Amanhã, sábado, dia 30/04/2011, o conjunto Chorando pra Cachorro, em homenagem ao Dia do Choro, realiza um cortejo com carro-som, que inicia na Praça do Carananduba, às 8:00h da manhã, e segue pela Beira-Mar, até a Praia do Chapéu-Virado, onde fará uma breve apresentação, seguindo, após isso, até culminar na Praça Cipriano Santos, na Vila, onde fará um show no coreto da Praça.
O evento comemora em retrospectiva o aniversário de Pixinguinha (1897-1973), no dia 23 de abril, o maior dos músicos a compor choros, um músico genial, além de ser um dos brasileiros que melhor soube traduzir em seu ofício, a música, a brasilidade tão em falta no caráter de muitos brasileiros sem amor à Pátria, entre eles, muitos políticos e exploradores dos operários por esse nosso país-continente.
Parabéns ao grupo Chorando pra Cachorro pela iniciativa, fato que ajudará a dar um colorido e uma riqueza cultural bem em falta nestas paragens abandonadas pelo poder público, agredidas pela falta de qualidade de quem se diz tocar ‘coisas de nossa terra’, que violentam nossos ouvidos pela tortura dos decibéis altíssimos, mas que também o fazem pelo desleixo da harmonia, do compasso, da cadência, do ritmo, do arranjo, da letra, e principalmente do canto fora de tom e de nota, na tentativa de transformar o ouvido dos mosqueirenses em latrinas humanas, tal a falta de qualidade presente em suas “músicas”.
Neste caso, o Chorando pra Cachorro é um representante legítimo de músicos, pois tem como componentes pessoas que entendem do metier de músicos, já que todos sabem tocar algum (uns) tipo(s) de intrumento(s), e com todos os fundamentos positivos que invertem o caso citado no parágrafo anterior.
Amigos e amigas mosqueirenses, divulguem e participem! Prestigiem, porque vale a pena!
Repostamos, abaixo, o texto do ano passado, relativo ao mesmo evento.
Chorando pra Cachorro na Praça da República
Na manhã do domingo, dia 25 de abril, na Praça da República, o público presente próximo ao Theatro da Paz foi brindado com um concerto de uma orquestra de choro. O evento é uma homenagem ao Dia do Choro, festejado todo ano no dia 23 de abril, data de aniversário de Pixinguinha (1897-1973), um mestre neste que é considerado o mais brasileiro dos gêneros musicais.
Mosqueiro marcou presença nesse importante evento, já que esteve por lá o grupo Chorando pra Cachorro, representado por Evandro Praia (violão 6 cordas), Leandro Moraes (surdo e cavaco), Jorge Bíndalos (violão 7 cordas) e Denílson Machado (flautas e saxofone). Os outros componentes do grupo, que não puderam estar presentes, são: Lauro Pantoja (cavaco), Ronaldo Andrade (bandolim) e Dico Medalha (pandeiro). Familiares e amigos dos músicos puderam também ir até lá no mesmo ônibus que levou e trouxe o grupo, ajudando com uma contribuição simbólica, no que foram apoiados pelos senhores Elídio Machado e Amândio Ribeiro.
A orquestra contou ainda com componentes de outros grupos de chorões de Belém, como o Charme do Choro, Sapecando no Choro, Corda Solta, Gente de Choro, Clave da Lua e Choramingando, todos eles apoiados pelo projeto Casa do Choro, da Secretaria de Estado de Cultura, via Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves. O palco ficou pequeno, para caber tantos músicos, entre homens, mulheres e até crianças. O repertório foi variado, com execução de composições de Pixinguinha, de Yuri Guedelha, de Adamor do Bandolim, entre outros mestres do choro.
Felizmente, Belém é agora a 3ª força do choro no Brasil, contando com um veloz crescimento do número de músicos e grupos do gênero, graças, em muito, ao apoio institucional e a figuras inspiradoras, como Adamor do Bandolim (compositor e grande incentivador do choro em Belém), Paulinho Moura, idealizador do projeto Casa do Choro, entre outras pessoas ligadas ao choro na capital do Pará.
Só quem esteve por lá pôde ver, ouvir e dançar ao ritmo de acordes vibrantes, coisa bem rara de acontecer nesse deserto cultural que muitas vezes se instaura em nossa cidade e em nosso estado. E quem pensa que choro é coisa de gente idosa, muito se engana, pois estavam por lá gente de todas as idades, entre crianças, adolescentes, adultos e pessoas da melhor idade. Todos embalados pela música dos mestres do choro.
Os músicos do Chorando pra Cachorro, ao representarem Mosqueiro nesse evento, enchem a Ilha de orgulho, ilha em vários sentidos, muitas vezes isolada culturalmente, sem quase nenhuma perspectiva para seus habitantes, que amargam um vazio bem grande nesse setor. (por Alcir Rodrigues)
Acima, da esquerda para a direita: Leandro, Evandro, Denílson e Jorge Bíndalos (apenas alguns componentes do Chorando pra Cachorro)
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