Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

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sábado, 18 de maio de 2013

Escolas contra abusos

AMAZÔNIA JORNAL
Edição de 18/05/2013

Estudantes de mosqueiro participaram de ação que repudia a violência sexual

As escolas da ilha de Mosqueiro se mobilizaram para uma caminhada, com o objetivo de lembrar o Dia do Enfrentamento à Exploração e Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Pelo quarto ano consecutivo, as instituições de ensino da ilha foram às ruas alertar os mosqueirenses sobre o problema, sobretudo, os meninos e meninas que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

A programação fez parte do projeto Direito de Ser Criança e Adolescente da Secretaria Municipal de Educação de Belém. O projeto objetiva potencializar a educação preventiva por meio de orientações e formações envolvendo a comunidade escolar, para que os indícios de violência sexual no espaço educativo possam ser facilmente identificados e combatidos.

Para ter a adesão da comunidade estudantil é realizada com antecedência uma ampla campanha divulgação do evento. No caminhada de ontem, a metodologia era fazer uma espécie de "arrastão" educacional contra a violência sexual.

Segundo a coordenadora da Unidade de Educação Infantil Rotary Club, professora Eliana Paixão,"o projeto nasceu do alto índice de violência e exploração sexual detectado pelas escolas e que acontecem geralmente dentro da casa das crianças. Hoje, depois de 4 anos de projeto, esse índice já diminuiu consideravelmente", disse a professora.

A programação do projeto começou no mês de abril, com a realização de mesa redonda com promotor de Justiça da Infância e Juventude, Maurício Almeida Guerreiro de Figueiredo; representante do Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas); e a Guarda Municipal; e rodas de conversas com todas as 35 unidades de educação Infantil da rede.

"A gente tem que denunciar a violência, pois ela acontece não só dentro da nossa casa, mas também em qualquer lugar. Agora eu já sei dos direitos das crianças e dos adolescentes, e sei também que o disque 100, a polícia e o conselho tutelar podem me ajudar quando eu ver alguma coisa", declarou Ian Silva, aluno do CIV (antiga 7ª e 8ª) da escola Ana Barreau.

Hoje, a programação continua com uma manifestação cultural na Praça Batista Campos, onde as crianças expressarão por meio de linguagens cênica, gestual, corporal e musical a compreensão sobre os seus direitos. O evento terá a participação das UEI’s e escolas, além do Instituto Arraial do Pavulagem.

Comitê ensina maneiras de denunciar crime

A Semana de Combate ao Abuso e Exploração Sexual, que começou na segunda-feira e terminou ontem, foi realizada pelo Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, formado pelo Pro Paz Integrado, secretarias de Estado de Assistência Social (Seas), Educação (Seduc) e Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), fundações Curro Velho e de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), além da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), Ministério Público do Estado e Rádio Margarida. Durante a programação, realizada nas escolas municipais e estaduais, em Icoaraci e nas ilhas de Outeiro e Cotijuba, houve palestras e oficinas para alunos, pais e professores e tem o objetivo de difundir o conhecimento sobre a violência sexual para que a sociedade denuncie e ajude a diminuir os índices de exploração de crianças e jovens. A expectativa é atingir um público de mais de duas mil pessoas em toda a ação.

Região distrital concentra 30% dos casos

De janeiro a abril deste ano, as quatro unidades do Pro Paz Integrado, que funcionam na Santa Casa e no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em Belém, Bragança e Santarém realizaram 876 atendimentos. E cerca de 30% dos casos de violência sexual registrados pelas unidades do Pro Paz Integrado na Santa Casa e no CPC Renato Chaves são oriundos dos distritos de Icoaraci e Outeiro.

Para denunciar a situação e chamar a atenção da sociedade para o problema, será realizada uma caminhada com a participação de moradores do distrito de Icoaraci. A manifestação vai marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, na chamada "Vila Sorriso". A concentração do evento será às 8 horas, em frente à Escola Liceu de Arte, no bairro do Paracuri. A caminhada seguirá em direção à Praça Matriz. No local, haverá apresentação cultural com destaque para o coral com 200 vozes formado por alunos da escola Monsenhor Azevedo, do distrito de Outeiro. "A caminhada marca o encerramento de um conjunto de ações realizadas durante este mês com o objetivo de mobilizar a sociedade para o debate desse tema", disse a delegada Simone Edoron Machado, diretora de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), um dos órgãos que compõem o comitê de enfrentamento à violência contra crianças e jovens.

Coordenadora pede colaboração da família

A coordenadora do Pro Paz Integrado, Eugênia Fonseca, disse que a violência sexual é um problema social e a população precisa ser estimulada a denunciar o crime. "Esse é um crime que precisa ser combatido não só pelo governo, mas também pela sociedade. Que ela possa nos ajudar realizando a denúncia. É por isso que estamos com esse trabalho de prevenção, para que a comunidade esteja alerta sobre os riscos que a criança e o adolescente estão correndo", acrescenta. Desde seu início, em 2004, até 2012, o Pro Paz Integrado realizou 9.211 atendimentos.

Além de palestras nas escolas, o Pro Paz Integrado oferece serviços preventivos e ações repressivas nos distritos de Icoaraci e Outeiro, por meio do Pro Paz Integrado Itinerante, oferecendo atendimento interdisciplinar para vítimas de violência sexual e suas famílias. Com o apoio de policiais civis, psicólogos, enfermeiras e assistentes sociais visitaram os bares e restaurantes, orientando os donos dos estabelecimentos a denunciarem qualquer tipo de violência contra jovens em situação de vulnerabilidade. Também houve ações educativas nas orlas de Icoaraci, Outeiro e Cotijuba, informou ainda Eugênia Fonseca.

Já a psicóloga Mônica Lemos, da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), destaca a importância em detectar os sintomas da violência entre os jovens. "A família precisa colaborar", alerta.

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