Recebi muitas informações e vou tentar descrever sucintamente o que entendi deste debate.
- Devemos destacar, logo de cara, que não é um bom momento para haver racha, principalmente em um ano eleitoral, onde há possibilidades de vitória do Partido Socialismo e Liberdade - PSOL em Belém, Macapá e Rio de Janeiro. Este tipo de acontecimento leva um sentimento de insegurança para o eleitor.
- Podemos dizer também, que o PSOL não rachou, o que está rachando é uma tendencia majoritária interna do partido, a que tem as referências públicas, os parlamentares de peso e, a que ganhou o congresso de PSOL, ocorrido no ano passado. Todas as partes em conflitos continuam no PSOL.
- Um outro aspecto é que o deputado Edmilson é unanimidade nas três teses que saíram deste imbróglio. Ou seja, ele é unanimidade no PSOL, todas as teses avaliam como muito importante elegê-lo prefeito de Belém.
- As divergências, então pautadas, em uma leitura da conjuntura, e nos desafios do PSOL e da Ação Popular Socialista - APS. Os grupos que se formaram colocam (a grosso modo) a divisão entre os grupo dos sindicalistas e juventude, e o grupo dos intelectuais e parlamentares. Podemos relativizar esta divisão, mas o que podemos dizer é que majoritariamente, um grupo ficou com os sindicalista do Para, Bahia e Espirito Santo, assim como com a juventude, que rachou ao meio. Enquanto grupos dos sindicalistas e da juventude defendem uma atuação mais organizada e, uma atenção e prioridade aos movimentos populares, o outro grupo defende, que além disso, tem que haver uma atuação qualificada no parlamento, que as eleições são importantes, que atuar na institucionalidade faz parte da luta politica pelo socialismo.
- Enquanto o grupo dos sindicalista defende uma revisão na forma de atuação parlamentas, critica as coligações com o PTB, com O PV e com o PT, o outro grupo defende uma abertura de composição com estes partidos em casos muito específicos em torno de uma candidatura do PSOL.
- Um grupo defendeu que o critério de credenciamento do congresso fosse o de um delegado para cada x membro da APS, em cada estado, o outro grupo defendeu um percentual maior de militantes para cada delegado, acima de x.
- O debate sobre os critérios de credenciamento levou a acusações, de que o grupo da ex-deputada Araceli estava querendo impedir a participação de 5 estados no congresso da APS, o que o grupo da deputada revidou, afirmando que queria obedecer os critérios definidos anteriormente pela coordenação da APS, a nacional, e que o grupo que estava inventando novos critérios. Ocorre que se passa o novo critério, este grupo passaria e ter maioria no congresso. O grupo de Fernando Carneiro, candidato a governo, pelo PSOL em 2010, no Pará, sentiu-se golpeado e não aceitou fazer o congresso junto com o outro grupo.
- No Para, este racha coloca de um lado o Fernando Carneiro, e grande maioria de diretoria do SINTEPP e da base do sindicato (maioria), a juventude (majoritariamente), e do outro lado, o grupo que gira em torno da ex-senadora Marinor Brito, da ex-deputada Araceli lemos, ex-senador Nery e de Aldenor Junior, hoje chefe de gabinete do deputado Edimilsom Rodrigues. O grupoda ex deputada Aracely conta nacionalmente com apoi no Amapá, esta compondo como grupo de senador Randolfo e com apoios no rio grande do Sul e RJ. já o ex deputado Jorge Almeida da Bahia está no grupo de Fernando Carneiro.
- Aqui no Para teremos mudanças na politica interna do PSOL, com perda de densidade de voto para candidata a vereadora Marinor Brito, que deixa de ser a única candidata prioritária e passa a ter Fernando Carneiro.
- Temos hoje três teses circulando internamente e, duas delas chamam para unidade, uma delas diz que houve um racha. Uma tese diz que é maioria na APS. O Outro grupo diz que é APS por ter a maioria na coordenação nacional . Todos assinaram as teses como do congresso da APS. Um congresso reuniu na Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE e outro grupo na sede do PSOL.
- Todas estas informações foram passadas para o blog e eu me reservo o direito de revelar minhas fontes.
Edilza Fontes (ex-PT, hoje no PCdoB)
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