Alucinações do Travestido
Há muito tempo se comenta na área médica que os períodos de menstruação e pré-menstrual, conhecidos como TPM, submetem algumas mulheres a incômodos desagradáveis, como cólicas e comportamentos de profunda irritação.
O que pode estar ocorrendo com o Maiotralha Jr. deve ser a aliança de tais sintomas, somados à compulsória visita pública à Justiça Federal como acusado de crimes contra o patrimônio público, através de fraudes praticadas em projeto financiado pela Sudam.
O que jamais se poderia imaginar é que, num ser com fortes características femininas, a TPM e o pavor de ser flagrado prestando contas à Justiça levassem a alucinações, como ser acometido da síndrome de Caim, ao acusar o irmão de ser o responsável pelas fraudes e desvios de recursos públicos.
Os delírios do Maiotralha Jr. o levaram ao absurdo de cometer parricídio moral post mortem, ao afirmar que o pai teria sido contrabandista, aliás, simplesmente contrabandista, isto é, criminoso que subtrai a arrecadação de dinheiro público pertencente à sociedade.
Vale lembrar que o jornalista Lúcio Flávio Pinto levou brutal surra do outro Maiotralha – evidentemente com o apoio de vários capangas –, por haver especulado sobre a história do contrabando na origem do patrimônio do pai dos Maiotralhas. A agressão sofrida pelo jornalista passa a ser agora duplamente injusta, já que o Maiotralha Jr. é quem confirma publicamente que o pai era contrabandista.
As alucinações causadas pela possível TPM do Maiotralha Jr. acabaram por revelar hipótese jamais especulada de que seu pai “trocava cheques”, isto é, utilizava prática comum e criminosa da agiotagem, fato sobre o qual jamais se ouviu quaisquer comentários, imaginando que tal especulação seja apenas fruto de distúrbio alucinatório. Contrabandista, sim, se sabia. Agiota, é a primeira vez que a sociedade toma conhecimento.
O surto alucinatório o está levando a imaginar o prestígio popular de seu genitor de forma macabra, ao comparar o enterro do mesmo ao do general Magalhães Barata, em que teria comparecido menor número de pessoas. A comparação fúnebre como aferição de prestígio apenas sepulta de vez a ideia de que o Maiotralha Jr. esteja em sua plena sanidade mental.
O processo delirante do Metralha alcança a paranoia quando resolve dar pito no governador Simão Jatene, questionando a qualidade moral de integrantes da sua equipe, talvez por imaginar que o governador deveria ter lhe submetido a relação de nomes antecipadamente para sua aprovação, levando em conta a sua elevada autoridade e padrão de preocupação com a coisa pública.
Aliás, sobre moralidade pública, o esquisitíssimo alucinado deve imaginar que a opinião pública do Pará já esqueceu a apropriação do patrimônio dos equipamentos da Funtelpa, quando a emissora, além de ceder o uso de seus bens, ainda lhe pagava cerca de R$ 500 mil mensalmente.
E os contratos superfaturados do aluguel do jatinho da ORM ao governo do Estado, além da absurda quantia de R$ 40 milhões de reais por ano de publicidade governamental extorquidas dos cofres públicos. Todos esses fatos continuam na memória dos paraenses, do Ministério Público Estadual e da Justiça do nosso Estado, aguardando talvez prioridade.
Somente um desvairado, com efetivo desequilíbrio mental, pode imaginar ser verdadeira sua fantasia de Catão. Afinal, sabe o governador Jatene, como todos os que acompanham ou não o Círio, das traquinagens públicas e privadas do personagem.
Agora, falando sério: sugere-se aos familiares do Metralha e aos seus amigos de intimidades que o levem a um médico ginecologista para ajudar a enfrentar os incômodos da TPM. E, quem sabe, uma boa dose de reposição hormonal.
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