Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Mantega diz que Brasil vira 6º PIB e mostra confiança sobre 2012

Mantega diz que Brasil vira 6º PIB e mostra confiança sobre 2012

Em café com jornalistas, ministro Guido Mantega (Fazenda) faz balanço otimista sobre 2011, no qual país ultrapassa Itália no ranking das economias e torna-se sexta maior do mundo, mesmo com crise global. Segundo ele, Banco Central pôde abrir ciclo de corte do juro, e mercados de trabalho e interno seguirão sustentando crescimento. PIB avançará de 4% a 5% em 2012, afirma.

André Barrocal

BRASÍLIA – A exemplo do que fizera a presidenta Dilma Rousseff na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, participou de um café de confraternização de fim de ano com jornalistas nesta quinta-feira (22) e procurou transmitir uma visão otimista sobre o comportamento da economia brasileira neste ano e confiante sobre o acontecerá em 2012.
Segundo o ministro, o Brasil termina 2011 com um “excelente resultado”, pois vai ganhar mais uma posição no ranking das economias mais poderosas do planeta. Ao ultrapassar a Inglaterra, vai se tornar o sexto maior produto interno bruto (PIB) mundial, atrás de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França.
Em um ano cheio de turbulências externas, só a China, entre os países com PIB mais potente que o brasileiro, crescerá mais que o Brasil em 2011. E como a França está mergulhada num continente que hoje é o epicentro da crise global, com perspectiva de baixa crescimento nos próximos anos, disse o ministro, logo o país vai passá-la também e entrar para os “top five”. “O Brasil vai se consolidando entre as dez maiores economias do mundo”, afirmou Mantega.
Com o ano perto de se encerrar, Mantega espera que o avanço final do PIB ficará em um patamar entre 3% e 3,5%. Segundo ele, se não houvesse a crise global, a expansão seria maior de meio ponto a um ponto a mais. Ou seja, ficaria entre 3,5%, no pior cenário, e 4,5%, no melhor.
“Isso não significa que as políticas fiscal e monetária foram apertadas demais no início do ano, para frear a economia e trazer os 7,5% de 2010 para algo entre 4,5% e 5%, ministro?”
“Não. Elas foram apertadas na medida certa.”
Para alguns observadores, como o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, houve exagero na combinação de um elevado corte de gastos anunciado pelo governo no início do ano, de R$ 50 bilhões, com um ciclo de cinco altas seguidas da taxa de juros do Banco Central (BC). Sem o fator “crise global”, essa combinação de “excessos” por si só já conteria o PIB brasileiro além do desejado.
Para Mantega, a contenção dos gastos públicos, na forma de “superávit primário” destinado a pagar juros da dívida pública, também está na origem de outro fato que ele considera positivo no balanço de 2011. O Banco Central ganhou mais condições de reduzir a taxa básica de juros e abrir um processo que pode deixar a chamada Selic no menor patamar da história brasileira. “Esse é um avanço de qualidade muito importante”, disse Mantega.

Futuro

E se 2011 começou com ações oficiais para esfriar a economia, em 2012 será diferente, segundo o ministro. Por causa da crise internacional que já custou de meio a um ponto percentual de PIB ao país, o governo vem adotando medidas nos últimos meses para reverter o que ele mesmo havia feito contra o PIB um ano atrás e, agora, impulsioná-lo.
A previsão apresentada por Mantega no café com os jornalistas foi de uma alta de 4% a 5%, como Dilma também, tinha feito uma semana antes – embora a presidenta tenha acrescentado que a “meta” dela, na verdade um compromisso político com o objetivo de manter a chama acesa na sociedade, seja de 5%.
“É um cenário possível de alcançar”, disse Mantega, mesmo diante de uma situação internacional que ele chamou de “complicada”. “Vamos crescer mesmo que haja deterioração do cenário externo em 2012.”
Como o ministro gosta de repetir, e não foi diferente durante o café, o que daria condições ao Brasil de seguir avançando mesmo sendo “suscetível” à crise global seria a força de seu mercado interno.
A geração de emprego e renda continua, mesmo em meio às turbulências, a ponto de em novembro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter verificado queda na taxa de desemprego para o menor patamar da história, 5,2%, desde que começou a fazer essa pesquisa em seis regiões metropolitanas do país, em 2002. Enquanto isso, Estados Unidos e União Europeia sofrem com desemprego alto.
O ministro arriscou-se a dizer que, se não houvesse a desaceleração do PIB forçada pelo governo e imposta pela crise de fora, e o Brasil repetisse o crescimento de 2010, de 7,5%, o maior em 25 anos, o país correria o risco inclusive de ter problema de falta de mão de obra. “[O desemprego baixo] talvez seja a melhor qualidade de um país”, afirmou.

Repostado do Portal Carta Maior

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