Brasileiros com Hugo Chávez
(por uma América Latina livre e soberana combatendo as injustiças sociais)
Hugo
Chávez foi eleito presidente da Venezuela pela primeira vez em 1999,
com votação esmagadora. E assim contribuiu de maneira clara para que
fosse iniciada em toda a América Latina uma onda de mudanças, em franca
oposição às políticas neoliberais que na época eram aplicadas nos países
da região. Sua chegada à presidência venezuelana coincidiu, no impulso
dessa onda transformadora, com a etapa da eleição de muitos presidentes
democráticos e progressistas em seus respectivos países, entre eles Luis
Inácio Lula da Silva no Brasil.
A
chegada dessa leva de presidentes foi decisiva para que fosse congelado
o projeto de subordinação de nossas economias aos ditames dos Estados
Unidos. Vale recordar a importância de ter sido barrado o plano de criar
a ALCA – Aliança para o Livre Comércio das Américas –, conforme desejo
dos Estados Unidos, e em seu lugar terem surgido associações regionais,
como a UNASUL (União das Nações da América do Sul). Pela primeira vez em
muitíssimo tempo a América Latina começou a dialogar consigo mesma,
buscando caminhos próprios e de interesse comum, e não de interesses
alheios. Vale recordar a importância de alguns líderes regionais para
que esse avanço acontecesse – entre eles, e com papel de
destaque, Hugo Chávez.
Além
do mais, ao longo desses 13 anos foram iniciadas, na grande maioria dos
países latino-americanos, políticas públicas destinadas a tirar as
pessoas da pobreza absoluta, do analfabetismo, do abandono, e foram
criados programas sociais para melhorar sensivelmente as condições de
vida da população.
Passado
esse tempo, com a Venezuela vivendo plenamente seu processo de
transformação, voltam a se confrontar no país – como, aliás, é próprio
das democracias – dois projetos nacionais.
Um
deles é uma clara volta ao nefasto passado de subordinação aos
interesses do grande capital global, ávido por controlar suas riquezas
minerais, especialmente o petróleo. Outro é o da continuidade, do
aperfeiçoamento e do aprofundamento de uma política de integração
continental e da busca de solução para os problemas real dos
venezuelanos e dos latino-americanos.
Não
há, na história da Nossa América, um chefe de governo que tenha se
submetido tantas vezes aos desígnios da população, através de eleições
livres, referendas e plebiscitos.
O
grande capital global, com os Estados Unidos à cabeça, tentou de tudo
para impedir que Hugo Chávez fosse submetido apenas à vontade da maioria
dos venezuelanos. Para impor seus próprios interesses, fomentou um
golpe de estado, alimentou conflitos com a Colômbia, estimulou a
sabotagem interna.
Agora,
o esforço está concentrado na figura de um político jovem, Henrique
Capriles, que se anuncia como arauto de uma nova época, e promete um
governo progressista. Esse é o mesmo Henrique Capriles que teve
participação ativa no golpe de Estado de abril de 2002, que mantém
vínculos estreitos com as multinacionais ávidas por se apoderar da
terceira maior reserva de petróleo do mundo, é íntimo do grande capital
venezuelano, que conta com a firme articulação dos meios de comunicação
mais retrógrados do continente, especializados em esconder as conquistas
do povo da Venezuela. É clara de toda clareza a diferença entre um
projeto e outro.
As
eleições presidenciais da Venezuela têm uma importância que ultrapassa
as fronteiras do país: o resultado poderá ter efeitos em toda a América
Latina.
Por isso nós, trabalhadores da cultura, integrantes de movimentos sociais, de sindicatos, enfim, nós, brasileiros, dizemos:
Se
fôssemos venezuelanos, votaríamos em Hugo Chávez, para que dê
continuidade ao seu projeto de país, corrija suas deficiências e
continue a empenhar seus melhores esforços em atender as verdadeiras
necessidades e as esperanças mais profundas do seu povo.
O BRASIL ESTÁ COM CHÁVEZ!
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