Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Polícia Federal desmascara máfia do defeso.

Polícia Federal flagrou 500 falsos pescadores que recebiam o Seguro Defeso dentro do esquema

A Polícia Federal começou a desmontar um esquema criminoso que atuava no interior do Pará em municípios que foram inseridos no programa “Seguro Defeso”, do Governo Federal, para beneficiar pescadores durante o período de proibição da pesca no Pará.

Pelas denúncias apresentadas ao Ministério Público Federal, o esquema criminoso vinha atuando no Estado desde 2003, quando estavam registrados em todo Pará cerca de 40 mil pescadores. A partir de então começou o que foi denominado de “pororoca do defeso” e das licenças de pesca provisórias, atingindo hoje a cifra de 130 mil pescadores em todo o Pará.

Os municípios alvos da quadrilha são Ponta de Pedras, Moju, Limoeiro do Ajuru, Breu Branco, Tucuruí, Abaetetuba, Igarapé-Miri, Chaves, Muaná, Cametá e Mocajuba, sendo que o município de Muaná, na Ilha do Marajó, tem o maior número de irregularidades já descoberto.

Ontem, um delegado e seis agentes da Polícia Federal montaram campana na agência da Caixa Econômica Federal no bairro do Entroncamento, em Belém, flagrando cerca de 500 pseudo pescadores que chegaram em barco alugado do município de Muaná para receber quatro parcelas do “seguro defeso” que estavam em atraso.

O que chamou atenção dos federais foi o “modus operandi” dos supostos pescadores, que ao receber o montante imediatamente pediam para que o “caixa” fizesse um depósito de R$ 661 em nome da Associação de Pescadores da Ilha Arioquinha e Circunvizinhança.

Disfarçados de funcionários da Caixa, os federais identificaram o homem responsável pela associação, conhecido como Durval Barbosa, e todos acabaram sendo levados para a Superintendência da Polícia Federal, onde o esquema será investigado, segundo informou o porta-voz da PF, Fernando Sérgio Castro.

Investigações em andamento detalham como funcionava o esquema criminoso. O presidente das associações e colônia de pescadores pegava documentos de pescadores e de pessoas que não têm nenhum vínculo com a pesca, com o objetivo de tirar a carteira de pescador ou a certidão provisória, para ter direito a receber o “Seguro Defeso”.

Mas os presidentes ou responsáveis condicionavam que a metade do dinheiro era para providenciar a carteira. No entanto, esse valor era para pagar a fraude. Quando isso não acontecia, a carteira era cancelada no ano seguinte.

No município de Breu Branco, a Colônia de Pescadores Z-53 possui cerca de 8 mil pescadores cadastrados na Superintendência de Pesca. Desses, segundo a denúncia encaminhada ao Ministério Público e políticos, 70% são falsos pescadores. Na verdade, seriam mototaxistas, donas de casa, estudantes, comerciantes e pessoas de outros municípios, como Tucuruí, Cametá e Baião, também sem vínculo com a pesca.

A fraude é tão grosseira que existem municípios sem nenhuma tendência para pesca e que apresentam números extraordinários de pescadores, muitos deles morando na periferia de Belém e que foram cooptados a fornecer documentos com a promessa de um salário gratuito.

Desde outubro do ano passado o DIÁRIO já vinha denunciando fraudes no Seguro Defeso, a partir de denúncias encaminhadas ao jornal e ao Ministério Público Federal, que indicavam que mais de 20 mil pessoas estariam recebendo o benefício sem serem pescadores.

ENTENDA O CASO

- Em 2008, o Pará cadastrou oficialmente 57,7 mil pessoas para pagamento do seguro. Esse, que foi o maior contingente no País, teve seu número dobrado em apenas dois anos.

- Em 2003, o Pará tinha 40 mil pescadores cadastrados. Em sete anos, esse número mais que triplicou. O Estado teria hoje 130 mil pessoas cadastradas como pescadores recebendo o seguro defeso, segundo novas denúncias encaminhadas ao DIÁRIO.

- As quadrilhas, de acordo com denúncias investigadas pelo MPF e PF, estariam agindo em municípios como Ponta de Pedras, Mocajuba, Limoeiro do Ajuru, Breu Branco, Tucuruí, Abaetetuba, Chaves, Muaná, Cametá e Moju.

- O esquema funcionaria assim: o presidente de uma colônia recolhe os documentos de pessoas que são pescadores e também de pessoas que não têm nenhum vínculo com a pesca. O objetivo é tirar a carteira de pescador ou a certidão provisória para que o interessado tenha o direito de receber o pagamento do seguro, no valor de um salário mínimo.

- A informação passada aos interessados é de que eles devem entregar certa quantia em dinheiro, sendo que a metade do valor seria para providenciar a carteira de pescador e a outra metade para remunerar quem faz o serviço. Se o dinheiro não é entregue, a emissão da carteira é cancelada. Fica apenas a promessa de que o documento sairá no ano seguinte - dependendo, é claro, do acerto. (Diário do Pará)

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse esquema já vem de longas data aqui no Pará, alias, foi esse esquema que ajudou a eleger o Miriquinho deputado estadual, e agora capta recursos pra camapanha dele a Federal, assim como a do Chico, estadual, e o pior, é que tudo isso e embaixo das barbas do Gregorin, Ministro da Pesca, membro da articulação de esquerda portanto, seria muito bom investigar os nobres dirigentes da Articulação de Esquerda aqui no Pará, pois eu tenho umas duvidas sobre quanto vale o silencio dos mesmo, preste atenção, tem até Catalão nesta historia, ops, eu falei historia, foi isso mesmo, preste atenção no pessoal de historia da AE.

Anônimo disse...

O anônimo 15:36 parece aquelas adolescentes com despeito da coleguinha . O professor -doutor Pere Pet ,tem uma história de compromisso e luta pela classe trabalhadora desde sua juventude na Espanha até sua s conquistas profissionais e políticas aqui no Brasil.
Quer conhecer o Pet leia suas obras sobre o partido (Esperança equilibrista e Chão de promessas ) ou pergunte aos movimentos sociais (como por exemplo MST),pois esse companheiro é um dos poucos intelectuais orgânicos que temos no PT hoje.
Fico triste com o anônimo acima muito pelas calunias ,mas também por usar um veiculo de comunicação, como um blog, para propagar preconceito contra estrangeiros, isto parece neo-nazismo e não vai de acordo com nossa cultura brasileira que tem como característica a pluralidade cultural e miscigenação das raças ( negros ,índios e europeus).
Como dirigente da articulação de esquerda no Pará este companheiro incomoda por sua postura radical e por sua lutar pela ética partidária, onde o norte central da AE é a busca de uma sociedade melhor e o fortalecimento de um PT de massa , militante e socialista( que pena que alguns não pensem da mesma forma !)
BRASIL, ARGENTINA ,ESPANHA ,AMÉRICA CENTRAL A FORÇA PROLETARIA É INTERNACIONAL !