terras como se fossem os donos do 22º maior Estado brasileiro.
Quem sabe, a partir de agora, a intensa grilagem, um dos males que assola a Amazônia, não possa refluir ?

A violência e a mulher.

Para a compreensão da complexidade da violência contra a mulher o conceito de gênero deve ser entendido como uma construção social e cultural, sustentada pela diferença do feminino e do masculino. Se o conceito de gênero é a distinção entre atributos culturais alocados a cada um dos sexos e a dimensão biológica de seres humanos, a violência contra a mulher se refere a qualquer ato de violência que tenha por base o gênero, ou seja, o fato de a vítima ser mulher.


Desde os anos de 1960, muitas mulheres, acadêmicas ou ligadas a outros setores sociais, organizadas, deram origem ao Movimento Social Feminista. Fruto desse Movimento, a Secretaria de Políticas para as Mulheres, desde 2003, institui políticas públicas para o enfrentamento às desigualdades entre homens e mulheres. Sua criação reforça a violência contra mulher como um problema social e dá “visibilidade” a essa violência, pautando-se no entendimento de que a relação entre os sexos não é um fato natural, mas sim uma interação social construída e com interesses ideológicos patriarcais que firmam o poder masculino sobre o feminino.

Para nós, capixabas, a indicação do nome de Iriny Lopes para a direção da SPM foi um orgulho. Ficamos ainda mais orgulhosas quando percebemos que ela é uma ministra atenta e tem se posicionado diante de questões que até então eram vistas como “apenas uma propaganda publicitária”, mesmo que estas reforcem sistematicamente o lugar da mulher como a “boa dona de casa” ou como um “fetiche”.

A estratégia publicitária de transformar o corpo da mulher em mercadoria, ao invés de promovê-la como sujeito, reforça o seu lugar de objeto. E isso tem tudo a ver com o fenômeno da violência contra mulheres, já que o agressor não vê a sua agredida como igual numa relação, mas num patamar inferior.

Vivemos um paradoxo: enquanto o Estado brasileiro promulga a Lei Maria da Penha, uma das mais avançadas do mundo no combate à violência contra mulheres, temos que conviver com propagandas publicitárias com personalidades que reificam a subordinação sexual. No caso capixaba, a situação ainda é mais grave já que, segundo o Mapa da Violência do Instituto Sangari (2010), o Espírito Santo lidera o ranking nacional de mortes violentas de mulheres.

Isso sim deveria se objeto de discussão permanente na imprensa e nas campanhas publicitárias, espaços que poderiam ser aliados da luta das mulheres contra violência, pautando seu trabalho sempre na responsabilidade social e no respeito aos direitos humanos.

*Maria Beatriz Nader é professora da Ufes e membro da Academia Feminina Espírito-Santense de Letras
Fonte: Gazetaonline