Política| 10/10/12
A Executiva Nacional da CUT divulgou nota oficial repudiando o comportamento do Supremo Tribunal Federal e acusando-o de ter se colocado "a serviço dos conservadores, da imprensa neoliberal e de todos que querem criminalizar os movimentos sociais e seus representantes no parlamento, usando, inclusive, o processo eleitoral a serviço dos reacionários". Central anuncia que vai defender legado de transformações sociais no país.
A Executiva Nacional da CUT, reunida em São Paulo com representantes das CUTs Estaduais das 27 unidades da federação, divulgou nota, nesta quarta-feira (10), sobre o julgamento da Ação Penal 470, em que repudia o comportamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e acusa-o de ter se colocado "a serviço dos conservadores, da imprensa neoliberal e de todos que querem criminalizar os movimentos sociais e seus representantes no parlamento, usando, inclusive, o processo eleitoral a serviço dos reacionários".
"A CUT, que sempre defendeu e sempre defenderá o combate à corrupção e aos corruptores, não admite, no entanto, que os juízes julguem por "inferência", pela intenção premeditada. Exigimos que todos os brasileiros sejam julgados e condenados a partir de provas concretas e que a lei tenha o mesmo rigor independentemente de partido, ideias ou concepções políticas. Ou seja, que o comportamento recente do STF não abra caminho para a “flexibilização” da lei brasileira, conforme conveniências políticas", afirma a nota.
E prossegue:
"Para que tenhamos um Brasil mais democrático, mais honesto, mais inclusivo e competitivo internacionalmente, defendemos que seja feita uma ampla reforma do Sistema Judiciário Brasileiro, para que as regras legais sejam adequadas à realidade, diminuindo as subjetividades e aumentando a transparência e controle social na gestão, evitando manipulações e casuísmos na Justiça.
Reiteramos a importância de realizarmos a reforma política, com financiamento público de campanhas. Democracia se conquista praticando e quem deve governar são os eleitos pelo povo".
A CUT manifesta solidariedade com LULA e com o Partido dos Trabalhadores, apontando-os como responsáveis pelas profundas transformações recentes no País. E anuncia que "vai defender o legado de transformações sociais que conquistamos nos últimos anos, debatendo este tema em todo o Brasil e nas instâncias internacionais".
Repostado do portal da CUT-Nacional
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