Brasil verá a Lua nascer eclipsada nesta quarta-feira
Fenômeno astronômico pode ser observado a olho nu entre o pôr do sol e às 19 horas
Tania Valeria Gomes e Alexandre Gonçalves
SÃO PAULO - A maioria dos brasileiros verá a Lua nascer eclipsada nesta quarta-feira, 15. O fenômeno ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua estão alinhados, com nosso planeta no meio.
As regiões que poderão observar o eclipse do início ao fim estão na África, no Oriente Médio, na Ásia e na Oceania. Norte-americanos não conseguirão ver o fenômeno e os europeus, assim como os brasileiros, só verão o fim. A última ocorrência de um eclipse como este, com o tempo de duração semelhante, foi em julho de 2000, de acordo com informação da Nasa.
Este é um dos dois eclipses lunares deste ano, mas o único que será visível para os brasileiros. O outro ocorrerá em dezembro. Além destes, teremos ainda dois eclipses solares, um em 1º de julho e outro em 25 de novembro. O próximo eclipse lunar que poderá ser visto no Brasil por completo está previsto apenas para setembro de 2015.
O astrônomo e professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Paulo Sérgio Bretones explica que o eclipse lunar desta quarta-feira se iniciará por volta das 15h22, o que significa que não será percebido no Brasil porque a Lua não terá nascido no horizonte. Por volta das 16h22 a Lua cheia estará totalmente coberta pela sombra da Terra. Em São Paulo, por exemplo, a Lua ficará visível por volta das 17h25, quando já estará eclipsada. Dois minutos depois, o Sol vai se por. Portanto, o satélite estará escuro, mas o crepúsculo ainda iluminará o céu por alguns minutos. Às 18h02 a Lua começará a deixar a sombra e às 19h02 ela estará novamente iluminada pela Sol por completo.
"Desta vez a Lua estará dentro do eclipse e vai estar nascendo e ao mesmo tempo que o sol estará se pondo. A Lua vai começar a ser visível quando já estiver eclipsada, então o grande desafio para os observadores será notar que a Lua já está lá. Ela vai estar bem apagada," avisa Bretones.
A observação do fenômeno poderá ser feita com binóculos, lunetas e telescópios amadores, de acordo com o pesquisador.
O Estadão
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