A reforma estatutária que aprovamos no 4º Congresso do PT e que agora estamos debatendo responde de fato à necessidade de adaptarmos o partido às novas condições de luta. Desde 2003 no governo federal, o PT cumpriu grande parte de seu programa para a área social e econômica. No seu terceiro mandato, com a presidenta Dilma Rousseff, continuamos gerando emprego e promovendo políticas de inclusão social e educacional (Prouni e Reuni, os maiores exemplos). É nessa base social e educacional onde o PT precisa crescer, filiar, formar e organizar os segmentos populares que mudaram de vida no nosso governo. Por isso, acho que temos de planejar campanhas de filiação focadas nesses setores, para dar cada vez mais consistência social ao projeto de desenvolvimento popular e democrático do partido.
A reforma do estatuto tem vários aspectos fundamentais, mas gostaria de continuar abordando a do processo de filiação. No meu estado tenho notado que a prática negativa da filiação em massa vem crescendo a cada prévia do partido. Não se trata de apontar culpado, pois virou uma prática quase geral no partido. É uma prática nociva que serve apenas para a realização de disputas internas baseadas no vale tudo. Ela enfraquece política e ideologicamente o partido. Parece que somos grandes, quando, na realidade, estamos “inchados”.
Espero que esse debate que ora começa consiga mobilizar o partido, e ajude a formular propostas, que melhorem radicalmente o processo de filiação. Sabemos dos desafios que representa fazermos uma filiação baseada na consciência política individual num partido de massas como o nosso.
O partido, no entanto, já enfrentou e venceu outros desafios e certamente também vencerá esse. Temos que ter bastante clareza de que sem um partido forte ideologicamente, preparado politicamente e solidamente apoiado numa base social identificada com o projeto nacional, não conquistaremos a hegemonia na sociedade.
Deputada Benedita da Silva (PT-RJ)
Nenhum comentário:
Postar um comentário