Com vencimento médio de R$ 1.526, paraense fica na lanterna entre os estados da região norte
Os piores salários médios identificados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na região Norte estão no Pará. Segundo dados das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre) 2011, divulgados ontem, os paraenses recebem por mês 2,8 salários mínimos (R$ 1.526,00). Na comparação com as demais Unidades Federativas, é a 10ª média salarial mais baixa. Apesar do baixo rendimento, o valor é 10,8% superior, em termos reais, ao salário médio indicado no ano anterior.
Entre os Estados nortistas, o Amapá apresenta a melhor remuneração, com a média de 3,8 salários mínimos (R$ 2.071,00); seguido por Roraima, com 3,3 salários mínimos; Acre e Amazonas, ambos com 3,2 salários mínimos; e Rondônia e Tocantins, cada um, com média de 3,1 salários mínimos. A média de toda a região Norte foi de 3,1 salários (R$ 1.614,00), superior aos resultados do Sul (3 salários mínimos) e do Nordeste (2,6). Os maiores rendimentos estão no Centro-Oeste e Sudeste, onde o assalariado recebe 3,9 e 3,6 salários mínimos, respectivamente.
Brasil - No País, o salário médio mensal do brasileiro aumentou 2,4%, em termos reais, entre 2010 e 2011, ficando em R$ 1.792,61 (3,3 salários mínimos). O Distrito Federal lidera o rendimento individual do País, com 6,3 salários mínimos. Rio de Janeiro (3,9 salários mínimos), São Paulo e Amapá (3,8) fecham o topo do ranking entre os Estados.
As menores participações ficaram no Ceará (2,3 salários mínimos), em Alagoas, na Paraíba e no Piauí (2,4 salários mínimos). O levantamento considerou o valor médio anual do salário mínimo de R$ 510, em 2010, e de R$ 545, em 2011.
Belém - Entre as capitais, Belém aparece na 11ª posição, com média de 3,7 salários mínimos por trabalhador, correspondente a R$ 2.016,50 - crescimento de 13% em relação ao rendimento de 2010. O indicativo é quase a metade da média de Brasília (6,3 salários mínimos), que ocupa a primeira colocação. Teresina e Fortaleza são apontadas como as piores capitais em termos de salários, empatadas com a média de 2,8 salários mínimos por pessoa.
IBGE: total de assalariados tem avanço de 8%
O levantamento do IBGE mostra que as empresas ativas no Pará em 2011 possuíam 77 mil unidades locais, sendo 50,3% delas da atividade de comércio (38,7 mil). O total de pessoas assalariadas no Estado avançou 8% entre 2010 e 2011, chegando a 1.014.813 pessoas - 40,5% da população que recebe salário e outras remunerações em toda a região Norte (2.505.976).
Belém, com 20,5 mil unidades locais ativas em 2011, registrou 30 mil novos vínculos empregatícios, alcançando uma população de 420 mil assalariados (41,4% das pessoas que recebem salário no Estado). As atividades que mais empregam na capital são administração pública, defesa e seguridade social (93,7 mil); comércio, com destaque para reparação de veículos automotores e motocicletas (70,9 mil); e educação (64,5 mil).
Em todo o Brasil, o estudo aponta que as empresas ativas tinham 5,6 milhões de unidades locais (51,9%) na região Sudeste, que concentrava 51% das pessoas ocupadas e 55,5% dos salários e outras remunerações. A região Nordeste ficou na segunda colocação em pessoal ocupado total (17,9%) e, em salários e outras remunerações, em terceiro lugar (14,1%). A região Sul foi a segunda quanto ao número de unidades locais (21,3%) e em salários e outras remunerações (15,6%).
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