Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Bem-vindo ao blog do PT de Mosqueiro, aqui nós discutimos a organização e atuação do Partido dos Trabalhadores nas relações sociopolíticas e econômicas do Brasil e do Pará. Também debatemos temas gerais sobre política, economia, sociedade, cultura, meio ambiente, bem como temas irreverentes que ocorrem no Mundo, no Brasil, no Pará, mas em especial na "Moca". Obrigado por sua visita e volte sempre!

sábado, 28 de setembro de 2013

Falta de articulação e de mapeamento atrapalha melhora em índices de alfabetização

 

Educação

Organização aponta necessidade de reavaliação de programa federal para garantir avanços. Dados do IBGE mostram estabilidade entre 2011 e 2012, com taxa de analfabetismo em 8,6%

por Viviane Claudino, da RBApublicado 28/09/2013 12:36

fingerprint.jpg

São Paulo – Ações articuladas serão necessárias para garantir uma nova fase de avanços na luta contra o analfabetismo no Brasil. A revisão dos programas atuais, a melhor articulação entre órgãos governamentais e um mapeamento mais preciso da demanda por ensino são indicados como as principais necessidades em torno da questão.

Para o coordenador de projetos da ONG Ação Educativa, Roberto Catelli Junior, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2012 (Pnad), divulgados ontem (27) pelo IBGE, apontam que é necessário reavaliar o Programa Brasil Alfabetizado, criado em 2003, voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos em todo o território nacional.

A Pnad mostrou que o número de analfabetos no Brasil, com idade acima de 15 anos, passou de 12,9 milhões para 13,2 milhões de pessoas entre 2011 e 2012, o que indicou estabilidade. Com isso, a taxa de analfabetismo, que era de 8,6% em 2011, chegou a 8,7% em 2012, frente a 11,5% em 2004.

A maior concentração de analfabetos com essa idade está na região Nordeste, com 54% dos analfabetos do país, um contingente que soma 7,1 milhões de pessoas. Na região a taxa de analfabetismo medida entre pessoas com 15 anos ou mais foi de 17,4%. O valor é 0,5 ponto percentual acima da taxa de 2011 (16,9%) e 5,1% abaixo da medida em 2004 (22,5%).

No Centro-Oeste, a taxa de analfabetismo das pessoas acima de 15 anos passou de 6,3% em 2011 para 6,7% em 2012. Segundo o IBGE, a variação apresentada nas duas regiões não é estatisticamente significativa.

“O resultado (da Pnad) não é totalmente incompreensível. Os resultados do Brasil Alfabetizado não são públicos, não existem esses dados. E é necessário entender, de fato, até onde o sujeito que passa por esse programa está sendo alfabetizado”, afirma Catelli, que sugere, além da avaliação de desempenho, a promoção de seminários para articulação em redes públicas, da importância “que essas pessoas continuem a estudar. Ninguém acha que ser alfabetizado basta”.

A coordenadora do Centro de Referência Paulo Freire, Sonia Couto Feitosa, afirma que há necessidade de ações combinadas com outras secretarias, além de educação, para melhorar a eficiência no ensino. “Não sabemos porquê esse educando não vai à escola, se é por causa de longas distâncias, se é porque não há transporte. Não há mapeamento dessa demanda e não sabemos se há estímulo para esse aluno frequentar as aulas.”

Segundo os resultados da Pnad, o percentual de pessoas de 25 anos ou mais de idade sem instrução ou com menos de um ano de estudo caiu de 15,1% para 11,9% no Brasil, uma diminuição 3,4 milhões de pessoas em um ano. E o percentual de pessoas com nível superior completo passou de 11,4% em 2011 para 12,0% em 2012, um aumento de 6,5% (867 mil pessoas a mais), totalizando 14,2 milhões de pessoas.

“Essa expansão é natural, tendo em vista o número de políticas públicas nessa direção, como o ProUni, que permite que outras pessoas hoje tenham acesso à universidade”, afirma Roberto Catelli Jr.

“Reconhecemos o avanço da população mais pobre, que finalmente tem conseguido entrar nas universidades por causa dos programas sociais, mas fazemos uma ressalva: o dinheiro público deve ser investido na criação de mais universidades públicas, para garantir educação para todos”, destaca a educadora da Área de Educação de Adultos do Instituto Paulo Freire Jany Dilourdes Nascimento

Em 2012, o percentual de crianças de 6 a 14 anos que frequentavam a escola (taxa de escolarização) é o mesmo observado no ano anterior, 98,2%. Para os jovens de 15 a 17 anos, a taxa de escolarização em 2012 era de 84,2%, superior à de 2011 (83,7%). Na faixa de 18 a 24 anos, o percentual situava-se em 29,4%.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Teresa Campello, afirmou em entrevista coletiva ontem que o entendimento é de que realmente falta avançar no combate ao analfabetismo no país.“Você tem o aumento do nível de escolaridade em todas as faixas do Brasil. Existe um esforço grande em relação à educação, todos os demais dados mostram o aumento da escolaridade, em todas as faixas de renda. Nossa avaliação é que não teve aumento da taxa de analfabetismo no Brasil e nosso entendimento é o mesmo do IBGE, que permanece estável”, afirma

Nenhum comentário: