Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Mapa de Mosqueiro-Belém-Pará

Bem-vindo ao blog do PT de Mosqueiro, aqui nós discutimos a organização e atuação do Partido dos Trabalhadores nas relações sociopolíticas e econômicas do Brasil e do Pará. Também debatemos temas gerais sobre política, economia, sociedade, cultura, meio ambiente, bem como temas irreverentes que ocorrem no Mundo, no Brasil, no Pará, mas em especial na "Moca". Obrigado por sua visita e volte sempre!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Essa Postagem “Roubei” do Flanar, mas meu irmão Professor Alcir já conhece…

A vida imita a arte, mais que a arte imita a vida


A frase célebre de Oscar Wilde nunca foi tão atual quanto no caso do crime escabroso que comoveu a ilha de Mosqueiro e que tem sido manchete dos jornais nas últimas semanas.
O estupro seguido de homicídio do menor na Praia Grande lembra muito um livro breve, mas marcante, do autor paraense Edyr Augusto Proença, comentarista bissexto do blog: Moscow, editado pela Boitempo Editorial.
Quem lê a obra não imagina ser possível caber tanta violência na cabeça de um jovem; a vida prova que, sim, é plenamente plausível. Edyr Augusto sabe como poucos explorar a mistura de sexo e brutalidade que, muitas vezes os jornais comprovam, é inerente à espécie humana.
O resolução do caso real, que aponta para um crime torpe causado por ciúmes, é mostra do bestiário que o machismo possessivo do homem latino materializa todos os dias, na forma dos vários tipos de violência contra a mulher. Desta vez, a vítima foi o rival, aquele que trouxe à tona a baixa auto-estima que acomete esta espécie de macho alfa. Além do componente sexual, ainda há o envolvimento dos acusados com o tráfico e o uso de drogas. Tal mistura só poderia dar em solução violenta de um conflito que, ademais, parece que o morto sequer sabia que existia.
É nesse caldo que vivem os personagens de Moscow e aqueles do crime brutal, acontecido há algumas semanas em Mosqueiro. Não por acaso, ambas histórias, ficcional e verídica, foram ambientadas no mesmo distrito de Belém, abandonado pelo Poder Público.
As fotos da ilha que nosso confrade Carlos Barretto publica volta e meia nas páginas deste blog são a face doce do local. Belíssimas, elas, porém, sempre me deixam um gosto de melancolia. É que Mosqueiro foi - como de resto para boa parte da classe média desta cidade - o local onde coisas maravilhosas da infância e adolescência aconteceram. Hoje, porém (e desde algum tempo), está ela entregue a tudo de pior.
A história tão explorada pela imprensa, portanto, faz-me concluir algo triste: como prova o livro de Edyr, um crime de tamanha proporção até que demorou a acontecer na outrora bucólica Mosqueiro.

Postado por Francisco Rocha Junior

Nenhum comentário: