Não é querer ser saudosista. Achar que o passado é melhor, mas creio que a juventude de agora, em Belém do Pará é simplesmente sem noção. Não posso acreditar quando jovens que estudam nas melhores instituições (se é que elas existem por aqui), viajam para os melhores lugares no exterior (se é que realmente vão aos melhores lugares), vestem as roupas de griffe e trafegam em pequenos caminhões brancos, reluzentes, importados, pois bem, não posso acreditar quando lotam lugares tidos como os mais badalados para ouvir música sertaneja! É demais. Mas acontece. Há comerciais na tv dos discos desses ninguéns (para mim). Ouvi alguém chamar de "sertanejo universitário", o que é muito pior. Seria o "agrobrega". Até o final dos anos 80, para não ir muito longe, a juventude optava pelo rock, mesmo o de bermudas dos Paralamas ou o político dos Titãs. O rock continua sendo exaustivamente usado por toda a propaganda jovem, por sugerir uma rebeldia que já não existe. O tal "rebelde sem causa" do Ultraje a Rigor. Mas o jovem brasileiro, com tantas causas a abraçar, prefere uma cerveja e um abadá para pular e beijar até cansar. Mas sertanejo, please, é demais. Estéticamente não consigo achar o ponto. Sei que depois do rock anos 80, veio a mistura de brega e balada. Que os sertanejos entraram na onda. Então houve uma queda, talvez por excesso de exposição de Chitãozinho (que apelido!!!!) e que tais. De repente, duplas de jovens bem apessoados, mas extremamente cafonas toma conta do Brasil e em Belém, muito mais. Sertanejo universitário!!! É o fim do mundo.
Postado por Edyr Augusto Proença às 10:09
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