Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Após denúncias, Orlando Silva deixa o Ministério do Esporte; entenda o caso

Orlando Silva (PC do B) não é mais o ministro do Esporte. Ele entregou o cargo em reunião com a presidenta Dilma Rousseff (PT) e o presidente do PC do B, Renato Rabelo, na noite desta quarta-feira (26), em Brasília.

A saída de Orlando Silva já havia sido anunciada pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Após o encontro com a presidenta, Silva confirmou a renúncia à imprensa.

“Eu decidi sair do governo para que possa defender a minha honra, o trabalho do Ministério do Esporte, o governo que eu acredito e o meu partido. Não é possível jogar fora cinco anos de trabalho”, disse Silva.
Segundo o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Waldemar Manoel Silva de Souza, deve assumir o cargo interinamente. Estão cotados para assumir o cargo as deputadas do PC do B Perpétua Almeida (AC) e Luciana Santos (PE), o deputado federal Aldo Rebelo (PC do B-SP) e o presidente da Embratur, Flávio Dino (PC do B-MA).

Entenda o caso

O ex-policial João Dias Ferreira acusou Silva de participação em um esquema de desvio de recursos do Segundo Tempo, programa do Ministério do Esporte que dá verba a ONGs e secretarias estaduais e municipais para incentivar jovens a praticar esporte.

Em entrevista à revista “Veja”, o ex-policial – que presidia uma fundação de artes marciais que recebia verba do programa – disse que pagava propina para ter acesso aos recursos do ministério. Segundo Ferreira, o dinheiro era recebido pessoalmente por Orlando Silva ou por colaboradores mais próximos.

Em nota, o Ministério do Esporte afirmou que Ferreira firmou dois convênios,  em 2005 e 2006, que não foram executados. A pasta pede a devolução de R$ 3,16 milhões dos convênios. Segundo Silva, membros da sua equipe teriam recebido ameaças desde que o TCU (Tribunal de Contas da União) foi acionado.Ainda não há provas contra Orlando Silva, que enfatizou em entrevista coletiva após a sua demissão que ele mesmo solicitou à Procuradoria Geral da República para que sejam investigadas todas as denúncias divulgadas pela revista "Veja". Em nota enviada ao procurador-geral, Roberto Gurgel, o ministro disse que se encontra "à total disposição" do Ministério Público Federal, dando permissão para que sejam investigadas suas contas bancárias e tudo o que for considerado necessário.

Silva foi o primeiro ministro do governo Dilma Rousseff alvo de um inquérito no STF, o que teria agravado a situação. Ao pedir a abertura do inquérito, o procurador-geral da República afirmou que existiam “fortes indícios” de desvios “em proveito de integrantes do PC do B”.

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