Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Bem-vindo ao blog do PT de Mosqueiro, aqui nós discutimos a organização e atuação do Partido dos Trabalhadores nas relações sociopolíticas e econômicas do Brasil e do Pará. Também debatemos temas gerais sobre política, economia, sociedade, cultura, meio ambiente, bem como temas irreverentes que ocorrem no Mundo, no Brasil, no Pará, mas em especial na "Moca". Obrigado por sua visita e volte sempre!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A riqueza esquecida

17/10/2012 - 10h24

por Redação da The Economist

s32 A riqueza esquecida

Espinha dorsal da produção global de metal, minério de ferro é deixado de lado. Foto: Reprodução

A commodity mais importante depois do petróleo merece mais atenção.

O desenvolvimento de um processo que transforma um metal bruto em aço merece um lugar elevado na lista das conquistas mais engenhosas da humanidade. O metal fornece a espinha dorsal de arranha-céus, pontes e autoestradas, e a carapaça de componentes internos de carros, geladeiras e máquinas de lavar. Dada a onipresença do aço – responsável por 95% da produção global de metal – o minério de ferro (sua matéria prima) atrai uma atenção estranhamente pequena.

O comércio exterior do minério de ferro faz com que este seja o segundo maior mercado do mundo em termos de valor. Cerca de 2 bilhões de toneladas do material serão extraídas em 2012. As oscilações de preço dos últimos meses dizem muito sobre a economia mundial, assim como sobre o estado febril dos mercados de commodities globais. Entre junho e setembro, os preços spot do minério de ferro caíram de cerca de US$ 140 a tonelada para aproximadamente US$ 85, o preço mais baixo em três anos e bem distante do recorde de US$ 190 por tonelada estabelecido em fevereiro de 2011. Os preços se recuperaram um pouco desde então, se estabilizando em torno de US$ 100 por tonelada. Caso o mesmo tivesse acontecido com petróleo, discussões intermináveis estariam acontecendo.

O minério de ferro não tem a influência do petróleo por diversas razões. O mercado é menor e vale menos que um décimo dos U$$ 3 trilhões movimentados pelo comércio de petróleo cru no ano passado. Diferentemente do petróleo, o ferro é abundante – o minério compõe 5% da crosta terrestre. A dificuldade é encontrá-lo em concentrações suficientemente altas e prospectar por entre milhões de toneladas de terra. O mercado do minério de ferro também é em grande medida um mercado físico; a habilidade de fazer grandes apostas especulativas em petróleo gera muito mais interesse sobre a direção dos preços.

No longo prazo, a demanda agregada por minério de ferro crescerá conforme avançar a marcha chinesa rumo à urbanização. A demanda no mundo rico pode estar caindo, mas a Wood Mackenzie, uma consultoria, afirma que o consumo não atingirá o máximo na China até 2026.

Os custos dispararam: a oferta de homens e máquinas  é escassa, e as reservas mais abundantes estão ficando mais difíceis de serem exploradas. As melhores partes do oeste australiano já estão sendo exploradas. A África se torna cada vez mais acolhedora, mas tem muitas armadilhas. O Brasil é complicado para forasteiros – novas minas anglo-americanas no país estão sendo imobilizadas pela burocracia. Pesadelos logísticos em locais pouco acolhedores tiraram a Índia da lista. Então se até a margem está sendo demandada, pode ser que não haja um excesso de oferta. Uma era de preços voláteis pode ser esperada.

* Publicado originalmente na The Economist e retirado do site Opinião e Notícia.

(Opinião e Notícia)

Nenhum comentário: