Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

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quinta-feira, 8 de julho de 2010

temas de formação politica para a militâcia.

O SOCIALISMO PETISTA

O PT trava sua luta a partir de uma trincheira socialista, ou seja, fazemos uma crítica global e oferecemos uma alternativa de conjunto a este modo de produção baseado na exploração, na opressão e na desigualdade.

Nossa defesa do socialismo baseia-se na crítica ao capitalismo: a destruição ambiental, a barbárie social, as guerras, a incompatibilidade cada vez maior entre o capitalismo e as liberdades democráticas são alguns dos motivos que tornam urgente a luta e a construção do socialismo.

Defendemos o socialismo como alternativa tanto aos grandes problemas da humanidade quanto aos grandes dilemas do Brasil. O programa do PT enfrenta a desigualdade, a democracia restrita e a dependência externa, a partir de uma perspectiva socialista que incorpora a luta das mulheres, as questões da juventude, raciais e étnicas, feministas e de livre orientação sexual, do meio ambiente, dos indígenas, entre outras. O PT está comprometido com o combate à homofobia e com a promoção de políticas públicas que incentivem o respeito à diversidade sexual e às pessoas com deficiência.

A nova sociedade que lutamos para construir deverá ter entre seus traços distintivos:

— A mais profunda democratização, o que supõe democracia social; pluralidade ideológica, cultural e religiosa; igualdade de gênero, igualdade racial e liberdade de orientação sexual e identidade de gênero.

— Ampliar as liberdades democráticas duramente conquistadas pelos trabalhadores na sociedade capitalista. Liberdade de opinião, de manifestação, de organização civil e político-partidária e a criação de novos mecanismos institucionais que combinem democracia representativa e instrumentos de democracia direta, garantida a participação popular nos vários níveis de direção do processo político e da gestão econômica.

— Defesa da autodeterminação dos povos, valorizando a ação internacionalista no combate a todas as formas de exploração e opressão.

— Um planejamento democrático e ambientalmente orientado, que compreenda a economia como meio de atender as necessidades presentes e futuras do conjunto da humanidade;

— A propriedade pública dos grandes meios de produção, uma vez que as riquezas da humanidade são criação coletiva, histórica e social, de toda a humanidade. Não haverá democracia enquanto algumas centenas de grandes empresas controlarem a riqueza e o poder político no mundo. O socialismo que almejamos deverá organizar-se, portanto, a partir da propriedade social dos grandes meios de produção, que não confundimos com propriedade estatal.

Socialismo e estratégia democrático-popular

A partir desta definição do socialismo, o PT deve elaborar uma estratégia adequada ao atual período histórico.

A estratégia que adotamos na primeira década de vida do Partido foi sistematizada por dois encontros nacionais: o 5º (1987) e o 6º (1989). O programa democrático-popular detalha os objetivos da luta pela igualdade social, pela democratização política e pela soberania nacional, articulando as tarefas antilatifundiárias, antimonopolistas e antiimperialistas com a luta pelo socialismo.

A estratégia democrático-popular adotada nos anos 80 foi substituída nos anos 90 pela “política de centro-esquerda”, que orientou a ação do PT desde 1995 até a eleição de Lula, em 2002.

Nos anos 1990, setores do PT passaram a defender uma aliança com o setor “produtivo” do Capital, contra o setor neoliberal e financeiro, deixando para depois os objetivos democrático-populares e socialistas. Ocorre que a grande burguesia aderiu ao neoliberalismo, está imbricada com o capital financeiro e aceita a condição de sócia menor do capital internacional.

A política de centro-esquerda transformou concessões táticas, muitas vezes desnecessárias e inaceitáveis, em objetivos estratégicos que se demonstraram contraditórios com nosso programa. Um exemplo disso é o compromisso com o capital financeiro. Na “Carta aos Brasileiros”, o PT foi convocado a defender uma política de juros altos, superávit primário e prioridade para o pagamento das dívidas financeiras.

Hoje, atravessamos um novo momento, que exige do PT e de todas as forças socialistas e democráticas uma ação mais audaz e rigorosa. Trata-se de recuperar a elaboração construída nos anos 1980, adequando a estratégia do PT a um novo período histórico. Pois até mesmo para dirigir um governo de centro-esquerda, o PT precisa ter uma estratégia de esquerda.

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