Em reunião realizada quarta-feira à noite (17/10/2012), o Diretório Municipal do PSOL definiu posicionamento do partido no segundo turno da disputa à prefeitura de São Paulo. A decisão aprovada pelo partido é por não indicar voto nem em José Serra (PSDB) nem em Fernando Haddad (PT), embora admita que "parte da militância do PSOL votará legitimamente em Haddad para enterrar Serra".
Fábio Nassif
São Paulo - O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) reuniu na noite de quarta-feira (17) o seu Diretório Municipal para definir posicionamento diante do segundo turno na disputa à prefeitura de São Paulo. A decisão aprovada pelo partido é por não indicar voto nem em José Serra (PSDB) nem em Fernando Haddad (PT).
A nota divulgada pelos socialistas, no entanto, faz diferenciações entre as candidaturas no pleito. “Rejeitamos veementemente a candidatura de José Serra, responsável direto pelos problemas sociais que a cidade vive. As gestões Serra-Kassab foram um desastre para os trabalhadores e para o povo pobre, reduziram direitos sociais, precarizaram os serviços públicos e governaram diretamente para as elites da cidade, aprofundando o abismo social entre ricos e pobres. Não há qualquer perspectiva de diálogo entre o PSOL e o projeto de Serra”, diz trecho sobre o tucano.
Na opinião do diretório municipal do PSOL, o candidato petista “tem limites muito explícitos para ser a alternativa que São Paulo precisa. Sua campanha milionária, bancada pelas mesmas grandes empreiteiras que financiam Serra condicionam a política urbana futura, como ficou claro na apresentação do principal plano de Haddad – o arco do futuro – para os megaempresários do Secovi. As alianças espúrias como Maluf, por exemplo, também cobrarão a conta na possível prefeitura”.
Apesar da ponderação no texto que “estamos cientes que uma parte da militância do PSOL votará legitimamente em Haddad para enterrar Serra e outra parte não votará em ninguém também de forma legítima”, a posição da instância é não indicar voto em nenhum “entendendo que nossos eleitores são suficientemente capazes e politizados para tomar uma decisão para o segundo turno”.
Plínio e o twitter
Uma mistura de deleite e decepção tomaram conta das redes sociais nesta quarta-feira após comentário do candidato à presidência da República pelo PSOL, Plínio de Arruda Sampaio sobre seu posicionamento no segundo turno do pleito paulistano.
A reação jocosa de apoiadores do candidato petista à prefeitura - e até de militantes que fazem parte da oposição de esquerda ao governo federal junto com o PSOL -, veio após Plínio divulgar em seu twitter: “O importante agora é derrotar o Haddad porque ele é incompetente e porque sua vitoria fortalece, o Lula e a turma do Mensalão”.
O dirigente foi bombardeado de questionamentos e insinuações de que estaria apoiando José Serra e teve que se dedicar a explicar posição. “Oh! meu Deus! Como esse povo gosta de fofoca. O fato de dizer que considero o Serra melhor que o Haddad não implica que deixarei de votar, como sempre fiz, de acordo com o meu partido”, escreveu no Facebook completando com a declaração de que votará nulo.
Com a ajuda de matéria da Folha de S. Paulo desta quinta-feira, intitulada “Fundador do PT, Plínio ataca Haddad e diz preferir Serra”, a pressão contra o psolista aumentou. Plínio fez mais de dez postagens nas redes sociais solicitando ajuda para divulgação de seu posicionamento. “Se eu ouvisse minha mulher, estaria bem melhor de vida. Bem que ela me disse: "não fale em Serra. Você vai se dar mal". Não dei ouvidos e agora está todo mundo falando que vou votar no Serra ou que recomendei o voto nele. Não vou. Embora meu partido, o PSOL, vai liberar o voto de seus filiados, não votarei no Serra. Vou anular meu voto”, diz sua última mensagem.
Comentário do blog: É interessante (pra não dizer cômica/aberrante e contraditória) a postura de Plínio Arruda sampaio e do Carlos Giannazi – candidato do PSOL a prefeito de São Paulo que teve 1% dos votos - e da direção municipal do PSOL de São Paulo que destaca o não apoio a candidatura do Haddad (PT) em função do Haddad ter buscado apoio de Maluf. Esquecem os arauto da ética, da moralidade e dos bons costumes da política brasileira (os “PSEUDO’listas”) que em Belém, o PSOL buscou apoio da “banda podre” da política paraense – sondaram o apoio do Jader Barbalho dono do PMDB do Pará, do Gerson Peres, coronel do PP, Arnaldo Jordy do PPS e as más língua dizem que contactaram o famigerado Almir Gabriel e até mesmo o desprefeito de Belém “Falciomar Costa. E o que dizer do apoio do PTB, DEM e PSDB ao Clésio(PSOL) que foi eleito prefeito de Macapá, e que incluiu demandas programáticas neoliberais no plano de governo do prefeito eleito. ”As mascáras cairam da cara dos ‘zorros’ da política nacional”. Já não há mais nenhum partidos “puro” de principio e de programa na política brasileira, ou melhor, há sim! O PSTU e o seu ultra-radicalismo, baseado no modelo socialista da Coréia do Norte. Moral da “Estória”, “nada como um dia após o outro…..!?”
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