No âmbito internacional o ano começou quente nas areias escaldantes do Saara, em janeiro, rodou o primeiro Wellaton, Ben Ali, a Ali Babá da Tunisia. Vejam a cara bandida: sobrancelha tirada, boquinha meio riso e olhar: vai encarar?
Outro que bufou, bufou, mas também dançou - a dança do ventre - foi o Mubrak, a última múmia do Egito.
Kadafi teve um fim trágico.
E na feitoria do Maranhão
O acajuado Sarney lavou as mãos ...
pelo que não pintava, o ministro Pedro Novaes, que tropeçou e caiu.
Mas ficou a alma gêmea, o Edson Lobão, que sendo mais radical, usa um Wellaton mais forte, "cor da asa da graúna".
Teve um que, lembrando dos tempos gauchos de Dilma, até cantou Elis Regina prá ela:
Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus,
juro que não acreditei
Eu te estranhei,
.....
E me arrastei,
E me agarrei nos teus cabelos
Mas não teve fixador que mantivesse o ministro-réptil no posto.
Foi tanto Wellaton vazando, que o Ministro Nascimento, quase cai no esquecimento.
Na disputa entre poderes, para não deixar o Judiciário por baixo, Peluso pensou:
- Tão pensando que no Supremo, malandragem só é coisa de careca?
Vão ver o do que é capaz, de fazer, um usuário do Tablete Santantonio nº 1 Negro.
Mas toda regra tem exceção, entre tantas quedas um Wellaton subiu, da planície para o planalto, até que enfim, Jáder Barbalho.
Vai disputar com outro pintado, o Renan, (cheio de histórias, bois e Mônicas),
uma fatia da pizza, do PMDB no Senado.
Voltemos à cena internacional, nenhuma queda foi tão dorida, para legião dos insatisfeitos com a despigmentação capilar comum ao gênero humano, do que a deste ícone, deste sumo-sacerdote, profeta, paladino, que levou com destemor, como quem tem "cabelos no coração" a bandeira altiva dos:
HOMENS QUE PINTAM O CABELO
SILVIO BERLUSCONNI
Despois desta queda tão espetacular quanto trágica, quando mais nada poderia abalar os indignados da genética, eis que caí, do outro lado do mundo um personagem estranho e difícil de entender e explicar tal o amontoado de propaganda ideológica que o envolve: Kim Jong Il.
Mas que ele pinta o cabelo, pinta.
P.S.: Marqueteiros de plantão, você aconselharia seu candidato a pintar, ou a manter pintado o cabelo?
NB: Repostado do Blog do Professor Flávio Nassar: http://blogdoflavionassar.blogspot.com/
Por Alcir Rodrigues
Minha cidade é um
rio de asfalto monstruoso,
para onde afluem vários
igarapés, na correnteza
levando-trazendo gente,
gente a pé, de bicicleta, moto, carro,
como num gigante pêndulo urbano:
o vaivém de almas e de vozes,
e de anseios longe de serem realizados...
Mas e eu, nesta cidade, sem canoa
para pilotar, sem enchente
e vazante para marcar
meu tempo, meu o-que-fazer,
por que saio como um boto,
nadando/andando sem destino
pelos rios-asfalto-piçarra, buraqueira,
escrevilendo minha vida
nos passos (mal) dados
à sombra dos espigões
dos edifícios, muros gigantes,
torres-cercas, fraseando
uma história sem
início e fim, apenas
meio, um rascunho,
um borrão, uns garranchos...
uns tropeços?...
Sou ilha, rodeado de asfalto,
cercado por edifícios,
vigiado por faróis de veículos,
impregnado pela fumaça
dos seus escapamentos,
atacado por assaltantes
e constrangido pela multidão...
A cidade, em mim, é lugar
onde nada fiz além
de perambular aos tropeços,
caminhada sem rumo,
como a leitura em que
constantemente se voltam
páginas não entendidas,
porque mal lidas, mal
escritas, mal vividas...
Poderia passar uma borracha
permanentemente nesse
capítulo mal escrevivido
de minha vida?
Isolar esse momento,
como isolado andei por lá?
Pois é, ano novo, novas esperanças, até mesmo um cargo novo para um ladrão antigo, fazer o quê? São coisas da politica e do judiciário…, bom podemos fazer pelo uma mudança no visual do blog e esperamos realmente agradar e para isso contamos com sua participação, mande-nos comentário se você gostou ou não de nossa nova formatação e, esperamos sua visita durante todo o novo ano que se aproxima, Feliz ano novo e Boas Festas!
No Planeta Elite não tem crise
Para o planeta elite, que usufrui das benesses e dos produtos do mercado de luxo e seus 191 bilhões de euros (número de 2010), os problemas econômicos do capitalismo não existem. Muito pelo contrário. Na Itália, para comprar o último lançamento do carro esportivo Lamborghini Aventador a espera é de 1,5 ano. E os utilitários custam US$ 400 mil. No Brasil, a Louis Vuitton, conhecida por suas bolsas que custam quase 3 mil dólares, está ampliando o número de lojas de seis para nove. O artigo é de Najar Tubino.
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Repostado do portal Carta Maior - 24/12/2011
Educação
Regiões Nordeste e Sudeste têm, cada, um terço das vagas. MEC divulga nesta segunda a distribuição de vagas cuja seleção é feita pelo sistema desde 2009
Por: Redação da Rede Brasil Atual
Publicado em 26/12/2011
São 95 universidades públicas que abriram mão de seus próprios vestibulares desde 2009 para selecionar estudantes a partir do Enem (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil - arquivo)
São Paulo – Estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011, cujo resultado foi divulgado na semana passada, têm acesso, a partir desta segunda-feira (26), à distribuição de vagas do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2012. São 108 mil vagas em 3.327 cursos de 95 universidades públicas de todo o país. Essas instituições abriram mão de seus vestibulares para adotar o Enem em 2009, unificando o processo seletivo.
As inscrições podem ser feitas exclusivamente pela internet. Para isso, é preciso ter o número da inscrição e a senha usados no Enem de 2011 – para esclarecer dúvidas, o MEC mantém o telefone gratuito 0800-616161 ou o sistema on-line do Sisu. É possível fazer buscas por município, unidade da federação, por instituição e por curso. Ainda no sistema, há formas de refinar a pesquisa, separando cursos de licenciatura ou de bacharelado, tecnológico ou área básica de ingresso (ABI).
A maior parte são universidades federais (43) e institutos federais de educação profissional (39). Há ainda 13 instituições estaduais e a Escola Nacional de Ciências Estatísticas, administrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Pouco mais de um terço das vagas está no Nordeste (34,7%); a seguir estão as no Sudeste (33,1%). No Sul, há 14,5% do total, no Centro-Oeste, 12,9% e no Norte 5%.
Período
Etapa
Dúvidas
Período de Inscrições
As notas de corte serão divulgadas diariamente
de 8 a 12 de janeiro a partir de 2h
Resultado da 1ª chamada
Matrícula da 1ª chamada
Resultado da 2ª chamada
Prazo para participar da Lista de Espera
Matrícula da 2ª chamada
Lista de Espera disponível para as instituições
Os estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro possuem 15 instituições participantes, os maiores números por unidade da federação. No Distrito Federal, nenhuma universidade tem seleção pelo Sisu. As universidades fluminenses possuem 14 mil vagas disponíveis.
Apesar de serem conhecidas a partir desta segunda, a inscrição para pleitear uma das vagas só poderá ser efetuada de 7 a 12 de janeiro de 2012. O sistema permite a escolha de dois cursos pretendidos, com definição prévia de prioridade. A nota de corte é redefinida diariamente, conforme a pontuação dos postulantes, e divulgada durante a madrugada. Por causa da variação, o estudante pode mudar as opções para garantir o acesso a vagas compatíveis com a nota alcançada no Enem.
A primeira chamada está programada para 15 de janeiro. A segunda, para 26. Caso existam vagas remanescentes, elas serão ocupadas segundo uma lista de espera com o nome de participantes que solicitarem a condição.
Para quem for aprovado na primeira opção de curso escolhida terá seu nome automaticamente retirado do sistema. É necessário fazer a matrícula nas datas estipuladas por cada instituição para assegurar a vaga, caso contrário, o candidato perde o direito. No caso de estudantes selecionados pela segunda opção ou que tiverem pontuação inferior à nota de corte, é possível permanecer no sistema e ser convocado nas chamadas seguintes.
Estado
Vagas
Acre
240
Alagoas
5.805
Amazonas
2.722
Amapá
160
Bahia
5.298
Ceará
6.158
Espírito Santo
850
Goiás
1.561
Maranhão
3.238
Minas Gerais
11.873
Mato Grosso do Sul
6.815
Mato Grosso
5.609
Pará
995
Paraíba
3.699
Pernambuco
4.564
Piauí
7.049
Paraná
4.399
Rio de Janeiro
14.137
Rio Grande do Norte
1.687
Rondônia
16
Roraima
419
Rio Grande do Sul
1.070
Santa Catarina
650
Sergipe
145
São Paulo
9.064
Tocantins
701
Com informações da Agência Brasil
Mantega diz que Brasil vira 6º PIB e mostra confiança sobre 2012
Em café com jornalistas, ministro Guido Mantega (Fazenda) faz balanço otimista sobre 2011, no qual país ultrapassa Itália no ranking das economias e torna-se sexta maior do mundo, mesmo com crise global. Segundo ele, Banco Central pôde abrir ciclo de corte do juro, e mercados de trabalho e interno seguirão sustentando crescimento. PIB avançará de 4% a 5% em 2012, afirma.
André Barrocal
BRASÍLIA – A exemplo do que fizera a presidenta Dilma Rousseff na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, participou de um café de confraternização de fim de ano com jornalistas nesta quinta-feira (22) e procurou transmitir uma visão otimista sobre o comportamento da economia brasileira neste ano e confiante sobre o acontecerá em 2012.
Segundo o ministro, o Brasil termina 2011 com um “excelente resultado”, pois vai ganhar mais uma posição no ranking das economias mais poderosas do planeta. Ao ultrapassar a Inglaterra, vai se tornar o sexto maior produto interno bruto (PIB) mundial, atrás de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França.
Em um ano cheio de turbulências externas, só a China, entre os países com PIB mais potente que o brasileiro, crescerá mais que o Brasil em 2011. E como a França está mergulhada num continente que hoje é o epicentro da crise global, com perspectiva de baixa crescimento nos próximos anos, disse o ministro, logo o país vai passá-la também e entrar para os “top five”. “O Brasil vai se consolidando entre as dez maiores economias do mundo”, afirmou Mantega.
Com o ano perto de se encerrar, Mantega espera que o avanço final do PIB ficará em um patamar entre 3% e 3,5%. Segundo ele, se não houvesse a crise global, a expansão seria maior de meio ponto a um ponto a mais. Ou seja, ficaria entre 3,5%, no pior cenário, e 4,5%, no melhor.
“Isso não significa que as políticas fiscal e monetária foram apertadas demais no início do ano, para frear a economia e trazer os 7,5% de 2010 para algo entre 4,5% e 5%, ministro?”
“Não. Elas foram apertadas na medida certa.”
Para alguns observadores, como o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, houve exagero na combinação de um elevado corte de gastos anunciado pelo governo no início do ano, de R$ 50 bilhões, com um ciclo de cinco altas seguidas da taxa de juros do Banco Central (BC). Sem o fator “crise global”, essa combinação de “excessos” por si só já conteria o PIB brasileiro além do desejado.
Para Mantega, a contenção dos gastos públicos, na forma de “superávit primário” destinado a pagar juros da dívida pública, também está na origem de outro fato que ele considera positivo no balanço de 2011. O Banco Central ganhou mais condições de reduzir a taxa básica de juros e abrir um processo que pode deixar a chamada Selic no menor patamar da história brasileira. “Esse é um avanço de qualidade muito importante”, disse Mantega.
Futuro
E se 2011 começou com ações oficiais para esfriar a economia, em 2012 será diferente, segundo o ministro. Por causa da crise internacional que já custou de meio a um ponto percentual de PIB ao país, o governo vem adotando medidas nos últimos meses para reverter o que ele mesmo havia feito contra o PIB um ano atrás e, agora, impulsioná-lo.
A previsão apresentada por Mantega no café com os jornalistas foi de uma alta de 4% a 5%, como Dilma também, tinha feito uma semana antes – embora a presidenta tenha acrescentado que a “meta” dela, na verdade um compromisso político com o objetivo de manter a chama acesa na sociedade, seja de 5%.
“É um cenário possível de alcançar”, disse Mantega, mesmo diante de uma situação internacional que ele chamou de “complicada”. “Vamos crescer mesmo que haja deterioração do cenário externo em 2012.”
Como o ministro gosta de repetir, e não foi diferente durante o café, o que daria condições ao Brasil de seguir avançando mesmo sendo “suscetível” à crise global seria a força de seu mercado interno.
A geração de emprego e renda continua, mesmo em meio às turbulências, a ponto de em novembro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter verificado queda na taxa de desemprego para o menor patamar da história, 5,2%, desde que começou a fazer essa pesquisa em seis regiões metropolitanas do país, em 2002. Enquanto isso, Estados Unidos e União Europeia sofrem com desemprego alto.
O ministro arriscou-se a dizer que, se não houvesse a desaceleração do PIB forçada pelo governo e imposta pela crise de fora, e o Brasil repetisse o crescimento de 2010, de 7,5%, o maior em 25 anos, o país correria o risco inclusive de ter problema de falta de mão de obra. “[O desemprego baixo] talvez seja a melhor qualidade de um país”, afirmou.
Repostado do Portal Carta Maior
Noite de Natal. Aquela loira exuberante espera a chegada do Papai Noel. Ela tem uma fantasia de trepar com ele. À meia-noite ele desce pela chamine. A loira esta vestindo apenas uma camiseta, um sutia e um short minusculo. Ela se agarra no seu idolo e diz:
- Papai Noel, passa a noite comigo, vai!
- Ho ho ho, tenho que ir embora. Tenho que entregar presentes para todos as criancas...
A loira tira a camiseta.
- Papai Noel, passa a noite comigo, vai!
- Ho ho ho, tenho que ir embora. Tenho que entregar presentes para todos as criancas...
Ela tira o sutia, deixando a mostra um par de seios de fazer inveja a Mae West.
- Papai Noel, passa a noite comigo, vai!
- Ho ho ho, tenho que ir embora. Tenho que entregar presentes para todos as criancas...
Ela baixa o short, revelando a Papai Noel coisas mais estonteantes ainda...
- Papai Noel, passa a noite comigo, vai!
- Ho ho ho, vai ser o jeito! Eu ja nao passo mais pela chamine mesmo.
Dois velhinhos estavam comversando lá na pracinha, na véspera do Natal:
- Antenor, que coisa linda é o Natal. Será que existe alguma coisa melhor que o Natal???
- Ah! Aparício... O SEXO também é muito bom.
- E você, o que prefere mais: o sexo ou o Natal?
- Sexo.
- Por quê?
- Porque Natal tem todo ano...
Uma mulher vai a um tatuador e pergunta se era possível desenhar um coelho da páscoa e a inscrição "Páscoa Feliz" na nádega direita.
O tatuador diz que sim e começa o trabalho.
O resultado é perfeito. O coelho parecia ter vida. Não satisfeita a mulher pergunta se era, também, possível fazer uma tatuagem do Papai Noel com a inscrição "Feliz Natal" na nádega esquerda.
O tatuador diz que sim novamente e mais uma vez o resultado é perfeito.
Depois de pagar, quando a mulher se preparava para sair o tatuador resolve perguntar:
- Escute, porque é que fez essas tatuagens esquisitas?
Ela responde:
- É por causa do meu marido. Vive dizendo que entre a Páscoa e o Natal nunca tem nada de bom para comer lá em casa...
A geração que se divertia com a rudeza de Lula, é filha ou neta deste troglodita.
Se não fosse aquela bendita veiazinha - plof - na cabeça dele, e quem sabe, se como Hitler, não poderia ter promovido queima de livros em praça pública?
O Doutor Honoris Causa de Coimbra, Sciece Polithique, etc., Lula teve uma educação formal deficiente como a de milhões de brasileiros de seu tempo. Basta ver a lentidão com que ele assina o nome, ainda hoje, L - u - l - a, desenhando. Determinadas habilidades motoras, se não forem desenvolvidas no momento adequado, não se desenvolvem mais.
Porém, ele nunca desprezou os livros. No seu governo investiu-se como nunca na educação pública. É fato, confira.
Agora, um gorila deste, que estudou na escola militar, por onde passaram gerações e gerações de brasileiros, de todas as posições ideológicas, que desempenharam importantes papeis, ter a conversa que transcrevo abaixo, só sendo um degenerado.
Elio Gaspari em a Ditadura Envergonhada relata que a cúpula militar sabia que Costa e Silva "não abria um livro havia mais de 20 anos. Chegava a orgulhar-se disso e uma vez, ao ver que Cordeiro de Farias carregava um volume sobre a Guerra do Vietnan ensinou-lhe: "Você é um idiota, perdendo tempo com essas coisas. Eu hoje faço palavras-cruzadas".
Talvez por ter a cabecinha assim, tão vazia, é que dona Yolanda, sua mulher, resolveu preenchê-la com uma decoração córnea.
Do Lula sabe-se que leu, gostou e citou o livro do Nuno Cobra: Sementes da Vitória.
P.S.: Comentava-se na época, que o Presidente, por recomendação do Conselho de Segurança Nacional, nunca deixava de usar óculos escuros. Tendo Brasília extensos gramados, temia-se que, sem a proteção das lentes, que escureciam o verde, não resistisse àtentação de pastar.
PROVAS NA HISTÓRIA E NA BÍBLIA.
Enciclopédia Católica (edição de 1911): "A festa do Natal não estava incluída entre as primeiras festividades da Igreja... os primeiros indícios dela são provenientes do Egito... os costumes pagãos relacionados com o princípio do ano se concentravam na festa do Natal".
Orígenes, um dos chamados pais da Igreja (ver mesma enciclopédia acima): "... não vemos nas Escrituras ninguém que haja celebrado uma festa ou celebrado um grande banquete no dia do seu natalício. Somente os pecadores (como Faraó e Herodes) celebraram com grande regozijo o dia em que nasceram neste mundo".
Autoridades históricas demonstram que, durante os primeiros 3 séculos da nossa era, os cristãos não celebraram o Natal. Esta festa só começou a ser introduzida após o início da formação daquele sistema que hoje é conhecido como Igreja Romana (isto é, no século 4o). Somente no século 5o foi oficialmente ordenado que o Natal fosse observado para sempre, como festa cristã, no mesmo dia da secular festividade romana em honra ao nascimento do deus Sol, já que não se conhecia a data exata do nascimento de Cristo.
Se fosse da vontade de Deus que guardássemos e celebrássemos o aniversário do NASCIMENTO de Jesus Cristo, Ele não haveria ocultado sua data exata, nem nos deixaria sem nenhuma menção a esta comemoração, em toda a Bíblia. Ao invés de envolvermo-nos numa festa de origem não encontrada na Bíblia mas somente no paganismo, somos ordenados a adorar Deus, a relembrar biblicamente a MORTE do nosso Salvador, e a biblicamente pregar esta MORTE e seu significado, a vitoriosa RESSURREIÇÃO do nosso Salvador, Sua próxima VINDA gloriosa, sua mensagem de SALVAÇÃO para os que crêem verdadeiramente e PERDIÇÃO para os não crentes verdadeiros.
Quando Ele nasceu "... havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho." (Lucas 2:8). Isto jamais pôde acontecer na Judéia durante o mês de dezembro: os pastores tiravam seus rebanhos dos campos em meados de outubro e [ainda mais à noite] os abrigavam para protegê-los do inverno que se aproximava, tempo frio e de muitas chuvas (Adam Clark Commentary, vol. 5, página 370). A Bíblia mesmo prova, em Cant 2:1 e Esd 10:9,13, que o inverno era época de chuvas, o que tornava impossível a permanência dos pastores com seus rebanhos durante as frígidas noite, no campo. É também pouco provável que um recenseamento fosse convocado para a época de chuvas e frio (Lucas 2:1).
The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge (A Nova Enciclopédia de Conhecimento Religioso, de Schaff-Herzog) explica claramente em seu artigo sobre o Natal:
"Não se pode determinar com precisão até que ponto a data desta festividade teve origem na pagã Brumália (25 de dezembro), que seguia a Saturnália (17 a 24 de dezembro) e comemorava o nascimento do deus sol, no dia mais curto do ano.
As festividades pagãs de Saturnália e Brumália estavam demasiadamente arraigadas nos costumes populares para serem suprimidos pela influência cristã. Essas festas agradavam tanto que os cristãos viram com simpatia uma desculpa para continuar celebrando-as sem maiores mudanças no espírito e na forma de sua observância. Pregadores cristãos do ocidente e do oriente próximo protestaram contra a frivolidade indecorosa com que se celebrava o nascimento de Cristo, enquanto os cristãos da Mesopotâmia acusavam a seus irmãos ocidentais de idolatria e de culto ao sol por aceitar como cristã essa festividade pagã.
Recordemos que o mundo romano havia sido pagão. Antes do século 4o os cristãos eram poucos, embora estivessem aumentando em número, e eram perseguidos pelo governo e pelos pagãos. Porém, com a vinda do imperador Constantino (no século 4o) que se declarou cristão, elevando o cristianismo a um nível de igualdade com o paganismo, o mundo romano começou a aceitar este cristianismo popularizado e os novos adeptos somaram a centenas de milhares.
Tenhamos em conta que esta gente havia sido educada nos costumes pagãos, sendo o principal aquela festa idólatra de 25 de dezembro. Era uma festa de alegria [carnal] muito especial. Agradava ao povo! Não queriam suprimi-la."
O artigo já citado da "The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge" revela como Constantino e a influência do maniqueísmo (que identificava o Filho de Deus com o sol) levaram aqueles pagãos do século 4o (que tinham [pseudamente] se "convertido em massa" ao [pseudo] "cristianismo") a adaptarem a sua festa do dia 25 de dezembro (dia do nascimento do deus sol), dando-lhe o título de dia do natal do Filho de Deus.
Assim foi como o Natal se introduziu em nosso mundo ocidental! Ainda que tenha outro nome, continua sendo, em espírito, a festa pagã de culto ao sol. Apenas mudou o nome. Podemos chamar de leão a uma lebre, mas por isto ela não deixará de ser lebre.
A Enciclopédia Britânica diz:
"A partir do ano 354 alguns latinos puderam mudar de 6 de janeiro para 25 de dezembro a festa que até então era chamada de Mitraica, o aniversário do invencível sol... os sírios e os armênios idólatras e adoradores do sol, apegando-se à data de 6 de janeiro, acusavam os romanos, sustentando que a festa de 25 de dezembro havia sido inventada pelos discípulos de Cerinto."
O Natal é uma das principais tradições do sistema corrupto chamado Babilônia, fundado por Nimrode, neto de Cam, filho de Noé. O nome Nimrode se deriva da palavra "marad", que significa "rebelar". Nimrode foi poderoso caçador CONTRA Deus (Gn 10:9). Para combater a ordem de espalhar-se:
- criou a instituição de ajuntamentos (cidades);
- construiu a torre de Babel (a Babilônia original) como um quádruplo desafio a Deus (ajuntamento, tocar aos céus, fama eterna, adoração aos astros);
- fundou Nínive e muitas outras cidades;
- organizou o primeiro reino deste mundo.
A Babilônia é um sistema organizado de impérios e governos humanos, de explorações econômicas, e de todos os matizes de idolatria e ocultismo.
Nimrode era tão pervertido que, segundo escritos, casou-se com sua própria mãe, cujo nome era Semiramis. Depois de prematuramente morto, sua mãe-esposa propagou a perversa doutrina da reencarnação de Nimrode em seu filho Tamuz. Ela declarou que, em cada aniversário de seu natal (nascimento), Nimrode desejaria presentes em uma árvore. A data de seu nascimento era 25 de dezembro. Aqui está a verdadeira origem da árvore de Natal.
Semiramis se converteu na "rainha do céu" e Nimrode, sob diversos nomes, se tornou o "divino filho do céu". Depois de várias gerações desta adoração idólatra, Nimrode também se tornou um falso messias, filho de Baal, o deus-sol. Neste falso sistema babilônico, a mãe e o filho (Semiramis e Nimrode encarnado em seu filho Tamuz) se converteram nos principais objetos de adoração. Esta veneração de "a Madona e Seu Filho" (o par "mãe influente + filho poderoso e obediente à mãe") se estendeu por todo o mundo, com variação de nomes segundo os países e línguas. Por surpreendentemente que pareça, encontramos o equivalente da "Madona", da Mariolatria, muito antes do nascimento de Jesus Cristo!
Nos séculos 4o e 5o os pagãos do mundo romano se "converteram" em massa ao "cristianismo", levando consigo suas antigas crenças e costumes pagãos, dissimulando-os sob nome cristãos. Foi quando se popularizou também a idéia de "a Madona e Seu Filho", especialmente na época do Natal. Os cartões de Natal, as decorações e as cenas do presépio refletem este mesmo tema.
A verdadeira origem do Natal está na antiga Babilônia. Está envolvida na apostasia organizada que tem mantido o mundo no engano desde há muitos séculos! No Egito sempre se creu que o filho de Ísis (nome egípcio da "rainha do céu") nasceu em 25 de dezembro. Os pagãos em todo o mundo conhecido já celebravam esta data séculos antes do nascimento de Cristo.
Jesus, o verdadeiro Messias, não nasceu em 25 de dezembro. Os apóstolos e a igreja primitiva jamais celebraram o natalício de Cristo. Nem nessa data nem em nenhuma outra. Não existe na Bíblia ordem nem instrução alguma para fazê-lo. Porém, existe, sim, a ordem de atentarmos bem e lembrarmos sempre a Sua MORTE (1Co 11:24-26; Joã 13:14-17).
A GUIRLANDA (coroa verde adornada com fitas e bolas coloridas) que enfeita as portas de tantos lares é de origem pagã. Dela disse Frederick J. Haskins em seu livro "Answer to Questions" (Respostas a Algumas Perguntas): "[A guirlanda] remonta aos costumes pagãos de adornar edifícios e lugares de adoração para a festividade que se celebrava ao mesmo tempo do [atual] Natal. A árvore de Natal vem do Egito e sua origem é anterior à era Cristã."
Também as VELAS, símbolo tradicional do Natal, são uma velha tradição pagã, pois se acendiam ao ocaso para reanimar ao deus sol, quando este se extinguia para dar lugar à noite.
PAPAI NOEL é lenda baseada em Nicolau, bispo católico do século 5o. A Enciclopédia Britânica, 11ª edição, vol. 19, páginas 648-649, diz: "São Nicolau, o bispo de Mira, santo venerado pelos gregos e latinos em 6 de dezembro... conta-se uma lenda segundo a qual presenteava ocultamente a três filhas de um homem pobre... deu origem ao costume de dar em secreto na véspera do dia de São Nicolau (6 de dezembro), data que depois foi transferida para o dia de Natal. Daí a associação do Natal com São Nicolau..."
Os pais castigam a seus filhos por dizerem mentiras. Porém, ao chegar o Natal, eles mesmos se encarregam de contar-lhes a mentira de "Papai-Noel", dos "Reis Magos" e do "Menino Deus"! Por isso não é de se estranhar que, ao chegarem à idade adulta, também creiam que Deus é um mero mito. - Certo menino, sentindo-se tristemente desiludido ao conhecer a verdade acerca de Papai Noel, comentou a um amiguinho: "Sim, também vou me informar acerca do tal Jesus Cristo!" - É cristão ensinar às crianças mitos e mentiras? Deus disse: "... nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo;" (Lev 19:11). Ainda que à mente humana pareça bem e justificado, Deus, porém, disse: "Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte." (Prov 16:25).
Estudados os fatos, vemos com assombro que o costume de celebrar o Natal, em realidade, não é costume cristão mas, sim, pagão. Ele constitui um dos caminhos da Babilônia no qual o mundo tem caído!
As falsas religiões sempre utilizaram a madeira, bem como as árvores, com fins de idolatria:
"Sacrificam sobre os cumes dos montes, e queimam incenso sobre os outeiros, debaixo do carvalho, e do álamo, e do olmeiro, porque é boa a sua sombra; por isso vossas filhas se prostituem, e as vossas noras adulteram." (Os 4:13)
"Não plantarás nenhuma árvore junto ao altar do SENHOR teu Deus, que fizeres para ti." (Deut 16:21)
Essas árvores ou pedaços de madeira serviam para adoração e culto doméstico. O pinheiro – símbolo natalino – possui a mesma conotação.
Biblioteca Sacra, vol. 12, páginas 153-155: "A troca de presentes entre amigos é característico tanto do Natal como da Saturnália, e os cristãos seguramente a copiaram dos pagãos, como o demonstra com clareza o conselho de Tertuliano".
O costume de trocar presentes com amigos e parentes durante a época natalina não tem absolutamente nada a ver com o cristianismo! Ele não celebra o nascimento de Jesus Cristo nem O honra! (Suponhamos que alguma pessoa que você estima está aniversariando. Você a honraria comprando presentes para os seus próprios amigos??... Omitiria a pessoa a quem deveria honrar??... Não parece absurdo deste ponto de vista?!...)
Contudo, isto é precisamente o que as pessoas fazem em todo o mundo. Observam um dia em que Cristo não nasceu, gastando muito dinheiro em presentes para parentes e amigos. Porém, anos de experiência nos ensinam que os cristãos confessos se esquecem de dar o que deviam, a Cristo e a Sua obra, no mês de dezembro. Este é o mês em que mais sofre a obra de Deus. Aparentemente as pessoas estão tão ocupadas trocando presentes natalinos que não se lembram de Cristo nem de Sua obra. Depois, durante janeiro a fevereiro, tratam de recuperar tudo o que gastaram no Natal, de modo que muitos, no que se refere ao apoio que dão a Cristo e Sua obra, não voltam à normalidade até março.
Vejamos o que diz a Bíblia em Mateus 2:1,11 com respeito aos presentes que levaram os magos quando Jesus nasceu:
"E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magoS vieram do oriente a Jerusalém, ... E, entrando na CASA, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, O adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-LHE dádivas: ouro, incenso e mirra."
Por ser o dia de seu nascimento? De maneira nenhuma! Pois eles chegaram muitas semanas ou meses depois do seu nascimento (Mt 2:16). Ao contrário do que mostram os presépios, Jesus já estava numa casa, não numa estrebaria.
Então, os magos deram presentes uns aos outros para deixar-nos exemplo a ser imitado? Não! Eles não trocaram nenhum presente com seus amigos e familiares, nem entre si mesmos, mas sim presentearam unicamente a CRISTO.
Por que? O mencionado comentário bíblico de Adan Clarke, vol. 5, pg.46, diz: "Versículo 11 ("ofereceram-lhe presentes"). No Oriente não se costuma entrar na presença de reis ou pessoas importantes com as mãos vazias. Este costume ocorre com freqüência no Velho Testamento e ainda persiste no Oriente e em algumas ilhas do Pacífico Sul."
Aí está! Os magos não estavam instituindo um novo costume cristão de troca-troca de presentes para honrar o nascimento de Jesus Cristo! Procederam de acordo com um antigo costume Oriental que consistia em levar presentes ao rei ao apresentarem-se a ele. Eles foram pessoalmente à presença do Rei dos Judeus. Portanto, levaram oferendas, da mesma maneira que a rainha de Sabá levou a Salomão, e assim como levam aqueles que hoje visitam um chefe de estado.
O costume de trocas de presentes de Natal nada tem a ver com o nascimento do Cristo de Deus, é apenas a continuação de um costume pagão.
Há pessoas que insistem em que, apesar das raízes do Natal estarem no paganismo, agora elas não observam o Natal para honrarem um falso deus, o deus sol, senão para honrarem a Jesus Cristo. Mas diz Deus:
"Guarda-te, que não te enlaces seguindo-as, ...; e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: 'Assim como serviram estas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu.' Assim não farás ao SENHOR teu Deus; porque tudo o que é abominável ao SENHOR, e que Ele odeia, fizeram eles a seus deuses; ...". (Deut 12:30-31)
"Assim diz o SENHOR: 'Não aprendais o caminho dos gentios, ... Porque os costumes dos povos são vaidade; ...'" (Jr 10:2-3).
Deus disse-nos claramente que não aceitará este tipo de adoração: ainda que tenha hoje a intenção de honrá-Lo, teve origem pagã e, como tal, é abominável e honra não a Ele mas sim aos falsos deuses pagãos.
Deus não quer que O honremos "como nos orienta a nossa própria consciência":
"Deus é Espírito; e importa que os que O adoram O adorem em espírito e em verdade". (Joã 4.24).
O que é a verdade? Jesus disse que a Sua palavra, a Bíblia, é a verdade (Joã 17:17). E a Bíblia diz que Deus não aceitará o culto de pessoas que, querendo honrar a Cristo, adotem um costume pagão:
"Mas em vão me adoram, ensinando doutrina que são preceitos dos homens." (Mt 15:9).
A comemoração do Natal é um mandamento (uma tradição) de homens e isto não agrada a Deus.
"E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus" (Mat 15:6).
"Assim não farás ao SENHOR teu Deus; porque tudo o que é abominável ao SENHOR, e que ele odeia, fizeram eles a seus deuses..." (Deut 12:31)
Não podemos honrar e agradar a Deus com elementos de celebrações pagãs!
Nem precisamos elaborar: quem pode deixar de ver nauseabundos comercialismo, idolatria, e contemporização, por trás do "Natal"?... E que diz Deus? Devemos "adaptar e corrigir o erro"? Ou devemos praticar "tolerância zero, separação total"?
"Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas." (Ap 18:4)
Jesus Cristo nasceu na festa dos Tabernáculos, a qual acontecia a cada ano, no final do 7º mês (Iterem) do calendário judaico, que corresponde [mais ou menos, pois o calendário deles é lunar-solar, o nosso é solar] ao mês de setembro do nosso calendário. A festa dos Tabernáculos (ou das Cabanas) significava Deus habitando com o Seu povo. Foi instituída por Deus como memorial, para que o povo de Israel se lembrasse dos dias de peregrinação pelo deserto, dias em que o Senhor habitou no Tabernáculo no meio de Seu povo (Lev 23:39-44; Nee 8:13-18 ).
Em João 1:14 ("E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.") vemos que o Verbo (Cristo) habitou entre nós. Esta palavra no grego é skenoo = tabernáculo. Devemos ler "E o Verbo se fez carne, e TABERNACULOU entre nós, e...". A festa dos Tabernáculos cumpriu-se em Jesus Cristo, o Emanuel (Isa 7:14) que significa "Deus conosco". Em Cristo se cumpriu não apenas a festa dos Tabernáculos, mas também a festa da Páscoa, na Sua morte (Mat. 26:2; 1Cor 5:7), e a festa do Pentecostes, quando Cristo imergiu dentro do Espírito Santo a todos os que haveriam de ser salvos na dispensação da igreja (Atos 2:1).
Vejamos nas Escrituras alguns detalhes que nos ajudarão a situar cronologicamente o nascimento de Jesus:
· Os levitas eram divididos em 24 turnos e cada turno ministrava por 1/24 = 15 dias, 2 vezes ao ano. Os números estão arredondados, pois 24 turnos x 15 dias = 360 dias =/= 365,2422 dias = 1 ano. Durante os sábados especiais, todos os turnos ministravam juntamente; 1Cr 24:1-19.
· O oitavo turno pertencia a Abias (1Cr 24:10).
· O primeiro turno iniciava-se com o primeiro mês do ano judaico – mês de Abibe. Êxo 12:1-2; 13:4; Deut 16:1; Ex 13:4.
· Usualmente havia 12 meses, alguns deles com 29 dias, outros com 30 dias, totalizando apenas 12 x 29,5 = 354 dias, ficando faltando 11,2422 dias para o ano solar. A cada 3 ou anos a distorção entre este calendário e o solar era corrigida através da introdução do mês de Adar II.
Temos a seguinte correspondência:
Mês (número)
Mês (nome, em Hebraico)
Turnos
Referências
1
Abibe ou Nissan
= março / abril
1 e 2
Êxo 13:4 Ester 3:7
2
Zive = abril / maio
3 e 4
1Re 6:13
3
Sivan = maio / junho
5 e 6
Est 8:9
4
Tamuz = junho / julho
7 e 8 (Abias)
Jer 39:2; Zac 8:19
5
Abe = julho / agosto
9 e 10
Núm 33:38
6
Elul: agosto / setembro
11 e 12
Nee 6:15
7
Etenim ou Tisri
= setembro / outubro
13 e 14
1Rs 8:2
8
Bul ou Cheshvan
= outubro / novembro
15 e 16
1Rs 6:38
9
Kisleu
= novembro / dezembro
17 e 18
Esd 10:9; Zac 7:
10
Tebete = dezembro / janeiro
19 e 20
Est 2:16
11
Sebate = janeiro / fevereiro
21 e 22
Zac 1:7
12
Adar = fevereiro / março
23 e 24
Est 3:7
Zacarias, pai de João Batista, era sacerdote e ministrava no templo durante o "turno de Abias" (Tamuz, i.é, junho / julho) (Luc 1:5,8,9).
Terminado o seu turno voltou para casa e (conforme a promessa que Deus lhe fez) sua esposa Isabel, que era estéril, concebeu João Batista (Luc 1:23-24) no final do mês Tamus (junho / julho) ou início do mês Abe (julho / agosto).
Jesus foi concebido 6 meses depois (Luc 1:24-38), no fim de Tebete (dezembro / janeiro) ou início de Sebate (janeiro / fevereiro).
Nove meses depois, no final de Etenim (que cai em setembro e/ou outubro), mês em que os judeus comemoravam a Festa dos Tabernáculos, Deus veio habitar, veio tabernacular conosco. Nasceu Jesus, o Emanuel ("Deus conosco").
Em 1999, Hélio de M. Silva adaptou (excluiu/adicionou/modificou) algumas poucas palavras e até parágrafos de um estudo que estava em 18 sites de língua portuguesa, nenhum dando o nome do autor, mas parecendo ser tradução/adaptação do livreto "The Plain Truth About Christmas", publicado em 195x pela Worlwide Church of God (Armstrongnianismo melhorado?)
Comentário do blog: “Então é Natal”…. Cadê o Papai Noel? Hô, hô, hô, hô, hô, hô!!!!
20/12/2011
O ano foi de confirmação das tendências da década anterior, mesmo no marco do aguçamento da crise econômica internacional, cujos efeitos voltaram a sentir-se de maneira direta na economia dos países do continente.
Neste segundo ciclo da prolongada crise econômica internacional, os países que privilegiam a integração regional, da mesma forma que em 2011, conseguiram resistir e não entrar em recessão, apesar de que tiveram que diminuir seus ritmos de crescimento, pela diminuição da demanda dos mercados do centro do capitalismo e pela diminuição dos créditos.
A novidade foi que, se em 2008, surpreendidos pela crise, os países trataram de defender-se dos seus efeitos em nível nacional, desta vez se avançou na coordenação das políticas regionais, especialmente através da Unasul, para coordenar o uso das suas divisas, avançar na desdolarização do comércio regional e intensificar seus centros de financiamento regional, como o Banco do Sul e a Coordenação Andina de Fomento.
Do ponta de vista político geral, a eleição de Ollanta Humala como presidente do Peru foi o acontecimento politico novo, confirmando as tendências gerais na região. A reeleição de Cristina Kirchner consolida os governos progressistas na Argentina. No primeiro caso, um país que tinha assinado um Tratado de Livre Comércio com os EUA, se desloca da esfera de influência prioritária de Washington, para aproximar-se dos processos de integração regional. No segundo, a confirmação das tendências gerais na região de que, governos progressistas, que centram sua política no desenvolvimento econômico e social, com eixo em políticas sociais redistributivas, conseguem amplo apoio popular e tem sido reeleitos ou tem eleito seus sucessores.
Se estende assim a gama de governos progressistas, incorporando agora o Peru e desarticulando a tentativa norteamericana de construir um eixo do Pacifico – com Peru, Chile, Colombia a que se uniria o México – como contraponto ao Mercosul e à Unasul.
Unasul teve avanços importantes, sob direção colombiana, demonstrando como a Colombia estendeu um dos seus bracos para os processos de integração regional, enquanto continua seus tramites para assinar um TLC com os EUA.
Este fenômeno, junto ao movimento novo do Peru e às manifestações no Chile contra Pinera, diminuíram ainda mais a influência dos EUA na região, ainda mais que o desgaste do governo do México e o clima pre-eleitoral que passa a se instalar nesse país, com certas possibilidades de vitória do candidato de esquerda – Lopez Obrador – nas eleições de julho do próximo ano 2012.
Os governos progressistas tiveram que enfrentar conflitos internos, menos com a direita – em geral derrotada, embora seu segmento midiático continue forte – e mais com contradições dentro do campo popular. O caso boliviano foi o mais agudo, embora, o tema esteja presente em outros países, como o Equador, a Argentina, o Brasil.
Esses novos conflitos, dentro do campo popular, se dão em torno do problema não resolvido entre desenvolvimento econômico e equilíbrio ecológico, que afeta a construção de estradas, de represas, de usinas de energia, entre outros. Quando se estremam as posições, resta um desenvolvimentismo tecnocrático por um lado, um preservacionismo conservador por outro, tornando antagônicas contradições que o campo popular não tem conseguido resolver através do diálogo.
No caso da Bolivia, somando-se ao fracassado “gasolinazo” de dezembro de 2010 e outros conflitos setoriais, representou reveses para o governo Evo, que trata agora de recuperar sua liderança, um dos baluartes do fundamental processo de transformações boliviano. Nos outros países permanecem tensões, que as vezes se expressam em conflitos políticos, as vezes não, mas que permanecem sem solução ou com soluções pelas vias de fato – ou obras que terminam avançando ou outras, inviabilizadas, sem discussão e acordo politico, sobre um tema que so’ tende a se agudizar.
A perspectiva para 2012 é a de projeção do marco econômico atual, com diminuição do ritmo de crescimento das economias, mas sem cair na recessão. Do ponto de vista político, as eleições no México e na Venezuela são os dois acontecimentos de maior projeção. Na Venezuela, Hugo Chavez é o favorito para mais um mandato, com a recuperação da economia, novos programas sociais, enquanto a oposição, apesar da promessa de unificação, continua sem uma liderança com hegemonia e apoio popular. Dez pré-candidatos se apresentam, facilitando provavelmente a vitória de Hugo Chavez.
No México, o fracasso do governo Calderon marca o fim dos dois mandatos do PAN e uma disputa entre o velho PRI e o PRD. Pena Nieto, pelo PRI e Lopez Obradoz, pelo PRD, polarizam a disputa, com favoritismo, por enquanto do PRI, pela força da estrutura nacional recomposta do partido, pelos governos estaduais que detem e pelo monopólio da mídia. Lopez Obrador conta com um trabalho de base desenvolvido ao longo de cinco anos e com a imagem de democratização e luta contra a corrupção, podendo surpreender, o que fará com que as atenções dos EUA estejam voltadas no próximo ano centralmente nas eleições mexicanas.
Repostado do blog do Emir Sader
Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado
sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se
aproximassem.
Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da
Boa Nova a todos os homens.
Tomando a palavra, disse-lhes:
- Em verdade, em verdade vos digo:
- Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
- Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
- Felizes os misericordiosos, porque eles...?
Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?
André perguntou:
- É pra copiar?
Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!
Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?
João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?
Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?
Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!
Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?
Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?
Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.
Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?
Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!
Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado
nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula?
- Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica?
- Quais são os objetivos gerais e específicos?
- Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?
Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades
integradoras com outras disciplinas?
- E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais?
- Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?
Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e
reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos
para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade.
- Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do
nosso projeto.
- E vê lá se não vai reprovar alguém!
E, foi nesse momento que Jesus disse: "Senhor, por que me abandonastes..."
20/12/2011
O reajuste de 14,3% no valor do salário mínimo, que passa dos atuais R$ 545 para R$ 625, segundo fonte no Planalto, em janeiro, deverá injetar cerca de R$ 64 bilhões na economia brasileira em 2012. A destinação desses recursos para consumo ou pagamento de dívidas tende a acelerar os negócios e permitir que o Produto Interno Bruto (PIB) volte a crescer no primeiro trimestre do ano que vem, depois de ficar praticamente estagnado ao longo do segundo semestre de 2011.
"Nossa estimativa é de que o PIB brasileiro volte a crescer em um ritmo de 0,8% no primeiro trimestre de 2012, principalmente por causa do impulso dado pelo salário mínimo em um período que tradicionalmente é fraco", diz o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, autor do estudo sobre o impacto do aumento do mínimo no crescimento econômico do País.
Nesse cenário, o aumento do mínimo em 2012 passa de vilão a mocinho. No lugar de dar mais combustível à escalada da inflação, como criticavam economistas e empresários, essa montanha de dinheiro passou a ser bem vinda para reacelerar a economia brasileira.
"Se isso viesse num momento de atividade econômica excitada, promoveria muita preocupação", diz Paulo Francini, diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Porém, vem em um momento em que a economia dá sinais de redução e queda até maiores que o previsto."
Impacto
Nos cálculos da LCA, o ganho real de 7,5% do salário mínimo deverá agregar 0,3 ponto porcentual ao crescimento do consumo das famílias, componente que responde por 60% do PIB brasileiro sob a ótica da demanda. Assim, o reajuste do mínimo agregaria 0,2 ponto porcentual ao crescimento do PIB como um todo no ano que vem.
O economista explica que o impacto relativamente pequeno sobre o PIB acontece porque a massa de rendimentos da economia vinculados ao salário mínimo (somando rendas do trabalho, previdenciária e assistencial) é de "apenas" 22% da massa total brasileira.
O aumento real de 7,5% deverá beneficiar cerca de 66 milhões de pessoas, o que representa 46% da população que recebe algum rendimento no País. Além de aposentados e pensionistas que recebem um salário mínimo, o cálculo inclui ocupados com rendimento de até 1,5 salário mínimo e beneficiários da Lei Orgânica Social (LOAS) e do Renda Mensal Vitalícia, também atrelados ao salário mínimo.
Mas a participação da massa de rendimentos vinculados ao mínimo muda bastante dependendo da região. No Norte, ela é de 29% e, no Nordeste, de 37%. Já no Centro-oeste é de 19%, enquanto no Sudeste e no Sul fica em 17% e 18%, nessa ordem.
Fonte: Diap
André Barrocal
BRASÍLIA – Depois de a Câmara reagir ao livro A Privataria Tucana com pedido de CPI e discursos em plenário, nesta quarta-feira (14) foi a vez do Senado. Da tribuna, o líder do PT, Humberto Costa (PE), provocou o Ministério Público a tomar providências e desafiou o PSDB a debater o que seria “um dos mais tristes capítulos” da história brasileira. Ao responder, os tucanos apontaram “calúnia” para desviar foco de denúncias contra o governo e expuseram diferenças entre aliados de José Serra e Aécio Neves.
Segundo Costa, o livro revelaria “entrega do patrimônio público” durante privatizações no governo Fernando Henrique, com “documentos contuntendes” que mostrariam “como alguns dos mais proeminentes líderes do PSDB e pessoas próximas do ex-governador José Serra conseguiram mandar para fora do país e trazer para o Brasil dinheiro supostamente proveniente de propinas”.
Para o petista, o livro vale a leitura e deveria será objeto de providências de procuradores da República. "Até porque muitos dos crimes descritos no livro não prescreveram”, disse Costa, que lamentou ter havido “pouca atenção da mídia” até agora.
No comando da sessão, a primeira-vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (SP), que também é do PT, disse: “Tive acesso a esse livro e realmente é um espanto."
O desafio petista foi respondido pelo senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), um dos mais próximos da principal vítima do livro, o ex-governador paulista José Serra, de quem foi chefe da Casa Civil.
A exemplo de outro serrista ilustre, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire, Nunes Ferreira afirmou que o livro, que teria “calúnias”, serve apenas para proteger a gestão Dilma. “Temos uma denúncia de malfeitos no governo, e imediatamente já vem uma denúncia contra a oposição.”
Atrito no ninho
Enquanto Nunes Ferreira discursava, o também senador tucano Aécio Neves (MG) pediu um aparte, que na linguagem parlamentar quer dizer algo como “licença para um comentário no meio de pronunciamento alheio”. O pedido foi negado, algo inusual. “Lamento profundamente; eu teria prazer enorme em corroborar com o discurso de Vossa Excelência”, resignou-se.
Na véspera, o ex-governador de Minas Gerais tinha sido questionado pela Agência Estado sobre o livro, e dera uma resposta que não é das melhores para defender Serra: “Não é uma literatura que me interesse. Os que se interessarem devem lê-lo."
Um discurso sobre Privataria feito na tribuna da Câmara dos Deputados nesta quarta (14) ajuda a entender o estranhamento entre Nunes Ferreira e Aécio e a declaração do mineiro.
“A idéia de mostrar como funcionava a 'arapongagem' de Serra dentro do partido [PSDB] para atacar o adversário Aécio Neves – questão que motivou o início da investigação de Amaury Ribeiro Jr. – fica quase irrelevante diante de tudo o que o jornalista descobriu, em 12 anos de trabalho, sobre como a turma de Serra se deu bem ao dilapidar o patrimônio público brasileiro nos anos 90”, disse o deputado Ivan Valente (SP), presidente nacional do PSOL.
Nos bastidores de Brasília, fala-se que parte das investigações do autor de Privataria, o jornalista Amaury Ribeiro Jr., começou por interesse de Aécio de se proteger contra Serra na disputa que os dois travavam no PSDB como postulantes a candidato a presidente da República. Amaury foi repórter do jornal O Estado de Minas durante parte da gestão de Aécio como governador do estado.
Quando voltou à tribuna para uma tréplica contra Aloysio Nunes Ferreira, Humberto Costa foi irônico. “É interessante como a oposição se posiciona nesta Casa. São os grandes arautos da moralidade, as vestais da honestidade, que tudo querem investigar. Sai uma nota num jornal, querem convocar o ministro para vir ao Congresso Nacional, pedem a abertura de uma CPI, vão para o Ministério Público. Agora, diante de um livro de 300 páginas, que tem 141 documentos sobre as coisas que estão aqui denunciadas, uma única palavra para se pedir apuração eu não ouço por parte da oposição.”
CPI na Câmara
Autor de um pedido de abertura de uma CPI da Privataria Tucana, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) continuou a coletar assinaturas nesta quarta-feira (14). Ele está atuando em dobradinha com o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), mas os dois ainda não conseguiram atingir o número mínimo de 171 assinaturas necessário.
Em tese interessado no assunto, o PT ainda não decidiu, como partido, como irá se comportar neste caso, embora os líderes no Senado e na Câmara, Paulo Teixeira (SP), estejam dispostos a bancar algum tipo de confronto mais duro com os tucanos. O pedido de CPI tem alguns signatários do PT, mas a reportagem testemunhou quando um petista abordado por Protógenes reagiu dizendo que precisava esperar por um posicionamento do partido.
Sempre um dos fiéis da balança no Congresso, com o peso de uma das duas maiores bancadas da Casa, o PMDB avisa que não quer se meter. “Não vamos embarcar em CPI. Essa é uma briga de PT e PSDB, vamos manter distância”, disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN).
Ao conversar com a reportagem, Alves mostrou os efeitos da pouca divulgação do livro pelos veículos de comunicação.
“Não vi o livro ainda, ele tem documentos mesmo?”
“Tem umas 300 páginas, e um terço é de documentos.”
Repostado do portal Carta Capital
Se o PSDB tivesse apenas o livro "A Privataria Tucana" para se preocupar...
No domingo, o instituto Datafolha divulgou segunda pesquisa sobre a eleição de 2012 em São Paulo. O resultado mostra influência de Luiz Inácio Lula da Silva em alta, junto de rejeição a José Serra e baixo conhecimento de outros nomes tucanos na disputa.
O cenário "animou" o PT e "enfraqueceu a ala do PSDB" favorável a uma adesão ao PSD do prefeito Gilberto Kassab, segundo a Folha de S.Paulo.
Se fosse hoje, a eleição poderia ser quase decidida por Lula. São 48% os que escolheriam o candidato apoiado pelo ex-presidente, o que abre caminho para o crescimento do ministro da Educação, Fernando Haddad, pré-candidato único do PT e apoiado por Lula. Haddad, porém, fica entre 3% e 4% das intenções de voto.
Kassab tem aprovação de 20% dos entrevistados. O desempenho do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD) também é de 3%, mas com pouca chance de crescimento. O jornal acredita que o resultado "induz" o PSDB a não abrir mão da cabela de chapa.
Os tucanos pré-candidatos também sofrem para decolar. Bruno Covas tem 6%. Andrea Matarazzo, 2%. José Aníbal, 3%. E Ricardo Trípoli, 2%.
A rejeição de 35% a José Serra pode ter ligação com a renúncia à prefeitura no início de 2006 para se candidatar ao governo do estado de São Paulo. É bem verdade que ele foi eleito ao Palácio dos Bandeirantes na ocasião, mas pode pesar o fato de ele ter assinado um documento, registrado em cartório, prometendo permanecer no posto durante os quatro anos para os quais foi designado pelo eleitorado. E não cumpriu
Serra rechaça a hipótese de disputar novamente o cargo. Em 2004, ele venceu a eleição dois anos depois de ter perdido outra, para a Presidência da República (contra Lula). Em 2012, também serão dois anos depois de nova derrota ao Palácio do Planalto (agora contra Dilma Rousseff).
Apesar das negativas, há quem enxergue um reforço de atividades políticas por parte de Serra nas últimas semanas. Isso vale para encontros da juventude do partido, participação em congresso de legendas aliadas, como o PPS, e por aí afora.
Na última sexta-feira, Serra promoveu o seminário "Liderança política e gestão municipal nas grandes cidades", na Casa do Saber. Como informou a coluna "Painel", do jornal Folha de S. Paulo, oito ex-assessores com quem trabalhou na prefeitura e em outros cargos foram convocados a falar.
O problema é que 35% de rejeição alcança quase duas vezes a parcela de intenção de voto – 18%.
Haddad, por seu lado, declarou-se feliz com a pesquisa. E parece haver motivos. O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, afirma que "à medida que a população o identificar com Lula, sua intenção de votos vai aumentar, como aconteceu com a presidente Dilma Rousseff nas eleições do ano passado".
Quando o vírus se encontra nesse estado, o sistema de defesa do organismo e os medicamentos atuais não conseguem eliminá-lo, porque o DNA do HIV se integra ao de algumas células.
Assim, mesmo que o coquetel de drogas elimine o vírus ativo, o latente pode ressurgir quando a pessoa deixa de tomar a medicação. Ao ativar o HIV latente, a molécula permite que ele possa ser combatido pelas drogas do coquetel, de acordo com um dos pesquisadores da UFRJ, Amilcar Tanuri.
De acordo com Luiz Pianowski, pesquisador do laboratório Kyolab e coordenador do trabalho, uma empresa será contratada para fazer testes em macacos. As primeiras avaliações em humanos podem ocorrer em um ano. A molécula será patenteada.
Tenho um amigo que costuma dizer que em Mosqueiro, acontecem coisa que só acontecem aqui mesmo; coisas incriveis que a própria natureza nos concedeu, como ondas em praias de rio de água doce, a beleza destas mesmas praias e otras cositas más, porém em se tratando de politica e seus efeitos,temos verdadeira batalha campal disfarçada de tomadade poder toda vez que a direitona assume o poder do governo e seus capachos em nossa ilha se assumem como donos da situação, como é o caso agora,em que uma dita Ong (Organização não Governamental, será?), com a disfarçatez de seus donos com a justificativa de que são de interesse público, instala uma rádio FM dita comunitária,lembremo-nos que já havia outra,e aí está o nó da questão,as duas ocupam a mesma frequencia de operação (104,9 MHZ),claramente atrapalhando a merda programação da outra,(nisso ambos devem continuar fazendo assimnos livram-nos de ter que escutar a imudicie brega que ambas executam),e aí também cabe uma pergunta: onde está a ANATEL que não fiscaliza estas ditas rádios comunitárias? bemmesmonos faria é se tirasse todas a duas do ar…
13/12/2011
Escrito por: Rede Brasil Atual
O número de pessoas ameaçadas de morte no meio rural no Brasil aumentou 107% em 2011. Os registros indicam 172 líderes camponeses ou de comunidades extrativistas correndo riscos por causa de conflitos por terras, ante 83 pessoas nesta condição em 2010. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (13) pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) no relatório "Conflitos no Campo Brasil 2011".
A CPT ressalva que as informações são incompletas porque levam em conta apenas as denúncias levadas ao setor de documentação da entidade entre janeiro e setembro, indicando que o número real provavelmente é maior, já que várias ocorrências não chegam ao conhecimento de agentes da CPT nem de veículos de comunicação.
Outras podem ainda ter sido encaminhados a departamentos regionais da organização posteriormente. Casos em que existem dúvidas sobre motivações dos conflitos ou de assassinatos tampouco são contabilizados.
Houve aumento ainda nas denúncias de trabalho escravo, especialmente nos estados de Mato Grosso do Sul, Pará e Goiás. Os casos passaram de 177 para 218. Houve redução de 12% na quantidade de conflitos no campo acompanhados, passando de 777 casos para 686. O número de trabalhadores assassinados foi de 17,32% menos que no ano passado, quando foram registradas 25 mortes.
A queda em alguns índices "não esconde que a violência se mantém e firme", de acordo com termos do relatório. "Faz parte da estrutura agrária do país", define a CPT.
Segundo o relatório, o crescimento das ameaças de morte decorre do efeito de assassinatos cometidos em 2011 contra lideranças do campo. A partir de maio, após homicídios, principalmente no Pará, a CPT encaminhou dados a respeito à Secretaria de Direitos Humanos, cobrando providências. Na última década, 42 pessoas foram vítimas fatais de conflitos por acesso a terra e a direitos de trabalhadores.
Vários casos ganharam o noticiário nacional e até internacional, especialmente no homicídio ao casal de líderes extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, em Nova Ipixuna (PA), a 390 quilômetros a sudeste da capital, em maio. Dois dias depois, o assentado Herenilton Pereira dos Santos também foi assassinado no local. O episódio contribuiu para que mais pessoas levassem denúncias de ameaças à organização, ligada à igreja católica no país.
Foram 12 mortes de lideranças rurais na região Norte, nove apenas no Pará. Oito aconteceram em decorrência do envolvimento dos trabalhadores rurais com a luta de defesa ambiental e em conflitos com fazendeiros e empresários da região.
Trabalho escravo
A CPT trabalha com três diferentes classificações para os conflitos: por terra, trabalhistas e por acesso à água. De 2010 a 2011, enquanto caíram os relativos a questões agrárias (de 535 para 439) e a recursos hídricos (de 65 para 29), os relacionados ao trabalho aumentaram 23%. Flagrantes de condições de escravidão foram responsáveis pelo resultado.
O aumento do número de pessoas libertadas de condições de trabalho análogas à escravidão foi menos expressivo - de 3.854, em 2010, para 3.882, em 2011. A região Centro-Oeste concentrou 1.914 resgates, quase metade (49,3%) do total. Mato Grosso do Sul foi o campeão de ocorrências, com 1.322 casos - 69% da região e 34% do total no país.
Os dados do relatório também tomam como base denúncias levadas à CPT. O aumento da visibilidade de libertações contribuiu também para haver mais alertas de violações de direitos humanos e trabalhistas, na visão da CPT.
Comentário do blog: Observe que os dados CPT, mostram que o Pará volta a ser campeão nacional de violência no campo.É válido lembrar que no governo do PT (2007 a 2010) as mortes no campo paraense diminuiram drasticamente, pois os latifundiários/grileiros se sentiam pressionado a respeitar os trabalhadores rurais. Contudo, no atual governo, os pistoleiros dos empresários rurais estão liberados para atuar livremente matando trabalhadores rurais, haja vista, o Jatene ser representante dos latifundiários/grileiros no Pará. “Morte de trabalhadores rurais” e “impunidades dos mandantes: obra dos governos tucanos no Pará”
O presidente do STF, ministro César Peluso, decidiu acatar, hoje, questão de ordem requerendo seu voto de Minerva, e garantiu o mandato de senador para Jader Barbalho. Agora, o Supremo vai publicar a decisão e o Senado poderá marcar a posse. Fim da linha para as aspirações de Paulo Rocha(PT) e Marinor Brito (PSOl).
Aumenta o contraste entre o neoliberalismo em crise nos países até agora chamados de "desenvolvidos" e o desenvolvimento na América Latina e em outras regiões do mundo. A recente criação da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac) e também com o anúncio, feito pela Unasul, de grandes investimentos estruturantes na região são demonstrações evidentes de que o cenário latino-americano segue distinto daquele que prevalece na Europa, Estados Unidos e Japão.
Isto acontece porque em importantes países da região, o povo elegeu governos comprometidos com políticas desenvolvimentistas, nas quais o Estado tem um importante papel regulador, coordenador e indutor, e que se caracterizam pela ampliação do mercado interno, na integração regional, combinadas com políticas de ampliação da qualidade de vida e da democracia. As recentes eleições na Nicarágua e Argentina confirmam isto.
Um dos principais desafios dos governos progressistas e de esquerda latino-americanos (e caribenhos) é, exatamente, garantir que o processo de desenvolvimento que está em curso na região seja mantido, aprofundado e que não seja bloqueado pela crise internacional.
O mundo está imerso em uma crise profunda, de longa duração e de conseqüências imprevisíveis. Trata-se de uma crise do capitalismo neoliberal, acentuada pelo declínio da hegemonia dos Estados Unidos e pelo deslocamento do centro geopolítico mundial, do Norte para o Sul e do Ocidente para o Oriente.
Frente a esta crise, os governos dos Estados Unidos, da Europa e do Japão insistem em soluções neoliberais e acentuam um comportamento imperialista, que visa ter controle sobre regiões produtoras de matérias-primas. As ameaças contra o Irã, se levadas a cabo, podem desembocar em uma guerra em larga escala, desfecho que a política externa do Brasil busca sempre impedir.
A política monetária expansionista dos Estados Unidos e o ajuste fiscal ortodoxo na Europa constituem diferentes expedientes para transferir o custo da crise para as camadas populares de seus próprios países e para as periferias do mundo.
Os resultados da crise e a ação das forças conservadoras da Europa e EUA estão solapando e tentando destruir conquistas sociais e, para atingir este objetivo, incentivam um ambiente de conservadorismo e desrespeito à democracia. O cancelamento do plebiscito na Grécia é um indício nessa direção.
A crise internacional de 2008, e os seus desdobramentos atuais, tem como causa principal a hegemonia das forças políticas neoliberais que ascenderam ao poder nos anos 80 nos países até agora chamados "centrais". Essas forças alinhadas ao mercado promoveram privatizações, aprofundaram desigualdades sociais e atacaram conquistas sociais e democráticas dos trabalhadores. Uma de suas ações principais foi a desregulação do sistema financeiro, que resultou em uma escalada especulativa sem precedentes, na alavancagem abusiva de alguns dos maiores bancos do planeta, obrigando muitos países a multiplicarem sua dívida soberana para salvarem instituições privadas que demonstraram não ter nenhuma responsabilidade ou compromisso social. A crise, profunda, de longa duração e de conseqüências imprevisíveis tem levado de roldão milhões de empregos, benefícios sociais, governos e partidos que se dobraram ao poder do capital financeiro, este sim principal fautor e beneficiário da crise. Assume uma dimensão política, que fica evidente com os resultados eleitorais recentes, com os protestos sociais crescentes e com as soluções tecnocráticas adotadas na escolha do primeiro-ministro da Itália e da Grécia. Trata-se, ao mesmo tempo, de uma crise do modelo da gestão e dos valores do neoliberalismo.
A crise é agravada pela atitude dos partidos social-democratas europeus, que não conseguiram construir uma alternativa consistente às políticas neoliberais, e acabaram por se render a elas. Na Grécia, Espanha e Portugal os partidos social–democratas cederam às imposições da direita que comanda a União Européia e assumiram como suas as medidas antipopulares, sem apontar os verdadeiros culpados pela crise nem buscar alternativas democrático-populares para enfrentá-la. Isto ajuda a entender por quais motivos as fortes mobilizações sociais que vem ocorrendo em diversos países europeus, não impediram a vitória dos partidos de direita nas recentes eleições em Portugal e Espanha.
A crise está afetando, em maior ou menor medida, todos os países, inclusive os chamados BRICS. A depender do impacto que tenha sobre a China, que possui vínculos profundos com os Estados Unidos, a crise pode se tornar ainda mais profunda.
O Brasil conseguiu resistir aos efeitos do primeiro momento da crise em 2008/2009, segue resistindo e deve aproveitar o momento para dar um salto no seu processo de desenvolvimento.
Ao contrário dos vaticínios da oposição e na maré oposta da Europa, nos oito anos do governo Lula e neste primeiro ano do mandato da presidenta Dilma Rousseff, o Brasil segue na rota do crescimento econômico com geração de empregos, distribuição de renda e inclusão social. Diante da crise, nosso governo vem adotando medidas adequadas, sendo as mais recentes a decisão de reduzir a taxa Selic, a expansão responsável do crédito e a proteção à indústria nacional, que deve se apoiar em medidas cambiais, na expansão do mercado interno e do emprego. Além do que, prossegue na valorização do salário mínimo, no empenho para erradicar a pobreza extrema, na ampliação dos programas sociais, no fortalecimento do SUS, no combate ao crime organizado e na prioridade na elevação da qualidade do ensino público no País.
Agora, frente à crise internacional, é preciso combinar de forma mais arrojada a integração econômica e política da América Latina com um conjunto de variáveis necessárias no plano interno para elevar o investimento público, ampliar o emprego e as políticas sociais, elevar os ganhos das classes trabalhadores, da agricultura familiar e dos setores médios urbanos. Entre essas variáveis destacam-se a aceleração da queda sustentável da taxa de juros e a proteção da indústria nacional, incluindo medidas cambiais.
Vale ressaltar que a recente atualização da metodologia de cálculo do IPCA, possibilitada pelos estudos do IBGE, confirma ser possível manter a inflação no centro da meta traçada pelas autoridades econômicas. E viabiliza reduzir com mais segurança a taxa Selic, bem como baixar o spread bancário, que onera em demasia o crédito ao consumidor.
O PT, que vem apoiando as iniciativas de enfrentamento da crise, acha importante que os formuladores da política econômica do governo analisem alternativas que têm sido propostas por organizações progressistas, tais como uma regulação mais rigorosa do sistema financeiro mundial, a implantação de uma taxa sobre transações financeiras internacionais, bem como a implantação do chamado piso de proteção social em países onde a crise é mais aguda. Opções nesta direção vêm sendo estudadas por economistas progressistas, agora reunidos na Rede Desenvolvimentista, com quem nos congratulamos.
O nosso compromisso com o crescimento econômico, com a distribuição de renda, com o combate à pobreza e o fim da miséria, base do nosso projeto democrático e popular, é essencial para a disputa política contra a direita. Mas essa base material e social só se efetiva politicamente com a construção da hegemonia democrática e popular, de perspectiva socialista, representada pelo nosso projeto de país e de mundo, como orientou nosso 4o. Congresso.
Ao reconhecer que "é mais fácil falar do futuro do Euro do que o do PSDB", o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu a profunda crise programática do neoliberalismo brasileiro. Descreveu a nau sem rumo em que se converteu o principal partido da oposição conservadora do país. Se o Brasil ainda estivesse sob o jugo dos tucanos estaria arremetido no turbilhão da crise internacional, com milhões de desempregados e se veria face a novas privatizações e ameaças à soberania nacional.
Isto não significa que devamos subestimar a oposição, que conta com forte apoio na mídia e no Congresso, em setores do grande empresariado, dirige governos importantes e, mesmo sendo minoritária na sociedade, possui bases eleitorais significativas. Sua ação, no entanto, hoje se desenrola no plano das denúncias sem coragem de assumir suas concepções econômicas e sociais que são da mesma natureza daquelas geradoras da crise internacional.
Uma das maneiras de enfrentar a direita é contribuir para aprofundar os esforços que o governo Dilma vem fazendo para aperfeiçoar a democracia. São significativos os avanços com a sanção da Lei do Acesso à Informação e a criação da Comissão da Verdade, cujas investigações poderão apoiar a busca por justiça a que têm direito as famílias das vítimas da repressão.
O governo Dilma prossegue garantindo a participação popular na definição das políticas governamentais com a realização de conferências nacionais, no diálogo com os movimentos sociais -- que precisa ser amplificado --, nas iniciativas que valorizam a presença das mulheres na política, nas ações de afirmação da igualdade racial e de combate ao preconceito.
Coerente com sua luta contra a corrupção sistêmica no Estado brasileiro, inclusive tendo companheiros assassinados e muitos em constante ameaça por esta causa, o PT reafirma seu apoio ao sistemático trabalho preventivo e de controle republicanos. A construção da Controladoria Geral de União, o investimento na profissionalização e na autonomia operacional da Polícia Federal, os portais da transparência das contas públicas, os novos sistemas públicos de auditagem nos repasses das verbas federais para os municípios, o investimento na formação de uma ética pública cidadã indicam um inédito padrão republicano de combate à corrupção conquistado nos governos Lula e Dilma.
Corrupção não é um problema apenas do Estado, mas das relações entre os interesses econômicos – sobretudo os mais poderosos – com o Estado. Por isso, para nós, é fundamental a participação e o controle dos cidadãos na gestão do Estado, a construção de procedimentos republicanos que promovam e assegurem o interesse público, e também o financiamento público das campanhas eleitorais.
Persistem ainda os desafios maiores e de mais longo prazo - muitos deles resultantes dos períodos de baixo crescimento e descaso para com o desenvolvimento nacional, como nas décadas de 80 e 90 – e exigem atenção redobrada e políticas inovadoras, visando ao desenvolvimento nacional. Continuam na ordem do dia os gargalos na infra-estrutura e a redução da desigualdade social, apesar de avanços na infraestrutura e da enorme inclusão promovida pelos nossos dois governos.
É papel do nosso partido defender os direitos dos trabalhadores e somar-se às suas lutas históricas no caminho do fortalecimento da classe trabalhadora nas relações capital/trabalho e nas conquistas de avanços no mundo do trabalho, como a redução da jornada e melhorias salariais. Contribuirá para isso instituir o princípio da negociação coletiva nas relações trabalhistas, o respeito à organização sindical autônoma, enfim, um sistema amplamente democrático de relações do trabalho, com liberdade e autonomia sindical, através da adoção pelo Brasil da Convenção 87 da OIT. Estas questões se revestem de fundamental importância para resistir à nova ofensiva conservadora e neoliberal que pretende a jogar a solução para a crise na flexibilização dos direitos dos trabalhadores. Ademais, o fortalecimento da classe trabalhadora e a melhoria da renda são imprescindíveis na estratégia da defesa da economia nacional e dinamização do mercado interno.
No debate em curso a respeito dos royalties do pré-sal, que aguarda decisão do Congresso Nacional, o PT entende que o Pré-Sal é o nosso passaporte para uma revolução educacional, científica e tecnológica, e não cabe ser reduzido nem a instrumento de uma genérica distribuição difusa de recursos entre entes federativos, nem a uma panacéia para todos os problemas nacionais.
O DN denuncia o comportamento da multinacional Chevron, que, concessionária de área de exploração, deve ser rigorosamente responsabilizada pela prática de crime ambiental. A concessionária Chevron foi flagrada mentindo sobre as causas e sua própria reação ao acidente no “campo de frade” sob sua responsabilidade. Enquanto as evidências apontam para sua tentativa de extrapolar a concessão penetrando na área do pré-sal, a direção da Chevron partiu para intriga e acusações à Polícia Federal, ao Ministério das Minas e Energia e a Agência Nacional de Petróleo. O PT reafirma seu apoio à revisão da legislação do petróleo, ora em curso no Congresso Nacional, e considera que a Chevron deve ser tratada com toda a firmeza prevista na legislação.
Tal episódio chama a atenção para as tarefas do desenvolvimento ambientalmente sustentável, que requerem providências próprias e a consideração de diferentes variáveis que assegurem um desenvolvimento de longo prazo ao país em harmonia com a necessária saúde ambiental. Exemplo disso é a política de redução de emissão de gases de efeito estufa onde o Brasil assume a meta de até 38% de redução de CO2 até 2020 e o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que visa solucionar o problema dos lixões que hoje atinge mais de 70% dos municípios brasileiros. O Brasil está entre os países com o maior sistema de energia limpa do mundo, e deve continuar avançando no uso de tecnologias que buscam equacionar a qualidade da energia oferecida com a redução de danos sócio-ambientais.
Na recente Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de Durban, a COP-17, ficaram evidentes os avanços do Brasil no que tange a consecução das metas estabelecidas em Copenhague. No combate ao desmatamento, em 2011 o Brasil alcançou uma redução de 66% em relação à média de desmate verificada entre os anos de 1996 e 2005. Isso se refletiu na redução das emissões de CO2 desde 2005 até hoje, resultado este que possivelmente coloca o Brasil na liderança mundial no ranking de redução de emissões. A COP-17 contou também com decisiva participação da representação brasileira, possibilitando diversos avanços, destacando-se a prorrogação do protocolo de Kyoto, a viabilização do Fundo Verde Climático, e a criação de um novo acordo climático que deve vigorar a partir de 2020, com a participação agora dos EUA e da China.
A Conferência Rio + 20, antecedida do FSM temático em Porto Alegre, será um momento político importante para a contraposição desses modelos antagônicos. Será uma oportunidade de reafirmar, em articulação com outros governos, partidos e movimentos sociais progressistas e de esquerda na América Latina e no mundo, a superioridade do modelo de desenvolvimento democrático e popular que defendemos sustentável tanto do ponto de vista ambiental quanto social, com eliminação da pobreza, redução das desigualdades, distribuição de renda e da riqueza e aprofundamento da democracia. Será, também, uma excelente oportunidade de prosseguir nosso protagonismo na defesa do desenvolvimento com sustentabilidade ambiental, tal como o fizemos na Conferência Mundial do Clima, em Copenhague, na recente Conferência de Durban e tal como tem feito o nosso partido no Congresso Nacional na votação do Código Florestal.
A crise internacional é uma ocasião para recolocar em nossa ação governamental, no Congresso Nacional e, na ação do partido como nossos aliados, na sociedade a Reforma Tributária, não apenas como uma redivisão e reoganização federativa dos tributos, mas que, defendendo o papel decisivo dos tributos para o Estado exercer seu papel no desenvolvimento e na distribuição da riqueza, enfrente desde já, com ousadia, a questão da progressividade tributária, taxando mais os mais ricos e menos as classes populares, ao contrário do sistema regressivo ainda vigente.
No conjunto de nossas tarefas, a reforma política -- que institua o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais, as listas partidárias, a ampliação da participação popular, da paridade de gêneros, entre outros aspectos – continua em pauta, ainda que adiada no Congresso Nacional. Esta é uma bandeira do PT, que continuaremos empunhando antes, durante e depois da campanha eleitoral próxima.
Igualmente devemos prosseguir na luta pela democratização da comunicação, aprovando no Congresso o Marco Civil da Internet, além da instituição do Marco Regulatório, tal como detalhado na Resolução deste DN sobre comunicação.
O processo de formação da opinião pública democrática no país está gravemente privatizado, controlado por grandes empresas de comunicação, o que tem resultado em fortes restrições ao pluralismo de opiniões, distorção ou censura sistemática de informações, além do silenciamento de vastos setores da população (trabalhadores, negros, pobres, mulheres), que não têm seus interesses, aspiração e direitos acolhidos na agenda desta mídia empresarial. Lutamos por mais democracia na comunicação, mais liberdade de expressão, mais pluralismo na opinião e na informação, mais direito de fala a aqueles que nunca tiveram voz na história brasileira.
O PT tem dedicado sua organização e ação partidária, com grande unidade, à defesa de nosso governo e de nosso projeto nacional referendado pela maioria da sociedade brasileira nas eleições de 2010. Ao mesmo tempo tem desenvolvido outras tarefas históricas que lhe cabem, como a luta por novos avanços no sentido da igualdade econômica, política e social, o aprofundamento da democracia, a contínua relação com os movimentos sociais, buscando dialogar seja com as mais conhecidas formas de organização da sociedade civil, seja com os novos atores sociais, especialmente a juventude que se apropria mais facilmente de novas formas de comunicação e que busca novas formas de ação política. Este será um dos nossos maiores desafios políticos, que ainda não resolvemos: entender e integrar com sua especificidade, no nosso projeto nacional socialmente justo e soberano, a contribuição inovadora da juventude.
Realizamos em setembro a segunda fase do nosso 4º Congresso Nacional, cujo tema central era a reforma do Estatuto. Os resultados deste Congresso mostraram que persiste viva em nosso partido a construção de uma sociedade pautada pelos ideais da igualdade política, social e econômica, simbolizada neste Congresso especialmente pela aprovação da paridade entre mulheres e homens nas direções e demais organismos e representações partidárias, também pela aprovação de outras medidas como a representação étnico-racial e a representação da juventude nas direções partidárias e construção de uma forte instância da juventude organizada por diretrizes construídas em seus congressos próprios, tais como o 2º Congresso realizado em novembro.
O 4º Congresso do PT reafirmou também que as campanhas de filiação ao partido e as decisões internas devem conciliar o crescimento numérico com nossa unidade ideológica, de tal modo que o PT continue a se referendar nos valores do socialismo democrático e na sua contínua atualização como tarefa coletiva. É fundamental que todas as instâncias partidárias assumam a campanha de filiação deflagrada pelo nosso programa de TV e que deverá estar de acordo com as mudanças estatutárias realizadas pelo 4o. Congresso.
É para sustentar e ampliar o apoio ao nosso projeto nacional que entramos na disputa eleitoral de 2012. Como já enfatizamos em resoluções anteriores, as eleições municipais serão um momento de fortalecimento do PT, principal partido dos que dão respaldo ao governo Dilma -- o que exige muita unidade interna entre nós, harmonizando no objetivo comum as aspirações individuais. Neste aspecto, por sinal, a definição de candidaturas em São Paulo e Porto Alegre atestam a disposição da militância de entender a unidade como um instrumento para chegar à vitória nas urnas.
As eleições de 2012 serão uma oportunidade para defender nosso projeto democrático de desenvolvimento, de universalização de direitos e de instituição de novos direitos sociais, projeto que geralmente sintetizamos como modo petista de governar, eficiente, inovador e transformador.
As eleições serão também um momento de unidade programática com nossos aliados, compreendendo a necessidade de alianças que devem levar em conta a legítima aspiração de cada partido ao seu crescimento e a posição relativa de força de cada um na sociedade. Para avançar neste caminho complexo, o 4º Congresso Nacional do PT definiu as diretrizes gerais que serão nosso guia político neste processo, a Escola Nacional de Formação dirigirá um trabalho sistemático de formação específica para nossas candidaturas, e a Direção Nacional, especialmente através de sua Comissão de Acompanhamento das Eleições de 2012, com as Comissões Executivas Estaduais, acompanhará e incidirá, dentro das normas estatutárias, para o sucesso de nosso projeto nacional em mais este momento da democracia e das instituições brasileiras.
Comissão Executiva
Diretório Nacional do PT
13 de dezembro de 2011
Aumenta o contraste entre o neoliberalismo em crise nos países até agora chamados de "desenvolvidos" e o desenvolvimento na América Latina e em outras regiões do mundo. A recente criação da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac) e também com o anúncio, feito pela Unasul, de grandes investimentos estruturantes na região são demonstrações evidentes de que o cenário latino-americano segue distinto daquele que prevalece na Europa, Estados Unidos e Japão.
Isto acontece porque em importantes países da região, o povo elegeu governos comprometidos com políticas desenvolvimentistas, nas quais o Estado tem um importante papel regulador, coordenador e indutor, e que se caracterizam pela ampliação do mercado interno, na integração regional, combinadas com políticas de ampliação da qualidade de vida e da democracia. As recentes eleições na Nicarágua e Argentina confirmam isto.
Um dos principais desafios dos governos progressistas e de esquerda latino-americanos (e caribenhos) é, exatamente, garantir que o processo de desenvolvimento que está em curso na região seja mantido, aprofundado e que não seja bloqueado pela crise internacional.
O mundo está imerso em uma crise profunda, de longa duração e de conseqüências imprevisíveis. Trata-se de uma crise do capitalismo neoliberal, acentuada pelo declínio da hegemonia dos Estados Unidos e pelo deslocamento do centro geopolítico mundial, do Norte para o Sul e do Ocidente para o Oriente.
Frente a esta crise, os governos dos Estados Unidos, da Europa e do Japão insistem em soluções neoliberais e acentuam um comportamento imperialista, que visa ter controle sobre regiões produtoras de matérias-primas. As ameaças contra o Irã, se levadas a cabo, podem desembocar em uma guerra em larga escala, desfecho que a política externa do Brasil busca sempre impedir.
A política monetária expansionista dos Estados Unidos e o ajuste fiscal ortodoxo na Europa constituem diferentes expedientes para transferir o custo da crise para as camadas populares de seus próprios países e para as periferias do mundo.
Os resultados da crise e a ação das forças conservadoras da Europa e EUA estão solapando e tentando destruir conquistas sociais e, para atingir este objetivo, incentivam um ambiente de conservadorismo e desrespeito à democracia. O cancelamento do plebiscito na Grécia é um indício nessa direção.
A crise internacional de 2008, e os seus desdobramentos atuais, tem como causa principal a hegemonia das forças políticas neoliberais que ascenderam ao poder nos anos 80 nos países até agora chamados "centrais". Essas forças alinhadas ao mercado promoveram privatizações, aprofundaram desigualdades sociais e atacaram conquistas sociais e democráticas dos trabalhadores. Uma de suas ações principais foi a desregulação do sistema financeiro, que resultou em uma escalada especulativa sem precedentes, na alavancagem abusiva de alguns dos maiores bancos do planeta, obrigando muitos países a multiplicarem sua dívida soberana para salvarem instituições privadas que demonstraram não ter nenhuma responsabilidade ou compromisso social. A crise, profunda, de longa duração e de conseqüências imprevisíveis tem levado de roldão milhões de empregos, benefícios sociais, governos e partidos que se dobraram ao poder do capital financeiro, este sim principal fautor e beneficiário da crise. Assume uma dimensão política, que fica evidente com os resultados eleitorais recentes, com os protestos sociais crescentes e com as soluções tecnocráticas adotadas na escolha do primeiro-ministro da Itália e da Grécia. Trata-se, ao mesmo tempo, de uma crise do modelo da gestão e dos valores do neoliberalismo.
A crise é agravada pela atitude dos partidos social-democratas europeus, que não conseguiram construir uma alternativa consistente às políticas neoliberais, e acabaram por se render a elas. Na Grécia, Espanha e Portugal os partidos social–democratas cederam às imposições da direita que comanda a União Européia e assumiram como suas as medidas antipopulares, sem apontar os verdadeiros culpados pela crise nem buscar alternativas democrático-populares para enfrentá-la. Isto ajuda a entender por quais motivos as fortes mobilizações sociais que vem ocorrendo em diversos países europeus, não impediram a vitória dos partidos de direita nas recentes eleições em Portugal e Espanha.
A crise está afetando, em maior ou menor medida, todos os países, inclusive os chamados BRICS. A depender do impacto que tenha sobre a China, que possui vínculos profundos com os Estados Unidos, a crise pode se tornar ainda mais profunda.
O Brasil conseguiu resistir aos efeitos do primeiro momento da crise em 2008/2009, segue resistindo e deve aproveitar o momento para dar um salto no seu processo de desenvolvimento.
Ao contrário dos vaticínios da oposição e na maré oposta da Europa, nos oito anos do governo Lula e neste primeiro ano do mandato da presidenta Dilma Rousseff, o Brasil segue na rota do crescimento econômico com geração de empregos, distribuição de renda e inclusão social. Diante da crise, nosso governo vem adotando medidas adequadas, sendo as mais recentes a decisão de reduzir a taxa Selic, a expansão responsável do crédito e a proteção à indústria nacional, que deve se apoiar em medidas cambiais, na expansão do mercado interno e do emprego. Além do que, prossegue na valorização do salário mínimo, no empenho para erradicar a pobreza extrema, na ampliação dos programas sociais, no fortalecimento do SUS, no combate ao crime organizado e na prioridade na elevação da qualidade do ensino público no País.
Agora, frente à crise internacional, é preciso combinar de forma mais arrojada a integração econômica e política da América Latina com um conjunto de variáveis necessárias no plano interno para elevar o investimento público, ampliar o emprego e as políticas sociais, elevar os ganhos das classes trabalhadores, da agricultura familiar e dos setores médios urbanos. Entre essas variáveis destacam-se a aceleração da queda sustentável da taxa de juros e a proteção da indústria nacional, incluindo medidas cambiais.
Vale ressaltar que a recente atualização da metodologia de cálculo do IPCA, possibilitada pelos estudos do IBGE, confirma ser possível manter a inflação no centro da meta traçada pelas autoridades econômicas. E viabiliza reduzir com mais segurança a taxa Selic, bem como baixar o spread bancário, que onera em demasia o crédito ao consumidor.
O PT, que vem apoiando as iniciativas de enfrentamento da crise, acha importante que os formuladores da política econômica do governo analisem alternativas que têm sido propostas por organizações progressistas, tais como uma regulação mais rigorosa do sistema financeiro mundial, a implantação de uma taxa sobre transações financeiras internacionais, bem como a implantação do chamado piso de proteção social em países onde a crise é mais aguda. Opções nesta direção vêm sendo estudadas por economistas progressistas, agora reunidos na Rede Desenvolvimentista, com quem nos congratulamos.
O nosso compromisso com o crescimento econômico, com a distribuição de renda, com o combate à pobreza e o fim da miséria, base do nosso projeto democrático e popular, é essencial para a disputa política contra a direita. Mas essa base material e social só se efetiva politicamente com a construção da hegemonia democrática e popular, de perspectiva socialista, representada pelo nosso projeto de país e de mundo, como orientou nosso 4o. Congresso.
Ao reconhecer que "é mais fácil falar do futuro do Euro do que o do PSDB", o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu a profunda crise programática do neoliberalismo brasileiro. Descreveu a nau sem rumo em que se converteu o principal partido da oposição conservadora do país. Se o Brasil ainda estivesse sob o jugo dos tucanos estaria arremetido no turbilhão da crise internacional, com milhões de desempregados e se veria face a novas privatizações e ameaças à soberania nacional.
Isto não significa que devamos subestimar a oposição, que conta com forte apoio na mídia e no Congresso, em setores do grande empresariado, dirige governos importantes e, mesmo sendo minoritária na sociedade, possui bases eleitorais significativas. Sua ação, no entanto, hoje se desenrola no plano das denúncias sem coragem de assumir suas concepções econômicas e sociais que são da mesma natureza daquelas geradoras da crise internacional.
Uma das maneiras de enfrentar a direita é contribuir para aprofundar os esforços que o governo Dilma vem fazendo para aperfeiçoar a democracia. São significativos os avanços com a sanção da Lei do Acesso à Informação e a criação da Comissão da Verdade, cujas investigações poderão apoiar a busca por justiça a que têm direito as famílias das vítimas da repressão.
O governo Dilma prossegue garantindo a participação popular na definição das políticas governamentais com a realização de conferências nacionais, no diálogo com os movimentos sociais -- que precisa ser amplificado --, nas iniciativas que valorizam a presença das mulheres na política, nas ações de afirmação da igualdade racial e de combate ao preconceito.
Coerente com sua luta contra a corrupção sistêmica no Estado brasileiro, inclusive tendo companheiros assassinados e muitos em constante ameaça por esta causa, o PT reafirma seu apoio ao sistemático trabalho preventivo e de controle republicanos. A construção da Controladoria Geral de União, o investimento na profissionalização e na autonomia operacional da Polícia Federal, os portais da transparência das contas públicas, os novos sistemas públicos de auditagem nos repasses das verbas federais para os municípios, o investimento na formação de uma ética pública cidadã indicam um inédito padrão republicano de combate à corrupção conquistado nos governos Lula e Dilma.
Corrupção não é um problema apenas do Estado, mas das relações entre os interesses econômicos – sobretudo os mais poderosos – com o Estado. Por isso, para nós, é fundamental a participação e o controle dos cidadãos na gestão do Estado, a construção de procedimentos republicanos que promovam e assegurem o interesse público, e também o financiamento público das campanhas eleitorais.
Persistem ainda os desafios maiores e de mais longo prazo - muitos deles resultantes dos períodos de baixo crescimento e descaso para com o desenvolvimento nacional, como nas décadas de 80 e 90 – e exigem atenção redobrada e políticas inovadoras, visando ao desenvolvimento nacional. Continuam na ordem do dia os gargalos na infra-estrutura e a redução da desigualdade social, apesar de avanços na infraestrutura e da enorme inclusão promovida pelos nossos dois governos.
É papel do nosso partido defender os direitos dos trabalhadores e somar-se às suas lutas históricas no caminho do fortalecimento da classe trabalhadora nas relações capital/trabalho e nas conquistas de avanços no mundo do trabalho, como a redução da jornada e melhorias salariais. Contribuirá para isso instituir o princípio da negociação coletiva nas relações trabalhistas, o respeito à organização sindical autônoma, enfim, um sistema amplamente democrático de relações do trabalho, com liberdade e autonomia sindical, através da adoção pelo Brasil da Convenção 87 da OIT. Estas questões se revestem de fundamental importância para resistir à nova ofensiva conservadora e neoliberal que pretende a jogar a solução para a crise na flexibilização dos direitos dos trabalhadores. Ademais, o fortalecimento da classe trabalhadora e a melhoria da renda são imprescindíveis na estratégia da defesa da economia nacional e dinamização do mercado interno.
No debate em curso a respeito dos royalties do pré-sal, que aguarda decisão do Congresso Nacional, o PT entende que o Pré-Sal é o nosso passaporte para uma revolução educacional, científica e tecnológica, e não cabe ser reduzido nem a instrumento de uma genérica distribuição difusa de recursos entre entes federativos, nem a uma panacéia para todos os problemas nacionais.
O DN denuncia o comportamento da multinacional Chevron, que, concessionária de área de exploração, deve ser rigorosamente responsabilizada pela prática de crime ambiental. A concessionária Chevron foi flagrada mentindo sobre as causas e sua própria reação ao acidente no “campo de frade” sob sua responsabilidade. Enquanto as evidências apontam para sua tentativa de extrapolar a concessão penetrando na área do pré-sal, a direção da Chevron partiu para intriga e acusações à Polícia Federal, ao Ministério das Minas e Energia e a Agência Nacional de Petróleo. O PT reafirma seu apoio à revisão da legislação do petróleo, ora em curso no Congresso Nacional, e considera que a Chevron deve ser tratada com toda a firmeza prevista na legislação.
Tal episódio chama a atenção para as tarefas do desenvolvimento ambientalmente sustentável, que requerem providências próprias e a consideração de diferentes variáveis que assegurem um desenvolvimento de longo prazo ao país em harmonia com a necessária saúde ambiental. Exemplo disso é a política de redução de emissão de gases de efeito estufa onde o Brasil assume a meta de até 38% de redução de CO2 até 2020 e o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que visa solucionar o problema dos lixões que hoje atinge mais de 70% dos municípios brasileiros. O Brasil está entre os países com o maior sistema de energia limpa do mundo, e deve continuar avançando no uso de tecnologias que buscam equacionar a qualidade da energia oferecida com a redução de danos sócio-ambientais.
Na recente Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de Durban, a COP-17, ficaram evidentes os avanços do Brasil no que tange a consecução das metas estabelecidas em Copenhague. No combate ao desmatamento, em 2011 o Brasil alcançou uma redução de 66% em relação à média de desmate verificada entre os anos de 1996 e 2005. Isso se refletiu na redução das emissões de CO2 desde 2005 até hoje, resultado este que possivelmente coloca o Brasil na liderança mundial no ranking de redução de emissões. A COP-17 contou também com decisiva participação da representação brasileira, possibilitando diversos avanços, destacando-se a prorrogação do protocolo de Kyoto, a viabilização do Fundo Verde Climático, e a criação de um novo acordo climático que deve vigorar a partir de 2020, com a participação agora dos EUA e da China.
A Conferência Rio + 20, antecedida do FSM temático em Porto Alegre, será um momento político importante para a contraposição desses modelos antagônicos. Será uma oportunidade de reafirmar, em articulação com outros governos, partidos e movimentos sociais progressistas e de esquerda na América Latina e no mundo, a superioridade do modelo de desenvolvimento democrático e popular que defendemos sustentável tanto do ponto de vista ambiental quanto social, com eliminação da pobreza, redução das desigualdades, distribuição de renda e da riqueza e aprofundamento da democracia. Será, também, uma excelente oportunidade de prosseguir nosso protagonismo na defesa do desenvolvimento com sustentabilidade ambiental, tal como o fizemos na Conferência Mundial do Clima, em Copenhague, na recente Conferência de Durban e tal como tem feito o nosso partido no Congresso Nacional na votação do Código Florestal.
A crise internacional é uma ocasião para recolocar em nossa ação governamental, no Congresso Nacional e, na ação do partido como nossos aliados, na sociedade a Reforma Tributária, não apenas como uma redivisão e reoganização federativa dos tributos, mas que, defendendo o papel decisivo dos tributos para o Estado exercer seu papel no desenvolvimento e na distribuição da riqueza, enfrente desde já, com ousadia, a questão da progressividade tributária, taxando mais os mais ricos e menos as classes populares, ao contrário do sistema regressivo ainda vigente.
No conjunto de nossas tarefas, a reforma política -- que institua o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais, as listas partidárias, a ampliação da participação popular, da paridade de gêneros, entre outros aspectos – continua em pauta, ainda que adiada no Congresso Nacional. Esta é uma bandeira do PT, que continuaremos empunhando antes, durante e depois da campanha eleitoral próxima.
Igualmente devemos prosseguir na luta pela democratização da comunicação, aprovando no Congresso o Marco Civil da Internet, além da instituição do Marco Regulatório, tal como detalhado na Resolução deste DN sobre comunicação.
O processo de formação da opinião pública democrática no país está gravemente privatizado, controlado por grandes empresas de comunicação, o que tem resultado em fortes restrições ao pluralismo de opiniões, distorção ou censura sistemática de informações, além do silenciamento de vastos setores da população (trabalhadores, negros, pobres, mulheres), que não têm seus interesses, aspiração e direitos acolhidos na agenda desta mídia empresarial. Lutamos por mais democracia na comunicação, mais liberdade de expressão, mais pluralismo na opinião e na informação, mais direito de fala a aqueles que nunca tiveram voz na história brasileira.
O PT tem dedicado sua organização e ação partidária, com grande unidade, à defesa de nosso governo e de nosso projeto nacional referendado pela maioria da sociedade brasileira nas eleições de 2010. Ao mesmo tempo tem desenvolvido outras tarefas históricas que lhe cabem, como a luta por novos avanços no sentido da igualdade econômica, política e social, o aprofundamento da democracia, a contínua relação com os movimentos sociais, buscando dialogar seja com as mais conhecidas formas de organização da sociedade civil, seja com os novos atores sociais, especialmente a juventude que se apropria mais facilmente de novas formas de comunicação e que busca novas formas de ação política. Este será um dos nossos maiores desafios políticos, que ainda não resolvemos: entender e integrar com sua especificidade, no nosso projeto nacional socialmente justo e soberano, a contribuição inovadora da juventude.
Realizamos em setembro a segunda fase do nosso 4º Congresso Nacional, cujo tema central era a reforma do Estatuto. Os resultados deste Congresso mostraram que persiste viva em nosso partido a construção de uma sociedade pautada pelos ideais da igualdade política, social e econômica, simbolizada neste Congresso especialmente pela aprovação da paridade entre mulheres e homens nas direções e demais organismos e representações partidárias, também pela aprovação de outras medidas como a representação étnico-racial e a representação da juventude nas direções partidárias e construção de uma forte instância da juventude organizada por diretrizes construídas em seus congressos próprios, tais como o 2º Congresso realizado em novembro.
O 4º Congresso do PT reafirmou também que as campanhas de filiação ao partido e as decisões internas devem conciliar o crescimento numérico com nossa unidade ideológica, de tal modo que o PT continue a se referendar nos valores do socialismo democrático e na sua contínua atualização como tarefa coletiva. É fundamental que todas as instâncias partidárias assumam a campanha de filiação deflagrada pelo nosso programa de TV e que deverá estar de acordo com as mudanças estatutárias realizadas pelo 4o. Congresso.
É para sustentar e ampliar o apoio ao nosso projeto nacional que entramos na disputa eleitoral de 2012. Como já enfatizamos em resoluções anteriores, as eleições municipais serão um momento de fortalecimento do PT, principal partido dos que dão respaldo ao governo Dilma -- o que exige muita unidade interna entre nós, harmonizando no objetivo comum as aspirações individuais. Neste aspecto, por sinal, a definição de candidaturas em São Paulo e Porto Alegre atestam a disposição da militância de entender a unidade como um instrumento para chegar à vitória nas urnas.
As eleições de 2012 serão uma oportunidade para defender nosso projeto democrático de desenvolvimento, de universalização de direitos e de instituição de novos direitos sociais, projeto que geralmente sintetizamos como modo petista de governar, eficiente, inovador e transformador.
As eleições serão também um momento de unidade programática com nossos aliados, compreendendo a necessidade de alianças que devem levar em conta a legítima aspiração de cada partido ao seu crescimento e a posição relativa de força de cada um na sociedade. Para avançar neste caminho complexo, o 4º Congresso Nacional do PT definiu as diretrizes gerais que serão nosso guia político neste processo, a Escola Nacional de Formação dirigirá um trabalho sistemático de formação específica para nossas candidaturas, e a Direção Nacional, especialmente através de sua Comissão de Acompanhamento das Eleições de 2012, com as Comissões Executivas Estaduais, acompanhará e incidirá, dentro das normas estatutárias, para o sucesso de nosso projeto nacional em mais este momento da democracia e das instituições brasileiras.
Comissão Executiva
Diretório Nacional do PT
13 de dezembro de 2011