Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Memória social

 

Foto e Fotomontagem: Ivete Nascimento/Agência Museu Emílio Goeldi

Dois pesquisadores do Museu Emílio Goeldi, integrantes do Grupo de Trabalho do Tocantins na busca e identificação dos restos mortais e da contextualização das mortes de quem fez parte da história da Guerrilha do Araguaia, gravaram relatos de guerrilheiros, ex-guias, moradores, ex-soldados e camponeses.

Os que viveram os horrores dos ‘anos de chumbo' revelam que a memória não é apenas instrumento ideológico, mitológico e não confiável, mas, sobretudo, instrumento de luta, acesso à igualdade social e à conquista da identidade.

Os nativos criam ricas representações para explicar e entender o que ocorreu ali. Por exemplo, que o guerrilheiro Osvaldão era encantado, se transformava em cachorro, virava fumaça, e que só foi capturado porque cochilou e não deu tempo dele se encantar. Osvaldo Orlando da Costa, militante do PCdoB, participou desde 1966 de combates na região do Araguaia, conhecida como “Bico do Papagaio”, no Sul e Sudeste do Pará, e foi morto pela patrulha militar em meados de 1974.

A gente não se sente só traumatizado, mas se sente vítima... Porque a gente nem sabia o que estava acontecendo. Eles [os militares do alto escalão] diziam que eram guerrilheiros financiados por Cuba, pela China, de outros países, treinados por outros países, para vir tomar o Brasil. Era essa a informação que nós tínhamos dos comandantes generais. Então, a gente ia fazer aquilo com orgulho, pensando que tava defendendo o Brasil de uma invasão estrangeira. A gente ia pro tudo ou nada. Eles diziam: ‘se eles tomarem o país, a tua família vai ser sacrificada’. Aquilo era uma maneira deles levantarem o brio do soldado, a moral do soldado”, conta Dorimar, um dos atuantes na guerrilha ao lado do Exército, que hoje preside uma associação que reivindica indenização para os que como ele foram envolvidos no conflito.

Leiam a íntegra do interessante e emocionante material, na seção “Últimas Notícias”, do site do Uruá-Tapera.

Repostado do blog da Franssinete Florenzano

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