PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO
TRÊS PRESIDENCIÁVEIS NO JORNAL NACIONAL E ALGUNS CLAROS PRIVILÉGIOS
Fiquei diante da TV durante três dias seguidos, deixando de lado outras mais saudáveis opções, tudo para ver a entrevista de 12 minutos, na segunda com Dilma, terça com Marina e ontem, quarta, com Serra, todas no Jornal Nacional, da TV Globo, entrevistados pelo casal William Bonner (não seria melhor, Hommer?) e Fátima Bernardes.
Repito aqui o que até as pedras do reino mineral perceberam. Não foi dado o mesmo tratamento jornalístico para os três. Evidente que, Dilma foi a mais acuada, com Bonner, sendo deselegante em certos momentos, autoritário noutros. Mais até do que a candidata, pois num dado momento, fez questão de frisar sobre esse comportamento dela, demonstrando ele sim atuar nesse campo. Quem assistiu a entrevista notou num dado momento, Fátima sinalizando com a mão, para Bonner não interromper mais Dilma, deixando ela, pelo menos, concluir sua fala. Tentaram encostá-la na parede, mas ela demonstrou preparo e saiu ilesa, sem arranhões, mesmo com os pescoções desferidos pelo assecla de Ali Kamel.
De Marina, algo insosso, inodoro e incipiente. O trivial em algo com ela. Aproveitaram sim, para tentar fazer com que ela criticasse o seu ex-partido, o PT. O tiro saiu pela culatra e a entrevista não cheirou, nem fedeu. Passou batido, nada acrescentando de bom.
Da de Serra, perceptível o tratamento diferenciado, com o tom de voz de Bonner, mais comedido, pedindo para interrompê-lo e em alguns momentos, numa atitude subserviente, quase chegando a pronunciar um “por favor, desculpe”. Pegou mal, ou melhor, continua pegando mal. Só os verdadeiramente abobados não diferenciam o que ocorre nos bastidores. Não existe isenção nessa hora. Existe sim, uma tentativa de ludibriar o telespectador, fazendo com que coma gato por lebre. Perguntas ácidas para um e adocicadas para outro. Puro estilo global. Isso sem querer relembrar fatos ocorridos no passado (seriam necessários? Tenho todos de memória).
Por fim, algo novo dentro do também Jornal Nacional. Ontem, vejo a participação de Plínio Arruda Sampaio, do PSOL no noticiário. Falaram do dia-a-dia dos três já citados e deste. Sua ascensão ocorre após o debate na TV Band e percebe-se que cresceu sua popularidade. Daí, a TV Globo (que de boba não tem nada) o coloca no ar. Ele tiraria votos de Serra? Claro que não, mas talvez de Dilma e assim sendo, Plínio adentra o cenário televisivo. Ele, ciente de que só o faz porque serve aos interesses da TV e da defesa da candidatura que essa defende, precisa expor isso, demonstrar que sabe estar sendo usado, repudiando como verdadeiro socialista que é, atitudes desse tipo. Querem conhecê-lo melhor, cliquem nessa entrevista dada a Mino Carta, Carta Capital, reproduzida ao lado.
Esse o cenário. Essa minha avaliação. Quer queiram ou não os paulistas, a candidatura de Dilma cresce a olhos vistos e tudo leva a crer, felizmente, que nem segundo turno teremos. O resto do país não quer retrocesso, quer que continuemos seguindo com o projeto de transformação do Brasil em nação honrada, livre e pujante.
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