Alunos impedidos de estudar
Edição de 03/10/2012
Os pais dos alunos da Escola de Ensino Fundamental Donatila Santana Lopes, localizada na rua da Bateria, no bairro do Farol, na ilha de Mosqueiro, impediram a ida das crianças à escola, desde segunda-feira, 1º, em virtude da situação de risco que a instituição de ensino ameaça. Após a conclusão da vistoria feita pelo Corpo de Bombeiros, ficou constatada a necessidade de interdição do colégio em virtude dos riscos de desabamento e de incêndio. Na manhã de ontem, funcionários da Secretaria Municipal de Saúde (Semec) foram até a escola para ver a situação de perto.
No final da vistoria realizada pelos engenheiros da Semec, já no início da tarde de ontem, foi feito um acordo com os pais dos alunos de que será entregue um laudo técnico, até a próxima quinta-feira, 4, com objetivo de serem feitos os reparos do prédio de modo emergencial. Enquanto isso, as aulas permanecem suspensas. Na quinta-feira também será definido um novo local para colocar os alunos para que seja dada a continuidade do ano letivo.
Desde a última segunda-feira, os alunos da escola Donatila Santana Lopes não estão frequentando as salas de aula. No dia 21 de setembro foi concluído o laudo assinado pelo engenheiro do Corpo de Bombeiros, Danilo de Moraes Dias, que recomendou que o prédio fosse interditado em virtude do risco de desabamento da estrutura de madeira dos telhados. Além disso, também há risco de incêndio, pois foi verificado problema no sistema elétrico. Na vistoria foram encontradas fiações expostas e falta de equipamentos de combate a incêndio.
Foi colocado como forma de emergência no relatório a interdição das salas A, B e C, onde a situação é mais degradante. Em consequência do documento, que já havia sido solicitado inúmeras vezes por pais dos estudantes ao Corpo de Bombeiros, é que os pais impediram a ida dos filhos à escola.
O representante do conselho escolar, João Vicente Carmo, explicou que a iniciativa é emergencial, pois os pais temem que aconteça um desastre com os filhos. "Nós precisamos agir antes que ocorra uma tragédia, os nossos filhos estavam frequentando uma escola sem estrutura, já pensou eles estarem assistindo aula e o telhado desaba? Não dá, nessa condição não tem como", questionou o representante do conselho. Além dos problemas internos, os pais pedem sinalização e uma lombada para frente da escola, pois recentemente um estudante foi atropelado e arrastado por um veículo que passou em alta velocidade.
Fonte: Amazônia Jornal edição de 03/10/2012
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