Às vezes voluntarioso demais, ou autocrático em excesso, ou ainda auto-suficiente para além do limite que recomenda a prudência, sob certa perspectiva o deputado estadual Edmilson Rodrigues, do PSol, possivelmente não é o candidato dos sonhos para a Prefeitura de Belém. Mas inegavelmente ele desponta como a alternativa mais palatável, diante do cenário sob o qual se desenrola a sucessão do prefeito Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, um subproduto do laboratório de despautérios da tucanalha, a banda podre da tucanagem. Tucanalha de volta ao poder no Pará, com a eleição em 2010 do governador Simão Jatene, o Simão Preguiça, e que agora, repaginada, tenta manter-se na prefeitura da capital, dessa vez dispensando intermediários. Não por acaso a campanha do deputado federal Zenaldo Coutinho (foto, à dir., com o radialista Jefferson Lima), o candidato tucano na sucessão municipal, poupa o nefasto Dudu, a pretexto de uma postura supostamente propositiva, mas dele tenta se descolar, como se o PSDB não estivesse comprometido com uma das mais corruptas administrações da história de Belém.
A diferença entre Zenaldo Coutinho e Duciomar Costa, em verdade, é de grau, não de nível. O candidato da hora da tucanalha desponta como uma versão sofisticada do nefasto Dudu e, por isso mesmo, soa bem mais periculoso. Filho de classe média, por suas próprias origens sociais o candidato tucano pode exibir predicados que faltam ao atual prefeito. Como capitalizar as eventuais vantagens por dispor do superior completo; manter um discurso infinitamente mais articulado e, por via de conseqüência, mais convincente; e ter aquela dose mínima de refinamento social, que fazem dele um interlocutor agradável. São qualidades cuja combinação acabaram por torná-lo um mestre na arte da dissimulação, da qual agora tanto se vale, apresentando-se como um agente das mudanças que Belém tanto reclama, com um cinismo capaz de corar anêmico, porque coonestou, com um silêncio cúmplice, os despautérios do nefasto Dudu.
ELEIÇÕES – O vagabundo de terno e gravata
Nada mais emblemático do engodo representado por sua candidatura que a constatação de que Zenaldo Coutinho jamais teve um emprego, um mísero emprego que seja, tal qual todos nós, pobres mortais. Vereador de Belém, deputado estadual e deputado federal, o candidato do PSDB a prefeito de Belém, hoje com 51 anos, acaba por ser, ao fim e ao cabo, apenas um vagabundo. De terno e gravata, mas apenas e tão-somente um vagabundo. Jamais, nem furtivamente, ele soube o que fosse comprar o pão nosso de cada dia com o suor do próprio rosto. Suar a camisa, para ele, perdura sendo apenas uma imagem, uma metáfora recorrente, útil para iludir os eleitores incautos.
Como confiar a um gigolô do erário, que vive da política, a administração de uma cidade como Belém, que padece de mazelas históricas e exibe uma população de 1.392.031, segundo o Censo 2010? Uma população, diga-se, já penalizada até a exaustão, nos últimos oito anos, pelo atual prefeito, Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, que a tucanalha, da qual faz parte Zenaldo Coutinho, tornou senador em 2002 e posteriormente, por dois mandatos consecutivos, em 2004 e 2008, prefeito de Belém. Protagonista de uma gestão calamitosa, pontuada por denúncias de corrupção, a despeito disso o nefasto Dudu jamais foi criticado publicamente pela tucanalha, por se tratar de um subproduto dela. Tanto quanto o próprio Zenaldo Coutinho.
Fonte: Blog do Barata: http://novoblogdobarata.blogspot.com.br/2012/10/eleicoes-zenaldo-um-dudu-sem-prontuario.html
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