Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Seis municípios concentram 25% do PIB em 2010, enquanto 1.325 ficam com 1%

Economia

Dados do IBGE mostram ainda que as economias de 35% das cidades brasileiras sobrevivem da atividade pública e da previdência social

Por: Vitor Nuzzi, Rede Brasil Atual

Publicado em 12/12/2012, 11:25

Última atualização às 12:51

São Paulo – Em 2010, seis cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus) concentravam 25% da renda brasileira, enquanto as 1.325 de menor participação relativa ficavam com 1%, segundo o Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios, divulgado hoje (12) pelo IBGE. Segundo o instituto, considerados os 23 municípios com pelo menos 0,5% de participação, São Paulo e Rio recuaram, embora mantenham a liderança, com 11,8% e 5%, respectivamente. Vitória (0,7%) e São Bernardo do Campo (0,9%), no ABC paulista, aumentaram suas participações.

O IBGE lembra que as seis cidades responsáveis por aproximadamente 25% da riqueza brasileira são todas capitais e identificadas como concentradoras da atividade de serviços – com exceção de Manaus, que equilibra aquele setor com o industrial. Dos 5.565 municípios brasileiros, 1.980 (35,6%) tinham mais de um terço de sua economia "dependente da administração, saúde e educação públicas e seguridade social".

Os seis municípios com 25% do PIB reuniam 13,7% da população. E as 1.325 cidades com 1% tinham 3,3%. Nesse segundo caso estavam 75% dos municípios do Piauí, 61,4% da Paraíba, 50,9% do Rio Grande do Norte e 48,9% de Tocantins.

Commodities

“Os principais movimentos observados em 2010 estão vinculados às commodities”, diz o instituto. “Enquanto alguns municípios tipicamente agrícolas experimentaram perdas de participação relativa, por conta dos baixos preços das commodities agrícolas, principalmente os grandes produtores de soja, os produtores de minérios, especialmente o minério de ferro, tiveram ganhos de participação.”

Na capital capixaba, por exemplo, o crescimento deveu-se principalmente à atividade extrativa mineral. “Em 2010 ocorreu forte recuperação da produção de pelotas de minério de ferro, fato que influenciou, também, no aumento de participação do segmento energia”, informa o IBGE. Em São Bernardo, o destaque foram a indústria automobilística e os ramos ligados à cadeia produtiva do setor, além da indústria de artigos de perfumaria e cosméticos.

Em São Paulo, os principais responsáveis pela perda de participação foram a indústria de transformação e o segmento de comércio e serviços de manutenção e reparação. Mesmo assim, nos últimos anos a maior cidade do país vem mantendo certa estabilidade: 11,9% em 2006, 12,1% em 2007, 11,8% em 2008, 12% em 2009 e 11,8% em 2010.

No Rio, a queda de participação (de 5,3%, em 2009, para 5% em 2010) se deveu ao segmento fabricação de máquinas e equpamentos utilizados na extração mineral e à construção. Segundo o IBGE, o município também perdeu participação "devido ao ganho da atividade extrativa mineral, atividade que não é típica da capital".

Os municípios com maior PIB per capita tinham em comum a baixa densidade demográfica, relata o instituto. A cidade de São Francisco do Conde, na Bahia, com R$ 296,9 mil, abrigava a segunda maior refinaria em capacidade instalada no país, enquanto em Porto Real (RJ), com R$ 290,8 mil, está instalada uma fábrica de automóveis. O menor PIB per capita, de R$ 2.269,82, foi verificado em Curralinho (PA), município no arquipélago de Marajó que se sustentava "pela transferência de recursos federais".

Cidades com pelo menos 1% do PIB em 2010:

MUNICÍPIOS 
Participação (%)

São Paulo (SP)
11,8

Rio de Janeiro (RJ)
5,0

Brasília (DF) 
4,0

Belo Horizonte (MG)
1,4

Curitiba (PR)
1,4

Manaus (AM)
1,3

Porto Alegre (RS)
1,1

Campinas (SP) 
1,0

Fortaleza (CE)
1,0

Guarulhos (SP)
1,0

Osasco (SP)
1,0

Salvador (BA)
1,0

Fonte IBGE. Dados relativos ao ano de 2010

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