Carta Maior entrevistou Laymert Garcia dos Santos e Marilena Chauí por ocasião de debate ocorrido na USP. Enquanto Laymert nota os partidos “visivelmente anacrônicos” e “incapazes de falar com a juventude”, Marilena pensa que as manifestações podem servir “não para acordar o Brasil, mas acordar o PT”.
Da Redação
Carta Maior entrevistou Laymert Garcia dos Santos e Marilena Chauí por ocasião do debate Brasil em Tempo de Manifestações, ocorrido na Universidade de São Paulo (USP).
Para Laymert, professor de Sociologia da Unicamp e doutor em Ciências da Informação pela Universidade de Paris VII, o que as manifestações de junho trouxeram de novo foi a politização dos jovens, tanto nas ruas quanto nas redes.
Segundo o professor, “é extremamente importante pensar nessa relação rua/rede porque é no entre os dois que está a novidade da política”.
Além disso, Laymert faz coro com os que notam os partidos “anacrônicos” e “incapazes de falar com a juventude”.
Já Marilena Chauí, filósofa da USP e membro-fundadora do PT, foi lacônica e não menos polêmica do que em suas últimas intervenções públicas: “não. As manifestações de junho não mudaram o país”, afirmou.
Mudar o país, para a consagrada leitora de Espinosa, é realizar reformas estruturais, como a tributária ou a política. Segundo ela, “a institucionalidade política é capaz de tratar dos problemas levantados pelas manifestações”. Tanto que Marilena pensa que as manifestações podem servir “não para acordar o Brasil, mas acordar o PT”.
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