Nada mais comprometedor, para Zenaldo Coutinho, que a constatação de que estamos diante de um autêntico gigolô do erário. Aos 51 anos e exibindo o superior completo, a despeito disso o candidato tucano jamais teve um mísero emprego que fosse, como costuma ocorrer com os simples mortais. Político profissional, nada consegue credenciá-lo como administrador, e menos ainda como gestor de uma capital repleta de mazelas históricas, cujo maior desafio é, fatalmente, tentar compatibilizar o socialmente justo com o financeiramente possível, sem negligenciar a preocupação com o desenvolvimento sustentável.
Depois das veleidades intelectuais da juventude, quando promovia saraus na casa dos pais, Zenaldo Coutinho migrou do movimento universitário, no qual se notabilizou pelo discurso à direita, para a política partidária, primeiro como vereador, depois como deputado estadual e hoje deputado federal. Sempre arrastando consigo a mãe, Helena Coutinho, já falecida, que exibia notórias dificuldades em lidar com idéias, limitação que tentava compensar com uma postura arrogante, na esteira da qual costumava administrar a coisa pública como uma extensão da cozinha da sua casa. Helena Coutinho enriqueceu o folclore da Alepa ao ter por hábito puxar um Pai Nosso antes de qualquer reunião de trabalho, em flagrante desrespeito aos que não compartilhavam da sua fé.
Nos bastidores e em off, a versão corrente é de que, ao eleger-se deputado estadual, Zenaldo Coutinho, fascinado, não resistiu diante das benesses do poder. Ele teria abrigado em seu gabinete a própria irmã, sem que esta fosse vista no Palácio Cabanagem, embora embolsando regularmente seus vencimentos. Quando presidiu a Alepa, Zenaldo instalou, como chefe do Gabinete Civil, Helena Coutinho, cuja maior credencial, para ocupar o cargo, foi ser mãe do presidente da Assembleia Legislativa.
Fonte: Blog do Barata http://novoblogdobarata.blogspot.com.br/
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