Formado a partir de dissidência, Partido Socialismo e Liberdade não descarta alianças com antigo desafeto
Por: Gisele Brito, da Rede Brasil Atual
Publicado em 16/07/2012, 19:28
São Paulo – Oito anos depois de ser fundado a partir da saída de membros do PT, o PSOL não descarta alianças com o Partido dos Trabalhadores. Em pelo menos cinco cidades – Laranjal do Jari e Tartarugalzinho (AP), Moreno e São José do Belmonte (PE) e Vinhedo (SP) – candidatos dos dois partidos dividirão o palanque. “Com o PT, as alianças não são a regra. Onde elas foram feitas houve uma exceção que levou em consideração a realidade local”, explicou Rodrigo Pereira, secretário nacional de organização do PSOL. Para que as alianças fossem referendadas pela direção nacional era preciso que em âmbito local o PT estivesse em contradição com a direção nacional e que as bases atuassem juntas no movimento social, além da vida pregressa do cabeça da chave.
Em uma reunião realizada hoje (16), na sede estadual do partido em São Paulo, a Executiva Nacional do PSOL impugnou cerca de 200 coligações que haviam sido firmadas por diretórios municipais de todo o país para a disputa das próximas eleições. Entre elas, ao menos sete em que dividia a chapa com PT. Segundo Pereira, nenhuma aliança que envolvesse DEM, PMDB, PP, PR, PSD, PSDB e PTB foi aceita.
“Esses partidos têm configurações muito nacionalizadas. Estruturas que vêm de cima para baixo e determinam muito a atuação deles. Alianças com partido notadamente de direita foram impugnadas. E aquelas com partidos da frente popular, que nos anos 1990 deram base ao PT, foram analisadas caso a caso”, afirmou Pereira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário