População fecha unidade
Edição de 18/05/2010
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moradores do Maracajá, em Mosqueiro, estão revoltados com o fim do serviço de urgência e emergência
YÁSKARA CAVALCANTE
Da Redação
O acesso a Mosqueiro está ameaçado pelos moradores depois que o secretário municipal de saúde, Sérgio Pimentel, suspendeu na semana passada o atendimento de urgência e emergência nas Unidades Municipais de Saúde (UMS) do Maracajá, periferia da ilha. Ontem, moradores interditaram a unidade com cadeados para impedir a entrada de funcionários e reivindicar a volta do serviço de urgência, que, segundo os manifestantes, seria concentrado apenas no Hospital Municipal do Mosqueiro, o que contrariou a população.
A manifestação aconteceu no início da manhã, durante a chegada dos funcionários para o trabalho na unidade. Os moradores interditaram a rua em frente ao posto e formaram barricadas com pneus e galhos para evitar a passagem de carros e bicicletas. O portão de entrada da unidade foi trancado com cadeados, que foram colocados por moradores.
O professor Leirson Azevedo disse que os próprios funcionários da unidade se manifestaram contra a atitude do secretário. "Os funcionários fizeram denúncias até de assédio moral", revelou Leirson.
Ele informou que cerca de oito mil pessoas moram no bairro do Maracajá, onde a procura pela unidade de saúde é grande. Segundo ele, na semana passada, o secretário municipal de saúde esteve em Mosqueiro e decretou que o atendimento de urgência e emergência fosse suspenso. "O secretário disse que nem se a Virgem Maria descer do céu a urgência e emergência volta, pois o posto (do Maracajá) está a 400 metros do hospital", contou o professor.
Leirson criticou o secretário, dizendo que ele "não conhece Mosqueiro". O professor adiantou que hoje à noite, por volta das 19h, os moradores vão se reunir em frente à unidade do Maracajá para definir uma maneira de pressionar a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) a voltar atrás e reativar o serviço de urgência e emergência. Assim, eles prometem interditar o portal de entrada do Mosqueiro, único acesso de carro até lá.
"Se o secretário não nos atender, vamos fechar o portal. Chega de olhar por Mosqueiro só em julho e no carnaval, únicas épocas em que prefeito Duciomar faz alguma coisa. Aqui não tem projeto de emprego e renda, não tem transporte decente. Duciomar abandonou Mosqueiro", disparou Leirson Azevedo.
Procurados pela reportagem, por volta das 15h30 de ontem, os diretores do Hospital Municipal do Mosqueiro e da Agência Distrital não foram encontrados para falar sobre a suspensão do atendimento de urgência e emergência na unidade do Maracajá.
Na Unidade Municipal de Saúde da Baía do Sol, distante meia hora da vila de Mosqueiro, a assistente administrativa Ana Maria Mendes informou que o atendimento de urgência e emergência está normal. Contudo, moradores garantem que na semana passada uma manifestação pela interrupção do serviço aconteceu e acabou fazendo a administração da unidade a restabelecer o atendimento.
A reportagem tentou estabelecer contato com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), por meio da assessoria de imprensa, mas os telefones de acesso só chamaram.
3 comentários:
A luta vai continuar na sexta ,ninguem vai nos calar !
DUCIOMAR,IVAN,PIMENTEL E VINAGRE inimigos do povo !
A luta vai continuar na sexta ,ninguem vai nos calar !
DUCIOMAR,IVAN,PIMENTEL E VINAGRE inimigos do povo !
Nos encontramos no fechamento do porta! Caso a SESMA não retroceda e volte atrás com sua medida autoritária e descompromissada com a saúde.
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