Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

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sábado, 29 de dezembro de 2012

Os diferentes tipos de calendários – Compreensão física

 

Do latim calendae, kalendae, significa o primeiro dia do mês romano, dia em que as contas eram pagas. É o sistema de divisão e contagem do tempo ao qual se aplica um conjunto de regras baseadas na astronomia, associando dias inteiros em períodos maiores, como semana, mês e ano.

Calendário lunar - Surge entre os povos de vida nômade ou pastoril. Baseado nas fases da Lua, o dia começa com o pôr-do-sol. O ano é composto de 12 lunações de 29 dias e 12 horas (ou seja, meses de 29 e 30 dias intercalados), num total de 354 ou 355 dias. A defasagem de 11 dias em relação ao ano solar (365 dias) é corrigida pela inclusão de um mês extra periodicamente.
Esse calendário precisa ser ajustado sistematicamente para que o início do ano corresponda sempre a uma lua nova (o mês lunar não é igual a um número inteiro de dias e os meses devem começar sempre com uma lua nova). Para que os meses compreendam números inteiros de dias, adota-se o emprego de meses alternados de 29 e 30 dias.

Calendário solar
- Baseado no ano solar, que é o tempo real gasto pela Terra para completar uma volta completa ao redor do Sol (movimento de translação). O ano solar, também chamado de tropical, tem 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos.
Estabelece o ano de 365 dias, dividido em 12 meses. A soma das seis horas (arredondamento de 5h48m46s) que sobram a cada ano resulta no ano bissexto a cada quatro anos (6 horas x 4 = 24 horas, ou seja, um dia a mais em fevereiro). O calendário solar surge entre as populações agrícolas.
Calendário lunissolar - Baseia-se no mês lunar, adequando-se o ano lunar às estações do ano (ano solar), por meio de intercalação periódica de um mês a mais. Diferença de 11 dias por ano. O começo do ano deve coincidir com o início de uma lunação.

Ano civi
l - Compreende um número inteiro de dias (355 ou 366), o mais próximo do ano solar, para facilitar as atividades humanas.
Ano bissexto - Possui 366 dias, um a mais que o ano comum - encaixado no mês de fevereiro -, para corrigir a diferença de quase seis horas (5h48m46s) que o ano solar tem a mais em relação ao ano civil. As seis horas, no final do período de quatro anos, equivalem a 24 horas, ou seja, um dia. No calendário juliano acontecem anos bissextos a cada quatro anos. No calendário gregoriano não são bissextos os anos seculares (que terminam em dois zeros, ou seja, o último ano de cada século), exceto aqueles que são divisíveis por 400.
Origem do nome bissexto - O início de cada mês do calendário romano (juliano) chamava-se calendas. Era costume colocar o dia intercalado após o dia 24 de fevereiro, ou seja, seis dias antes das calendas de março. Esse dia era contado duas vezes, passando a ser chamado em latim de "bis sexto ante calendas martii". Daí o nome bissexto para o ano que tivesse a intercalação.
Os nomes dos meses continuaram os mesmos do calendário de Numa Pumpílio até que, mais tarde, em homenagem aos imperadores César e Augusto, quintilis é denominado julius (julho) e sextilis, augustus (agosto). A alteração da ordem dos meses torna incongruente a denominação dos quatro últimos. No ano da mudança, para fazer a concordância entre o ano civil e o ano solar, Júlio inclui no calendário mais dois meses de 33 e 34 dias, respectivamente, entre novembro e dezembro, além do 13º mês, o mercedonius, de 23 dias. O ano de 708 de Roma (46 a.C.) tem 445 dias distribuídos em 15 meses. É chamado de ano da confusão.

Ano cósmico
- É o tempo gasto pelo Sol para dar uma volta ao redor do centro da Via Láctea. Tem a duração aproximada de 225 milhões de anos.
Mês - É o tempo que a Lua leva para dar uma volta ao redor da Terra, contado em números inteiros. Como a lunação não tem um número inteiro de dias, o mês lunar foi definido como tendo 29 ou 30 dias, para se aproximar da lunação, que é de 29,5 dias.
Dia - Período de tempo (24 horas) equivalente ao que a Terra leva para dar uma volta em torno de seu próprio eixo (movimento de rotação). A Terra é dividida em 24 zonas de tempo. Uma das conseqüências da rotação é a sucessão dos dias e das noites. A noção de dia nasce do contraste entre luz solar e noite. É o elemento mais antigo e fundamental do calendário.
Estações do ano - Em razão dos movimentos de rotação e translação, a Terra recebe quantidade diferente de luz decorrer do ano. Entre setembro e março, quando a inclinação do hemisfério norte a distancia do Sol, acontecem as estações do outono e inverno nesse hemisfério, nas quais há menos de 12 horas diárias de luz solar. Durante o resto do ano, o hemisfério norte está mais inclinado para o Sol. Têm-se, então, as estações da primavera e verão, nas quais a luz solar dura mais de 12 horas diárias. No hemisfério sul ocorre o contrário.
As estações só se produzem nas zonas de latitude média e temperada. Na zona equatorial, os raios solares caem quase perpendicularmente por todo o ano, e os dias têm a mesma duração que as noites. Já nas zonas polares, os raios solares são quase tangentes e, por isso, há baixa temperatura o ano todo.

Equinócio
- A palavra equinócio significa "noite igual", ou seja, quando a duração do dia é a mesma da noite. Há uma intersecção da trajetória do Sol com a linha do Equador. Acontece aproximadamente nos dias 21 de março (equinócio de outono no hemisfério sul) e 23 de setembro (equinócio da primavera no hemisfério sul).
Solstício - A palavra solstício significa "Sol quieto", pois nesses dias o Sol alcança suas posições extremas nos pontos onde aparece e se oculta. Dá origem aos dias mais longos e mais curtos do ano. É o instante em que começa o verão ou o inverno. É o ponto em que o sol está mais distante do Equador. Situa-se nos dias 22 ou 23 de junho para maior declinação boreal (solstício de inverno no hemisfério sul) e 22 ou 23 e dezembro para maior declinação austral (solstício de verão no hemisfério sul). No hemisfério norte ocorre o contrário.

Era Cristã
- O calendário cristão é adotado no Ocidente a partir do século VI. No século X, a Era Cristã é oficializada pela Igreja romana e introduzida na Igreja bizantina. No fim do século XIX, quando a contagem cronológica da história já está difundida e uniformizada, descobre-se um erro de cálculo. Segundo a moderna historiografia, Cristo nasce no ano 4 a.C.

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